Buscar

Artigo Inclusão Autismo2018

Prévia do material em texto

Inclusão Escolar: Autismo
SUOMINSKI, Camila Maria. RU 2377445.
POLO São Bento do Sul, S.C.
UNINTER
Resumo
A escola e os professores devem estar preparados para trabalhar com os mais variados tipos de deficiência, quando falamos em inclusão escolar, nos remete a ideia pessoas com deficiência visual ou auditiva e esquecemo-nos que existem inúmeros outros tipos de deficiência que vem fazendo com os profissionais da educação tenham que se aperfeiçoar cada vez mais para saber lidar com esses alunos. E o autismo vem sendo uma dessas deficiências que fazem com que o professor busque por práticas pedagógicas para incluir esse aluno especial dentro de suas atividades e principalmente a interação desse aluno com os demais colegas de turma. A Família do aluno também possui um papel batente importante na formação dessa criança.
Palavras-chave: Inclusão. Autismo. Escola.
Introdução
 Neste artigo será abordado o tema autismo e a inclusão escolar de uma criança autista.
 Tratarei de falar o que é o autismo, causas, níveis, diagnostico e cura da deficiência. Destacando ainda a entrevista realizada com a professora e a família do aluno em destaque e serão abordados os esforços que a escola e a família tem realizado para incluir essa criança que necessita de atenção especial em sua formação e principalmente na sua inclusão social.
O que é Autismo
 O autismo, também conhecido como transtorno do Espectro Autista (TEA), são transtornos que causam problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e comportamento social da criança.
 No Brasil estima-se que 2 milhões de pessoas possuem autismo. Um pesquisa realizada neste ano do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diz que o autismo atinge ambos os sexos e todas as etnias, porem o número de ocorrências é maior entre o sexo masculino.
 Níveis de gravidade do Autismo
 Nível 1 (Leve)
 Crianças desse nível costumam ter dificuldade para iniciarem uma interação social com outras pessoas. Além disso, também podem apresentar pouco interesse por essas interações sociais.
 Com relação ao comportamento, a inflexibilidade do comportamento interfere no funcionamento de um ou mais contextos. As crianças também, tem dificuldade significativa em troca de atividade e problemas de organização e planejamento são obstáculos a sua independência.
 Nível 2 (Médio)
 Nesse nível, as crianças apesentam um grave déficit nas suas habilidades sociais, sejam elas verbais ou não. Além disso, também possuem prejuízos sociais mesmo quando recebem apoio e limitações para iniciar algum tipo de interação.
 O comportamento se caracteriza pela inflexibilidade, a criança tem dificuldade em lidar com mudanças, além de apresentarem comportamentos restritos/repetitivos frequentes.
 Nível 3 (Grave)
 Crianças com este nível tem déficits graves na comunicação verbal e não verbal. Também tem dificuldade em iniciar uma interação social ou se abrir a alguma que parta de outras pessoas.
 Quanto aos comportamentos, as crianças em nível 3 possuem os mesmos apresentados pelas crianças em nível 2, porem apresentam restrições mais elevadas.
 Causas
 Até hoje, as causas do autismo são inconclusivas e, desde meados dos anos 1940, a medicina tenta desvenda-las. Devido a algumas pesquisas e estudos voltados ao assunto, acredita-se que o transtorno possui ligações com alterações genéticas.
 Diagnóstico
 Diagnóstico em crianças – Não há nenhum exame especifico para que o diagnostico seja realizado. Como o autismo é um transtorno que afeta a linguagem e a interação social, a criança que o possui precisa ser analisado por um grupo de pessoas e profissionais que convivem com ela – incluindo pediatras, psicólogos, professores e pais.
 Deve se dar atenção a esses quatro fatores.
1 – Fala, movimentos motores ou uso de objetos de maneira repetitiva;
2 – Adesão excessiva a rotinas, rituais verbais ou não verbais ou excessiva relutância a mudanças;
3 – Interesses fixos e altamente restritos que acabam sendo anormais para quem vê de fora;
4 – Hiper ou hipo – reatividade a percepção sensorial de estímulos ou interesse excessivo para estímulos senso-perceptivos.
 Diagnóstico em crianças mais velhas e adolescentes – Quando o autismo é notado após o início da escola muitas vezes é reconhecido pela equipe de educação da mesma. Dentre os problemas de comunicação que se apresentam nas crianças, podem ser encontrados a interpretação do tom de voz e a dificuldade em entender expressões faciais, figuras de linguagem, humor ou sarcasmo. Além disso, os pais podem perceber que seu filho tem dificuldade em fazer amizades.
 Diagnóstico em adultos – Em alguns casos, os adultos percebem sinais e sintomas de autismo neles próprios. Quando isso acontece, normalmente procuram ajuda em psicólogos ou psiquiatras e esse, por sua vez, irá fazer algumas perguntas referentes as suas preocupações com interação social e desafios de comunicação. Essas informações e o histórico de desenvolvimento da pessoa ajudam na hora do diagnóstico preciso.
 Cura
 Esse transtorno não possui cura. Porem ele pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para que, assim, o paciente possa se adequar ao convívio social e as atividades acadêmicas o melhor possível.
 Entrevistas
 Como o tema por mim escolhido para ser destacado neste trabalho foi o autismo, dirigi – me até a escola municipal Cecilia Meireles no município de Agudos do Sul, estado do Paraná, onde encontrei o aluno Pietro.
 O Pietro entrou este ano na escola citada, na turma do primeiro ano do ensino fundamental I. Na busca por saber mais detalhes de como é ensinar um aluno autista, entrevistei a professora Lucinda Franquenberg, a mesma é a professora responsável pelo aluno especial e mais vinte e três alunos que estão inseridos todos na mesma turma.
 Ela relata que quando recebeu o Pietro em sua turma na segunda semana de aula, mesmo tendo recebido aviso prévio da direção da escola que receberia um aluno autista, foi um momento onde uma certa insegurança bateu em seu ser. “Li muito sobre o tema quando recebi a notícia de que seria professora de um aluno com necessidades educativas especiais, mas é somente quando realmente chega na sua frente que você tem noção do que será ensinar um aluno autista” Ela fala ainda que o Pietro é um aluno bastante inquieto e que possui fobia em permanecer durante muito tempo dentro de ambientes fechados como a sala de aula. Devido a essa característica do aluno, ela conta que tem procurado realizar a maioria das atividades em grupo e em ambientes fora da sala de aula, como refeitório, no pátio e na biblioteca, buscando assim chamar atenção e despertar o interesse do aluno em realizar a atividade. Tem ainda levado atividades bastante figurativas, pois as figuras chamam a atenção e são um incentivo maior para o aluno realizar as atividades propostas.
 Lucinda destaca ainda que o sucesso na alfabetização do Pietro só tem sido alcançado devido o apoio que os pais do aluno tem dado a escola e os profissionais que nela atuam. “Eles trouxeram para dentro da escola o projeto Autismo na Escola, um projeto maravilhoso que só vem trazendo inúmeros benefícios.” Mais informações do projeto na entrevista com a mãe do aluno.
 Entrevistando a mãe do aluno, a senhora Graziela Santana, conta que o Pietro é filho adotivo, quando ele entrou para a família ele possuía alguns meses de vida, aparentemente ele parecia ser uma criança como as outras, passaram a notar as dificuldades que a criança possuía em realizar atividades simples que realizava, mas mesmo assim diziam que deveria ser atitude de criança mimada. Foi quando o Pietro começou andar e falar que os paisperceberam que realmente algo de diferente havia com ele. Resolveram procurar um médico e obtiveram o resultado, que seu filho possuía o transtorno do espectro autista. Ela destaca ainda, que tudo que estava ao alcance da medicina em fazer por ele foi feito.
 Se aproximando os dias do seu ingressar em uma sala de aula, ela começou a fazer pesquisas sobre o assunto e acabou encontrando o Projeto Autismo na Escola que é uma iniciativa da psicóloga Erica Rezende Barbieri, de Rondonópolis – MT, foi criado para difundir informações e conscientizar sobre o autismo nas escolas. Graziela destaca ainda que o que estiver ao seu alcance em fazer pela escola e pelo Pietro ela irá realizar.
 Como foi possível notar nas entrevistas a escola tem buscado meios para fazer com esse aluno consiga superar este problema. A prefeitura municipal também vem realizando esforços e oferendo cursos e palestras gratuitas para seus professores para que possam estar cada vez mais interagidos com o tema. Os coleguinhas do Pietro tendo conhecimento do problema dele também rem buscado oferecer ajuda a ele, chamando-o para as rodas de atividade em grupo assim como para as brincadeiras. Em uma escola onde se pode contar com o apoio dos pais, secretaria municipal de educação e todos aqueles que envolvem uma comunidade escolar, belíssimos resultados podem ser obtidos.
 Referências bibliográficas
AMY, M. D. Enfrentando o autismo: a criança autista, seus pais e a relação terapêutica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. 205p.
AUTISMO BRASIL SITE. Disponível em: <http://www.autismo.com.br/>. Acesso em: 29 mai. 2018.
 BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Autismo: orientação para os pais. Casa do Autista. Brasília: 2000. 38p. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd03_14.pdf>. Acesso em: 28 mai. 2018.

Continue navegando