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Formação do Estado Imperial Brasileiro

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Aula 3 – Formação do Estado Imperial e a Sociedade Brasileira no Início do Século XIX
Como vimos nas aulas anteriores, embora a independência do Brasil não tenha significado a extinção do regime monárquico e a adoção da república, a transição entre colônia e império não foi feita sem conflitos. Vamos relembrar o que estudamos e entender o processo de emancipação em um contexto maior, comparando o Brasil e as demais colônias da América Latina.
Influenciadas pelas ideias iluministas, como os princípios de cidadania, liberdade e democracia, as elites das colônias espanholas, os chamados crioulos, filhos de espanhóis nascidos na América, deram início ao processo de emancipação (O emancipacionismo não era uma novidade no continente americano. Antes do Haiti, as treze colônias inglesas haviam conquistado sua autonomia em 1776, e após a guerra de independência travada contra a Inglaterra, estabeleceram uma república federativa, e deram origem aos Estados Unidos.) colonial, no século XIX. Entretanto, foi o Haiti a primeira colônia latino-americana a se independer da sua metrópole, a França, em 1803. Mas este processo foi absolutamente particular, pois foi o único em que a independência não foi conduzida por uma elite, mas por escravos.
Assim como ocorrera nos Estados Unidos, também as colônias espanholas, ao proclamarem suas independências, adotaram o regime republicano como forma de governo. O Brasil foi uma exceção, pois manteve a monarquia intocada, herdada do período colonial. Mas não foi só o sistema monárquico que foi mantido. Também a escravidão e a base agrária da economia brasileira permaneceram. A manutenção da escravidão pode ser considerada um dos fatores fundamentais para o desgaste das estruturas imperiais que porão fim ao império brasileiro, em 1889.  Neste caso, o Brasil não foi a única ex-colônia a manter o regime escravista. Os Estados Unidos também o fizeram, com o agravante de terem adotado o sistema republicano, baseado na liberdade e igualdade, o que tornava a existência dos escravos uma contradição ainda mais evidente.
Se a independência foi proclamada de fato em 1822, suas raízes remontam à vinda da família real, em 1808. Ao retornar a Europa, Dom João sabia que o rompimento definitivo seria apenas uma questão de tempo, e fez uma recomendação a Dom Pedro, seu filho, que ficara no Brasil como regente: “Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, que para algum desses aventureiros”. Com o retorno do rei Dom João VI para Portugal, a preocupação latente nas elites brasileiras de que o Brasil pudesse ser novamente relegado à posição de colônia e perdesse os privilégios políticos e a liberdade econômica que havia adquirido durante a permanência da corte levou aos protestos pela separação definitiva de Portugal.
Percebemos que, mesmo antes da independência, havia um projeto de manutenção das estruturas que haviam sido montadas por Portugal durante o período colonial. E foi o que aconteceu. Ainda assim, ao proclamar a sua emancipação, Dom Pedro I deu o pontapé inicial para a formação da nação brasileira. Mas por que não podemos falar em nação antes do período da independência? De modo geral, a formação e existência de uma nação implica em autonomia. Para que a nação exista, é preciso que ela tenha:
Um Governo
Uma Língua
Um Exército
Moedas Próprias
Além disso, é necessária a elaboração de um conjunto de leis que irão reger o novo país. Essas leis são agrupadas na constituição, que é o documento máximo de um país. Portanto, proclamar a independência foi apenas o primeiro passo. A construção da nação estava só começando.
Desde a chegada dos portugueses no século XVI, o Brasil viu seu território ser ampliado diversas vezes. Na configuração inicial, dada pelo Tratado de Tordesilhas de 1494, cabia a Portugal uma faixa de terra litorânea. A colonização, a ação dos bandeirantes que partiram rumo ao interior e o estabelecimento de novos tratados nos séculos seguintes, alterou o mapa da colônia, fazendo com que esta possuísse, ao final do século XVIII, as dimensões aproximadas que temos hoje em dia. Significa que, um dos principais desafios do imperador Dom Pedro I seria governar um território de dimensões continentais. Isso não implica somente defesa das fronteiras, mas a conciliação de interesses diversos das elites regionais. Quando chegou ao Brasil, a família real transferiu a capital da colônia, que ficava em Salvador, para o Rio de Janeiro. Isso significa que o Nordeste perdeu uma enorme parte de seu poder político e, portanto, do favorecimento econômico que recebia. A transferência da capital fez com que o coração do Império se localizasse na Região Sudeste. Dessa forma, a emergência das oligarquias paulista e mineira se fizeram evidentes, em detrimento dos interesses dos senhores de terras nordestinos. As necessidades regionais eram tão diferentes quanto suas elites e, ao proclamar a independência, era preciso não só conciliar estas diferenças, mas satisfazer as oligarquias e evitar a eclosão de revoltas populares.  
O primeiro passo era a elaboração de uma Constituição. A instalação oficial da assembleia constituinte aconteceu em 1823. Era formada por noventa membros e, devido a uma manobra do líder conservador José Bonifácio de Andrada, estava excluído de votar todo aquele que recebesse um salário, ou seja, a classe trabalhadora de modo geral. Essa estratégia permitiu que todos os membros da Assembleia fossem oriundos das camadas dominantes, como latifundiários, o clero e profissionais liberais. Podemos perceber, de imediato, que o interesse das elites (Essa elite era influenciada pelas ideias francesas defendidas pelos filósofos iluministas, mas adaptou-as às suas necessidades. Foram incorporados os princípios de soberania nacional, o liberalismo econômico e a divisão de poderes, defendida por Montesquieu em O Espírito das Leis.) foi controlar os mecanismos legislativos do país com o objetivo de manter os privilégios que haviam adquirido no período colonial.
Os constituintes deveriam elaborar um projeto, que seria levado ao imperador para que este a sancionasse. Este projeto ficou conhecido como constituição da mandioca, pois previa que os eleitores deveriam ter sua renda medida em alqueires de farinha de mandioca.
Segundo Isabel Lustosa: “O anteprojeto (Embora seja excludente, o projeto anticonstitucional era claramente antiabsolutista e procurava, por diversos meios legais, limitar os poderes imperiais. Ao tomar conhecimento do teor da carta proposta pelos constituintes, o imperador ficou extremamente contrariado, pois via o poder real cerceado. Esta insatisfação aproximou Dom Pedro I do partido português, que defendia plenos poderes para o imperador e afastou-o dos conservadores. Em novembro de 1823, Dom Pedro decretou a dissolução da Assembleia Constituinte. Os deputados tentaram resistir, mas foram duramente reprimidos, sendo punidos com a prisão e o degredo.) da Constituição de 1823 mantinha a eleição indireta e o voto censitário com uma peculiaridade: a riqueza era medida pela quantidade de farinha de mandioca que se pudesse produzir. Os eleitores da paróquia, ou de primeiro grau, deveriam ter uma renda mínima equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca. Eles elegeriam os eleitores de províncias, ou de segundo grau, cuja renda mínima exigida era de 250 alqueires. Por fim estes últimos elegiam os deputados e senadores, que precisavam de uma renda correspondente a 500 e 1000 alqueires, respectivamente, para serem elegíveis. Diz Tobias Barreto que “tão estranha e pitoresca exigência despertou a veia humorística do povo, donde logo partiu o apelido destinado a ferir de ridículo: Constituição da mandioca”.
A dissolução da Assembleia causou uma grave crise política em um regime que ainda tentava se estabelecer. O imperador nomeou um Conselho de Estado, composto de dez membros, para elaborar um novo texto para a Constituição. Segundo o historiador Caio Prado Junior, em a Evolução Política do Brasil e outros estudos, o textoencomendado por Dom Pedro deveria conter, sobretudo, princípios liberais, com o claro propósito de deixá-los somente no papel. Pouco mais de um mês depois de formado o Conselho, a carta constitucional estava pronta, sendo outorgada em 25 de março de 1824. Veja, estamos falando de uma Constituição outorgada. Quando as constituições são elaboradas por representantes do povo, ou seja, com a participação popular – através de seus representantes, chamamos de constituição promulgada. Aquelas que são elaboradas sem a participação popular são constituições outorgadas. Este é o caso da Constituição de 1824, outorgada à nação pelo imperador.
A nova constituição (O primeiro artigo deste documento coloca que: “O Império do Brasil é a associação Política de todos os Cidadãos Brasileiros. Eles formam uma Nação livre, e independente, que não admite com qualquer outro laço algum de união, ou federação, que se oponha à sua Independência.”) e o projeto anterior tinham alguns pontos em comum: ambas afastavam a maior parte da população do poder. O voto era censitário, ou seja, baseado na renda, o que valia tanto para ser eleitor como para concorrer a algum cargo eletivo. De imediato, o documento afirma a soberania do novo país e, buscando um caráter democrático, estipula também os escravos libertos como cidadãos brasileiros. Mas esse conceito de cidadão é bastante contraditório, já que as mulheres são cidadãs, mas estão impedidas de votar. O mesmo ocorre com os libertos.
A noção de cidadania que temos hoje é bastante recente e, ainda que o documento de 1824 remeta constante aos cidadãos brasileiros, ele é excludente e deixa de fora da participação política a maior parte da população. Se a carta e seu projeto se parecem neste aspecto, diferem muito no que diz respeito aos poderes e atribuições do imperador. Aos três poderes originais – executivo, legislativo e judiciário, foi acrescentado um quarto poder, o moderador.
Executivo ( Legislativo ( Judiciário ( Moderador
O poder moderador era exercido exclusivamente pelo imperador e era soberano em relação aos demais. Para entendermos melhor, vamos fazer algumas considerações acerca da divisão dos três poderes.
O filósofo iluminista Montesquieu, com o objetivo de diminuir os poderes dos reis absolutos, elaborou uma teoria segundo a qual para evitar o excesso de poder, e, consequentemente, o abuso de poder, o Estado deveria ser dividido em três instâncias, com diferentes atribuições. O poder legislativo, executivo e judiciário. Cada um desses poderes seria independente, mas teria igual parcela na gestão pública. O que quer dizer que eram iguais, não havendo um que se sobrepusesse ao outro. Quando é instituído um quarto poder, esta teoria é deturpada e acaba por perder seu sentido original, já que o poder moderador é superior aos demais. Por essa razão, alguns historiadores entendem essa estratégia como uma prática absolutista de Dom Pedro I, que concentrou os poderes do Estado em suas mãos.  Segundo Raymundo Faoro, em sua obra Os donos do poder: “O esquema procurará manter a igualdade sem democracia, o liberalismo fora da soberania popular. Linha doutrinária que flui de Montesquieu, passa por Sièyes e se difunde em Benjamin Constant, não por acaso, o pai do poder moderador da carta de 1824.”
De fato, em sua obra Curso de Política Constitucional, Benjamin Constant estabelece a necessidade de um poder moderador, que, a partir de seu ponto de vista, deveria se constituir como uma instância neutra, que mantivesse a harmonia dos demais poderes e garantisse a democracia. Ao ser aplicado na Constituição de 1824, entretanto, ele acabou por ser apropriado para que o poder ficasse concentrado nas mãos do imperador, que legislava de acordo com a sua vontade, submetendo os demais órgãos, como as câmaras, assembleias e o senado aos seus desejos pessoais. Daí a análise de que este poder teria tornado Dom Pedro I um exemplo de rei absoluto dos trópicos. Dessa forma, a estrutura política do império ficou de outra maneira.
Organograma Definindo a Estrutura de Poder no Brasil, a Partir da Constituição de 1824.
Podemos ver que nesse esquema, o poder moderador se coloca acima de todos os outros. Mas esta não foi uma decisão acatada com tranquilidade. Ao contrário, provocou protestos por todos os lados, pois desagradava tanto ao povo quanto às elites que viram sua influência na política limitada pela vontade imperial. Além disso, através do Padroado, o poder do Imperador estendia-se também para a igreja.
Segundo a Constituição, a igreja católica era reconhecida como a religião oficial do Estado. O padroado rege a maneira como se travam as relações entre o Estado Imperial Brasileiro e a igreja. Embora sejam membros do clero, o salário deste passa a ser responsabilidade dos cofres públicos. Na prática, isso transforma os membros da igreja católica em funcionários do Estado. Dessa forma, cabia ao imperador distribuir os cargos eclesiásticos e sancionar as bulas papais. Ou seja, as determinações do papado romano não podiam mais ser aceitas integralmente pelos membros da igreja sem antes passar pelo crivo do imperador.
O teor da carta constitucional gerou resistência por todo o país. A unidade nacional era frágil e os interesses regionais se sobrepunham aos nacionais. O descontentamento era evidente, sobretudo no Nordeste. A estrutura econômica montada durante o período colonial era baseada no latifúndio agroexportador. Províncias como Pernambuco, onde já havia eclodido uma revolução em 1817, defendiam claramente a república. Em toda parte, surgiam jornais e panfletos republicanos. O partido liberal passou a exercer uma oposição ferrenha ao imperador. O Partido Português, que apoiava o imperador, era visto com desconfiança e repudiado pelos nacionais. Soma-se a isso os altos tributos impostos pelo Império, o que fazia as elites nordestinas entenderem que sustentavam o Estado, mas estavam afastados das decisões políticas que lhes diziam respeito. Dessa forma, não foi surpresa quando no mesmo ano que a Constituição é outorgada, estoura uma revolta em Pernambuco, a Confederação do Equador. Nesta província existiam diversos jornais liberais e republicanos, como o Tífis Pernambucano, dirigido pelo carmelita frei Joaquim Caneca do Amor Divino. Enquanto o Brasil estava submetido ao pacto colonial, esse arranjo pode funcionar pois a produção brasileira era escoada para a metrópole que, por sua vez, a repassava aos seus parceiros comerciais. Quando a independência aconteceu, essa estrutura permaneceu intacta. Dessa forma, a economia nacional estava baseada na exportação e o mercado interno era praticamente ignorado pelos grandes latifundiários. Sem a presença de Portugal como comprador, era necessário que o Estado buscasse novos acordos comerciais para manter a economia, ostensivamente agrária, funcionando.
Em 25 de novembro de 1823, o jornal estampou a seguinte manchete, sobre a dissolução da Assembleia Constituinte: “Amanheceu nesta corte o fúnebre dia 12 de novembro, dia nefasto para a liberdade do Brasil e sua independência; dia em que se viu, com o maior espanto, a representação da cena do 18 Brumário em que o déspota da Europa dissolveu a representação nacional da França; dia em que o partido dos chumbeiros pôs em prática as tramoias do ministério português...”. Um dos estopins do movimento foi a nomeação de Francisco Paes Barreto para o cargo de presidente da província, destituindo Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Pais de Andrade era um liberal e se opunha frontalmente à política centralizadora do imperador. Ignorando os protestos populares, o imperador nomeou o novo presidente, que apoiava a sua política. Dom Pedro desejava manipular as instituições provinciais para conseguir o apoio político de que necessitava para manter a unidade do país.
Diversas petições e pedidos foram enviados ao imperador, que ignorou a todos e fez valer a sua vontade. Para garantir a posse de Francisco Barreto, o imperador enviou uma esquadra para a província. Diante dos protestos, cada vez mais constantese violentos, o imperador então nomeou Mayrink da Silva Ferrão, que se recusou a assumir o cargo. A resistência do imperador a ceder e reempossar Manuel Paes de Andrade levou à eclosão da Confederação do Equador, em 2 de julho de 1824.
Os Revoltosos ( Os revolucionários pernambucanos buscaram o apoio das demais províncias nordestinas e Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba juntaram-se a Pernambuco, fazendo frente ao poder imperial. Os revoltosos tomaram o poder e tinham como objetivo separar-se do Brasil, fundando uma república federativa, na qual os estados integrantes teriam autonomia e estariam submetidos a uma nova constituição.
As Forças Imperiais ( A repressão não tardou e o imperador não hesitou em autorizar o uso de extrema violência para pôr fim à revolta e reintegrar as províncias ao Brasil. As forças imperiais atacaram separadamente o coração de cada uma destas províncias. Em Recife e Olinda, centro da resistência, as forças da ordem não pouparam esforços para acabar com o movimento. Sem recursos, separados e desmobilizados, o último reduto da resistência, o Ceará, acabou por se render, em novembro de 1824.
Condenados à Morte ( Vários revoltos foram condenados à morte, inclusive Frei Caneca. A pena previa a morte por enforcamento, mas não houve carrasco que se dispusesse a enforcar o Frei, já que esta era uma pena reservada somente a criminosos. Diante da recusa, a pena foi alterada para fuzilamento. A historiografia resgatou a imagem de Frei Caneca como um mártir da liberdade e da luta contra a tirania e a opressão. 1824 marcou definitivamente o Primeiro Reinado. Não só pela Confederação do Equador como pela evidente incapacidade do imperador em lidar com as crises, políticas e econômicas, que se avolumavam e que levaram à sua abdicação ao trono, em 7 de abril de 1831.
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