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Contribuições Sociais para Seguridade Social

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PONTO 09
Contribuições sociais. Natureza e espécies.
Elaborado por Giordano Resende Costa
Complementado por Dartanhan Rocha
Atualizado por Nivaldo Luiz Dias – Março de 2007
Atualizações feitas em verde por Camila Franco e Silva Velano – XIII Concurso – TRF1
Atualizado em cinza, por Márcio Muniz da Silva Carvalho, em agosto de 2012
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – NATUREZA E ESPÉCIES
O financiamento da seguridade social é feito de forma indireta pela sociedade, mediante as dotações orçamentárias de responsabilidade da União, Estados, DF e Municípios (art. 195, caput, da CF), bem como por meio das contribuições para a seguridade social incidentes sobre a receita dos concursos de prognósticos (art. 195, III, da CF). A seguridade social conta ainda com o financiamento direto decorrente das contribuições estabelecidas pelos incisos I, II e IV do art. 195 da CF/88.
O modelo de financiamento da seguridade social é o contributivo, apesar de o Poder Público entrar com uma parcela (diversidade da base de financiamento), sendo que as contribuições para ela vertidas são estipuladas de acordo com a capacidade contributiva dos sujeitos passivos (eqüidade na forma de participação).
O STF já decidiu que o sujeito ativo dessas contribuições pode ser a própria União, e não necessariamente o ente responsável pela gestão da seguridade social (INSS). É o caso da COFINS e da CSLL que, embora cobradas pela União, devem ter suas receitas incluídas no orçamento da seguridade social. Com a edição da Lei nº 11.457/2007 (Super Receita), a tributação, arrecadação e fiscalização de todas as contribuições sociais, inclusive as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, as dos empregadores domésticos e as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição, passa a ser de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
A Lei 11.457/2007 assegura que o produto da arrecadação das contribuições especificadas (das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço, as dos empregadores domésticos e as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição) e acréscimos legais incidentes serão destinados, em caráter exclusivo, ao pagamento de benefícios do Regime Geral de Previdência Social e creditados diretamente ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101/2000 (art. 1º, § 1º). O § 2o  dispõe que, Nos termos do art. 58 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a Secretaria da Receita Federal do Brasil prestará contas anualmente ao Conselho Nacional de Previdência Social dos resultados da arrecadação das contribuições sociais destinadas ao financiamento do RGPS e das compensações a elas referentes.
CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
 	É constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, fixados obrigatoriamente na LOA (art. 16 da Lei n.º 8.212). É de responsabilidade da União a cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, para o pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, de acordo com a LOA (§ único do art. 16 da L. n.º 8.212).
Segundo Castro e Lazzari, “Em verdade, a União não tem, efetivamente, uma contribuição social. Ela participa atribuindo dotações de seu orçamento à Seguridade Social, fixados obrigatoriamente na Lei Orçamentária anual, além de ser responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras da Seguridade Social, em razão de pagamento de benefícios de prestação continuada pela Previdência Social”.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES
As contribuições especiais (que possuem natureza tributária, matéria já pacificada no STF, por estarem inseridas no capítulo do sistema tributário nacional, constituindo espécie autônoma) classificam-se da seguinte forma (vide STF RE 138284):
Contribuições Sociais
Contribuições para a seguridade social
Destinadas a custear serviços nas áreas da saúde, previdência e assistência social
Art. 195 da CF
Art. 239 da CF (PIS/PASEP)
Outras contribuições sociais (residuais)
As residuais previstas no art. 195, §4º, da CF
Contribuições sociais gerais
Destinadas a algum outro tipo de atuação da União na área social
Salário-educação (art. 212, §5º, da CF)
Contribuições para os Serviços Sociais Autônomos (art. 240 da CF)
Sistema “S” => SESI, SESC, SENAI, etc.
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico
CIDE combustíveis (art. 177, §4º, da CF)
CIDE-royalties (Lei 10.168/2000)
AFRMM (Decreto-Lei 2.404/87)
“I. - Adicional ao frete para renovação da marinha mercante - AFRMM - é uma contribuição parafiscal ou especial, contribuição de intervenção no domínio econômico, terceiro gênero tributário, distinta do imposto e da taxa. (C.F., art. 149). II. - O AFRMM não é incompatível com a norma do art. 155, § 2º, IX, da Constituição. Irrelevância, sob o aspecto tributário, da alegação no sentido de que o Fundo da Marinha Mercante teria sido extinto, na forma do disposto no art. 36, ADCT” (STF RE 177137)
Contribuições Corporativas
Contribuição Sindical cobrada de todos os trabalhadores (art. 579 da CLT)
Contribuição para os Conselhos de Fiscalização Profissional (CRM, CREA, CRC)
“Diante da natureza intrínseca da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, autarquia detentora de características diferentes das autarquias consideradas entes descentralizados, denota-se que as contribuições recebidas pela entidade não têm natureza tributária. Nesse diapasão, esta egrégia Primeira Seção desta colenda Corte Superior de Justiça esposou, em recente julgado, entendimento segundo o qual "as contribuições cobradas pela OAB, como não têm natureza tributária, não seguem o rito estabelecido pela Lei n. 6.830/80” (STJ, EREsp 495918/SC, Rel. Ministro FRANCIULLI NETTO, PRIMEIRA SEÇÃO, 22/06/2005)
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) => art. 149-A/CF
Súmula 670 do STF: “O SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE SER REMUNERADO MEDIANTE TAXA”
 Os contribuintes para a seguridade social são a UNIÃO (sem valor ou percentual fixo), as empresas, os trabalhadores e segurados, os apostadores de concursos de prognósticos e os importadores de bens e serviços.
 Desde já, ressalte-se que há vinculação (a qual é proibida apenas para os impostos, tributos não-vinculados por excelência) de algumas contribuições sociais (art. 167, XI, CF): as contribuições incidentes sobre a folha de salários e as dos trabalhadores serão utilizadas exclusivamente para o pagamento de benefícios da Previdência Social (RGPS). 
 Ademais, apesar de o orçamento ser único (o que é um princípio orçamentário, pois tem que abranger todas as receitas e despesas), as dotações da UNIÃO, que não possuem limites pré-fixados, para o orçamento da seguridade social são destacadas dos orçamentos fiscal e de investimentos em empresas estatais (art. 165, §5º/CF).
 As contribuições dos Estados e Municípios são autônomas em relação às da União (art. 195, §1º).
 Infelizmente, o carreamento de recursos para a seguridade social vem sofrendo alguns baques, como o desvirtuamento da receita da CPMF E A DESVINCULAÇÃO DE RECEITAS DA UNIÃO (DRU), que permite que até 20% do montante arrecadado com as contribuições sociais tenham destinação diversa (art. 76 do ADCT). 
 Lembre-se que para as contribuições sociais do art. 195 aplica-se o princípio da anterioridade mitigada ou nonagesimal (§6º), o qual incide na hipótese de gravame para o contribuinte, para que não haja surpresa; se a lei for mais benéfica, entra em vigor desde logo.
 As contribuições sociais residuais, que somente podem ser instituídas por meio de Lei Complementar, podem até ter fato gerador ou base de cálculo coincidente com a de imposto (ex. imposto de renda e CSLL),mas essa duplicidade não pode ocorrer entre contribuições sociais (STF).
A instituição se faz por lei ordinária, salvo se for residual (LC). De qualquer forma, o legislador ordinário não pode, a título de interpretação do dispositivo constitucional, alargar as fronteiras das definições utilizadas no art. 195 para abranger institutos jurídicos diferentes (ex: conceito de salário, de faturamento, etc).
 As entidades beneficentes de assistência social, que atenderem aos requisitos estabelecidos em lei, são “isentas” (leia-se: imunes) de contribuições para a seguridade social (art. 195, §7º, CF). Trata-se, em verdade, de imunidade condicionada.
 As contribuições podem ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em razão a atividade econômica ou da utilização da mão-de-obra. Exemplo cabal dessa regra é a contribuição para o seguro de acidente de trabalho (SAT), que possui alíquotas diversas, de acordo com o risco apurado na empresa (ART. 22, §1º, L 8.212/91).
CONTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS
GENERALIDADES
A acepção de empresa para a seguridade social é mais ampla que a adotada por outros ramos do direito, como o empresarial, o trabalhista e o tributário. De acordo com o art. 15 da Lei 8.212/91, considera-se empresa “a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional”, equiparando-se à empresa, para fins previdenciários, “o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras”.
O art. 195, I, da CF, elenca, genericamente, quais as contribuições a cargos das empresas, empregadores e entidades equiparadas, que incidirão sobre:
- A folha de salários e outros rendimentos pagos ou creditados à pessoa física que lhe preste serviços, mesmo sem vínculo empregatício;
- a receita ou faturamento
- o lucro
 Observe-se que o inciso em comento foi dissecado em alíneas pela EC 20/98, que expandiu o conceito de remuneração a terceiros pela empresa (que antes era só folha de salários), bem como o de faturamento, que passou a ter a “receita” a seu lado.
A pessoa jurídica em débito com a seguridade social não poderá contratar com o Poder Público ou dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditórios.
ESPÉCIES:
A) Contribuição sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
A.1 - SOBRE A REMUNERAÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADOS E TRABALHADOR AVULSO (ART. 22, I, LEI 8212/91):
É de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
Integram o conceito de remuneração quaisquer abonos, parcelas indenizatórias pagas ou creditadas a qualquer título, mesmo que a rescisória de contrato de trabalho, a não ser que não integrem o salário-de-contribuição (art. 28, § 9º, da Lei 8212/91). Bolsa de estudos paga a médico-residente também integra a base de cálculo (art. 4º, da Lei 8.932/81).
Note-se que o artigo fala em valores pagos ou creditados, englobando até valores que serão adimplidos a posteriori ou que venham compensar outros fatores (ou seja, adota-se o regime de competência, e não o regime de caixa).
A.2 - SOBRE A REMUNERAÇÃO DO SEGURADO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (ART. 22, III, LEI 8212/91):
 É de 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços.
Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado (art. 22, § 13, da Lei 8.212/91).
A. 3 – ALÍQUOTA ADICIONAL ESPECÍFICA PARA INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (§1º, DO ART 22, DA LEI 8212/91):
Adicional de 2,5% (dois e meio por cento) além dos 20% sobre as remunerações pagas na competência tanto para empregados, avulsos, como contribuinte individual. No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste art. e no art. 23, é devida a contribuição adicional de 2,5% sobre a base de cálculo definida nos incisos I e III deste artigo.
OBS: Para os itens acima não interessa se a pessoa é remunerada com valor superior ao teto a previdência social. O teto só tem pertinência para cálculo da contribuição do empregado, que a empresa tem a obrigação de reter e recolher, juntamente com a sua até o dia 02 do mês seguinte (ou seja, o teto é para o salário-de-contribuição do empregado, mas não existe teto para a contribuição previdenciária a cargo da empresa).
A.4 – PARA CUSTEIO DO SEGURO DE ACIDENTE DO TRABALHO - SAT (ART. 22, II, LEI 8212/91):
O SAT é um seguro obrigatório, instituído por lei, mediante uma contribuição adicional a cargo exclusivo da empresa e destina-se à cobertura de eventos resultantes de acidente de trabalho (Castro/Lazzari).
 Incidirá sobre as remunerações pagas ou creditadas no mês aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, a alíquota de 1%(um), 2% (dois) ou 3%(três) em função do grau de risco de acidente do trabalho na atividade preponderante (conceituada como a que concentra o maior número de empregados pelo DEC. 3048/99) na empresa ser leve, médio ou grave, respectivamente. 
 Já a cotização dos segurados especiais para o SAT, assim como a contribuição básica, incide sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, na alíquota de 0,1% (diferente do que ocorre com o empregado e o avulso, quando o SAT fica a cargo da empresa, no caso do segurado especial é o próprio segurado que arca com o SAT, ainda que outro possa ser o responsável pelo recolhimento). As empresas rurais, produtor rural pessoa jurídica e agroindústrias, também tem a alíquota do SAT fixada em 0,1%. 
 
 As alíquotas poderão ser reduzidas em até 50% (cinqüenta) ou aumentadas em até 100% (cem) de acordo com os índices de ocorrências, gravidade e custo dos incidentes na atividade.
 Súmula 351 do STJ: “A alíquota de contribuição para o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro”.
A.5 – O ADICIONAL AO SAT. 
		De acordo com o art. 57, §6º, da Lei 8.213/91, as alíquotas da contribuição SAT serão acrescidas de 12%, 9% ou 6% (o chamado “adicional SAT”), conforme a atividade exercidapelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.
O acréscimo à alíquota básica do SAT incide, exclusivamente, sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais, ao contrário do SAT básico, de 1%, 2% ou 3%, que incide sobre a totalidade da remuneração de empregados e avulsos.
A cobrança do adicional do SAT também foi estendida às COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO (Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a cooperativa detenha por qualquer forma os meios de produção) => Lei 10.666/03. 
A.6 - SOBRE VALOR BRUTO DA NOTA FISCAL OU FATURA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COOPERADO, ATRAVÉS DE COOPERATIVA DE TRABALHO (ART. 22, IV, LEI 8212/91):
15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. O sujeito passivo dessa contribuição é a empresa contratante, tomadora do serviço, e não a cooperativa. 
	 A cooperativa de trabalho não se sujeita a contribuição sobre os valores com os quais remunera seus cooperados. Observe-se que, caso tenha empregados ou contrate outros contribuintes individuais distintos de seus cooperados, estará a cooperativa sujeita a todas as contribuições previstas em lei, como qualquer empresa. 
A.7. CONTRIBUIÇÃO SOBRE VALORES PAGOS A EXERCENTES DE MANDATO ELETIVO:
 O STF, nos autos do RE 351.717, declarou inconstitucional a alínea “h” do art.12, I, da Lei 8.212/91, inserida pela Lei nº 9.506/97, pois a inclusão dos exercentes de mandato eletivo dentre os segurados obrigatórios do RGPS implicou a criação, por meio de lei ordinária, de nova fonte de custeio. É que não se podia considerar que o subsídio pago aos agentes políticos se enquadrava no conceito de “folha de salários, faturamento e os lucros”.
 	Contudo, depois da edição da EC nº 20/98, a redação do art. 195 da CF passou a permitir a exigência de contribuições incidentes sobre a remuneração dos agentes políticos, tendo sido editada lei nesse sentido (Lei nº 10.887/2004), que incluiu novamente o exercente de mandato eletivo entre os segurados obrigatórios da Previdência Social (alínea “j”).
B – CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS (LC 70/91, LEI 9718/98 E LEI 10.833/2003) E PIS/PASEP (LEI 10.137/02): 
 A LC 70/91, 30.12.91, instituiu a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS, revogando o art. 23, I, da Lei 8.212/91, que tratava do FINSOCIAL. A COFINS foi criada com uma alíquota de 2%, tendo como base de cálculo o faturamento mensal, assim considerada a receita bruta das vendas de mercadorias e serviços de qualquer natureza.
	 A COFINS é devida pelas pessoas jurídicas, inclusive entidades equiparadas pela legislação do Imposto de renda, sendo destinada exclusivamente às despesas com atividade-fim das áreas de saúde, previdência e assistência social (com a ressalva da DRU – art.76 do ADCT).
 O PIS – Programa de Integração Social foi criado pela LC nº 7/70 e o PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público foi instituído pela LC nº 8/70. Essas Normas foram recepcionadas pela CF/88, consoante decisão do Pleno do STF, no RE 169.091, em 1995, tendo como Relator o Ministro Sepúlveda Pertence. A base constitucional da exigência do PIS e do PASEP está no art. 239 da CF/88, a qual estabeleceu que essas contribuições passariam, a partir de 5.10.1988, a financiar o programa de seguro-desemprego e o abono para os empregados que percebam até dois salários mínimos. A natureza jurídica do PIS e do PASEP é de contribuição social, destinada ao custeio da seguridade social. 
 A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, além das duas regras gerais de apuração (incidência não-cumulativa e incidência cumulativa), possuem ainda diversos regimes especiais de apuração. De um modo geral podemos dizer que:
* Regime de incidência cumulativa: A base de cálculo é o total das receitas da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Alíquotas da para o PIS/Pasep e da Cofins são, respectivamente, de 0,65% e de 3%.
* Regime de incidência não-cumulativa: O diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não-cumulativa é a Lei 10.637, de 2002, e o da COFINS a Lei 10.833, de 2003.
Permite-se o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Nesse regime, as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins são, respectivamente, de 1,65% e de 7,6%. 
As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no lucro real estão sujeitas à incidência não-cumulativa, exceto: as instituições financeiras, as cooperativas de crédito, as pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, as operadoras de planos de assistência à saúde, as empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e as sociedades cooperativas (exceto as sociedades cooperativas de produção agropecuária e as sociedades cooperativas de consumo).
* Regimes especiais : A característica comum é alguma diferenciação em relação à apuração da base de cálculo e/ou alíquota.
a. Base de cálculo e alíquotas diferenciadas 
Instituições financeiras: Alíquota de 4% para cálculo da COFINS. 
Entidades sem fins lucrativos: As entidades sem fins lucrativos de que trata o art. 13 da MP nº 2.158-35, de 2001, calculam a Contribuição para o PIS/Pasep com base na folha de salários, à alíquota de 1%. 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno: apuram a Contribuição para o PIS/Pasep com base nas receitas correntes arrecadadas e nas transferências correntes e de capital recebidas, e não estão sujeitas a Cofins. 
b. Base de cálculo diferenciada 
Estão sujeitas à incidência cumulativa, com alíquotas de 0,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) e 3% (Cofins), porém com direito a deduções específicas previstas na legislação, as receitas obtidas, dentre outros, nos mercados futuros e de energia elétrica nas operações de câmbio, por instituição autorizada pelo BC.
A COFINS e o PIS não incidem sobre receitas de operações de exportação de mercadorias ou serviços.
	PIS/Cofins e empresas de trabalho temporário: os valores recolhidos a título de pagamento de salários e respectivos encargos trabalhistas de empresas prestadoras de trabalho temporário (Lei n. 6.019/1974 e Dec. n. 73.841/1974) não podem ser excluídos da base de cálculo do PIS e da Cofins.
	Cofins e locação de bens móveis: O STJ admite a incidência da Cofins sobre as receitas provenientes das operações de locação de bens móveis por constituírem resultado da atividade econômica da empresa.
QUESTÕES POLÊMICAS SOBRE A COFINS:
1) A constitucionalidade dessa contribuição foi questionada (por possuir a mesma base de cálculo do PIS), tendo o STF, no julgamento da ADC 1-1/DF, decidido ser constitucional a COFINS, sob o fundamento que ela não tem base no § 4º do art. 195 da CF, mas no inciso I do art. 195. Por essa razão, eventual cumulatividade com outros tributos não encontra óbice constitucional. 
2) Súmula 659 do STF: “É legítima a cobrança da COFINS, do PIS e do FINSOCIAL sobre as operações relativas à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País”.
3) A constitucionalidade do artigo 56 da Lei n. 9.430/96, que revogou a isenção da COFINS concedida às sociedades civis prestadoras de serviços profissionais pelo art. 6º, II, da Lei Complementar n. 70/91, foi reconhecida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento dos RE’s 377.457 e 381.864, ambos da Relatoria do Ministro Gilmar Mendes.Entendeu-se que a LC 70/91 é apenas formalmente complementar, mas materialmente ordinária (já que a COFINS poderia ter sido instituída por lei ordinária). Logo, a isenção concedida por lei apenas formalmente complementar pode ser revogada por lei ordinária, eis que inexiste hierarquia entre essas espécies normativas.
4) O STF (Informativo 408) considerou inconstitucional o § 1º do art. 3º da Lei 9.718/98, que ampliou o conceito de faturamento para abranger toda e qualquer receita, violando a noção de faturamento pressuposta no art. 195, I, b, da CF, na sua redação original, que equivaleria ao de receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza. Entendeu-se que a superveniência da EC 20/98 (que inseriu o conceito de “receita” no art. 195, I, da CF) não teria o condão de sanar a inconstitucionalidade originária (pois o STF não admite a figura da “constitucionalidade superveniente”).
5) Já a majoração da alíquota da COFINS, de 2% para 3% (art. 8º da Lei 9.718/98), foi considerada constitucional pelo STF, que reconheceu a “desnecessidade de lei complementar para a majoração de contribuição cuja instituição se dê com base no artigo 195, inciso I, da Carta da República. Descabe cogitar de instrumento próprio, o da lei complementar, para majoração da alíquota da COFINS” (RE 407173).
6) O STJ tem entendimento consolidado no sentido de que o ICMS integra a base de cálculo do PIS e da COFINS (Súmulas 68 e 94). Aplicando o mesmo raciocínio, entende o STJ que “deve o valor do ISS compor a base de cálculo do PIS e da COFINS, pois integra o preço dos serviços e, por conseguinte, o faturamento decorrente do exercício da atividade econômica” (AgRg no AREsp 157.345). Prevalece a ideia de que não é possível excluir do faturamento o custo tributário, pois isso implicaria a formação de uma receita líquida. Quando uma empresa fixa o preço de venda de um produto, uma série de custos está embutida, entre os quais a carga tributária, não havendo previsão legal para a exclusão do tributo da base de cálculo do PIS/COFINS.
C) CONTRIBUIÇÕES DO IMPORTADOR DE BENS E SERVIÇOS DO EXTERIOR:
 A Constituição prevê no seu art. 195, IV, introduzido pela EC 42/2003, a incidência de contribuição social a cargo do importador de bens e serviços do exterior, ou de quem a Lei a ele equiparar. Esse dispositivo está em sintonia com o disposto no art. 146, § 2º, inciso II, que recebeu nova redação pela EC 42/2003, prevendo a incidência de contribuição sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
	 Em consonância com a nova ordem constitucional, foi editada a MP 164, de 29.01.2004, convertida na Lei nº 10.865/2004, que institui o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação, que têm por hipóteses de incidência a entrada de bens estrangeiros no território nacional e o pagamento, o crédito, a entrega, o emprego ou a remessa de valores a residentes ou domiciliados no exterior como contraprestação por serviço. A alíquota principal do PIS/PASEP-Importação é de 1,65% e da COFINS-Importação é de 7,6%. No entanto, o art. 8º estabelece alíquotas diferenciadas no caso de importação de alguns produtos, tais como, farmacêuticos, perfumaria, máquinas e veículos, gasolinas, etc. 
D) – SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL)
 A CSLL está fundamentada no art. 195, I, c, da Constituição Federal, sendo que a cobrança foi instituída pela Lei 7.689/88. 
 A alíquota é de 9% (nove) do lucro líquido (Lei 10.637/2002) sobre o resultado do exercício, antes da provisão para o imposto de renda. As pessoas jurídicas podem optar pelo recolhimento mensal dessa contribuição, com base em lucro real estimado. 
“Recurso extraordinário. 2. Contribuições sociais. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF). 3. Imunidade. Receitas decorrentes de exportação. Abrangência. 4. A imunidade prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição, introduzida pela Emenda Constitucional nº 33/2001, não alcança a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), haja vista a distinção ontológica entre os conceitos de lucro e receita. 6. Vencida a tese segundo a qual a interpretação teleológica da mencionada regra de imunidade conduziria à exclusão do lucro decorrente das receitas de exportação da hipótese de incidência da CSLL, pois o conceito de lucro pressuporia o de receita, e a finalidade do referido dispositivo constitucional seria a desoneração ampla das exportações, com o escopo de conferir efetividade ao princípio da garantia do desenvolvimento nacional (art. 3º , I, da Constituição). 7. A norma de exoneração tributária prevista no art. 149, § 2º, I, da Constituição também não alcança a Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), pois o referido tributo não se vincula diretamente à operação de exportação. A exação não incide sobre o resultado imediato da operação, mas sobre operações financeiras posteriormente realizadas” (STF, RE 474132, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2010)
E) – SIMPLES (LEI 9.317/96)
 O regime simplificado de arrecadação de tributos federais, aplicável às micro e pequenas empresas que aderirem ao programa voluntariamente, abarca, além do IRPJ e do IPI, todas as contribuições para a seguridade social a cargo da pessoa jurídica (PIS, PASEP, CSLL, COFINS, Contribuição sobre o total da remuneração paga), através de uma alíquota variável de acordo com a receita bruta arrecadada no ano-calendário. Se a pessoa jurídica for contribuinte do IPI, terá adicional de 0,5%. Enquadrada no SIMPLES, a pessoa jurídica deverá pagar, sobre a receita bruta mensal, alíquotas que variam entre 3,0% e 15,126% (em casos diferenciados, a alíquota poderá chegar a 23,58%).
 Não estão incluídos no SIMPLES o IOF, II, IE, IR sobre ganho de capital, ITR, CPMF, FGTS e a contribuição para a seguridade social a cargo do empregado.
F) CONTRIBUIÇÃO DOS CLUBES DE FUTEBOL PROFISSIONAL (LEI 9.615/98)
 Alíquota de 5%(cinco) sobre a receita bruta dos espetáculos desportivos, em qualquer modalidade esportiva, inclusive jogos internacionais de que participe o Brasil, contratos de patrocínio, licenciamento de marcas, de publicidade ou propaganda e das transmissões dos jogos. 
 Esta contribuição substitui a incidente sobre a remuneração dos empregados (parte da empresa) e a do SAT. As demais incidem normalmente. Assim, caso a Associação Desportiva remunere um contribuinte individual, estará sujeita à contribuição de 20% sobre este valor. Caso contrate cooperativa de trabalho, também estará sujeita a recolhimento de 15% sobre o valor na fatura ou nota fiscal. Além disso, estão obrigados à retenção e recolhimento das contribuições a cargo de seus atletas, que são segurados na qualidade de empregados. 
G) CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA
“CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA. EMPREGADOR RURAL PESSOA FÍSICA. INCIDÊNCIA SOBRE A COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO. ART. 25 DA LEI 8.212/1991, NA REDAÇÃO DADA PELO ART. 1º DA LEI 8.540/1992. INCONSTITUCIONALIDADE. I – Ofensa ao art. 150, II, da CF em virtude da exigência de dupla contribuição caso o produtor rural seja empregador. II – Necessidade de lei complementar para a instituição de nova fonte de custeio para a seguridade social. III – RE conhecido e provido para reconhecer a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei 8.540/1992, aplicando-se aos casos semelhantes o disposto no art. 543-B do CPC” (STF, RE 596177, Relator(a):  Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2011) . 
H) CONTRIBUIÇÃO DO PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA E DA AGROINDÚSTRIA
 A Agroindústria (conceito legal – é o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrializaçãode produção própria e adquirida de terceiros) e o produtor rural pessoa jurídica contribuirão, sobre a receita bruta da comercialização de seus produtos, com 2,5%, que substitui a pertinente à folha de salários; em relação ao SAT, adicional de 0,1% (zero vírgula um), pagando COFINS E CSLL. 
 Além disso, o produtor rural pessoa jurídica é segurado obrigatório na condição de contribuinte individual, devendo efetuar suas contribuições mensais nessa condição, como qualquer outro individual. 
 A contribuição do PRPJ e da agroindústria substitui a incidente sobre a remuneração dos empregados e avulsos. Estão excluídas da substituição às contribuições sobre a remuneração de contribuintes individuais e a incidente sobre as faturas das cooperativas de trabalho.
I) “Sistema S”: por força do disposto no art. 240 da CF (“Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical”), as contribuições para o SESC, SENAC, SESI e SENAI podem continuar a ser cobradas ao lado das contribuições incidentes sobre a folha de salários que retiram o seu fundamento no art. 195, I, a, da CF.
J) Salário-educação: Súmula nº 732 do STF – “É constitucional a cobrança da contribuição do salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 1988, e no regime da Lei 9.424/96”.
		Mais entendimentos:
	
	(STF) Prorrogação da CPMF e manutenção de alíquota de 0,38%: majoração da alíquota de modo a atrair o disposto no art. 195, § 6º, da CF, haja vista que a EC 42/2003 teria apenas mantido a alíquota de 0,38% para o exercício de 2004 sem instituir ou modificar a alíquota diferente da que os contribuintes vinham pagando.
	(STF) Alíquota da CSLL: É válida a majoração da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSSL (CF, art. 195, I) por medida provisória.
	(STF) Vale transporte e contribuição previdenciária: É inconstitucional a cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor pago, em dinheiro, a título de vales-transporte aos seus empregados, por força de acordo trabalhista (caráter não salarial do auxílio). 
	(STJ) Cofins e distribuidores de filmes: Os valores ingressam em seu caixa por direito próprio, pelo exercício de seu objeto social, o que corresponde a seu faturamento para fins de incidência da Cofins. 
	(STJ) Cooperativa: Não incide o PIS/Cofins sobre os atos próprios da sociedade cooperativa que têm por objeto a prestação direta de serviço aos seus cooperados.
	(STJ) Energia elétrica e PIS/Cofins: Os valores relativos ao fornecimento de energia elétrica que, mesmo faturados, não ingressaram efetivamente no caixa da empresa, devido à inadimplência dos consumidores, são computados na base de cálculo da Cofins e do PIS. 
	(STJ) Loja de shopping: Incide a Cofins e o PIS sobre as receitas oriundas da locação de lojas em shopping center, mesmo quando o valor do aluguel seja em percentual sobre o faturamento do lojista locatário.
	(STJ) Cofins e factoring: o factoring realiza atividade mista atípica, entre as quais, a aquisição de direitos creditórios, auferindo vantagens financeiras resultantes das operações realizadas, logo deve incidir Cofins sobre a soma das receitas.
	(STJ) CSLL e alíquota reduzida para serviços hospitalares: justifica-se apenas se a instituição for organizada e estruturada com a finalidade de prestar atendimento e realizar internação de pacientes. Ou seja, são os que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais e voltadas diretamente à promoção da saúde, sendo que, em regra, mas não necessariamente, são prestados no interior do estabelecimento hospitalar.
	(STJ) SAT: A alíquota é aferida pelo grau de risco desenvolvido em cada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco da atividade preponderante quando houver apenas um registro (Súmula 351).
	(STJ) Contribuição previdenciária de 11%: não se criou nova contribuição sobre o faturamento, nem alterou a alíquota ou a base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, somente fixou um novo sistema de arrecadação, a fim de responsabilizar as empresas tomadoras de serviço pela forma de substituição tributária.
	(STJ) Primeiros 15 dias do auxílio-doença: Não incide contribuição previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado durante os primeiros 15 dias do auxílio-doença, uma vez que tal verba não tem natureza salarial, pois não há prestação de serviço no período.
	(STJ) SIMPLES: A retenção da contribuição para a seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às empresas optantes pelo Simples. (Súmula 424)
	(STJ) Contribuição sindical rural: A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural. (Súmula 396)
Bibliografia:
Manual de Direito Previdenciário, Carlos A. P. de Castro, João B. Lazzari, LTr, 7ª edição.
Curso de Direito Previdenciário, Fábio Zambitte Ibrahim, Editora Impetus, 8ª Edição.
Direito Previdenciário, Marcelo Leonardo Tavares, Lumen Juris, 8ª Edição. 
Resumos do TRF5, TRF1 e TRF2.

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