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TRABALHO - História do Youtube (1).docx

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TATUAPÉ I
 CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
RENATO DA SILVA ALVES RA: 1414981
HISTÓRIA DO YOUTUBE
SÃO PAULO
05/2017
FACULDADE SUMARÉ – TATUAPÉ I
 
HISTÓRIA DO YOUTUBE
ORIENTAÇÃO: ELTON OLIVEIRA SOUZA DE MEDEIROS.
 LILIAN TOYOTA.
 REGINA CELIA BARBOSA FERREIRA DE ALMEIDA.
 SILENE FERREIRA CLARO.
SÃO PAULO
05/2017
RESUMO 
O presente estudo apresenta a evolução histórica do YouTube e sua importância para a popularização de webvídeos. Foi visto que a comunidade YouTube tem como função, essencialmente, ser um website que possibilite aos internautas carregarem, assistirem e compartilharem vídeos em configuração digital, mas se torna uma rica fonte de informação ao passo que reúne conhecimentos das mais diversas áreas temáticas nas produções ou reproduções postadas. Ao final do estudo concluiu-se que o sucesso do YouTube deve-se à possibilidade de democratizar todo e qualquer tipo de conteúdo, abrangendo a divulgação de conteúdos publicitários, conteúdos destinados ao lazer, divulgação de utilidades em âmbito geral, possibilidade de auto-promoção, dentre outros, o que justifica o sucesso desta mídia social e o crescente aumento no número de pessoas que a ela aderem.
Palavras-chave: Internet. Mídia sociais. Web vídeos. Youtube.
SUMARIO 
INTRODUÇÃO
A web como meio de massa popularizado e consolidado representa a extensão do homem social na medida em que potencializa as interações e as mobilizações coletivas.
Segundo Lévy (1996), o virtual gera interação, acontecimentos e promove indagações acerca das relações entre tempo e espaço, continuidade da ação e duração descontinua, mas sempre produzindo efeitos.
Nesse sentido, compreende-se que o virtual vai além. Para Sodré (2002) a sociedade contemporânea tem como regimento a midiatização ou a tendência em virtualizar as relações humanas. Alheio a um ciclo padrão, o internauta pode ver o futuro e voltar ao passado, oscilar entre o privado e o público, sendo o corpo pessoal a atualização temporária de um enorme hipercorpo híbrido, social e tecnobiológico (LÉVY, 1996). 
A virtualização pode ser identificada na articulação do funcionamento institucional e da conduta individual com as tecnologias da comunicação (SODRÉ, 2002).
A midiatização, portanto, é uma “ordem de mediações socialmente realizadas no sentido da comunicação entendida como processo informacional” (SODRÉ, 2002, p. 21) com ênfase na “tecnointeração” e caracterizada pelo a existência do “medium”. Nesse entendimento, a informação e o conhecimento compartilhados na interconexão mundial de computadores com as tecnologias digitais traduz o mundo sensível ao mesmo tempo em que condiciona e modifica aspectos sociais.
A dimensão social da web é marcada pela comunicação que envolve de forma direta o usuário como desenvolvedor dos seus próprios caminhos, sendo mediado pelas experiências grupais, nas diversas mídias, a partir de interesses comuns, inclusive aqueles relacionados ao consumo (HERREROS, 2008).
Organizados em comunidades virtuais, palco de manifestações em formatos multimídias, os consumidores experimentam os papéis de formadores e buscadores de opiniões, de acordo com Schiffman e Kanuk (2000). As publicações e postagens em texto, vídeo, áudio e imagem enfatizam o poder do internauta em tornar público os seus anseios e buscar informações para solucionar problemáticas relacionadas à prática de consumir.
Feitas estas considerações iniciais, o presente estudo apresenta a evolução histórica do YouTube e sua importância para a popularização de webvídeos. O YouTube, contabiliza os seguintes dados estatísticos: a) mais de 1 bilhão de usuários únicos visitam o site a cada mês; b) mais de 4 bilhões de horas de vídeo são vistas por mês na comunidade; c) 72 horas de vídeo são carregadas a cada minuto; d) 70% do tráfego do site vem de fora dos Estados Unidos da América (EUA); e) a comunidade está localizada em 53 países e em 61 línguas; f) em 2011, o YouTube teve mais de 1 trilhão de pontos de vista ou cerca de 140 visualizações para cada pessoa na Terra (KUROVISK, 2015).
No Brasil, o YouTube tem mais de 31 milhões de visitante únicos por ano, sendo o quarto País com o maior número internautas no site, perdendo apenas para EUA, Japão e Alemanha. De acordo com o E.life (2012) cada usuário brasileiro permanece conectado ao site de compartilhamento de vídeos cerca de 30 horas semanais. 
Esses dados revelam o alcance do YouTube e a importância da análise desta mídia social.
Para a realização desta pesquisa, elegeu-se a pesquisa bibliográfica realizada em livros, artigos, dissertações de mestrado e documentos capturados na internet que versam sobre o tema em analise.
1 A INTERNET, BREVE HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DA REDE NO BRASIL
O uso e o desenvolvimento de tecnologias acompanham o homem desde a sua mais remota existência. Criadas e aprimoradas de acordo com a necessidade individual ou coletiva, como agente transformador do espaço, as tecnologias desenvolvidas pelo homem permitiram, ao longo da sua evolução, a apropriação e a fixação do território ocupado.
A sociedade atual demanda uma nova leitura de mundo. Difere-se de forma radical da Sociedade Industrial constituindo a Sociedade da Informação, cujas principais características são: aumento da inovação científica e tecnológica; celeridade na transferência de informações em tempo real; informações não-lineares. 
Conforme Castells (2013) vive-se atualmente em uma sociedade em rede, como um agrupamento de nós interligados através da Internet. Referidas redes são flexíveis e passíveis de adaptação, características fundamentais para a sobrevivência e progresso em ambientes de rápidas transformações. O século XXI possui como uma de suas características a mutabilidade, tudo transforma rapidamente e na maioria das vezes as pessoas não são capazes de acompanhar essas mudanças. Assim, várias transformações na sociedade, que ocorreram nas últimas décadas, têm exercido influência sobre um cenário onde informação, conhecimento e aprender a aprender se revelam essenciais. Essa é uma visão hodierna, onde o indivíduo não mais detém todo conhecimento e conceitos, vive-se em um contexto onde é preciso reaprender aquilo que já foi aprendido, reconsiderar conceitos e valores frequentemente, pois a tecnologia floresce em uma velocidade supersônica não poupando ninguém. 
1.1 Histórico
A gênese da internet remonta ao período de guerras, especificamente à Guerra Fria, quando os Estados Unidos buscaram desenvolver uma rede de computadores militares, destinada a descentralizar as informações existentes e, com isso, melhor protegê-las:
A origem da internet remonta ao ápice da “guerra fria”, em meados dos anos 60, nos Estados Unidos, e foi pensada, originalmente, para fins militares. Basicamente, tratava-se de um sistema de interligação de redes dos computadores militares norteamericanos, de forma descentralizada. À época, denominava-se “Arpanet”. Esse método revolucionário permitiria que, em caso de ataque inimigo a alguma de suas bases militares, as informações lá́ existentes não se perderiam, uma vez que não existia uma central de informações propriamente dita. Posteriormente, esse sistema passou a ser usado para fins civis, inicialmente em algumas universidades americanas, sendo utilizado pelos professores e alunos como um canal de divulgação, troca e propagação de conhecimento acadêmico-científico. Esse ambiente menos controlado possibilitou o desenvolvimento da internet nos moldes os quais a conhecemos atualmente. Entretanto, o grande marco dessa tecnologia se deu em 1987, quando foi convencionada a possibilidade de sua utilização para fins comerciais, passando-se a denominar, então, “Internet”. Na década de 90, a Internet passou por um processo de expansão sem precedentes. Seu rápido crescimento
deve-se a vários de seus recursos e facilidades de acesso e transmissão, que vão desde o correio eletrônico (e-mail) até o acesso a banco de dados e informações disponíveis na World Wide Web (WWW), seu espaço multimídia. Tecnicamente, a internet consiste na interligação de milhares de dispositivos do mundo inteiro, interconectados mediante protocolos (IP, abreviação de Internet Protocol). Ou seja, essa interligação é possível porque utiliza um mesmo padrão de transmissão de dados (PINHEIRO, 2013, p. 58-59).
Molinaro e Sarlet (2014) apresentam um breve resumo da história da Internet, relatando que sua primeira fase remonta à década de 1960, período no qual se iniciaram pesquisas voltadas a conseguir a permutação de mensagens em redes do tipo packet switched, comunicações fundamentadas em interligações lógicas e não físicas entre os usuários. Em 1969, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos já utilizava essa tecnologia packet switched na sua rede de computadores militares (Arpanet), e em pouco tempo, os computadores passaram a ser conectados a essa rede, em ritmo cada vez mais acelerado, à medida que os anos transcorriam. Entretanto, é um equívoco acreditar que a Internet se originou exclusivamente na rede militar Arpanet, pois no período anterior às guerras já existiam pesquisas aprofundadas com redes de computadores packet switched na Universidade de Los Angeles e no Massachussets Institute of Technology. A possibilidade de massificação do acesso à Internet ocorreu com o desenvolvimento da word wide web (ou www, w3, web ou rede mundial), que nasceu em 1989, no Laboratório Europeu de Física, de altas energias, localizado em Genebra, conduzido por T. Berners-Lee e R. Cailliau. No experimento, textos longos, compostos por escritos, imagens e sons, poderiam ser unidos a outros documentos, e um simples clique no mouse possibilitaria que o usuário tivesse acesso a diversos outros serviços e informações sem que fosse necessário deter conhecimentos específicos sobre os protocolos de acesso, o que promoveu de forma significativa a disseminação da informação. 
Os critérios de distância foram relativizados, as comunicações tornaram-se céleres - o e-mail propicia o repasse de informações numa fração de segundos, independentemente da distância, e as notícias e os eventos de notoriedade nacional percorrem todos os países, que se encontram interligados numa “rede virtual”, com uma velocidade inimaginável no passado. Essa ferramenta acarretou que o mundo se tornasse menor, e o computador assumiu um lugar de destaque na vida dos indivíduos e na sociedade em geral (BARBIERI, 2013).
Tornou-se presente nos ambientes profissionais públicos e privados, nas residências, nos aparelhos eletrônicos, e acompanha o ser humano tanto nos seus momentos de ofício, de labuta, quanto no entretenimento. A sociedade, em sua maioria, utiliza reiteradamente a Internet, e é complicado imaginar, no atual cenário, a humanidade sem a sua presença, pois se fez indispensável, imprescindível, para o próprio progresso (BARBIERI, 2013).
Ela se tornou assídua no cotidiano das pessoas e proporcionou mudanças substanciais em seus hábitos, principalmente nos de consumo - antes se comprava diretamente nas lojas, manuseando-se o produto que se desejava adquirir fisicamente, e hoje se adquire quase qualquer bem de qualquer parte do mundo sem a necessidade do contato direto, bastando, para que isso ocorra, acessar uma página de ofertas, procurar o bem que se almeja, verificar as formas de pagamento e as condições de segurança e efetuar a aquisição. O contrato e a nota fiscal, que antes eram físicos, tornaram-se virtuais, e as empresas que se disponibilizam a comercializar seus produtos pela Internet devem atender ao consumidor a qualquer tempo e em qualquer espaço (SCHERKEWITZ, 2014).
Após efetuar o pagamento, que também poderá ser realizado utilizando-se da Internet, o objeto será encaminhado para o endereço fornecido pelo consumidor. Esse exemplo possibilita que se constate que não é mais necessário sair do ambiente doméstico para a realização de algumas práticas cotidianas como a compra e venda, o pagamento de prestações e a pesquisa por preços mais acessíveis - o simples ato de comprar tornou-se mais cômodo e amplo, posto que pode abranger aquisições nacionais ou internacionais. Por outro lado, tanta facilidade poderá resultar em malefícios para os indivíduos, como o consumismo exagerado e o consequente superendividamento. 
Essa alteração de comportamento é visivelmente identificada, inclusive na forma como as pessoas participam na veiculação de informações – antes meras receptoras passivas de publicidade e de notícias, fossem de sentido político ou ideológico; com a Internet esse nexo é subvertido, e a interação com a publicidade e as notícias passa a ser a palavra de ordem da comunicação na atualidade. Origina-se o cidadão usuário da rede, assumindo um papel de propagador do conhecimento, poderoso polo ativo na produção e disseminação de informações e conteúdo, relacionados em múltiplos assuntos, que abrangem desde cultura, religião, política, cidadania, agendas globais, tal como a luta pela disseminação da democracia, até educação ambiental e liberdade de disseminação de informações. Seus instrumentos são a Internet de terceira geração 8 (WWW3), as tecnologias móveis de transmissão de dados (3G e 4G) e a rede de ativismo digital denominada WikiLeaks (KLEE, 2014).
1.2 Surgimento no Brasil
No Brasil a internet começou a se desenvolver em 1990, porém, nesta época, era restrita ao meio acadêmico e científico. Em 1991, começou a ser utilizada por órgãos governamentais e em 1995 passou a ser de uso público. No entanto, nesta época, poucas eram as pessoas que tinham computador, tendo em vista que o equipamento tinha custos elevados (VANCIN e NEVES, 2015). 
No entanto, o acesso à internet foi crescendo a longos passos e conforme pesquisa feita pelo Ibope, divulgada em junho de 2012, no Brasil já existem 82,4 milhões usuários, que acessam a Internet das mais variadas formas e locais.Grande parte da população já tem como impensável a vida sem um equipamento com acesso à internet e o comércio eletrônico se destaca entre as atividades mais crescem no ambiente virtual. O consumo não mais se restringe a espaços físicos na rua: está em casa, no trabalho, nas lan houses, onde se possa ter um acesso à Internet (MARTINS, 2016). 
1.3 Estatísticas importantes
Atualmente, de acordo com estatísticas produzidas por diferentes fontes – United States Census Bureau, Nielsen Online, International Telecommunications Union - e disponíveis no site da ISOC, estima-se que em dezembro de 2016 houvessem 1.802.330.457 usuários Internet em todo o mundo, atingindo 26,6% da população mundial; e que 186.922.050 usuários (10% do total mundial) estavam na região da América Latina e Caribe, o que corresponde a uma penetração do uso da Internet estimada de 31,9% da população na região (superior a média mundial, mas menor que 76,2% nos EUA e 53% na Europa) e uma taxa de crescimento de 934.5% no período de 2007 a 2016 (ISOC, 2016).
Desde o início dos anos 1990, consideráveis somas de investimento e esforços são destinadas por desenvolvedores de negócios Internet, instituições governamentais e não governamentais e pelo próprio público - através de movimentos como o desenvolvimento de softwares livres, cujo mais popular é o navegador Internet Mozilla Firefox - para a contínua expansão de novas formas de produção de conteúdo, serviços e no desenvolvimento de estratégias visando a integração de conteúdos online através de aplicações Internet e da dita web semântica para um número crescente de usuários em todo o mundo.
Vale destacar que, o computador, que antes era uma máquina para uso de experts, que tinham que aprender a dominar a linguagem de códigos de máquina, virou uma ferramenta de trabalho e comunicação que procura se esmerar no desenvolvimento de interfaces que falem a linguagem de seus usuários, de formas cada vez mais intuitivas, gráficas e visuais - como
é o caso do iPhone, um importante fenômeno atual de mercado – e que demandam cada vez menos conhecimentos específicos de seus usuários (BAMBOZZI, 2003).
Também de acordo com informações disponibilizadas pela ISOC (2016), recentemente investimentos estão sendo direcionados em busca de formas mais flexíveis de armazenamento como o armazenamento em nuvem – cloud computing – através do conceito do desenvolvimento de um local único de armazenagem concentrando todas as necessidades de informação relativas ao usuário para que se torne acessível através de múltiplos tipos de dispositivos com tendência a ser crescentemente híbridos e portáteis – como, por exemplo, computadores, televisores, telefones celulares, consoles de jogos, livros eletrônicos, aparelhos de música, GPS entre outros – ampliando a rede que originariamente era de computadores para algo cada vez mais flexível e presente em diferentes esferas do cotidiano, como é o caso da Internet nos celulares.
O conteúdo disponível, que nos tempos iniciais da Internet era produzido exclusivamente por profissionais, é crescentemente produzido pelos usuários em diversos locais virtuais de forma voluntária como blogs (Blogspot), microblogs (Twitter), videologs (YouTube), fotologs (Flickr), armazenamento e compartilhamento (4Shared), dentre outros sites ditos colaborativos ou Web 2.0.
Há também o conteúdo produzido de forma involuntária através dos resultados de relatórios dinâmicos de endereços de máquina (chamados de logs e IPs) - que são registrados nas consultas e visitas em sites Internet e quase que instantaneamente passam a compor métricas e algoritmos que alimentam os sistemas de buscas (como Google) e de controle de tráfego na rede.
O somatório dessas produções de conteúdo levantam discussões sobre uma ampla gama de assuntos, dentre eles destacam-se a propriedade intelectual, o direito a privacidade e a implementação de formas de controle social e políticos e a regulamentação sobre eles.
O caráter de expansão contínua do conteúdo Internet até o momento pareceu favorecer a predominância das ferramentas de busca enquanto mapa de referência para navegação (Google). Entretanto, devido a saturação e ansiedade causadas pela crescente massa de informação, as ferramentas de busca estão dando lugar às redes sociais (principalmente o Facebook) que supostamente pode ajudar usuários a qualificar informações e a provocar mobilizações sobre questões. As redes sociais são baseadas em afinidade, mais do que no componente de relatórios agregados de visitas e análises estatísticas – que produzem resultados mais impessoais em termos de preferências individuais.
Não se pode deixar de mencionar a grande concentração da Internet em torno da cultura ocidental e em especial da América do Norte. A concentração decorre da estrutura física - a rede possui na atualidade 13 computadores responsáveis por gerenciar o endereçamento de números de máquina associados a endereços ou domínios Internet, sendo 10 deles localizados nos Estados Unidos; quanto quando do volume de negócios, uma única corporação americana oferece amplo leque de serviços online que se constituem os principais e mais populares negócios online, entre eles está o site YouTube; o que parece se traduzir numa hegemonia simbólica ocidental – por exemplo, mesmo que em número de usuários a Ásia contribua com 42% dos usuários Internet e Europa e Estados Unidos somados com 38%, apenas em maio de 2010 a Internet passou a permitir o registro de domínios – endereços www. - utilizando caracteres não latinos (BERHAULT, 2010).[1: Google Inc é detentora dos seguintes serviços Internet, além da ferramenta de buscas Google: Gmail, Blogger, Orkut, Twitter, YouTube, Android, Picasa, Google Maps, Google Earth, Google Scholar, Google Books; Google News Archive; Google Toolbar; Google Chrome, Google Calendar, Google Docs, Google Translate, Google Finance, entre outros. Acessado em 14/06/2010 em http://www.google.com/corporate/history.html.]
Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios do IBGE do ano de 2015, 56 milhões de pessoas acessaram a Internet por meio de um microcomputador pelo menos uma vez nos últimos três meses, durante o período de referência da pesquisa - o correspondente a 34,8% da população de 10 anos ou mais de idade. Parece haver também um equilíbrio entre homens e mulheres que usam a Internet, respectivamente 35,8% e 33,9% do total de cada gênero. A utilização é maior entre as pessoas mais jovens – o grupo etário de 15 a 17 anos registrou o maior percentual - 62,9%-; a partir desse grupo etário o percentual é decrescente com a idade, sendo que o grupo etário de 50 anos ou mais, que corresponde a 24% da população, o número dos que haviam acessado a Internet era de apenas 8% (IBGE, 2015). 
No Brasil, assim como para outros bens e serviços, existem diferenças regionais de acesso a Internet, sendo as regiões que possuem mais usuários as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que concentram a atividade produtiva, um percentual entre 38,7% e 40,3% da população utiliza a Internet; enquanto nas regiões menos desenvolvidas do Nordeste e Norte o número de usuários
Internet é respectivamente 25,1% e 27,5% da população local (IBGE, 2015).
Com relação ao tipo de acesso à Internet, destaca-se a prevalência da banda larga em 80,3% dos domicílios de residência - fato que facilita o tráfego de vídeos do YouTube. Vale destacar que as pessoas utilizam a Internet em diversos locais: na residência 57,1%, no local de trabalho 31,0%, centros públicos de acesso pago e gratuito, 35% e 5,5% respectivamente, estabelecimento de ensino 17,5%. As principais motivações para o acesso a Internet pelos brasileiros são: a comunicação com outras pessoas 83,2%; as atividades de lazer 68,6%; educação e aprendizado 65,9%, leitura de jornais e notícias 48,6%; buscar informações e outros serviços 25,5%; comprar ou encomendar bens e serviços 15,4%; a interação com autoridades públicas ou órgãos do governo 15,2% e realizar transações bancárias 13,1%. Vemos então a motivações de lazer, busca de informação e comunicação com outras pessoas como possíveis razões para que o YouTube seja um dos sites mais acessados no Brasil (IBGE, 2015). 
2 SOCIABILIDADE E CIBERESPAÇO
	
	A era da informação e das novas tecnologias em que a propagação de informações, acontece num ritmo incrivelmente veloz, atravessa nossa vida diária. Há poucos anos, o conteúdo disponível na rede era controlado exclusivamente pelas grandes corporações midiáticas que impediam o acesso gratuito a tais informações, promovendo assim, cada vez mais, estratégias de “assalto à cultura”, motivando discussões sobre copyright (direito autoral) (BRESSAN, 2007).
	Com os recentes avanços tecnológicos, houve uma potencialização da participação dos usuários no que diz respeito à criação, compartilhamento e difusão de arquivos na Internet. Cada vez mais os sites passaram a ser construídos com dados recolhidos e postados pelos próprios internautas. Com isso, até mesmo as plataformas e interfaces foram se transformando: alguns softwares tiveram seus códigos-fontes abertos, o conteúdo passou a ser ouvido e visto no próprio site, o design e o funcionamento se tornaram passíveis de modificações por parte dos usuários. A esta “abertura” midiática deu-se o nome de Web 2.0 (BRESSAN, 2007).[2: Apesar deste termo estar muito em voga ultimamente, não há consenso sobre qual é a definição precisa do termo. Neste trabalho o termo designa uma tecnologia utilizada em sites alimentados por usuários da Internet.]
	Segundo Serrano e Paiva (2008), o espaço das comunicações realizadas através das redes de computadores interconectadas mundialmente é determinado de ciberespaço. O termo é uma combinação de cibernético com espaço e foi inventado em 1984 por William Gibson no romance de ficção científica Neuromancer. O ciberespaço possuiu diversas interfaces, aplicações e modos de comunicação distintos, mas sua função é, basicamente, realizar transmissões de dados digitalizados
e criptografados.
	No ciberespaço estão as páginas web, que são documentos hipermidiáticos que reúnem várias mídias em um suporte computacional, com ligações hipertextuais. O hipertexto no conceito computacional é um sistema de interconexão entre os conteúdos visualizados, em que cada documento tem referências a outros documentos que estendem ou complementam a mensagem inicial conectando ou construindo novos sentidos. Várias páginas web forma um site cujo acesso é feito através de um endereço eletrônico requisitado em um programa de navegação ou browser (SERRANO; PAIVA, 2008).
A utilização do ciberespaço como forma de comunicação entre pessoas do mundo todo através de comunidades, chats, mundos virtuais, postagem de vídeos entre outras ferramentas, de forma reducionista trata do conceito de cibercultura. Este conceito está diretamente relacionado com a atividade humana nos ambientes digitais em que a cibercultura pode ser entendida como o resultado da comunicação mediada por computadores (SERRANO; PAIVA, 2008).
Para Lévy (1999), quanto mais pessoas tiverem acesso ao ciberespaço mais se desenvolverão novas formas de “sociabilidade” maior será o grau de apropriação das informações por diferentes atores, que poderão modificá-las segundo seus próprios valores sejam eles culturais, estéticos ou sexuais, difundindo-as, por sua vez, de uma nova maneira. Por isso, o fato de o ciberespaço mundializar o consumo de produtos e de informação não é sinônimo de dominação, mas pelo contrário, a característica principal desse novo meio de comunicação é que quanto mais universal, menos “totalizante” ou totalitário, pois nele o saber se constrói pela interação entre os participantes.
Para Baumam (2001) sociabilidade deve ser compreendida a partir da interação com a estrutura social, porém referindo-se a processos distintos, em que é observada uma emergência da multidão, na qual os indivíduos compartilham ações baseadas nos instantes em que se vive e nas condições semelhantes nas quais se encontram. Este autor acrescenta, ainda, que a sociabilidade é característica da modernidade líquida na qual os seres humanos não possuem um grupo de referência pelo qual se pautem.
A sociabilidade no mundo virtual permite a participação ativa em diferentes “tribos cibernéticas”, que se atravessam e se hibridizam gerando diferentes formas de discursos, diferentes leituras da vida em sua forma naturalizada.
2.1 Os web vídeos
O webvídeo, portanto, pode ser compreendido como uma mídia parte
de uma linguagem ampliada, que envolve as tecnologias digitais e os meios interligados por uma leitura desenvolvida pelo usuário. Dessa forma, quando o consumidor procura por uma informação em um site de busca na web ele segue por uma sequência de conteúdos e mídias, que são independentes, mas entrecruzados pelos links que propiciam ao internauta uma experiência a cada acesso (GOSCIOLA, 2003). 
O resultado da leitura do internauta, segundo Gosciola (2003), parte da seleção, da decodificação, da interpretação, da dotação de definições do indivíduo e da sua comunicação e destina respostas à própria obra hipermidiática ou a outros usuários.
Os vídeos compartilhados em ambientes virtuais são formatos característicos do ciberespaço no contexto da web 2.0. O termo, mencionado pela primeira vez em uma conferência de brainstorming entre a O’Reilly e a MediaLive International, tem como criador Tim O’Reilly e designa um momento em que a diversidade de ferramentas e os instrumentos de comunicação foram difundidos para atuação dos internautas (O’REILLY, 2005).
O conceito foi desenvolvido e apresentado à comunidade acadêmica em 2004 para qualificar a segunda geração de comunidades e serviços baseados numa plataforma web ou rede social (BARRETO, 2011). As ferramentas surgidas na “Era 2.0” são compreendidas facilmente ao serem observadas como formas e formatos que evidenciam e proporcionam relacionamentos, socialização e participação ativa dos internautas. Nas palavras de Barreto (2011, p. 2), 
[...] novas e variadas aplicações surgiram sobre essa denominação, nomeadamente, os blogues, podcasting, wikis e as redes sociais on-line. Consequentemente, e sensivelmente no mesmo período, surge o conceito de web 1.0, referindo-se à geração anterior.
Alexander (2006) corrobora com as questões iniciais levantadas acerca da web 2.0 ao compreender o aspecto social da WWW. O desenvolvimento de ferramentas que incluíram a participação dos internautas surge como componente principal desse cenário e transforma o meio para as relações colaborativas e descentralizadas. Fumero (2007) qualifica o termo como um fenômeno que emerge do social e do tecnológico para enaltecer uma nova rede identificada como a “web das pessoas”, diferente da antiga “web dos dados”, e constituída por sociabilidade e por uma arquitetura diferenciada.
Constantinides e Fountain (2008) fazem referência à web 2.0 enfatizando as aplicações on-line que facilitam a interatividade e aquelas controladas pelo utilizador, de forma a expandir as experiências, o conhecimento e o poder de mercado desses mesmos utilizadores, como participantes num negócio ou processo social.
Os conceitos abordados por Alexander (2006), Constantinides e Fountain (2008) e Fumero (2007) iniciam uma reflexão acerca das características que dão forma à conjuntura atual da web: a) interfaces ricas e fáceis de utilizar; b) sucesso da ferramenta dependente da quantidade de utilizadores; c) gratuidade na maioria dos sistemas disponibilizados; d) maior facilidade de armazenamento de dados e criação de páginas on-line; e) utilizadores podendo aceder à mesma página e editar as informações; f) atualização instantânea das informações; g) sites/softwares associados a outros aplicativos, tornando-os mais ricos e produtivos e trabalhando na forma de plataforma; h) softwares funcionando basicamente on-line ou podendo fazer uso de sistemas off-line com opção para exportar informações de forma rápida e fácil; i) sistemas sem versões e atualizados e corrigidos a todo instante; j) softwares para criação de comunidades de pessoas interessadas em um determinado assunto; k) atualização da informação de forma colaborativa; l) utilização de tags em quase todos os aplicativos; m)indexação dos conteúdos disponibilizados.
Segundo Santaella (2005), na WWW, a interação a partir dos nós e nexos de um roteiro multilinear, multissequencial, multissígnico e labiríntico leva o usuário, interativamente, a construir. No percurso construtivo, o utilizador define as possibilidades que deseja e, ao mesmo tempo, estabelece sua coparticipação na produção das mensagens (SANTAELLA, 2005).
O vídeo na web está acompanhado da diversidade de proposições, das incontáveis circunstâncias criativas dos internautas e de uma linguagem que dialoga e transita sem distinção pelos mais diversos campos. Na visão de Herreros (2008), observa-se o crescente incremento do áudio e do vídeo informativos na web, concretizando um sistema em que as inter-relações elaboradas por um determinado autor permanecem abertas às maiores complexidades para os diversos usuários.
Os ambientes virtuais vivem duas vertentes que, unidas, fortalecem a utilização dos vídeos por meio dos internautas. Na primeira, o hibridismo das linguagens midiáticas e a fusão do verbal, do sonoro e do visual potencializam as multilinguagens (SANTAELLA, 2005). 
Na outra vertente, observa-se que nas redes sociais tudo permanece aberto às diversas intervenções dos integrantes (HERREROS, 2008).
É possível constatar que os vídeos participam como intervenções dos usuários dos mais diversos ambientes virtuais. Nos blogues, os escritores complementam os textos escritos ou apenas postam vídeos para produzir seus conteúdos. Nas redes sociais, os utilizadores curtem e compartilham essas publicações com seus amigos ou seguidores. E, sobretudo nas
comunidades de compartilhamento de vídeos, os internautas publicam e buscam produções, sendo possível, ainda, comentar, interagindo com os demais participantes, e criar um
canal com os vídeos de autoria própria.
Assim, destaca-se um site em especial, o YouTube que, apesar de não ser o único que permite acesso a Web 2.0, foi o pioneiro nesta atividade mantendo assim uma grande vantagem em relação a outros sites em número de postagens e acessos. 
3 HISTÓRIA DO YOUTUBE
O YouTube foi fundado em fevereiro de 2005 e, após uma demonstração pública em maio, a empresa e os serviços foram inaugurados oficialmente em dezembro do mesmo ano. É um site de difusão e de compartilhamento de arquivos audiovisuais que é atravessado principalmente pelas participações de internautas como provedores de conteúdo, cujo endereço eletrônico é www.youtube.com ou a versão em português http://br.youtube.com/.
Werneck e Cruz (2009) destacam a origem da palavra que dá nome à rede de
compartilhamento. Segundo os autores, Youtube faz referência aos significados de dois termos da língua inglesa: you, que significa “você”, e tube, originado de uma gíria que se aproxima muito da palavra “televisão”. “[...] Em outras palavras, pode-se entender como “televisão feita por você”. Essa é justamente a sua principal função, é um website que permite que os seus usuários carreguem, assistam e compartilhem vídeos em formato digital” (WERNECK; CRUZ, 2009, p. 8).
A história deste site de vídeos teve início em uma garagem de San Francisco (Califórnia, EUA), depois que seus fundadores não conseguiram compartilhar arquivos com amigos, iniciando assim a criação de um programa de computador com o intuito de sanar esta dificuldade. 
Criado por três jovens programadores: Steve Chen, Chad Hurley, Jawed Karim, o site fez tanto sucesso em tão curto período de tempo que, em outubro de 2006 a empresa Google o comprou pela quantia de US$ 1,6 bilhão em ações em que os usuários, depois de se registrarem com alguns dados pessoais, podem publicar obras audiovisuais, de autoria própria ou não (WERNECK; CRUZ, 2009).
Os criadores do YouTube trabalharam juntos na PayPal, uma empresa de pagamento e transferência de dinheiro via Internet comprada em 2002 pelo site de comércio eletrônico eBay. Por conta desta experiência profissional, conheceram Roelof Botha, executivo da PayPal e parceiro do fundo de investimento Sequóia Capital, que investiu US$ 3,5 milhões neste site de vídeos (WERNECK; CRUZ, 2009). 
Com a aquisição pela Google, em novembro de 2006, dois de seus fundadores, Chad Hurley e Steve Chen, se tornaram os primeiros membros da equipe administrativa e atualmente desempenham as funções de CEO (diretor executivo) e CTO (diretor de tecnologia), respectivamente, fazendo parte de uma equipe de 67 funcionários da companhia. A sede do YouTube foi mantida em San Bruno, na Califórnia, e a companhia opera de maneira independente do Google (KUROVISK, 2015).
A popularidade deste site chegou a marca de exibição de cerca de 100 milhões de arquivos por dia sendo que em um dia, os internautas postam cerca de 65 mil novos vídeos. Segundo a empresa Hitwise, que monitora o tráfego na Internet, o YouTube tem 46% de participação de mercado dos vídeos online, contra 23% do MySpace e 10% do Google Vídeo (KUROVISK, 2015).
Em pesquisa realizada em maio do ano de 2011, a Hitwise revelou que o YouTube é responsável por um em cada cinco visitas a todas as redes sociais no Reino Unido, permitindo que este site aumentasse sua quota de mercado de visitas em 0,98%, recebendo o título de o terceiro maior site do Reino Unido (KUROVISK, 2015).
A grande novidade apresentada pelo site foi a possibilidade de visualização de vídeos online, sem que o usuário tenha a necessidade de fazer download do arquivo e então rodá-lo em algum programa já instalado em seu computador; para isto basta que possua o Adobe Flash no navegador.
Outro fator responsável pelo sucesso deste site é o que justifica seu slogan, Broadcast Yourself (transmita-se ou transmita você mesmo): a sua capacidade de armazenar arquivos de vídeo postados por internautas independentes da qualidade do vídeo, do assunto tratado ou da existência de uma autorização prévia para a divulgação do material. Assim, ao mesmo tempo em que se podem postar vídeos caseiros, filmes e trabalhos pessoais; há uma descontrolada difusão de clipes de músicas, trechos de filmes, reportagens, capítulos de seriados de televisão, e assim por diante.
O slogan da comunidade “Broadcast yourself”, traduzido em “Transmitir-se”, também remete a uma plataforma destinada à expressão pessoal, na visão de Burgess e Green (2009), o que posiciona o YouTube no contexto da web 2.0, conduzido pelos usuários. Nesse sentido, para os autores, “[...] a combinação da popularidade em grande escala de determinados vídeos criados por usuários e o emprego do YouTube como meio de distribuição do conteúdo das empresas de mídia” (BURGESS; GREEN, 2009, p. 21) foi o que cativou o público e o posicionou como o foco central em outros cenários, como cultura participativa e estruturas comerciais para distribuição de vídeos on-line.
 Figura 1 – Histórico e potenciais comunicacionais do YouTube
 Fonte: https://www.youtube.com/
Yang, Hsu e Tan (2010) utilizaram o YouTube como objeto de pesquisa para
compreender as motivações para a utilização do site e descobriram que os usuários estão dispostos a utilizar o YouTube para compartilhar vídeos motivados pela facilidade de uso e por uma atitude positiva em relação à plataforma, ou seja, os internautas possuem um sentimento positivo e pretendem escolher o YouTube para compartilhar vídeos. Esse entendimento por parte dos consumidores pode ser uma explicação para a popularização da marca e da página YouTube.
Quanto as funções e possibilidades oportunizadas pelo YouTube, Santos e Gosciola (2011) enfatizam a diversidade de vídeos encontrados, diante da quantidade de produções de empresas de mídia ou amadoras; a função agregadora de conteúdos da página; e as possibilidades de interação disponíveis para serem inseridas nas produções, como inserir caixas de diálogos ou navegar para outros vídeos no site.
Porém, segundo Bressan (2007) ao dar espaço para o compartilhamento de “quaisquer” vídeos, os quais serão divulgados no próprio site, de forma gratuita, o YouTube vem sofrendo alguns problemas judiciais, principalmente no que concerne aos direitos autorais.
Por todos os problemas gerados em razão da ausência de controle do seu conteúdo, o YouTube tenta restringir a liberdade de postagem dos usuários proibindo a divulgação de material pornográfico (há uma equipe de funcionários contratados para “fiscalizar” os vídeos postados e censurá-los se acharem conveniente) e reduzindo o tempo de duração dos arquivos de vídeo para 10 minutos assim como o tamanho máximo de 100Mb cada (existe a possibilidade de postagem de vídeos sem limite de duração, mas é necessário que o usuário tenha aprovação prévia).
Determinados vídeos com alto teor de violência ou sensualidade são aconselháveis para adultos, porém, apesar de seus programadores anunciarem que “nenhuma parte do site é destinada a menores de treze anos de idade”, não existem medidas que possam identificar se o vídeo postado é livre ou não de copyright, assim como não existe uma maneira de controlar que menores de treze anos acessem o site.
O YouTube, desde sua criação, tem bastante impacto no mundo hipermidiático; tanto que, em 2006, foi considerado a “Invenção do Ano” pela revista norte-americana Time. A influência do site não só contribuiu para uma maior participação e/ou interação de usuários, mas também para uma expansão de sites com o mesmo objetivo: a difusão online de vídeos de internautas (SANTOS; GOSCIOLA, 2011).
Mas alguns de seus concorrentes viram o site com uma certa antipatia e se opuseram a sua forma de divulgação afirmando este ser um concorrente desleal por exibir vídeos piratas. Outras, no entanto, resolveram se unir a ele e tentar tirar proveito do fenômeno; como é o caso das gravadoras Sony BMG e Universal Music Groupe, a rede de televisão norteamericana
CBS, a Warner Music, dentre outras. Além disso, o site tem parceria com a Verizon Communications, empresa que oferece vídeos do YouTube nos celulares de seus clientes (KUROVISK, 2015).
Dentre alguns sites de vídeo que concorrem com o YouTube, temos: Dailymotion; MTV Overdrive; Yahoo!Video; GoogleVideo; MyVideo Our Commitment To Children’s Privacy; Intercom; Clipfish; Wideo; Lycos; Flurl; LiveVideo; Revver; Bolt; Metacafe; iFilm, dentre outros .
Em certos casos, alguns concorrentes decidiram especializar-se em determinado tipo de conteúdo. Mas, apesar de toda essa concorrência, o YouTube segue como a principal página de vídeos na Internet, responsável por mais de 50% dos arquivos exibidos online.
Segundo Serrano e Paiva (2008), as experiências do YouTube indicam que, além de mudanças no comportamento dos usuários em relação aos outros meios de comunicação, o site também “inovou” economicamente, ao proporcionar uma circulação de capitais baseada não na venda de produtos concretos, mas na comercialização de informações e serviços. Nesse sentido, mesmo levando diversão aos usuários e contribuindo com aqueles que buscam seus “10 minutos” de fama, o site não deixa de ser uma empresa que presta serviços publicitários e gera lucro, no entanto, um dos maiores problemas enfrentados pelo YouTube, ainda, é a dificuldade em transformar o tráfego de vídeos em dinheiro. Atualmente, a principal forma de se gerar capital é através de links patrocinados, sobretudo propagandas de produtos e sites.
Para acessar os recursos disponíveis no YouTube, deve ser criado uma conta e ter, de preferência, um computador com Internet banda-larga para otimizar o tempo de carregamento dos arquivos, seja em uploads ou downloads. Após fornecer algumas informações (email, nome de usuário, senha, país de origem, sexo, código postal – requerido apenas para EUA, Reino Unido e Canadá –, data de nascimento) e concordar com os “termos de uso” e a “política de privacidade”, o usuário está apto para: postar vídeos (com as extensões: wmv, .avi, .mov, e .mpg; seja de arquivos gravados no computador, diretamente do celular ou de webcams); visualizar, classificar, denunciar ou compartilhar quaisquer arquivos de vídeo online; salvar os vídeos preferidos, adicionar e ler comentários sobre os arquivos assistidos; adicionar amigos; criar grupos temáticos para exibição de vídeos e discussões; pesquisar vídeos; participar de promoções.
Em relação ao design, Bressan (2007) menciona que este site apresenta uma simplicidade de efeitos visuais, fazendo uso da cor branca, cinza claro, azul-marinho e preto e utilizando formato simples para os caracteres. As palavras estão no formato “Arial”, variando em tamanho, cor e contraste. A disposição da página em pequenas imagens retangulares lembra um “mosaico” que, na verdade são links que permitem acesso a vídeos (Figura 2).
Figura 2 – Página inicial do Youtube
Fonte: https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt
A primeira impressão ao visualizar o YouTube é a de que o site ainda encontra-se em construção, com links azuis e fotografias de variados temas. Além disso, o site é pouco dinâmico pelo fato de as barras de rolamento ter pouco espaço de rolagem e as imagens estarem paradas. A dinamicidade está presente na interconexão de links, que se sobrepõem dando a impressão de serem infinitos e nas animações dos banners publicitários, que podem aparecer na parte superior do site.
Todas as informações necessárias para se utilizarem as funcionalidades do site estão claramente explicitadas e fáceis de entender; dos direitos e deveres às variadas possibilidades de criação, desenvolvimento, difusão, compartilhamento e visualização de arquivos audiovisuais e escritos. Assim, o site está em permanente desenvolvimento e novas funcionalidades são pensadas e testadas todos os dias pelos programadores do YouTube, os quais podem ser os próprios usuários, desde que estes entrem em contato com a empresa e sejam aceitos na equipe. (BRESSAN, 2007).
Para assistir aos vídeos é necessário ter acesso ao endereço em que estão hospedados, chamado URL. A possibilidade de publicar vídeos está disponível para usuários cadastrados gratuitamente. Para isto, é necessário preencher os dados de identificação e concordar com os termos de uso que incluem o respeito às leis de direitos autorais e a não publicação de conteúdo violento, abusivo ou pornográfico. Essas são as únicas restrições de publicação feitas pelo site, a maior parte da comunidade atende as regras e sinalizam os conteúdos considerados impróprios e, uma vez sinalizado, o YouTube analisa e remove do sistema, caso seja comprovado a violação dos termos de uso.
No YouTube, a rede de comunicação formada entre os internautas cadastrados é muito evidente, pois a possibilidade de comentários e respostas aos vídeos já publicados representa uma troca de informações recíproca, em que pessoas do mundo inteiro podem assistir qualquer conteúdo audiovisual publicado e comentá-lo. O emissor, em nenhum momento encontra-se isolado dos receptores da informação, internautas tornam-se sujeitos ativos no processo comunicacional, que ocorre de forma desterritorializada, trata-se de uma explosão na democracia digital. (SERRANO; PAIVA, 2008).
O sistema de postagem do YouTube exige que todos os vídeos sejam, no momento da publicação categorizados e descritos pelo usuário, além de requerer a inclusão de palavras-chave ou tags, para orientar a busca do sistema de pesquisa. A escolha de palavras-chave ou tags são dependentes exclusivamente dos usuários (KUROVISK, 2015).
Na hora de escolher as palavras que serão referências para a localização do vídeo alguns usuários costumam acrescentar palavras sem relação com seu conteúdo, com o objetivo de atrair mais visualizações dificultando a busca e a seleção do material. Da mesma forma, a descrição dos vídeos que, em alguns casos, não especificam verdadeiramente o seu conteúdo. Essas práticas são comuns em redes sociais, usuários estão sempre em busca de visibilidade e buscam os mais variados recursos para consegui-la. Porém, ao fazer uma pesquisa neste site, o internauta cair em ciladas ou indez, atraídos por tags que não condizem com o conteúdo do site, o que dificulta a busca, desviando até mesmo, o tema de pesquisa (SERRANO; PAIVA, 2008).
O caos ou a astúcia dos usuários no uso dos sistemas são tratados por André Lemos (apud SERRANO; PAIVA, 2008) como uma ruptura dos paradigmas da modernidade; ocorrendo o que ele chama de apropriação tecnológica.
A apropriação é ao mesmo tempo, forma de utilização, aprendizagem e domínio técnico, mas também forma de desvio (deviance) em relação às instruções de uso, um espaço completado pelo usuário na lacuna não programada pelo produtor/inventor, ou mesmo pelas finalidades previstas inicialmente pelas instituições (LEMOS, 2007 apud SERRANO; PAIVA, 2008, s.p).
A categoria do vídeo é outra informação requerida na postagem em que o internauta deve escolher com base em uma seleção definida pelos desenvolvedores, as categorias disponíveis no site, que são: animais; ciência e tecnologia; educação; entretenimento; esportes; filmes e desenhos; humor; instruções e estilo; música; notícias e política; pessoas e blogs; veículos; viagens e eventos Essa divisão foi oferecida ao público de acordo com a semelhança das propriedades dos vídeos em que determinado vídeo deve pertencer a apenas uma das categorias propostas. Porém, por configurar um espaço disponível para todos os tipos de mensagens, imagens e cenas ordinárias das mais diversas ordens, as categorias disponíveis no YouTube não compreendem absolutamente os conteúdos exibidos nos vídeos. Dessa forma, a livre busca despretensiosa de conteúdo através do próprio site acaba se tornando um problema (SERRANO; PAIVA, 2008).
Outro fator que pode ser percebido, segundo Bressan (2007), é o potencial ativista deste site, em que o próprio nome sugere, implicitamente, uma forma de ativismo: do inglês, You (você) e Tube (canal ou televisão, em gíria nos Estados Unidos); a expressão,
basicamente “Você Televisão”, remonta uma espécie de do it yourself, lema conhecido do movimento Punk. O slogan, como explicado acima, ratifica essa ideia. Nesse sentido, o usuário é, ele mesmo, o “canal”, que faz uso de outro meio, o YouTube, e pode transmitir a si mesmo ou o que desejar (BRESSAN, 2007).
Para Bressan (2007) em qualquer situação, seja transmitindo-se ou transmitindo algo sem autorização, o usuário promove uma intervenção (ação política), pois o conteúdo disponibilizado, gerado pelo próprio internauta, é uma ação, mesmo que não haja uma vontade política explícita, que “boicota” os meios tradicionais e “legais” de comunicação.
Dessa forma, o YouTube, em si mesmo, é uma forma de intervenção, pois ele é um espaço que potencializa a criação, difusão e compartilhamento de vídeos (sejam eles oficiais ou não-oficiais,), os quais tratam de assuntos e ideologias distintos, fazendo com que outros meios, principalmente os “legais”, percam em audiência. Nesse contexto, enquanto o site não tiver controle sobre o conteúdo gerado, muito menos sobre as questões de copyright, ele continuará intervindo no sistema, seja culturalmente, politicamente ou economicamente (BRESSAN, 2007).
Entretanto, o YouTube é gerenciado por uma das principais empresas que dominam os serviços da web, Google, que por obter o domínio do site, consegue obter lucro com e empresas associadas. Sendo assim, dizer que sua intenção é puramente ativista, ou que ele é em si mesmo ativista, soa bastante contraditório pois é a maior beneficiada em não se preocupar com direitos autorais o que faz dos usuários do YouTube, de certa forma, trabalhadores não-remunerados (BRESSAN, 2007).
Em todo este fervor em relação ao que a cibercultura pode proporcionar e mais diretamente, ao que o YouTube pode possibilitar a seus usuários, há falácias implícitas como por exemplo, a tecnologia vem “de fora” da sociedade, ou seja, é criada em um mundo a parte e é fornecida a ela com milhões de vantagens (ou desvantagens) para ser usada e abusada. “Como algo que se situa na extremidade, esperando lá fora para servir e base à referência” (LATOUR, 2001, p. 175). Como consequência, a sociedade dá um significado à tecnologia atribuindo a ela as causas do fenômeno social sobre as propriedades intrínsecas de uma tecnologia sem pensar em como e quando ele foi introduzido ou porque de determinada maneira e não outra. Mas, como disse, são falácias.
Silva (2000) apresenta sua posição em relação ao ser humano e à tecnologia afirmando que homem e máquina não vivem em mundos separados; “uma das características mais notáveis desta nossa era é precisamente a indecente interpenetração, o promíscuo acoplamento, a desavergonhada conjunção entre o humano e a máquina”, (SILVA, 2000, p.13) confirmando-se assim que esta relação acontece no envolvimento, em emaranhados sistemas de significação com atravessamentos recíprocos e diversos. Desse modo, em uma época que a facilidade de acessos a tecnologia digital está cada vez mais presente e atrativa, vídeos caseiros vêm atender o chamado do YouTube para a autopromoção (Broadcast Yourself).
É postado o vídeo representativo de uma “realidade” que permite uma leitura daquilo que é vivenciado, um pequeno recorte da vida, do momento, da contingência em que a vida acontece no que faz parte de um discurso construído e atravessado por diferentes significações em que relações de poder, hierarquia e articulações se fazem presentes na vascularização de informações. Estas inscrições são sempre móveis e permitem novas translações sem modificar algumas formas de relação (LATOUR, 2001).
Assim, finaliza-se com a certeza de que o YouTube é atualmente uma mídia social muito importante não apenas por permitir a interação, mas, principalmente pela sua diversidade de serventias: lazer, educação, publicidade, utilidades, dentre outros, que fazem desta plataforma digital um espaço democrático e de interesse de um número de pessoas cada vez maior.
CONCLUSÃO
Viu-se neste estudo que a comunidade YouTube tem como função, essencialmente, ser um website que possibilite aos internautas carregarem, assistirem e compartilharem vídeos em configuração digital, mas se torna uma rica fonte de informação ao passo que reúne conhecimentos das mais diversas áreas temáticas nas produções ou reproduções postadas. 
Os webvídeos sobre produtos e serviços estão entre as publicações dos internautas disponíveis no YouTube e são acessados por quem as compreende como fonte de informações também no processo de decisão de compra, o que estimula as reflexões acerca da utilização dos webvídeos como parte do cotidiano dos indivíduos, assim como os variados formatos e linguagens de outros meios de comunicação.
Do exposto conclui-se que o sucesso do YouTube deve-se à possibilidade de democratizar todo e qualquer tipo de conteúdo, abrangendo a divulgação de conteúdos publicitários, conteúdos destinados ao lazer, divulgação de utilidades em âmbito geral, possibilidade de auto-promoção, dentre outros, o que justifica o sucesso desta mídia social e o crescente aumento no número de pessoas que a ela aderem.
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