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oxigenoterapia

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CUIDADOS DURANTE O USO DE OXIGÊNIO - OXIGENOTERAPIA 
Texto: 
Monitora: Flávia Gatto 
Prof. Jorge Luiz Lima 
 
FUNÇÕES DO OXIGÊNIO NO ORGANISMO 
A necessidade de oxigênio baseia-se nos níveis das células individualmente, 
localizadas no interior do organismo humano. Para que as células vivas funcionem e 
sobrevivam, devem ser abastecidas de combustível. A fonte de combustível é a molécula 
de ATP (adenosina trifosfato) que proporciona as células a energia necessária à execução 
das diferentes atividades indispensáveis à manutenção do funcionamento eficiente da 
totalidade do organismo. 
A contração muscular, a síntese de moléculas orgânicas e o transporte de materiais 
através da membrana celular são atividades que exigem energia. Para produzir ATP, 
podem ser utilizadas diversas substâncias, como, por exemplo, lipídios, proteínas, glicose e 
outros nutrientes. Mas o único e essencial componente da produção normal de ATP é o 
oxigênio. 
Como o oxigênio não é armazenado no organismo, ele deve chegar às células e 
estar disponível para as estruturas (mitocôndrias) do interior das células para a produção de 
ATP. A formação de ATP é responsável pela quase totalidade do consumo de oxigênio 
pela célula. 
A insuficiência de ATP leva a perda da função dos tecidos e órgãos. “O cérebro 
sofre lesão permanente quando privado de oxigênio por mais do que alguns minutos. 
Ocorre bloqueio no suprimento de oxigênio ao coração, há lesão grave do músc; 
MURRAY, 1989, p. 293). 
Em resumo, o metabolismo celular necessita de oxigênio para produzir o 
combustível ATP, destinado a acelerar as reações químicas, que representam trabalho 
executado pelas células do organismo. 
Segundo Atkinson e Murray (1989, p. 294) para que organismo tenha atendidas 
suas necessidades de oxigênio, é necessário que ocorram três atividades básicas: 
1ª) Ventilação eficaz. Ventilação é a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos dos 
pulmões. Consiste na inspiração (aspiração de ar para os pulmões) e expiração (exalação 
do ar dos pulmões). O ar passa pelo nariz ou boca passa pela orofaringe e em seguida pela 
traquéia até atingir os pulmões. Da traquéia passa para os brônquios esquerdos e direito, de 
onde se distribui para tubos cada vez menores chamados bronquíolos, até atingir os 
alvéolos, que são pequenos sacos elásticos localizados nas extremidades dos menores tubos 
das vias aéreas. É nos alvéolos que se dá a troca de gases entre o ar e o sangue. 
2ª) Eficiente difusão de gases entre os alvéolos e o sangue. O oxigênio deve passar 
dos alvéolos através da membrana celular, pelo líquido intersticial, atravessando as células 
que formam as paredes dos capilares, e chegar ao sangue. 
3ª) Transporte do oxigênio desde os capilares pulmonares até as células localizadas 
no restante do organismo. Para esse transporte de oxigênio é necessário um volume 
sanguíneo adequado, um número convenientes de hemácias, que contenham quantidades 
suficientes da molécula de hemoglobina, e é necessário uma eficiente ação cardíaca para o 
bombear o sangue a todo o corpo. Quando, afinal, o oxigênio chega às células, ocorre a 
verdadeira respiração, que é a troca de molécula de gases através da membrana celular. 
Qualquer fator que afete a concentração dos gases dentro dos alvéolos, ou a 
constrição dos capilares pelos quais circula sangue em torno dos alvéolos, interfere na 
difusão dos gases entre os alvéolos e o sangue. Smeltzer e Bare (2005, p. 634) afirmam que 
“uma alteração na freqüência ou padrão respiratório do paciente pode ser um dos 
indicadores mais precoces da necessidade da oxigenoterapia”. Essa alteração pode ser 
resultante da hipoxemia (aumento da pressão de oxigênio arterial no sangue) ou da hipóxia 
(diminuição no suprimento de oxigênio para os tecidos). 
Oxigenoterapia é a administração de oxigênio em uma concentração maior que 
aquela encontrada na atmosfera ambiental. Ao nível do mar, a concentração de O2 no ar 
ambiente é de 21% (SMELTZER; BARE, 2005, p. 634). 
Esta intervenção melhora as trocas gasosas entre alvéolos e sangue. Pode ser 
iniciada pelo enfermeiro, caso o paciente comece a apresentar problema respiratório 
(Atkinson e Murray, 1989, p. 330). Mas, geralmente, é o médico quem prescreve a 
concentração de oxigênio, que pode alcançar até 100%, o fluxo e o tipo de equipamento. 
A hipoxemia se manifesta por alterações no estado mental (julgamento prejudicado, 
agitação, desorientação, confusão, letargia e coma), dispnéia, retrações, batimento das asas 
do nariz, som de grunhido na expiração, aumento da pressão arterial, alterações na 
freqüência cardíaca, disritmias, cianose central, sudorese, membros frios. 
A hipóxia com desenvolvimento rápido se manifesta por alterações no sistema 
nervoso central como falta de coordenação e julgamento comprometido (quadro 
semelhante a intoxicação por álcool). A hipóxia duradoura se manifesta por fadiga, 
sonolência, apatia, desatenção e tempo de reação retardado. 
 
AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE OXIGÊNIO 
A avaliação do paciente se faz através da análise gasométrica arterial, oximetria de 
pulso e evolução clínica. As duas primeiras intervenções evitam a administração 
desnecessária ou concentrações elevadas de oxigênio, o que poderia causar efeitos tóxicos 
ao paciente (TAMEZ1, 1999, apud GRANDO; VIERA, 2002, p. 18). 
 
ADMINISTRAÇÃO 
O oxigênio é distribuído a partir de um cilindro ou de um sistema de linha de 
parede. Um redutor de calibre é necessário para diminuir a pressão até um nível de 
trabalho, e um fluxômetro regula o fluxo de oxigênio em l/min. 
Quando o oxigênio é empregado em altas velocidades de fluxo, ele deve ser 
umedecido ao fazê-lo atravessar um sistema de umidificação, para evitar que ele resseque 
as mucosas do trato respiratório. 
 
DISPOSITIVOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO 
Atkinson e Murray (1989, p. 333) dividem os sistemas de administração do 
oxigênio em duas categorias, com base na quantidade de ar inspirado que o sistema de 
oxigênio proporciona. O de fluxo reduzido que inclui a cânula nasal, o cateter orofaríngeo 
e a máscara de oxigênio, onde o paciente respira algum ar ambiente juntamente com o 
oxigênio. Usado, geralmente, para liberar baixas concentrações de oxigênio. 
- Cânula nasal: constituída de uma tubulação de oxigênio afixada em torno da 
cabeça com duas pontas que se abrem no interior das narinas, através das quais o oxigênio 
flui para o nariz e a área sinusal, onde é armazenado. O ar ambiente mistura-se com o 
oxigênio que flui das pontas. 
A velocidade de fluxo máxima é 6l/min e proporciona concentração de oxigênio 
máxima. Utilizada quando o paciente requer concentração baixa ou média de oxigênio. 
Possibilita que o paciente se movimente no leito, converse, tussa, se alimente sem 
interromper o fluxo de oxigênio. 
 
1 TAMEZ, R. N.; SILVA, M. J. P. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 
1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
 
Velocidades de fluxos superiores a 6 a 8 l/min podem levar à deglutição do ar, 
provoca irritação e ressecamento da mucosa nasal e faríngea, além de distensão abdominal. 
A irritação pode ser minorada de aplicação de lubrificante hidrossolúvel. 
- Cateter orofaríngeo: é um tubo de oxigênio com orifícios na extremidade através 
dos quais o oxigênio flui para dentro da orofaringe. Introduz-se a tubulação pela narina do 
paciente e fixa-se no lugar, no nariz, quando, através da boca aberta do paciente, se 
consegue ver o cateter. O ar ambiente mistura-se com o oxigênio durante a inspiração. 
Pode causar distensão gástrica, irritação nas narinas e desconforto geral. 
Raramente utilizado. Deveser trocado a cada 8h, alternando as narinas para evitar 
excessiva irritação nasal. 
- Máscara de oxigênio: usa a máscara e os seios nasais como reservatório de 
oxigênio, que então se mistura com o ar ambiente. Usada para concentrações baixas à 
moderadas de oxigênio (velocidade mínima de fluxo = 5l/min e a vazão máxima é de 
8l/min). O corpo da máscara capta e armazena oxigênio entre as respirações. O paciente 
expira diretamente através de aberturas ou portas no corpo da máscara. Não devem 
pressionar com muita força a pele, pois pode causar uma sensação de claustrofobia e 
ruptura cutânea. 
A máscara cobre o nariz e a boca, dificulta o falar e impede o beber, o comer. 
E o sistema de fluxo elevado: máscaras de reinalação parcial, máscara de não 
reinalação e máscara de Venturi. Estas fornecem a quantidade total do ar inspirado, e as 
concentrações de oxigênio podem ser mantidas com maior exatidão. 
- Máscara de reinalação parcial: possuem uma bolsa-reservatório que deve 
permanecer insuflada durante a inspiração. Caso a bolsa colabe entrará ar ambiente na 
bolsa. Permite uma concentração elevada de oxigênio, pois a máscara e a bolsa servem 
como reservatórios para o oxigênio. O oxigênio entra no equipo de pequeno calibre que se 
conecta na junção da máscara com a bolsa. Quando o paciente inspira, o gás é puxado a 
partir da máscara, bolsa e do ar ambiente através das portas de expiração. Quando o 
paciente expira, o 1º terço da expiração enche a bolsa. Este é principalmente o espaço 
morto e não participa da troca gasosa nos pulmões, possuindo uma alta concentração de 
oxigênio. O restante do gás expirado é eliminado através das portas de expiração. 
Como vantagens apresenta certo grau de conservação do oxigênio e algum grau de 
umidificação natural proporcionada pelo ar expirado proveniente das Vias Aéreas 
Superiores. 
- Máscara de não reinalação: semelhante no design à máscara de reinalação parcial, 
exceto pelo fato de possuir duas válvulas. A 1ª é uma válvula unidirecional localizada entre 
a bolsa e a base da máscara. Permite que o gás da bolsa entre na máscara, mas evita o 
caminho inverso durante a expiração. A 2ª válvula é um conjunto de válvulas localizado 
nas portas de expiração. Impedem que o ar ambiente entre na máscara durante a inspiração, 
mas permitem que os gases expirados saiam da máscara. 
- Máscara de Venturi: permite um fluxo constante de ar ambiente misturado com 
um fluxo fixo de oxigênio. O gás em excesso deixa a máscara através de duas portas de 
expiração, carregando com ele o dióxido de carbono expirado. 
Quando o paciente precisar remover a máscara deve-se proporcionar um método 
alternativo de administração de oxigênio, como, por exemplo, a cânula nasal, de modo que 
não caia demasiadamente o nível de oxigênio no sangue. 
 
PRECAUÇÕES 
Como o oxigênio é um medicamento (SMELTZER; BARE, 2005, p. 635) deve ser 
administrado com cautela e devem-se avaliar seus efeitos em cada paciente e com 
freqüência. 
Altas concentrações de oxigênio causam toxicidade para os pulmões e sistema 
nervoso central ou deprimem a ventilação. As células dos alvéolos pulmonares podem 
passar a apresentar edema, hemorragia e necrose. 
No recém-nascido causa retinopatia da prematuridade, um tipo de complicação que 
se desenvolve devido a fragilidade dos vasos sanguíneos retinianos, os quais ainda não 
alcançaram seu completo desenvolvimento, a toxicidade do oxigênio atua sobre os vasos 
retinianos causando vasoconstrição comprometendo seu desenvolvimento normal, podendo 
causar desde pequenas alterações na vascularização da retina ate o deslocamento da 
mesma, o que pode levar a graus variáveis de perda da visão e cegueira (ATKINSON e 
MURRAY, 1989, p. 332; TAMEZ, 1999, apud GRANDO e VIERA, 2002, p. 17). 
Observar sinais de confusão, inquietação, letargia, sudorese, palidez, taquicardia, 
taquipnéia e hipertensão. 
O oxigênio é inflamável causando perigo de incêndio. O profissional deve fixar 
sinais de “não fumar” quando o oxigênio estiver em uso e manter todos os aparelhos 
elétricos afastados pelo menos 1,5m do leito e da fonte primária de oxigênio (ATKINSON; 
MURRAY, 1989, p. 333). 
O oxigênio administrado deve ser umidificado para prevenir o ressecamento das 
vias aéreas superiores e fluidificar as secreções, facilitando assim a sua remoção (Tamez, 
1999, apud Grando e Viera, 2002, p. 17). 
O equipamento utilizado é fonte de infecção bacteriana cruzada. O equipo deve ser 
trocado a cada 48 horas (ibid). 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
- Avaliar o paciente durante administração de oxigênio; 
- Observar sinais de oxigenação inadequada, como: confusão, inquietação que 
progride para letargia, sudorese, palidez, taquicardia, taquipnéia e hipertensão; 
- Observar sinais e sintomas de toxicidade: desconforto subesternal, parestesias, 
dispnéia, inquietação, fadiga, indisposição, dificuldade respiratória progressiva; 
- Reduzir a velocidade de fluxo do oxigênio em casos de DPOC; 
-Orientar paciente e acompanhante quanto ao risco de incêndio pelo uso de 
oxigênio; 
- Fixar sinais de “não fumar”; 
- Manter aparelhos elétricos afastados do leito e da fonte primária de oxigênio; 
- Trocar o circuito a cada 48 horas; 
- Umidificar oxigênio ao ser administrado; 
- Lavar o frasco e trocar a água utilizada na umidificação a cada 24 horas; 
- manter o nível de água indicado no umidificador de O2; 
- Aspirar as vias aéreas superiores; 
- Verificar sinais vitais; 
- Elevar a cabeceira da cama; 
- Verificar freqüentemente o fluxo de O2, observando vazamentos ou oscilações; 
- Observar se há distensão abdominal; 
- Observar irritação nas narinas; 
- Observar ressecamento nas mucosas nasal e faríngea; 
- Trocar cateter orofaríngeo a cada 8 h, alternando as narinas; 
- Ajustar o fluxo de oxigênio para que não ocorra colabamento da bolsa-
reservatório em caso de uso de máscara de reinalação e não reinalação; 
- Observar irritação na pele do paciente; 
- Usar lufrificante hidrossolúvel nas narinas; 
- Manter as narinas desobstruídas. 
 
ENFISEMA 
“Doenças como asma, bronquite e enfisema são agrupadas em conjuntos sob a 
designação doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), por que todas envolvem 
alguma forma de obstrução ou de aumento da resistência ao fluxo normal do ar durante a 
inspiração ou a expiração, ou ambas” (Atkinson e Murray, 1989, p. 302). 
Enfisema é uma doença progressiva na qual existe obstrução no fluxo de ar, 
causada pelo estreitamento dos bronquíolos. Esse estreitamento provoca aprisionamento do 
ar dentro dos alvéolos, que podem sofrer estiramento excessivo e terminar por ser romper. 
Isso reduz a difusão dos gases com o sangue. 
“Os pacientes em oxigenoterapia apresentam o risco de sofrer apnéia. O fator que 
estimula os movimentos respiratórios é a variação do grau de hipóxia, e não o nível de 
dióxido de carbono. E a apnéia nos pacientes com DPOC ocorre, porque os pacientes 
adaptam-se, com o passar do tempo, aos aumentos de CO2 e H+. Administrando-se O2 a 
esses pacientes, reduz-se neles a necessidade de respirar, podendo ocorrer hipoventilação 
ou desenvolver-se apnéia” (Atkinson e Murray, 1989, p. 332). A hipoventilação induzida 
por O2 é evitada ao se administrar O2 em baixas velocidades de fluxo (1 a 21/min). 
 
FUMANTES 
O fumo causa certo grau de constrição brônquica temporária, que aumenta a 
resistência ao fluxo de ar nos pulmões. Também contribui para Câncer de Pulmão e para 
DPOC (ATKINSON; MURRAY, 1989, p. 324). 
 
LACTENTES 
O período de lactação é o que vai do final do período neonatal até um ano de idade. 
“As crianças continuam a ser respiradores nasais obrigatórios até o final da 
lactação,quando passam a respirar confortavelmente pela boca. Até que isso ocorra, 
qualquer obstrução das fossas nasais pode causar graus variáveis de desconforto 
respiratório” (ibid, p. 153). 
 
 
 
IDOSO 
A necessidade de oxigênio é menor para os idosos por duas razões principais: 
diminuição do metabolismo basal e da atividade física (ibid). 
A capacidade pulmonar decresce com a idade; ocorre perda da elasticidade 
pulmonar; ocorre dificuldade de tossir e eliminar secreções dos pulmões devido a uma 
redução da força dos músculos que atuam na expiração e ao aumento da rigidez dos 
pulmões. 
Com o envelhecimento as alterações acontecem nos alvéolos, as quais reduzem a 
área de superfície disponível para a troca de oxigênio e dióxido de carbono. Em torno dos 
50 anos de idade, os alvéolos começam a perder elasticidade, ocorre perda da mobilidade 
da parede torácica, restringindo, assim, o fluxo de ar corrente. A quantidade de espaço 
morto respiratório aumenta com a idade. Essas alterações resultam em uma capacidade de 
difusão diminuída para o oxigênio conforme a idade, produzindo menores níveis de 
oxigênio na circulação arterial. 
As pessoas idosas possuem uma capacidade diminuída de mover o ar com rapidez 
para dentro e para fora dos pulmões. 
 
ÚLCERAS DE PRESSÃO 
 “A úlcera de pressão é definida como uma área localizada de morte celular, 
desenvolvida quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma 
superfície dura por um período prolongado de tempo” (NPUAP2, 1989, apud RANGEL, 
2004, p.7). 
 Essa compressão diminui a oxigenação e conseqüentemente a nutrição dos tecidos 
levando à morte celular. A pressão afeta o metabolismo celular que depende do suprimento 
de nutrientes e oxigênio, provenientes do sangue e da eliminação de dióxido de carbono e 
metabólitos (POTTER; PERRY, 2002, p.446). 
 A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) pode ser utilizada como tratamento alternativo 
para estas lesões. 
A terapia com oxigênio hiperbárico é a administração de oxigênio a 100% com 
pressões maiores que a pressão atmosférica no nível do mar. Como resultado, a quantidade 
de oxigênio dissolvido no plasma é aumentada (hiperóxia), o que eleva os níveis de 
 
2 NPUA. Presure Ulcer Prevalence, cost and risk assessment: consensus development conference statement. 
Decubitus, v. 2, n. 2, p. 24-28, 1989. 
 
oxigênio nos tecidos. Ela é administrada por meio de uma câmara em cilindro pequeno 
(uso por um único paciente) ou grande (múltiplos pacientes). O paciente é colocado dentro 
dessa câmara (SMELTZER; BARE, 2005, p. 638). 
Também pode ser utilizada para tratar condições como embolia gasosa, intoxicação 
por monóxido de carbono, gangrena, necrose tissular e hemorragia, tratamento de esclerose 
múltipla, traumatismo craniano fechado e Infarto Agudo do Miocárdio. 
Os efeitos colaterais incluem: barotraumas das cavidades preenchidas por ar como 
pulmão, ouvido médio, seios da face e toxicidade pelo oxigênio. Mas podem ser evitados 
por limites pré-estabelecidos de exposição à OHB, referentes ao nível de pressão e a 
permanência no interior da câmara (CANDIDO, 2005 s/p.) 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
CANDIDO, L. C. Oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de feridas. [2005?]. 
Disponível em: <http//www.feridologo.com.br/oxigenoterapia.htm>. Acesso em: 21 de 
janeiro de 2006. 
 
ATKINSON, L. D.; MURRAY, B. G. Fundamentos de enfermagem: Introdução ao 
processo de enfermagem. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1989. 
 
GRANDO, L.; VIERA,C. S. Oxigenioterapia: o conhecimento da equipe de enfermagem. 
Revista Eletrônica de Enfermagem. V. 4, n. 2, p. 14-21, 2002. Disponível em: 
<http//www.fen.ufg.br>. Acesso em: 31 de janeiro de 2006. 
 
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Grande Tratado de Enfermagem Prática Clínica e Prática 
Hospitalar. 3 ed. São Paulo, Santos Livraria Editora, 2002. 
 
RANGEL, E. M. L. Conhecimento, práticas e fontes de informação de um hospital sobres 
prevenção e tratamento da úlcera de pressão. Dissertação de Mestrado. Ribeirão Preto: 
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, 2004. 
 
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem médico-
cirúrgica. Vol.1. 10 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 
	CUIDADOS DURANTE O USO DE OXIGÊNIO - OXIGENOTERAPIA
	Texto:
	Monitora: Flávia Gatto 
	FUNÇÕES DO OXIGÊNIO NO ORGANISMO 
	AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE OXIGÊNIO
	ADMINISTRAÇÃO
	DISPOSITIVOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
	PRECAUÇÕES
	BIBLIOGRAFIA

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