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1 Análise de Risco e Gerenciamento de Risco Introdução ao gerenciamento e planejamento de riscos Renato Kazuo Miyamoto Contextualização da tele aula Fonte: https://bit.ly/3gMsyct; https://bit.ly/3kuJW7V; https://bit.ly/3fHN10U; Acesso em: 02/08/2020. Conceitos • Taxa de gravidade e Taxa de frequência; • Conceitos prevencionistas sobre acidentes; Estatística na Segurança do Trabalho Fonte: http://bit.ly/2MC8Sfj; Acesso em: 03/08/2020 Você sabe como a estatística agrega para a segurança dos trabalhadores? Como ela pode colaborar no gerenciamento de riscos? Estudo de Heinrich, em 1931 Em 1931 Herbert William Heinrich, analisou 75 mil acidentes de trabalho determinando o parâmetro 1-29-300. Que significa que para cada lesão séria ocorreriam 29 lesões menores e 300 acidentes sem lesões. 11 2929 300300 Lesão Incapacitante Lesões não Incapacitantes Acidentes sem Lesão Fonte: http://bit.ly/2ZzVnQT; Acesso em: 03/08/2020 Estudo de Heinrich, em 1931 Com base neste estudo, formou- se a base para a teoria da segurança baseada em comportamento, que afirma que 95% de todos os acidentes de trabalho são causados por atos inseguros. 1 2 3 4 5 6 2 Estudo de Bird, em 1966~1969 Em 1966 Frank Bird, analisou ~1.750 mil acidentes de 297 empresas, de 21 tipos de empresas diferentes. Com dados de cerca de 3 bilhões de Horas Homens de Exposição ao Risco. Fonte: http://bit.ly/2YtjZhB; Acesso em: 03/08/2020 11 1010 3030 600600 Lesão Incapacitante Lesões não Incapacitantes Acidentes com danos a propriedade Acidentes sem lesão ou danos visíveis (quase-acidentes) Estudo DuPont , em 1990 Em 1990 a empresa DuPont realizou um estudo muito maior, buscando o foco na prevenção de riscos. Fonte: http://bit.ly/31q5xDZ; Acesso em: 03/08/2020 11 3030 300300 3.0003.000 30.00030.000 Fatalidade (acidente com morte) Acidente com afastamento Acidente sem afastamento Incidente (quase-acidentes) Desvios produtos químicos, plásticos e agropecuários Conclusão dos estudos Como conclusão, percebe-se que é necessário prevenir os riscos na base da pirâmide, para que os riscos mais graves sejam evitados. Assim, foram desenvolvidas equações, metodologias e termos estatísticos para controle e gerenciamento dos acidentes de trabalho. Vamos conhecer estes termos? Conceitos Horas-homem de exposição ao risco (H) É a soma das horas trabalhadas, soma-se as horas da função de cada trabalhador (geralmente: mensal). Exemplo: 2 operadores x 40h semanais x 4 semanas + 3 carregadores x 20h semanais x 4 semanas 560 horas-homem/mês NBR 14280/2001 Conceitos Dias Perdidos São os dias corridos de afastamento do trabalho por motivo de lesão pessoal, ou seja, o intervalo entre o dia do acidente e o dia do retorno. S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Dia do acidente Dia do Retorno Dias Perdidos 16 Dias NBR 14280/2001 Conceitos Dias a Debitar São dias não realmente perdidos que devem ser debitados por morte ou incapacidade permanente, total ou parcial, de acordo com o estabelecido em tabela de dias a debitar. NBR 14280/2001 7 8 9 10 11 12 3 Conceitos Taxa de Frequência (Fa) A Taxa de Frequência é uma forma de a empresa determinar qual a previsão de acidentes para um milhão de horas trabalhadas. NBR 14280/2001 Fa = taxa de frequência de acidentes N = número de acidentes H = horas-homem de exposição ao risco Fa = 𝑵 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 Onde: Conceitos Taxa de Frequência (Fa) OS ACIDENTES DE TRAJETO ENTRAM NA TAXA DE FREQUÊNCIA? Não. Para calcular a taxa usamos apenas os acidentes que ocorrem no interior da empresa. NBR 14280/2001 Fonte: http://bit.ly/2GRbJwW; Acesso em: 03/08/2020 Conceitos Taxa de Gravidade (G) Fornece informações sobre perdas por invalidez e mortes causadas por acidentes de trabalho na previsão de acidentes para um milhão de horas trabalhadas. NBR 14280/2001 G = taxa de gravidade T = Tempo computado (dias a debitar) H = horas-homem de exposição ao risco G = 𝑻 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 Onde: Resolução da SP •Determinando a gravidade de um acidente. Analisando a SP • Considerando a queda de três trabalhadores do 5º andar de uma edificação em obras..... • Como determinar a gravidade de um acidente? • Temos como contabilizar ou quantificar os dados sobre acidentes de trabalho? Resolvendo a Situação Problema 02 Levando em conta que um trabalhador faleceu com a queda do 5º andar. G = 𝑻 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 G = 𝟔.𝟎𝟎𝟎 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 Considere que a empresa possui 150 funcionários e a jornada de trabalho de cada um é de 220 horas mensais. G = 𝟔.𝟎𝟎𝟎 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 (𝟏𝟓𝟎 𝒙 𝟐𝟐𝟎) G = 𝟏𝟖𝟏. 𝟖𝟏𝟖 Acima de 2.000 = péssima Até 500 = muito bom 500,01 a 1.000 = bom 1000,01 a 2.000 = ruim 13 14 15 16 17 18 4 Resolvendo a Situação Problema 02 Em uma empresa com 100 empregados, cada um trabalha 220h por mês. Ocorreram em certo mês, 2 acidentes típicos. Ta = 𝑵 ∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 Ta = 𝟐∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 𝑯 Considere que a empresa possui 100 funcionários e a jornada de trabalho de cada um é de 220 horas mensais. Ta = 𝟐∗𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 (𝟏𝟎𝟎 𝒙 𝟐𝟐𝟎) Ta = 90,91 Acima de 60 = péssima Até 20 = muito bom 20,1 a 40 = bom 40,1 a 60 = ruim Conceitos • Negligencia • Imprudência • Imperícia Possíveis Causas de Sinistros Negligência É a omissão voluntária de cuidados necessários ou a falta ou demora em prevenir algum acidente. Desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência em realizar determinado procedimento, com as precauções necessárias Fonte: https://bit.ly/2XLA680; Acesso em: 03/08/2020 Possíveis Causas de Sinistros Imprudência É um comportamento de precipitação, de falta de cuidados, ou seja, desenvolver uma ação sem as devidas precauções. Extrapola os limites da inteligência e do “bom senso”. Fonte: https://bit.ly/2DMUizg; Acesso em: 03/08/2020 Possíveis Causas de Sinistros Imperícia É a incapacidade, falta de habilidade específica para a realização de uma determinada atividade, não levando em consideração o que sabe ou deveria saber. Se revela pela ignorância, inexperiência ou inabilidade. É uma forma culposa que gera responsabilidade civil e/ou criminal pelos danos causados. Fonte: https://bit.ly/3kpCyuB; Acesso em: 03/08/2020 Possíveis Causas de Sinistros Negligência Anderson, funcionário responsável pela SST de uma obra, observou que um dos funcionários estava trabalhando em ambiente alto, e não realizava o procedimento correto ao transitar pela linha de vida. Anderson foi até o escritório preparar uma advertência, e quando retorna-se aplicaria a mesma no trabalhador, e ainda, reforçaria o treinamento da NR-35. ... 19 20 21 22 23 24 5 Possíveis Causas de Sinistros Negligência Anderson agiu de forma negligente, deveria ter alertado o trabalhador, instruído o mesmos a descer, explicar a maneira correta da utilização do EPI e alerta-lo dos possíveis riscos. Em seguida verificar se o trabalhador esta executando o serviço de forma correta. Fonte: bit.ly/2KGrcPA; Acesso em: 03/08/2020 Possíveis Causas de Sinistros Imprudência Carlos estava executando determinado serviço em ambiente alto, estava com pressa, pois ainda tinha muito serviço a ser realizado. Sabia da maneira correta de transitar em uma linha de vida, mas como estava com muita pressa realizava o procedimento de forma incorreta, afinal, ele estava acostumado com esse tipo de serviço. ... Possíveis Causas de Sinistros Imprudência Carlos acabou caindo do 14º andar. Carlos foi a óbito. Fonte: bit.ly/2KGrcPA; Acesso em: 03/08/2020 Possíveis Causas de Sinistros Imperícia Falta de técnica necessária para realização de certa atividade. Fonte: bit.ly/2MrY8gF; Acesso em: 03/08/2020 Resolução da SP Imprudência, Imperícia ou Negligência. Analisando a SP 1º Caso) Em um hospital, pela falta de funcionários vigiando os quartos no período da madrugada, um paciente de 28 anos fugiu pela janela de seu quarto. 2º Caso) Em umpronto socorro, a ambulância chega com um paciente em estado grave, a enfermeira dá inicio os procedimentos, enquanto que o médico responsável permanece em sua sala assistindo um filme em seu notebook, após 30 minutos, quando o médico foi realizar o atendimento, o paciente tinha ido a óbito. 3º Caso) Um paciente alega que uma anestesia inadequada fez com que ele sentisse tudo durante uma cirurgia. 25 26 27 28 29 30 6 Interação Atividade de interação Momento de dúvidas Conceitos • Variáveis – O erro Humano Erro Humano Para fins de análise de risco e gerenciamento dos riscos, é preciso entender sobre o fator humano. Nem sempre o comportamento humano é constante e racional, na grande maioria das vezes ele pode ser imprevisível diante de diferentes situações. Não há como pré-estabelecer padrões e confiar 100% neles. Erro Humano O fator humano pode provocar influencias de diversas magnitudes, causando um abalo na confiabilidade de determinado processo/atividade/sistema. Um modelo explanatório dos fatores e possíveis erros humanos pode ser observado conforme modelo exposto no “hexágono de causas do erro humano” Erro Humano Fonte: bit.ly/2vq0w0Y; Acesso em: 03/08/2020 Erro Humano Durante a análise dos riscos de um ambiente, é necessário a interpretação das possíveis causas que irão proporcionar um acidente de trabalho. É importante compreender que mesmo analisando uma grande gama de probabilidades, SEMPRE, haverá a uma possibilidade de ocorrer um acidente por conta de um fator humano, pois estes, são imprevisíveis e podem variar de trabalhador para trabalhador 31 32 33 34 35 36 7 Falhas Mecânicas Além dos erros humanos, também existem as falhas mecânicas, que podem vir a gerar possíveis desvios. A inutilidade de equipamentos e máquinas possuí origem em três principais fontes: Obsolescência; Degradação ou desgaste* de peças; Acidentes. * É a principal fonte de vibrações crescentes no equipamento Falhas Mecânicas São fatores que podem ocasionar a falha mecânica em equipamentos e maquinários: • Vibração excessiva. • Aquecimento excessivo • Peças defeituosas. • Operação inadequada* • Vazamento de fluídos • Falta de Lubrificação* • Falta de manutenção e inspeção* *Enquadra-se como erro humano. Resolução da SP Como evitar falhas humanas e mecânicas? Evitando Falhas Mecânicas e Humanas Como prever possíveis falhas mecânicas e erros humanos em uma empresa? Existe alguma ferramenta para prever estes acontecimentos, e consequentemente, evitá-los? Evitando Falhas Mecânicas e Humanas Como identificar falhas mecânicas? Inicia-se por uma equipe capacitada, capaz de averiguar e inspecionar a situação de operação do equipamento ou maquinário. A instalação de sensores de alerta (temperatura, vibração, pressão, entre outros) podem evitar muitos sinistros. Prevenir falhas humanas Treinamento de equipes Evitando Falhas Mecânicas e Humanas Fonte: bit.ly/2vq7XVW; Acesso em: 03/08/2020 37 38 39 40 41 42 8 Evitando Falhas Mecânicas e Humanas APR AMFE CHECK- LIST HAZOP AAF AAC Conceitos Diferença entre Risco e Perigo Gerenciamento de riscos Antes de tudo, é fundamental entender as diferenças de RISCO e PERIGO. RISCO Risco é tudo o que pode causar acidentes, ou seja, tudo com potencialidade ou probabilidade de causar possíveis danos. Porém, também podem haver riscos positivos. PERIGO Conforme a NR 10, Perigo é toda situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. Também danos à equipamentos e processos produtivos. Ferramentas de gerenciamento de riscos Primeiramente devemos entender o conceito de Risco e Perigo. Risco é a probabilidade de que um evento ocorra. Ferramentas de gerenciamento de riscos Perigo é uma característica inerente de um objeto ou algo. Você corre o risco de perder partes do corpo. Ferramentas de gerenciamento de riscos Entretanto como identificar um risco ou perigo de uma atividade ou ambiente laboral? Por meio das Inspeções de Segurança. Inspeção geral com checklist Inspeção de rotina Inspeção periódica Inspeção especial Inspeção eventual Inspeção oficialInspeção oficial 43 44 45 46 47 48 9 Ferramentas de gerenciamento de riscos Após a identificação destes riscos, como gerencia-los? Por meio das ferramentas de gerenciamento de risco. 5W2H Brainstorming Diagrama de Ishikawa Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) Análise por Árvore de Falhas (AAF) Análise Preliminar de Riscos (APR) Perigo vs Risco Os perigos são identificados ou reconhecidos enquanto os riscos são avaliados e julgados quanto a probabilidade e a severidade. A periculosidade é o resultado de uma situação, ação ou atividade de alguém ou alguma coisa. Ação: Lavar o piso do local de trabalho Perigo: Piso escorregadio Risco: Queda Fonte: bit.ly/2M1JxMx; Acesso em: 03/08/2020 Perigo vs Risco Ação: Transporte de carga em empilhadeira Perigo: Operador não habilitado Risco: Morte, danos materiais Fonte: bit.ly/2Myiwgd; bit.ly/2KDe4uO; Acesso em: 03/08/2020 Ação: Improvisar uma plataforma Perigo: Queda do trabalhador Risco: Queda, morte, acidente Resolução da SP Medidas de controle dos riscos Controle Reação de produtos químicos emitem gases tóxicos. Durante determinado procedimento químico ocorre a liberação de gases. Observando a situação, você foi designado para gerenciar essa condição perigosa, para que sejam evitados os possíveis riscos no ambiente. 1- Eliminação da fonte Não há como eliminar a fonte, uma vez que é necessário que ocorra a reação química. 2- Substituição Há a possibilidade de utilizar outro reagente que não provoque gases tóxicos? Controle 3- Controle Instalar um exaustor que tenha capacidade para remoção dos gases tóxicos da reação química. 4- Sinalização Indicar por meio de placas e até mesmo treinamentos, sobre a utilização do exaustor e modo de funcionamento. Informando os riscos da não utilização. Fonte: bit.ly/2KCEBbq; Acesso em: 03/08/2020 49 50 51 52 53 54 10 Controle 5- EPIs Ainda há a possibilidade do exaustor não ser efetivo em alguns casos, ou durante um procedimento ocorrer o queda de energia, para isso é recomendável a instalação de sistemas de Nobreaks (EPC) e máscaras individuais (EPI) (além de outros EPIs necessários, jaleco, luvas etc...). Fonte: bit.ly/2OTsSsw e bit.ly/2vuJA9A; Acesso em: 03/08/2020 Interação Atividade de interação Momento de dúvidas Recapitulando Risco e Perigo; Gerenciamento de Riscos; Acidentes de trabalho; Estatísticas na prevenção de acidentes; Ferramentas de controle e gestão de riscos. 55 56 57 58
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