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Mec�nica dos Fluidos II/Aulas/01 - Apresenta��o.pdf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Instituto de Pesquisas Hidráulicas Departamento: Hidromecânica e Hidrologia IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II Carga horária = 60 horas 2018/1 1 Objetivos ✓ Fornecer aos alunos os conhecimentos básicos sobre propriedades dos fluidos, esforços estáticos e dinâmicos, leis de conservação de massa, energia e quantidade de movimento, camada limite e turbulência. 2 Conteúdo ✓ Propriedades dos fluidos ✓ Estática dos fluidos ✓ Cinemática dos fluidos ✓Dinâmica de fluidos na forma integral ✓ Análise dimensional e semelhança ✓ Turbulência ✓ Equações diferenciais da dinâmica de fluidos ✓ Escoamento Potencial ✓ Camada Limite e Força sobre corpos submersos 3 Metodologia ✓Aulas expositivas, teórico-práticas; ✓Práticas de laboratório; ✓Trabalhos práticos em grupo. 4 Experiências de Aprendizagem ✓Atividades discentes: • Participar ativamente das aulas e levar a disciplina em dia; • Realizar os trabalhos de pesquisa solicitados; • Participar das aulas de laboratório de forma ativa. 5 Avaliações - critérios ✓ Serão realizadas três provas parciais durante o semestre – NA1, NA2, NA3. ✓ A escala de pontuação de cada prova é de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). ✓ Considerar-se-á aprovado o aluno para o qual: • SOMA (NA1, NA2, NA3) >= 18,0 • obtiver nota mínima de 4,0 pontos em cada uma das três provas parciais. • cumprir a exigência de um mínimo de 75% de presenças nas aulas ministradas (cf. Artigo 134 do RGU). ✓ Neste caso, o conceito atribuído será: • A se 27,0 <= SOMA <= 30,0; • B se 22,5 <= SOMA < 27,0; e • C se 18,0 <= SOMA < 22,5. ✓ No caso de o docente adotar Trabalhos Práticos, será acordado um peso a esta atividade, que não poderá ser superior a 20% da nota de uma das três provas (informada pelo docente). 6 Avaliações - recuperação ✓ No caso de o aluno não se encontrar na condição descrita no item anterior, mas que tiver cumprido a exigência mínima de 75% de presenças nas aulas ministradas (cf. Artigo 134 do RGU), este poderá fazer uma avaliação de Recuperação Final (RF). ✓ Serão consideradas as possíveis situações com realização de uma prova de recuperação final (RF): • a) Para os alunos que, ao final do semestre, obtiverem duas ou mais notas de área (NA) inferiores a quatro (4,0), a recuperação final consistirá de uma prova versando sobre todo o conteúdo da disciplina. A nota final (NF) será obtida por meio da seguinte expressão: NF = (SOMA/3,0 + 1,2*RF)/2 sendo RF a nota obtida na recuperação final. 7 Avaliações - recuperação • b) Para os alunos que, ao final do semestre, obtiverem somente uma das notas de área (NA) inferior a quatro (4,0), a recuperação final deverá se enquadrar em uma das seguintes alternativas: • b.1. uma prova versando sobre o conteúdo desta área. Nesse caso a nota final (NF) será calculada como a média aritmética entre as duas notas de área iguais ou superiores a 4,0 e a nota da recuperação final (RF); ou • b.2. uma prova de recuperação final versando sobre todo o conteúdo da disciplina, com a nota final (NF) calculada como descrito em (a). • c) Para os alunos que, ao final do semestre, obtiverem todas as notas de área iguais ou superiores a 4,0, mas com SOMA < 18,0, poderão se enquadrar em uma das duas opções anteriores, (a) ou (b). 8 Avaliações - recuperação ✓ Para as situações (b) e (c) o aluno deverá comunicar sua escolha por escrito ao docente com, no mínimo, 96 horas de antecedência. ✓ O aluno que obtiver nas provas de recuperação de área ou recuperação final nota inferior a 4,0 será considerado reprovado. ✓ Será considerado aprovado o aluno que obtiver um mínimo de 6,0 pontos na nota final (NF). ✓ O conceito será atribuído em função dos seguintes limites: • A se 9,0 ≤ NF ≤ 10,0; • B se 7,5 ≤ NF < 9,0; • C se 6,0 ≤ NF < 7,5; e • D se NF < 6,0. 9 Previsão das Datas das Avaliações ✓ A1 – 19/04/18 ✓ A2 – 05/06/18 ✓ A3 – 05/07/18 ✓ Recuperação – 12/07/18 10 Bibliografia ✓ Básica Essencial ✓ ÇENGEL, Y.A., CIMBALA, J.M. - Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações - Editora Mc Graw-Hill (ISBN: 9788586804588) ✓ Munson, Bruce Roy; Young, Donald F.; Okiishi, T. H. - Fundamentos da mecânica dos fluidos - Editora Edgard Blücher (ISBN: 8521201435 (v.1); 8521201427 (v.2)) ✓ White, Frank M. - Mecânica dos fluidos - Editora McGraw-Hill (ISBN: 858680424X) 11 Bibliografia ✓ Básica ✓ Brunetti, F. - Mecânica dos Fluidos - Editora Pearson (ISBN: 9788576051284) ✓ Fox, R., McDonald, A. - Introdução à Mecânica dos Fluidos - Editora LTC (ISBN: 8521614683) ✓ POTTER, M.C., WIGGERT, D.C. - Mecânica dos Fluidos - Editora Thomson (ISBN: 8522103097) ✓ SHAMES, I. - Mecânica dos Fluidos - Editora Edgar Blucher Ltda 12 Bibliografia ✓ Complementar ✓ DAUGHERTY, R., FRANZINI, J. - Fluid mechanics with engineering applications - Editora International Student Edition (ISBN: 0.07-015441-4) ✓ Outros 13 Plano de ensino completo no Portal do Aluno 14 Plano completo no portal do aluno. Mec�nica dos Fluidos II/Aulas/02 - Propriedades dos Flu�dos.pdf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Instituto de Pesquisas Hidráulicas Departamento: Hidromecânica e Hidrologia IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II 1. Conceitos fundamentais e Propriedades dos fluidos 2018/1 1 O que devemos saber no final desse capítulo: • Dimensões e sistemas de unidades associados a grandezas de interesse; • Homogeneidade dimensional; • O que caracteriza um fluido; • Principais propriedades dos fluidos e como a temperatura e a pressão interferem nessas propriedades; • Ideia de como avaliar / medir propriedades dos fluidos. 2 Mecânica dos fluidos – breve histórico Suprimento de água – uso doméstico e irrigação de plantações – sucesso das civilizações na pré-história; Aquedutos romanos; Cidade helenística de Pergamon, atual Turquia – entre 283 e 133 a.C. – tubulações pressurizadas, com até 45km de comprimento e pressão maior que 1,7MPa (180 m de carga). Matemático grego Arquimedes (285 – 212 a.C.) – empuxo, teste para avaliar o teor de ouro da coroa do Rei Hiero I. Idade Média – desenvolvimento de maquinaria hidráulica – bombas a pistão para remover água das minas; moinhos movidos a àgua e a vento para moer grãos, forjar metais e outras tarefas. Renascimento – desenvolvimento contínuo dos sistemas e máquinas de fluido; Desenvolvimento do método científico: Stevin (1548-1617), Galileo Galilei (1564-1642), Mariotte (1620-1684), Torricelli (1608-1647), Pascal (1623- 1662) – distribuições de pressão hidrostática e vácuo; 3 Mecânica dos fluidos – breve histórico Isaac Newton (1643-1727) – inércia e resistência dos fluidos, jatos livres, viscosidade; Bernoulli (1700-1782) e Euler (1707-1783) – equações de energia e momento; Jean d’Alembert (1717-1789) – componentes de velocidade e aceleração, equação diferencial para continuidade; Inserção da mecânica dos fluidos na escola de engenharia no século XIX na França - modelo para o resto do mundo; Meados do século XIX: • Médico Poiseuille (1799-1869) escoamento em tubos capilares de fluidos múltiplos; • Alemanha – Hagen (1797-1884) escoamento laminar e turbulento nas tubulações; • Inglaterra – Osborne Reynolds (1842-1912) – continuou trabalho de Hagen • Stokes (1819-1903) continuou o trabalho de Navier e desenvolveu as equações gerais do movimento dos fluidos que levam seus nomes; • Froude (1810-1879) – modelos físicos; • Americanos Francis (1815-1892) e Pelton (1829-1908) - turbinas 4 Mecânica dos fluidos – breve histórico Final do século XIX – ampliação da teoria dos fluidos por cientistas e engenheiros irlandeses e ingleses – Reynolds, Stokes, William Thomson, Kelvin, Rayleigh, entre outros. Século XX – Santos Dumont, irmãos Wright – aeroplano Prandtl – camada limite + camada externa; Von Kárman (1881-1963), Blasius (1883-1970), Nikuradse (1894-1979) – ampliaram a teoria de Prandtl com aplicações em hidráulica e aerodinâmica; Meados do século XX – expansão da aeronáutica, química, indústria, hidráulica; Final do século XX – uso de informática para resolver problemas grandes – clima global, otimização de projeto de uma pá de turbina, etc. Futuro??? 5 • Mecânica dos fluidos: é a parte da mecânica aplicada que se dedica à análise do comportamento dos líquidos e gases tanto em equilíbrio quanto em movimento. • Analítica • Experimental • Computacional Mecânica dos fluidos Combinação de teoria e experiência O que é Mecânica dos fluidos? Analítica: • formulação de modelos matemáticos para descrever os problemas; • soluções exatas apenas para condições e geometrias simplificadas. Problemas práticos: uso de relações empíricas – Mecânica dos Fluidos Experimental Computacional Abordagens em Mecânica dos fluidos? Mecânica dos fluidos nas Engenharias e outras áreas Fonte: Çengel e Cimbala Dimensões e Unidades Dimensão – medida de quantidade física; Unidade – forma de atribuir um número àquela dimensão; Dimensões: primárias, básicas ou fundamentais; Todas as dimensões não primárias podem ser formadas por alguma combinação das sete dimensões primárias. 9 Dimensões Primárias e suas unidades no SI e S. Inglês 10 Dimensão Símbolo Unidades SI Unidade S. inglês Massa* M kg (kilograma) slug Comprimento* L m (metro) pé Tempo* t s (segundo) s (segundo) Temperatura T K (kelvin) R (rankine) Corrente elétrica I A (ampére) A (ampére) Quantidade de luz C cd (candela) cd (candela) Quantidade de matéria N mol (mol) mol (mol) Suplementares: + Ângulo plano + Ângulo sólido * Grandezas primárias utilizadas na disciplina Algumas dimensões secundárias Fonte: White (2010) 11 Sistemas de Unidades Sistemas de Unidades 12 Sistema M L t F Internacional kg m s N Inglês slug ft (pé) s pound (lb) CGS g cm s dina Técnico UTM m s kgf F = m.a (2ª lei de Newton) T = F x d Sendo F = força e d = deslocamento No SI, a unidade de trabalho é o Joule (J), o qual equivale a energia necessária para manter uma força de 1 N para um deslocamento de 1 m; logo: 1 J = 1 N x 1 m P = trabalho realizado / tempo gasto = energia utilizada / tempo gasto No SI a unidade de potência é o Watt (W), o qual representa 1 Joule por segundo: 1 W = 1 J / 1 s p = F / A Sendo F = força normal a área (A). No SI a unidade de pressão é o Pascal (Pa). Energia é definida como a capacidade de realizar trabalho. A consequência de se realizar trabalho sobre um corpo é fornecer- lhe energia . -Energia cinética (movimento) - Energia potencial gravitacional (armazenada) Força, Trabalho (T), Energia, Potência (P), pressão (p) 13 Comprimento 1 ft (pé) = 12 in (pol) = 0,305 m 1 in (pol) = 0,0254 m 1 milha = 5280 pés = 1610,4 m = 1,604 km Massa 1 slug = 14,6 kg = 32,2 lbm (libra-massa) 1 lbm = 0,454 kg 1 UTM = 9,81 kg Força 1 kgf = 9,80665 N 1 lb = 0,4536 kgf = 4,448 N 1 dyn (CGS) = 10-5 N Energia, Trabalho e Calor 1 cal = 4,1868 J 1 kcal = 4168,8 J = 1,163 Wh = 3,968 Btu 1 kWh = 3,6 x 106 J 1 Btu = 1054,46 J = 0,252 kcal 1 Btu = 777,25 lb.ft U ni da de s Conversão de unidades 14 Pressão 1 bar = 105 N/m² Potência 1 hp = 550 lb.pé/s = 0,746 kW = 746 W 1 cv = 75 kgf.m/s Temperaturas t (°C) = t (K) – 273,15 t (°C) = 0,56 t (°F) – 17,78 t (°F) = 0,56 t (°R) – 459,67 1 K = 1,8 °R 1018 = exa (E) 1015 = peta (P) 1012 = tera (T) 109 = giga (G) 106 = mega (M) 103 = quilo (k) 102 = hecto (h) 10 = deca (da) 10-1 = deci (d) 10-2= centi (c) 10-3 = mili (m) 10-6 = micro () 10-9 = nano (n) 10-12 = pico (p) 10-15 = femto (f) 10-18 = atto (a) Potências de 10 Homogeneidade dimensional Todas as equações teóricas são dimensionalmente homogêneas. • Eq. homogênea geral • Eq. homogênea restrita 15 Exemplos: 1) Uma unidade antiga de viscosidade no Sistema CGS é o “poise” ou g/(cm.s). A viscosidade da água, a 293,16 K, é aproximadamente igual a = 10-2 poises. Expresse esse valor nos sistemas: a) Internacional; b) Inglês 2) Transformar 1 kgf/cm² em “psi” (libra força por polegada quadrada). Calcule a pressão do ar dos pneus de um carro que você conheça, nas duas unidades. 16 Exemplos: a. Transformar 9,8 m/s2 a ft/s2 b. Transformar 400 in3/dia a L/min c. Transformar 101.325 Pa a lbf/in2 d. Qual é o fator de correção para passar de psi a Pa? e. Qual é a relação entre hp e W? 17 Fluido Definição mais elementar: Fluido é uma substância que não tem forma própria, assume o formato do recipiente. DefiniçõesDefinições Espaçamento entre moléculas Forças intermoleculares 18 FluidoFluido 19 Sólidos – quando submetidos a ação de uma tensão de cisalhamento, sofrem uma deformação reversível até que o seu limite de elasticidade seja alcançado. A partir deste limite, o sólido não mais retorna ao formato anterior. Fluidos – deformação continua; escoam para qualquer tensão de cisalhamento a que sejam submetidos. Hipótese do contínuo PARTÍCULA FLUIDA: é uma quantidade de fluido contida num volume infinitesimal com as mesmas propriedades do fluido. HIPÓTESE DO CONTÍNUO Despreza espaçamento e atividade intermolecular do fluido; Considerando-o como meio contínuo que pode ser dividido infinitas vezes em partículas fluidas entre as quais se supõe não haver vazios. 20 Hipótese do contínuo NÃO se aplica quando o caminho livre molecular seja de ordem de grandeza da menor dimensão. Exemplo: Cubo de aresta 10-3mm Volume = 10-9mm³ • gás: condições normais – 2,687.107 moléculas – VÁLIDA HIPÓTESE CONTÍNUO • gás rarefeito – 6 moléculas - NÃO É VÁLIDA HIPÓTESE CONTÍNUO 21 Propriedades dos fluidos Propriedades: Característica de uma substância que se mantém invariante para um dado estado. Qualquer característica de um sistema (de uma substância) pode ser chamada de propriedade. 22 Extensivas (dependem da massa do corpo) Ex.: peso, energia, etc. Intensivas (não dependem da massa do corpo) Ex.: viscosidade, densidade, pv, etc. Propriedades Propriedades dos fluidos 23 r: massa específica g: peso específico d = r/ro: densidade relativa C: compressibilidade E: módulo de elasticidade volumétrico (E = 1/C) pv: pressão de vapor s: tensão superficial : viscosidade (absoluta, molecular, dinâmica) n = /r: viscosidade cinemática Massa específica (r): DIMENSÕES: ML-3 , FL-4T2 UNIDADES: kg/m³ - g/cm³ - slug/ft³ Exemplo - água: ρ = 1000 kg/m³ (4°C) ρ = 958,4 kg/m³ (100°C) vol m volume massa ==r Propriedades dos fluidos 24 Fluido r (Kg/m3) Água destilada a 4 °C 1000 Água destilada a 100 °C 958,4 Água do mar a 15 °C 1022 a 1030 Ar atmosférico à pressão atmosférica e 0 °C 1,29 Ar atmosférico à pressão atmosférica e 15,6 °C 1,22 Mercúrio 13590 a 13650 Petróleo 880 Pr op rie da de s d os F lu id os Massa específica de alguns fluidos 25 Massa específica da água em função da temperatura 26 DIMENSÕES: ML-2T-2 , FL-3 UNIDADES: N/m³ - kgf/m³ - lb/ft³ Exemplo - água: g = 9806 N/m³ = 62,4 lb/ft³ (4°C) Pr op rie da de s d os F lu id os g vol gm volume peso .. rg === Peso específico (g): 27 ref F ref Fd g g r r == É a relação entre a massa específica de uma substância e a de outra tomada como referência. Líquidos: referência água a 4°C rref = 1000 kg/m³ Gases: referência ar rref = 1,205 kg/m³ Pr op rie da de s d os F lu id os Densidade relativa ou densidade (d): 28 Pr op rie da de s d os F lu id os Densidade relativa ou densidade (d): De forma aproximada a variação da densidade da água doce com a temperatura pode ser obtida através da equação: 38265 10728,210242,7)10353,5(9999,0 =d 0.960 0.965 0.970 0.975 0.980 0.985 0.990 0.995 1.000 1.005 0 20 40 60 80 100 = temperatura expressa em ⁰C e erro máximo de 0,23%. 29 Pr op rie da de s d os F lu id os Fluidos são meios elásƟcos → módulo de elasƟcidade volumétrico. r rd dp Vol dVol dpE i == Módulo de elasticidade volumétrico. E C 1= Coeficiente de compressibilidade. Compressibilidade - Elasticidade 30 E (água a 5°C) = 2060x106 N/m² IMPORTÂNCIA: Os líquidos são considerados incompressíveis exceto para grandes variações de pressão – golpe de aríete. DIMENSÃO DE E: F.L-2 Viscosidade dinâmica ou absoluta (): 31 Viscosidade é uma medida da resposta do fluido a uma força aplicada Se F movimenta a placa e a substância independente do valor, é um fluido. Propriedade dos fluidos responsável pela sua resistência a deformação. y u = Fluidos Newtonianos Lei da viscosidade de Newton DIMENSÃO: FL-2T , ML-1T-1 UNIDADE: N.s/m² = Pa.s dina.s/cm² = poise (P) Pr op rie da de s d os F lu id os Viscosidade dinâmica ou absoluta (): 32 Pr op rie da de s d os F lu id os Viscosidade dinâmica ou absoluta () x Temperatura : 33 Viscosidade dinâmica varia com pressão e temperatura: -Pressão – aumenta ligeiramente com aumento de pressão; -Temperatura tem forte efeito (figura). x Temperatura 34 2 00 0 T T c T T baln = Para líquidos: Para água: T0 = 273,16 K; µ0 = 0,001792 kg/(ms) a = -1,94; b = -4,80; c = 6,74; precisão de ±1% Para gases: ST STT/T 0 2/3 0 0 = Equação de Sutherland 0 é uma viscosidade conhecida a uma T0 (273K) x Temperatura A viscosidade dos líquidos vem do atrito interno, isto é, das forças de coesão entre moléculas relativamente juntas. Desta maneira, enquanto a viscosidade dos gases cresce com o aumento da temperatura, nos líquidos ocorre o oposto. Segundo Potter e Wiggertt (2004), a viscosidade pode ser imaginada como a “aderência” interna de um fluido. Líquidos =f(1/temperatura) A viscosidade para os líquidos diminui com o aumento da temperatura, devido a diminuição da coesão que é a causa predominante da viscosidade; Gases =f(temperatura) A viscosidade para os gases aumenta com a temperatura, devido ao aumento da transferência da quantidade de movimento; 35 36 Fluido ideal ou perfeito: fluido não-viscoso ( = 0) e fluido incompressível Fluido Newtoniano: = constante – não varia com a força aplicada Viscosidade e classificação dos fluidos Pr op rie da de s d os F lu id os Plástico de Bingham – maionese, pasta de dente, suspensões de argila. Nao dilatantes / pseudoplásticos – a viscosidade dinâmica aparente diminui com o aumento da taxa de cisalhamento – ex: tinta látex no pincel –nao pinga pq a taxa de cisalhamento é baixa e a viscosidade é alta. No entanto desliza suavemente na parede pq a taxa de cisalhamento aumenta e a viscosidade diminui. Dilatantes - ex: suspensões de amido ou água com areia. Areia (movediça).- esforço necessário para retirar um objeto da areia aumenta com o aumento da velocidade37 Efeito do tempo sobre a pressão aplicada 38 Tensão de cisalhamento Reopético Fluidos comuns Tixotrópico Tempo Taxa de deformação constante DIMENSÃO: L2T-1 UNIDADE: m²/s cm²/s = stoke Pr op rie da de s d os F lu id os r n = Viscosidade cinemática (n): 39 A viscosidade cinemática da água, em função da temperatura, pode ser estimado através da equação deduzida por Poiseuille: 2 6 .000221,0.0337,01 1078,1 n = = temperatura expressa em ⁰C e n = viscosidade cinemática em m²/s. 40 r=n / x Temperatura n x Temperatura É a resistência ao deslizamento de fluidos ao longo de superfícies sólidas. Quando um fluido escoa ao longo de uma superfície sólida, junto a esta superfície existe uma camada fluida aderente que não se movimenta, camada esta que causa efeito de freio sobre as demais camadas. Em consequência do atrito e principalmente da viscosidade, os escoamentos de um líquido em uma canalização somente verifica-se com certa perda de energia. Pr op rie da de s d os F lu id os Condição de não-deslizamento vídeo 41 Interpretações: • Fazendo um corte de comprimento dL em um superfície interfacial, forças iguais e opostas de intensidade T.dL estarão presentes normais ao corte e paralelas à superfície, em que T é o coeficiente de tensão superficial, com unidades no SI de newtons por metro. •Um conceito alternativo é abrir o corte a uma área dA; isso requer que se execute um trabalho de valor T.dA. Assim, o coeficiente T pode ser considerado a energia da superfície por unidade de área da interface em N.m/m². Pr op rie da de s d os F lu id os Tensão superficial (s) 42 Tensão superficial na interface água limpa - ar s (N /m ) Resulta das forças atrativas entre moléculas. Se manifesta em interfaces, geralmente líquido-gás. Essa força segura uma gota de água pendurada em uma barra e limita o tamanho da gota que ali pode ser segurada. DIMENSÃO: FL-1 UNIDADE: N/m Pr op rie da de s d os F lu id os Tensão superficial (s) 43 O líquido não molha a parede sólida. O líquido molha a parede sólida. Superfície hiper-hidrofóbica Coesão Atração recíproca de moléculas de um mesmo fluido, permitindo que as partículas de fluido possam resistir a pequenos esforços. Ex: formação de gotas de água. Adesão É a propriedade que tem os líquidos de se unirem a outros corpos quando a atração exercida pelas moléculas de sólidos são maiores que a atração entre as moléculas do próprio fluido. Ex: água ‘molha’ vidro → adesão > coesão mercúrio não ‘molha’ vidro → coesão > adesão Pr op rie da de s d os F lu id os Coesão e Adesão 44 •É uma consequência da coesão, adesão e tensão superficial. Capilaridade Pr op rie da de s d os F lu id os 45 RD h . cos..2 . cos..4 g s g s == Capilaridade Pr op rie da de s d os F lu id os 46 RD h . cos..2 . cos..4 g s g s == Pressão de vapor • É a pressão na qual um líquido vaporiza e está em equilíbrio com seu próprio vapor. • Para pressão do líquido > pv, a única troca entre líquido e vapor é a evaporação na interface. • Para pressão do líquido < pv, começam a aparecer bolhas de vapor no líquido. Pressão de vapor da água 47 pressões bastante baixas podem aparecer em certas regiões se a pressão for ≤ pressão de vapor - líquido evapora - CAVITAÇÃO CAVITAÇÃO é a formação e extinção das bolhas de vapor. Afeta o desempenho das bombas e turbinas, pode erodir partes metálicas na região em que ocorre, provoca ruídos desagradáveis. Exemplo: água pv = 1,70 kPa (15°C) pv = 101,3 kPa (100°C) Pr op rie da de s d os F lu id os Pressão de vapor: pressão resultante de moléculas no estado gasoso. Cavitação: Formam-se bolhas no líquido quando a pressão local cai abaixo da pressão de vapor. Nas altas elevações, nas quais a pressão atmosférica é relativamente baixa, resulta que a ebulição ocorre a temperaturas menores do que 100C. Pressão de vapor Ebulição: ponto no qual a pressão de vapor é igual a pressão atmosférica. 48 Pressão de vapor Principais efeitos nocivos da cavitação: – A alteração das características hidrodinâmicas do escoamento; – A produção de fenômenos de ruído e vibrações; – A erosão das fronteiras sólidas em contato com o líquido 49 50 Fonte: White Lei dos gases perfeitos p = pressão absoluta r = massa específica T = temperatura absoluta R = constante do gás Vol = volume m = massa n = número de mols Ru = constante universal = 8,314 kJ/kmol.K M = massa molar. 51 TRp ..r= TRmvolp ... = TRnvolp u ... = M RR u= Para o ar (300K): M = 28,97kg/kmol R = 0,287 kJ/kg.K Outras propriedades • Velocidade do som (líquidos): c = (E/r)1/2 • Velocidade do som (gás – isentrópico): c=(k.R.T)1/2 • Constante do gás: Rgás = Ru/peso molecular [Rgás] = m2/(s2 K) • Ru = cte. universal para gases perfeitos = 8,314 J/(mol K) • Calor específico a volume constante: cv • Calor específico a pressão constante: cp • Energia interna: eu (ou u) • Entalpia: h = p/r + eu • Constante adiabática: k = cp/cv v u c dT de = pcdT dh = 52 R = cp - cv Gases perfeitos Condições isotérmicas: Processos adiabáticos ou isentrópico – p e Tª constantes em todo o sistema e sem calor transferido. 53 ctep = r k p p = 2 1 2 1 r r kk p p T T /)1( 2 1 2 1 = 1 2 1 2 1 = k T T r r pkE .= Alguns valores 54 Es Alguns valores 55 k = cp/cv R = constante do gás K = constante adiabática cp/cv cv = Calor específico a volume constante cp = Calor específico a pressão constante Alguns valores de referência Água 56 Como quantificar / medir algumas propriedades: Picnômetro Densímetro Tubo de Hare 57 Viscosímetros Viscosímetro de queda de esfera Viscosímetro de tubo em U Viscosímetro de rotação Entre outros... 58 Viscosímetros 59 Fonte: Camaño Schettini (2014) T = torque R = raio = veloc. angular Encontrar o valor da viscosidade a partir do torque (T), do raio (R, R0, R1) e da velocidade angular (). 60 http://www.pce-instruments.com/espanol/instrumento-de-medida/medidor/viscosimetro-endecotts-limited-viscos_metro-zxcon-det_404635.htm Viscosímetro ZXCON Viscosímetro Bostwick ZXCON viscosimetro Bostwick de acero inoxidable / ideal para el uso móvil / requiere sólo una pequeña cantidad de prueba / nivel de burbuja incorporado / pie de ajuste con tornillos nivelables El viscosímetro Bostwick ZXCON permite un procedimiento de medición rápido y sencillo para determinar las propiedades de flujo de sustancias fluidas viscosas. Con el viscosimetro Bostwick se determina en un proceso de comparación física el recorrido de flujo en un tiempo determinado de un líquido que se extiende o de un material pastoso. Este procedimiento de medición empleado con el viscosímetro Bostwick ZXCON también se conoce como test de Bostwick. El viscosimetro de Bostwick se compone de una bandeja dividida mediante una corredera vertical en dos cámaras de tamaño diferente. La cámara más pequeña del viscosímetro Bostwick sirve para la recepción de una sustancia de muestra. La cámara más grande se encuentra sobre el suelo y está equipada con un escalamiento de ruta grabado. Una vez llena la muestra y abierta la corredera con el viscosimetro Bostwick ZXCON se determina la distancia que la sustancia cubre en un determinado periodo de tiempo en el fondo escalado de la bandeja. Para alcanzar elevada precisión de repetición y valores comparables, es absolutamente necesario durante la realización de la prueba una alineación absolutamente horizontal del viscosímetro Bostwick ZXCON. Por este motivo el viscosimetro Bostwick ZXCON viene equipado de manera estándar con un nivel así como pies de nivelación. El viscosimetro Bostwick se emplea especialmente en la industria alimentaria para caracterizar y comparar consistencia, viscosidad o flujo de salsas, mermeladas, conservas, sopas o Ketchup. El viscosímetro Bostwick resulta a su vez de gran ayuda en la clasificación de pinturas o cosméticos. 61http://www.iesmat.com/Productos-MI-Viscosimetros-Cono.htm VISCOSÍMETRO V88 CONO/PLACA DE MALVERN INSTRUMENTS El Viscosímetro V88 en un sencillo y robusto instrumento que proporciona medidas precisas de viscosidad a simples y múltiples velocidades de deformación. Su construcción y flexibilidad lo hacen apropiado para su uso en una gran variedad de aplicaciones desde muy bajas a muy altas viscosidades. Exemplos 3) A unidade de massa no Sistema Técnico é a UTM. Sabendo que a massa específica da água a 20⁰C é r = 102 UTM/m³, qual é a relação entre UTM e kg (SI) e entre UTM e slug (sistema inglês)? 4) 2 dm³ de um líquido pesam 1640 gf. Calcular o seu peso específico, a massa específica e a densidade no SI. 5) Um líquido comprimido num cilindro tem volume de 1 litro, a pressão de 1000N/m² e volume de 995 cm³ a pressão de 2000N/m². Determine o módulo de elasticidade volumétrica do líquido. 62 Exemplos 63Fonte: Young et al. (2005) 6) 64 Exemplos 10) Um corpo pesando 90 lb com uma superfície plana de 2 ft² desliza sobre um plano inclinado lubrificado que faz um ângulo de 30⁰ com a horizontal. Para uma viscosidade de 1 poise e velocidade do corpo de 3 ft/s. Determinar a espessura da película lubrificante. R: e=0,00334 in 65 Questões • Como variam as propriedades físicas da água com a temperatura? E com a pressão? • A que temperatura a água entre em ebulição a uma pressão de 3 bar? • Como funciona um densímetro? Como você “construiria” ou “estabeleceria” a escala de um densímetro? • Analise o erro na quantificação de alguma grandeza de interesse, que seja função da massa específica da água, ao desprezar a variação de temperatura da água. • Como varia a aceleração gravitacional no globo terrestre? Analise o erro na quantificação de alguma grandeza de interesse, por desprezar a variação da aceleração gravitacional. 66 Mec�nica dos Fluidos II/Aulas/03 - Est�tica dos Fluidos.pdf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Instituto de Pesquisas Hidráulicas Departamento: Hidromecânica e Hidrologia IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II 2. Estática dos fluidos 2017/2 1 2. Estática dos Fluidos Forças, tensões e pressão; Equação fundamental da estática dos fluidos; Escalas; Dispositivos para medir pressão; Aplicações. 2 Forças, tensões e pressões 3 Forças Superficiais Mássicas ou de campo Gravidade Pressão Viscosas Tensões Normais Tangenciais DA t1 t2 sn Pressão Devida a uma força normal de compressão DA A)n(pFd pressão D Fonte: Camaño Schettini (2014) Formulação diferencial: força devido a viscosidade 4 Tensões Normais Tangenciais DA t1 t2 sn x z y dAy = dx dz yys yxt yzt Em cada ponto do fluido fica determinado o tensor de tensões viscosas: stt tst tts s zzzyzx yzyyyx xzxyxx j,i Fonte: Camaño Schettini (2014) • A estática dos fluidos envolve o estudo de problemas para os quais não há movimento relativo entre os elementos do fluido. Como não há movimento relativo entre os elementos individuais e, portanto, não há gradientes de velocidade, não pode existir tensão de cisalhamento, que seja a viscosidade do fluido. Ou seja, a viscosidade não influi em problemas de estática, podemos, portanto, obter facilmente soluções exatas para tais problemas. 5 Estática • Um fluido em repouso não admite a existência de esforços tangenciais entre suas partículas. • Lei de Pascal : “Num ponto de um fluido em repouso a pressão é a mesma em qualquer direção.” Consideremos um pequeno corpo em forma de cunha de comprimento unitário, no ponto (x,y) de um fluido em repouso. 6 Pressão em um ponto ps.Ds px. D y py. D x D y y x Ds Dx 2 .. yx DD • Forças atuantes: • Forças de contato – pressão • Forças de campo – peso Demonstração em aula. → ps = py = px Equação fundamental da estática z x y dx dz dy dydxdz z pp 2 dydxdz z pp 2 dzdydx x pp 2 dzdydx x pp 2 dzdxdy y pp 2 dzdxdy y pp 2 W • Forças atuantes: • Forças de contato – pressão • Forças de campo – peso 0F 0F 0F 0F z y x Forças superficiais e de campo atuando num elemento de fluido dzdydxgdzdydx z pdFz ...... dzdydx x pdFx .. dzdydx y pdFy .. O vetor da força elementar é dado por: kdFzjdFyidFxFd ... dzdydxgkdzdydx z pk y pj x piFd ....... 8 Desenvolvimento em aula 0F 0F 0F 0F z y x dividindo por dx.dy.dz = dvol e fazendo dvol tender a zero ponto num volumede unidadepor resultante Força 0dvol lim .. gkp z k y j x i dvol Fd A expressão entre parênteses é o gradiente indicado por (nabla): z k y j x i gp Equação fundamental do equilíbrio estático na forma diferencial. 9 g z p y p x p 0 0 Na forma de componentes: 0 x p 0 y p g z p . Como p é função apenas de z: dp = - .dz → Válida para fluidos compressíveis e incompressíveis -Para (ou ) variável – conhecer a lei de variação de para integrar; - Para (ou ) constante – integração direta. 10 11 C = constante de integração = p0 h = -z = medida vertical para baixo a partir da superfície livre do líquido p = aumento de pressão a partir da superfície livre p = .h + p0 Para fluidos que possam ser considerados homogêneos e incompressíveis ( = constante). p = -.z + C x z y g h p0 Z0 h = 0 Pressões em líquidos em repouso Pressão em líquidos em repouso pa pb pc pd pA pB pC pD = = = = = 12 • Pressão absoluta - • Pressão relativa = efetiva = manométrica = gage • Vácuo = pressão efetiva negativa = depressão = sucção 13 Escalas de pressão Leitura local do barômetro Zero para a pressão absoluta Zero para a pressão relativa ou para o vácuo pabs = prel + patm local vácuo = - prel vácuoabs = - patm local • Unidades de pressão propriamente dita, baseadas em p=F/A • lb/ft2 , lb/pol2 = psi , Kgf/cm² , Kgf/m² , Pa=N/m² , bar (105Pa) • Unidades de carga de pressão - h Essas unidades são indicadas por uma unidade de comprimento seguida da denominação do fluido que produziria a carga de pressão (ou coluna) correspondente à pressão dada. • Exemplo: mm.Hg , m.c.a. , cm.c.a. , pol.Hg hp / psi = pounds per square inches 14 Unidades de pressão 1 atmosfera = pressão atmosférica normal Valores ao nível do mar: 1 atmosfera = 14,7 psi (lb/in2) = 2116 lb/ft2 = 29,92 pol.Hg = 33,91 ft H2O = 760 mmHg (Torr)= 101325 Pa = 10,33 m.c.a. A que profundidade de um óleo, de densidade relativa 0,75, se produzirá uma pressão de 2,80kgf/cm²? E se o líquido for água? 15 hp mh mkgf mkgfh ph óleo 30,37 ³/100075,0 ²/1080,2 4 Óleo: mh mkgf mkgfh ph óleo 00,28 ³/1000 ²/1080,2 4 Água: A água de um lago localizado numa região montanhosa apresenta temperatura média igual a 10°C e a profundidade máxima do lago é 40 m. Se a pressão barométrica local é igual a 598 mm Hg, determine a pressão absoluta na região mais profunda do lago. A pressão na água, em qualquer profundidade h, é dada pela equação: hpp atmabsoluta onde patm é a pressão na superfície do lago. Como queremos conhecer a pressão absoluta, a patm será a pressão barométrica local ou pressão atmosférica. Deste modo: ²/5,79 598,0³/133 mkNp mmkNp hp atm atm Hgatm Assim: kPap mmkNmkNp absoluta absoluta 472 40³/804,9²/5,79 Peso específico da água, 10°C: água,4°C = 9,804kN/m³ 16 Pressão na atmosfera Desenvolvimento em aula. 17 Categorias de medição de pressão Pressão absoluta Pressão efetiva Pressão diferencial Pressão média Pressão instantânea Pressão total Pressão estática Pressão dinâmica Coluna líquida Outros dispositivos Barômetro - Patm pvapor 0 Barômetro Aneróide Barômetro Metálico Barômetro digital Micro elemento de silício que sofre ressonância a uma frequência proporcional a pressão aplicada Barógrafo Geralmente pvapor = desprezível vaporatm php hpatm Piezômetros - para pequenas pressões efetivas Pressões positivas Pressões negativas patm m pm = patm + x h pm = x h patm = 0 (pressão relativa) Manômetros abertos – para pressões efetivas maiores Pressões negativas Pressões positivas patm m z h 1 2 1 p1 = pm + x z p2 = patm + 1 x h p1 = p2 pm + x z = patm + 1 x h pm = patm + 1 x h - x z patm = 0 d1 = 1/ pm = (d1 x h – z) Manômetros diferenciais p1 = pA + 1 x hA p2 = pB + 3 x hB + 2 x h p1 = p2 (superfície de nível) 1 2 A hA h 1 2 B hB 3 pA - pB = 3 x hB + 2 x h - 1 x hA • Determinar a diferença das pressões a montante e a jusante da peça inserida no conduto forçado: Aplicação 1 2 3 A B z 0,6 Hg água pA = p1 + . z pB = p3 +0,6 . + . z p1 = pA - . z p3 = pB -0,6 . - . z p2 = p3 +0,6 . Hg p2 = pB -0,6 . - . z +0,6 . Hg p1 = p2 pA - . z = pB -0,6 . - . z +0,6 . Hg pA - pB = -0,6 . + 0,6 . Hg = 0,6 (Hg - ) (pA – pB)/ = 0,6 (13,6 - 1) (pA – pB)/ = 7,56 m.c.a. Outros manômetros de coluna líquida Manômetro de tubo inclinado O manômetro de tubo inclinado é utilizado para medir pequenas diferenças de pressão em sistemas que contém gases. Nestes casos: Micromanômetro D A a A aHpp 11221 A = área maior do tubo (onde está o fluido de peso específico 1); a = área da seção reta do tubo em “U”. Outros dispositivos Manômetro de Bourdon Tipo C Espiral Helicoidal Outros dispositivos (a) Manômetro do tipo diafragma; (b) efeito da pressão na deformação do diafragma Tubo de Hare Para comparar as densidades de líquidos miscíveis pode-se adotar o tubo de HARE , conforme o esquema. Aspiram-se os líquidos pelo tubo T , que se pinça em seguida. A mistura de ar e vapores que permanece na parte superior do aparelho exerce pressões iguais nas duas colunas. A massa específica do álcool resulta da proporção: /1000 = 27/30 portanto = 900 kg/m3 27 Sequência para a resolução de problemas de manômetros de colune líquida 1. Começar numa extremidade (ou menisco) escrevendo a pressão numa unidade. 2. Somar a pressão a sua variação até o próximo menisco com sinal positivo se o menisco estiver mais baixo e com sinal negativo se estiver mais alto. 3. Continuar desta forma até alcançar a outra extremidade do manômetro e igualar a expressão à pressão neste ponto, seja a mesma conhecida ou não. 28 Empuxo (Buoyancy) • A força de empuxo E sobre um corpo submerso é igual ao peso do volume de fluido deslocado, com direção vertical e com sentido contrário ao da gravidade g. • Exemplo de aplicação: densímetro Despreze o ar deslocado aqui em cima. (Volume deslocado) X ( do fluido) = peso do corpo Se o corpo estiver em equilíbrio: E = W E > W ? E < W ? 30 Exemplo: Pode boiar na superfície ou quando o nível do mar sobe, a bóia fica completamente submersa. Qual a força que tensiona o cabo na condição da figura? Em equilibrio: água mar = 10,1kN/m³ 31 Forças em superfícies planas Ay Iyy xP Ay I xx xyP AhF Visto em detalhes em Hidráulica II F dAsenydAhdApdF horizontaldAelemento A dAsenyF A dAysenF AysenF AhF A intensidade da força de pressão que age numa superfície plana é igual ao produto da pressão no CG pela área. Direção – perpendicular a superfície Sentido – contra a superfície se a pressão é + 32 Intensidade da força de pressão. Forças hidrostáticas em superfícies planas Ponto de aplicação = no CG do prisma de pressões Para superfícies com áreas não retangulares ou quadradas, há outro método de cálculo. Visto em detalhes em Hidráulica II Exercícios Na figura, a pressão efetiva em A é de 1,5kPa. Os fluidos se encontram a 20⁰C. Determine as elevações z, em metros, das elevações dos líquidos nos tubos B e C. 34 Exercícios A pressão efetiva em B é utilizada para avaliar a pressão em um ponto A em um escoamento de água. Se a pressão em B é 87kPa, estime a pressão em A, em kPa. Assuma todos os fluidos a 20⁰C. 35 Exercícios O sistema da figura está a 20⁰C. Avalie a pressão absoluta em A em lbf/ft². 36 Exercícios Na figura ambos fluidos encontram-se a 20⁰C. Se efeitos da tensão superficial podem ser desprezados, qual a massa específica do óleo, em kg/m³? 37 Exercícios Os compartimentos B e C da figura estão fechados e cheios de ar. O barômetro indica 14,7 psi, quando os manômetros A e D indicam os valores assinalados, qual será o valor de x no manômetro E ? ( líquido manométrico = mercúrio - d = 13,6) 38 R: 5,92 ft Exercícios Na figura abaixo, A contém água e o fluido manométrico tem densidade 2,94. Quando o menisco à esquerda coincide com o zero da escala pA = 90 mm de água. Determinar a leitura do menisco da direita quando pA = 8 KPa sem nenhum ajuste do tubo em U ou da escala. R: 0,383 m 39 O eixo da comporta retangular de 6 ft de largura romperá quando sujeito a um momento de 100000 lb.ft . Determinar o nível H máximo de líquido.(=64 lb/ft³). R: H= 10,54 ft 40 Visto em detalhes em Hidráulica II Exercícios O tubo A contém óleo (d = 0,8) e o tubo B, água. Calcular as pressões efetivas e absolutas em A e B, para as indicações do manômetro. ( pressão atmosférica = 10330 Kgf/m² - densidade do mercúrio = 13,6 ) 41 Respostas: pA (abs) =14170 kgf/m²; pA (efet) = 3840 kgf/m²; pB (abs) = 4470 kgf/m²; pB (efet) = -5860 kgf/m² Exercícios Supondo que Ø1 é o dobro de Ø2, h1=2cm e h2=1cm. Determine pA. Dobrando-se o valor de pA, determine Δk e Δw. 42 Determine as pressões efetiva e absoluta no ponto A, no interior de um líquido de densidade 1,25. A pressão atmosférica é de 10 m.c.a. 43R: P abs = 60,47kPa / Pefet = -37,5kPa Exercícios O ponto mais profundo conhecido nos oceanos é 11034 metros no Pacífico. Nessa profundidade o peso específico da água do mar é aproximadamente de 10520 N/m³. Na superfície, = 10050 N/m³. Calcule a pressão relativa (efetiva) nessa profundidade (no fundo do mar), considerando a variação linear do peso específico. Qual a diferença percentual em relação ao cálculo sem considerar a variação do peso específico com a profundidade. 44R: Pefet = 113,5MPa Exercícios Mec�nica dos Fluidos II/Aulas/04 - Cinem�tica dos Fluidos.pdf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Instituto de Pesquisas Hidráulicas Departamento: Hidromecânica e Hidrologia IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II 3. Cinemática dos fluidos 2017/2 1 3. Cinemática dos Fluidos Objetivos: • Estudar o movimento de fluidos em escoamento – descrição e visualização; • Determinar: posição, velocidade e aceleração. ** Não se preocupa com as forças que produzem o movimento Itens abordados • Classificação dos escoamentos; • Campos de velocidade; • Aceleração de uma partícula fluida; • Vazões: volumétrica, mássica e ponderal; • Velocidade média; • Eq. da continuidade • Aplicações. Próximos capítulos - consideraremos as forças necessárias para produzir o escoamento – dinâmica do movimento. 2 Leonardo da Vinci 500 anos atrás. Trata-se da primeira visualização registrada do fenômeno da turbulência. Esse desenho abaixo retrata o enchimento de uma piscina por um jato de água produzido por uma seção quadrada. 3 4 Leonardo da Vinci Sanagiotto (2003) Simulação numérica via CFD, Arantes e Porto (2005) Simões et al. (2010) 5 Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos Campo de velocidade Escoamento do fluido – movimento das partículas fluidas (velocidade e aceleração) e não o movimento das moléculas isoladamente. Num dado instante, a descrição de qualquer propriedade do fluido (, pressão, velocidade e aceleração) pode ser formulada em função da posição da partícula. 6 Velocidades próximas à superfície do nariz de um trem de alta velocidade (TGV) Fonte: Camaño Schettini (2014) Campo de velocidade Campo de escoamento – representação dos parâmetros do fluido em função das coordenadas espaciais. Pode ser diferente a cada instante. Campo de velocidades: Onde Vx, Vy e Vz são as componentes do vetor velocidade nas direções x, y e z. 7 ktzyxVjtzyxVitzyxVV zyx ˆ),,,(ˆ),,,(ˆ),,,( 8 Métodos da cinemática dos fluidos Método Euleriano - Conceito de campo - O movimento do fluido é descrito pela especificação completa dos parâmetros necessários (pressão, massa específica e velocidade) em função das coordenadas espaciais e do tempo. - Informações do escoamento em função do que acontece em pontos fixos do espaço enquanto o fluido escoa por estes pontos. Geralmente é mais fácil utilizar o método Euleriano para descrever o escoamento. 9 Métodos da cinemática dos fluidos Método Lagrangiano - análise de partículas fluidas e determinação da variação das propriedades da partícula em função do tempo. - são avaliadas as propriedades da partícula durante o movimento. 10 Exemplos Euleriano: - instalar um medidor de vazão em uma seção de um conduto; - medir a variação da temperatura ao longo do tempo em um ponto na saída de uma chaminé; - avaliar a quantidade de pássaros (“vazão” de pássaros) que passa em um certo local ao longo do ano; entre outros. Lagrangeano: - uso de traçadores no sangue para verificar o escoamento nas artérias; - rotular alguns pássaros (peixes) com rádios transmissores para seguir o seu movimento ao longo da rota de migração; entre outros. 11 Classificação de escoamentos Permanente x transiente Uniforme x variado Laminar x turbulento Uni, bi, tridimensional Compressível x incompressível Ideal x real Lento, crítico ou rápido Outras classificações 12 Escoamento permanente: as características do escoamento em um dado ponto não variam com o tempo, do ponto de vista estatístico. Escoamento transiente ou transitório: - O escoamento transitório pode ser: - não periódico – fechamento de uma válvula. Para fechamentos bruscos – golpe de Ariete. - periódico – injeção periódica da mistura ar-gasolina nos cilindros de um motor automotivo. - aleatório – rajadas de vento; escoamento através de torneiras. 0 tV , 0 tp 13 Quanto à permanência no tempo - Permanente e transiente Vídeo 4.3. Escoamento permanente e transiente 14 • Permanente (estacionário) • Transiente (não-permanente) 0 t 0 t Nível variável Reservatórios de grandes dimensões Vídeo Quanto à permanência no espaço - uniforme e variado Escoamento uniforme: -Em um instante, a velocidade (módulo, direção e sentido) é constante em todos os pontos. (propriedades se mantém constantes – pressão, velocidade, etc). Escoamento variado 15 0 sV 0 sV Experimento de Osborne Reynolds - 1883 16 Vídeo Regimes laminar e turbulento Osborne Reynolds (1842 – 1912) – primeiro a distinguir a diferença entre escoamento laminar e turbulento. Experiência de Reynolds (1883) 17 Esquema da experiência de Reynolds. Fonte: Brunetti (2005). 18 Número de Reynolds Número de Reynolds (Re) – permite classificar o escoamento em laminar ou turbulento. Para escoamentos em condutos forçados: - escoamento laminar – Re < 2000 (2300) - escoamento de transição – 2000 < Re < 4000 - escoamento turbulento – Re > 4000 19 lVlV .Re Onde: V = velocidade média do escoamento, L = comprimento característico do escoamento (para conduto forçado = diâmetro), = viscosidade cinemática do fluido. Outros escoamentos: - Outros comprimentos característicos; - Outros limites. Quanto à dimensionalidade: Uni, bi ou tridimensional É classificado em uni, bi ou tridimensional de acordo com o número de coordenadas espaciais necessárias para especificar seu Muitas vezes adotam-se simplificações para facilitar a análise, mas sem sacrificar muito a precisão dos resultados. 20 Vídeo Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=1y7IsJyfjUA u = u (r,x) 2D u = u (r) 1D Quanto à compressibilidade Incompressível = cte • Líquidos maioria das situações • Gás perfeito Ma <0,3 (Ma = V/c) • Ex: ar, T = 15⁰C, c = (k.R.T)1/2 = 332 m/s • V=c.Ma V = 332 . 0,3 = 99,5 m/s – ainda pode ser considerado incompressível • Geralmente para mudanças no volume de até 3%, pode-se considerar incompressível. Compressível cte Mudanças no volume de 4% ou mais. As variações de massa específica podem ser devidas a: • variações do campo de pressão; • variações do campo de temperatura; • mistura de fluidos de diferentes densidades. 21 Hidráulica maioria das situações escoamento incompressível. Ideal x Real • Ideal = não viscoso = perfeito = 0 sem perdas • Real ou viscoso Escoamento lento, crítico e rápido 23 hg VFr . gravidadedeondaumadepropagaçãodeVelocidade fluxodoVelocidade hg V . Fr < 1 lento, fluvial ou subcrítico Fr = 1 crítico Fr > 1 rápido, torrencial ou supercrítico Escoamento lento, crítico e rápido Subcrítico – ondas podem se propagar para montante; Supercrítico – ondas não podem se mover para montante. 24 Outras classificações Escoamentos internos Escoamentos externos Em líquidos: • Sob pressão • Superfície livre 25 Formas de representação do escoamento Trajetória Linhas de corrente Linhas de emissão Tubo de corrente 26 Trajetória Trajetória – é uma linha traçada por uma dada partícula que escoa de um ponto para outro. Pode-se obter a trajetória de uma partícula fluida, marcando-a e tirando uma fotografia de longa exposição do seu movimento. 27X y z Partícula no instante t1 Partícula no instante t2 Partícula no instante t3 Trajetória Vídeo 4.6. 28 Linha de corrente Linha de corrente – é a linha contínua que é sempre tangente ao campo de velocidade. 29 X y z Partícula 1 no instante t Partícula 2 no instante t Partícula 3 no instante tv1 v2 v3 linha de corrente Vídeo 4.5. 30 Equações das Linhas de Corrente LC – todos os pontos são tangentes a 31 V 0Vdl Vz dz Vy dy Vx dx Equação diferencial para linha de corrente Uma equação que expressa o fato de que o vetor de velocidade é tangente a linha de corrente é: Linha de emissão Linha de emissão – consiste de todas as partículas do escoamento que passaram por um determinado ponto. Uso de traçadores para identificar as linhas de emissão. 32 Fonte: White Olhar: http://pt.wikibooks.org/wiki/Ficheiro:Streaklines_and_pathlines_animation.gif Tubo de corrente Tubo de corrente - é a superfície de forma tubular formada pelas linhas de corrente que se apoia numa linha geométrica fechada qualquer. A superfície lateral funciona como uma superfície impermeável. 33 - Fluido se move sempre ao longo das linhas de corrente e nunca transversalmente a elas. - No mesmo instante duas linhas de corrente não podem se cruzar e nem devem apresentar descontinuidade. Regime permanente: – nada muda com o tempo num ponto fixo. – linha de emissão = linha de corrente = trajetória Regime transitório: – as L. C. podem variar com o tempo. – linha de emissão não coincide necessariamente com a linha de corrente que passa pelo ponto de injeção neste ou em qualquer outro instante e nem com a trajetória. 34 Observações Aceleração de uma partícula fluida 35 z Vw y Vv x Vu t V Dt VDa Em coordenadas cartesianas: z ww y wv x wu t w Dt Dwa z vw y vv x vu t v Dt Dva z uw y uv x uu t u Dt Dua z y x aceleração local aceleração convectiva Velocidade média e vazão 36 Vazão volumétrica ou descarga Vazão mássica Velocidade média AVdAnVQ A Qm A QV 37 Vazão ou descarga: A dAnVQ Vn é o vetor normal a área dA. V Perfis de velocidade • Escoamento sob pressão • Escoamento superfície livre Exemplo: Medição de vazão em rio Distância da margem (m) 0 0.5 1.5 3.5 5.5 7.5 9.5 10.5 11.5 12 Profundidade (m) 0 0.5 1.2 2.3 3 3.1 2.8 2 0.5 0 Largura de influência (m) 1 1.5 2 2 2 1.5 1 1 Área (m²) 0.5 1.8 4.6 6 6.2 4.2 2 0.5 Velocidade a 0,2 m (m/s) 0.07 0.1 0.18 0.33 0.4 0.35 0.26 0.1 Velocidade a 0,8 m (m/s) 0.02 0.06 0.1 0.19 0.23 0.19 0.09 0.07 V média (m/s) 0.045 0.08 0.14 0.26 0.32 0.27 0.18 0.09 Q seção (m³/s) 0.023 0.144 0.644 1.560 1.953 1.134 0.350 0.043 SOMA 5.850 0 0.5 1.2 2.3 3 3.1 2.8 2 0.5 00 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Pr of un di da de (m ) Largura (m) Exemplos: escoamentos em condutos forçados • Perfis típicos de escoamento desenvolvido: Laminar: Turbulento: max 2 . 2 . uRQ 2 maxuV VU 0 max 2.. 120 98 uRQ max120 98 uV AVdAnVQ A Eq. da continuidade Em aula. 41 BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. CAMAÑO SCHETTINI, B. Notas de aula. 2014. FOX, R., McDONALD, A., PRITCHARD, P. Introdução à mecânica dos fluidos. 6ª Ed. GASTALINI, M. C. C. Notas de aula de Mecânica dos Fluidos. MUNSON, B., YOUNG, D., OKIISHI, T. Uma introdução concisa à mecânica dos fluidos. SILVA, Benedito. Notas de aula. WHITE, F. M. Fluid Mechanics. 5th Ed. Mc. Graw Hill, 2003. 42 Referências Exercícios: 1) Dada a distribuição de velocidades bidimensional, de um escoamento permanente: Vx = Kx Vy = -Ky Vz=0 Onde K é uma constante positiva, calcule e plote as linhas de corrente do escoamento, incluindo direções e dando algumas possíveis interpretações do padrão. 43 44 Exercício 2) O campo de velocidade de um escoamento é dado por: Onde V0 e l são constantes. Determine o local no campo de escoamento onde a velocidade é igual a V0 e construa um esboço do campo de velocidade no primeiro quadrante (x ≥ 0, y ≥ 0) 45 jyixlVV 0 46 Exercício 3) Determine as linhas de corrente para o escoamento bidimensional em regime permanente apresentado no exercício anterior, onde: 47 jyixlVV 0 48 Exercício 4) Sendo dados: a) Calcular a velocidade no ponto P1 (3, 1, 2) e tempo t = 10 b) Obter as linhas de corrente no instante t = 3/2 e ponto P1 c) Obter as trajetórias para A (1,1,2) e t=0 49 ktjyixV 463 Exercícios 5) Para os campos de velocidade dados a seguir, determinar: A) se o campo de escoamento é uni, bi ou tridimensional, e por quê. B) se o escoamento é permanente ou transiente, e por quê. (as quantidades a e b são constantes.) 50 ieaxV bt ] [ 2 jbyiaxV kcjbxiaxV 2 kczjbxziaxV 2 jbxiaeV bx 2] [ jbyztiaxyV kzyxaV )/1()( 32/122 jbyitaxV 2)( 6) A velocidade do fluido ao longo do eixo x mostrado na figura muda linearmente de 6 m/s, no ponto A, para 18 m/s, no ponto B. Determine as acelerações nos pontos A, B e C. Admita que o regime do escoamento é permanente. 51 7) Quando um fluido escoa no tubo mostrado na figura abaixo, os efeitos viscosos podem provocar uma alteração no perfil de velocidades do escoamento – de um perfil uniforme ( ) na seção de alimentação do tubo, para um perfil parabólico , na seção de descarga do tubo (x = L). A figura mostra alguns perfis de velocidade deste escoamento. Utilize estes perfis para mostrar que uma partícula que se move pela linha de centro apresenta uma aceleração e que uma partícula próxima à parede do tubo apresenta uma desaceleração. Uma partícula localizada em r = 0,5R apresenta aceleração, desaceleração ou ambas? Explique. 52 iVV 0 iR/r1V2V 20 53 8) Óleo de densidade 0,9 é misturado com água, conforme mostra a figura que segue. A entrada de água ocorre a 2 m³/s. A mistura água + óleo apresenta densidade 0,93. Qual a vazão, em m³/s, de entrada de óleo no sistema? 54 9) Um escoamento permanente de ar, em condições aproximadamente unidimensionais, flui através de um convergente cônico. Se a velocidade do som no ar é de 340 m/s, qual é a máxima relação de diâmetros, DE/DS, para a qual podem ser desprezados os efeitos de compressibilidade? Considere VE = 10 m/s. 55 Mec�nica dos Fluidos II/Aulas/05 - Din�mica dos Fluidos.pdf Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Instituto de Pesquisas Hidráulicas Departamento: Hidromecânica e Hidrologia IPH 01107 – Mecânica dos Fluidos II 4. Dinâmica dos fluidos 2017/2 1 4. Dinâmica dos Fluidos ✓Dinâmica de Fluidos na forma integral; ✓ Análise diferencial e integral; ✓ Sistema e volume de controle; ✓ Teorema do Transporte de Reynolds; ✓ Equação Integral da Continuidade, da Quantidade de Movimento e da Energia; ✓ Aplicações. 2 Método integral e Método diferencial ✓ As leis podem ser formuladas de forma integral ou diferencial. 3 Análise integral: Usada quando é necessária uma análise global do problema, procurando resultados totalizadores. Ex.: cálculo da força de arrasto e sustentação de uma asa, pá ou ponte. Análise diferencial: Usada quando é necessária uma análise detalhada, procurando resultados ponto a ponto no domínio. Ex.: cálculo do campo de pressões sobre uma asa, pá ou ponte. Análise Integral ✓ As leis que modelam o movimento dos fluidos são formuladas, basicamente, para a abordagem dos sistemas. ✓ Assim, precisa-se transformar as equações adequadas a sistemas para que as mesmas possam ser utilizadas em volumes de controle. ✓ Esta transformação será vista no teorema de transporte de Reynolds. ✓ Lei da conservação de massa – Equação da continuidade ✓ Lei de Newton do movimento – Equação da quantidade de movimento ✓ Lei da conservação da energia – Equação da energia 4 Sistema e Volume de controle ✓ Sistema: É uma certa quantidade de material com identidade fixa (composto sempre pelas mesmas partículas do fluido) que pode se mover, escoar e interagir com o meio. A massa é constante. ✓ Volume de controle: É um volume no espaço (uma entidade geométrica e independente da massa) através do qual o fluido pode escoar. Um volume de controle pode ser móvel e deformável (ou fixo e não deformável). 5 VC deformávelVC deformável Volume de controle Propriedades intensivas e extensivas ✓ Todas as leis da física são formuladas em função de vários parâmetros físicos. Seja N um parâmetro físico e a quantidade deste parâmetro por unidade de massa: 6 mN dm dN N = propriedade extensiva - diretamente proporcional a quantidade de massa. Ex: peso, massa, energia, quantidade de movimento. = propriedade intensiva = propriedade extensiva por unidade de massa Teorema de transporte de Reynolds ✓ Teorema de transporte de Reynolds – permite a transformação entre as representações de sistema e volume de controle. ✓Objetivo: relacionar a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária, N, do sistema, com quantidades associadas com o volume de controle. 7 Teorema de transporte de Reynolds 8 Na figura acima podem ser identificadas 3 regiões: I e II – formam o volume de controle; Sistema: ocupa os volume I e II no instante t ocupa os volumes II e III no instante t + t O volume de controle e o sistema coincidem no instante t ✓A taxa de variação de Nsistema é dada por: 9 t NN dt dN ttt t sistema 0 lim Da figura: ttIIIIVCttIIIIItt NNNNNN tVCt NN Substituindo: t NNNN dt dN tVCttIIIIVC t sistema 0 lim Eq. (1) Eq. (2) Eq. (3) Eq. (4) 10 Como o limite da soma é igual a soma dos limites: )3()2()1( limlimlim 000 t N t N t NN dt dN ttI t ttIII t tVCttVC t sistema Agora vamos analisar cada um dos termos da equação anterior. Termo 1: VC VCtVCttVC t dvol tt N t NN 0 lim Eq. (5) Eq. (6) 11 Analisando uma sub-região da região III: Termo 2: ttttIII dvolNd Temos: tVl . tAdVAdl dAldvol ... cos.. tAdVNd ttIII .. Eq. (8) Eq. (7) ✓Assim podemos integrar sobre toda a região III e obter, para o termo 2: 12 III IIIIII SC SC t SC tt III t ttIII t AdV t tAdV t Nd t N . .. limlimlim 000 Podemos desenvolver uma análise similar para a sub- região 1 da região I, e obter, para o termo 3: ISC ttI t AdV t N .lim 0 Explicação do sinal negativo na equação acima: - o termo 3 da equação (5) é uma medida da quantidade de propriedade extensiva N que estava na região I – deve ser um valor positivo; - para a sub-região I, o vetor velocidade age para dentro do VC e a normal à área, por convenção, aponta para fora requer um sinal negativo para um resultante positivo. Eq. (9) Eq. (10) ✓Assim, podemos utilizar as equações 6, 9 e 10 na equação 5: 13 IIII SCSCVC sistema AdVAdVdvol tdt dN .. As duas últimas integrais podem ser combinadas, já que SCI e SCIII constituem a SC inteira: SCVC sistema AdVdvol tdt dN . A equação acima é o Teorema de Transporte de Reynolds que representa a relação fundamental entre a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária (N), de um sistema e as variações dessa propriedade associadas com um volume de controle. Eq. (11) Eq. (12) ✓Termos da equação (13): 14 SCVC sistema AdVdvol tdt dN . sistemadt dN é a taxa de variação de qualquer propriedade extensiva arbitrária do sistema. VC dvol t é a taxa de variação com o tempo da propriedade extensiva arbitrária N dentro do volume de controle. SC AdV . é a taxa líquida de fluxo da propriedade extensiva N através da superfície de controle. Eq. (13) Equação da continuidade 15 0 sistemadt dm )()( sistemavolsistemamsistema dvoldmm N = m 1 dm dN 0. SCVC AdVdvolt Equação da Continuidade para VC A taxa de variação da massa no volume de controle é igual a taxa líquida de fluxo de massa através da superfície de controle. Substituindo no Teorema de Transporte de Reynolds: Eq. (14) ✓Na equação 14 cuidar com a avaliação do produto escalar 16 cos. VdAAdV + escoamento para fora ( < /2) - escoamento para dentro ( > /2) Zero - ( = /2) Casos especiais da equação da continuidade 17 ✓ Fluidos incompressíveis - = cte Eq. (15) 0. SC AdVt vol Eq. (16) ✓ Se o VC é não-deformável vol = cte. Para o escoamento incompressível (permanente ou não) através de um VC fixo: 0. SC AdV Eq. (17) ✓ Escoamento permanente, compressível: 0. SC AdV 18 ✓ 1. A figura abaixo mostra um escoamento de ar num trecho longo e reto de uma tubulação que apresenta diâmetro interno igual a 102 mm. O ar escoa em regime permanente e as distribuições de temperatura e pressão são uniformes em todas as seções transversais do escoamen\\to. Calcule a velocidade média do ar na seção (1) sabendo que a velocidade média do ar (distribuição não uniforme de velocidade) na seção (2) é 300 m/s. Resposta: 66 m/s R: 0,0251 m³/s 2. O jato é alimentado por uma bomba. Qual a vazão da bomba? Volume de controle indeformável e móvel ✓ Ex: turbinas de avião, chaminés de navios, tanques de combustível de automóveis em movimento. ✓ - Velocidade relativa – velocidade do fluido vista por um observador solidário ao volume de controle. ✓ - Velocidade do volume de controle - velocidade do VC detectada por um observador solidário a um sistema de coordenadas fixo. ✓ - Velocidade absoluta do fluido – velocidade detectada por um observador imóvel solidário ao sistema de coordenadas fixo. 19 RV VCV V VCR VVV Volume de controle indeformável e móvel ✓O teorema de transporte de Reynolds fica: ✓A eq. da continuidade: 20 SC R VC sistema AdVdvol tdt dN . 0. SC RVC AdVdvolt Eq. (19) Eq. (18) ✓ 3) Um avião se move a uma velocidade de 971 km/h conforme figura. A área frontal da turbina é 0,80m² e a densidade de entrada do ar é 0,736 kg/m³. Um observador estacionário determina, que em relação a Terra, a turbina libera gases que se deslocam a uma velocidade de 1050km/h. A área de exaustão é 0,558 m² e a densidade do gás é de 0,515 kg/m³. Estime a vazão em massa de combustível de entrada no motor em kg/h. 21 Resposta: 9049,97 kg/h ✓ 4) A vazão de água no irrigador rotativo de jardim mostrado na figura é 1000 ml/s. Se a área da seção de descarga de cada um dos bocais do irrigador é igual a 30mm², determine a velocidade da água que deixa o irrigador em relação ao bocal se (a) a cabeça do irrigador está imóvel, (b) a cabeça do irrigador apresenta rotação de 600 rpm, (c) a cabeça do irrigador acelera de 0 a 600rpm. 22 Resposta: 16,7 m/s Equação da Quantidade de Movimento Linear 23 sistema dt Pd F )()( ... sistemavolsistemamsistema dvolVdmVP PN V dm dN Segunda lei de Newton: Onde a quantidade de movimento linear do sistema é dada por: Substituindo no Teorema de Transporte de Reynolds: SCVC AdVVdvolV t F . A soma de todas as forças atuando sobre um VC não submetido à aceleração é igual à soma da taxa de variação da quantidade de movimento no interior do VC com a taxa líquida do fluxo de quantidade de movimento saindo da superfície de controle. Eq. (20) 24 A eq. (20) é uma equação vetorial, sendo assim, pode ser escrita na forma de três equações componentes escalares, conforme apresentado a seguir. SC x VC xBxSxx AdVVdV t FFF . SC y VC yBySyy AdVVdV t FFF . SC z VC zBzSzz AdVVdV t FFF . Eq. (21) Forças de superfície Forças de campo 25 Para escoamento permanente e unidimensional: eexessxs eeexesssxs QVQV AVVAVV coscos SC x VC xx AdVVdV t F . =0 eexessxsx QVQVF Mesmo desenvolvimento para as direções y e z.Eq. (22) Para um tubo de corrente e esc. permanente: xexsx VVQF Eq. (23) Coeficiente de quantidade de movimento ✓ Quando na seção transversal da superfície de controle a velocidade variar: ✓ Inserimos um coeficiente de correção (β), que é o coeficiente de quantidade de movimento: 26 AVdAv A 22 AVdAv A 22 A dA V v A 2 1 β ≥ 1Eq. (24) Assim, corrigindo a equação da quantidade de movimento, para escoamento permanente: eexeessxssx QVQVF Eq. (25) 27 Resposta: 2,25kN ✓ 5. A água sai de um bocal estacionário e atinge uma placa plana, conforme mostrado. A água deixa o bocal a 15 m/s; a área do bocal é 0,01 m². Admitindo que a água é dirigida normal à placa e que escoa totalmente ao longo da placa, determine a força horizontal sobre o suporte. 28 Resposta: Leitura = 143 lbf ✓ 6. Um recipiente de metal, com 2 pés de altura e seção reta interna de 1 ft², pesa 5 lbf quando vazio. O recipiente é colocado sobre uma balança e a água escoa para o interior do recipiente através de uma abertura no topo e para fora através de duas aberturas iguais nas laterais do recipiente, conforme mostrado no diagrama. Sob condições de escoamento permanente, a altura da água no tanque é 1,9 ft. O seu superior quer que a balança leia o peso do volume de água no tanque mais o peso do tanque, isto é, que o problema seja tratado como um simples problema de estática. Você discorda, dizendo que uma análise do escoamento do fluido é necessária. Quem está certo, e que leitura a balança indica? Dados: A1 = 0,1 ft² V1 = -10 j ft/s A2 = A3 = 0,1 ft² ✓ 7. Água escoa em regime permanente através do cotovelo redutor de 90° mostrado no diagrama. Na entrada do cotovelo, a pressão absoluta é 220 kPa e a área da seção transversal é 0,01 m². Na saída, a área da seção transversal é 0,0025 m² e a velocidade média é 16 m/s. O cotovelo descarrega para a atmosfera. Determine a força necessária para manter o cotovelo estático. 29 Resposta: Em x: 1,35kN Em y: 640N -W ✓ 8. Água de um canal aberto escoa sob uma comporta. Compare a força horizontal de água sobre a comporta (a) quando a comporta está fechada e (b) quando a comporta está aberta (considerando escoamento permanente, conforme mostrado). Admita que o escoamento nas seções (1) e (2) seja incompressível e uniforme e que (levando em conta que as linhas de corrente ali são retilíneas) as distribuições de pressão são hidrostáticas. 30 Resposta: b) 25,2 KN/m ✓ 9. A Fig. 3 mostra um cotovelo convergente que está instalado na vertical. O volume interno do cotovelo, delimitado pelas seções (1) e (2), é 0,2 m³ e a vazão em volume no cotovelo é 0,4 m³/s quando as pressões nas seções (1) e (2) são respectivamente iguais a 150 kPa e 90 kPa. A massa do cotovelo é igual a 12 kg. Calcule as componentes nas direções x e y da força necessária para imobilizar este cotovelo. Considere: Fluido= água a 15C e = 1,10. 31 Equação da Energia 32 sistemadt dE WQ 1ª Lei da termodinâmica – Conservação de energia É a taxa de transferência de calor que é positiva quando é adicionado ao sistema pela sua vizinhança. t Q Q t W W É a taxa de trabalho que é positivo quando o trabalho é realizado pelo sistema sobre sua vizinhança. gz V ue dm dN 2 2 UmgzmVEN 2 2 1 energia cinética energia potencial energia interna Aplicando o Teorema de transporte de Reynolds: SCVC AdVede tdt dE WQ . gz V ue 2 2 variação com o tempo da energia armazenada no Volume de Controle fluxo líquido de energia através da Superfície de Controle Eq. (26) 33 Análise da taxa de trabalho W + trabalho realizado pelo VC sobre o meio que o envolve. - trabalho realizado sobre VC pelo meio que o envolve. outrospS wwwwW A taxa de trabalho realizado pelo VC pode ser subdividida em: - Trabalho do eixo (+ turbina / - bombas / - compressor); Sw pw - Trabalho realizado por tensões normais na superfície de controle – pressão; w - Trabalho realizado por tensões de cisalhamento na superfície de controle. Eq. (27) outrosw - Energia elétrica, energia eletromagnética
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