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LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 1 História de Bizâncio Paul Lemerle SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 2 CAPÍTULO 1 CONSTANTINO. A MONARQUIA CRISTÃ E ORIENTAL................................. 2 A CRISE DO SÉCULO III ......................................................................................................... 3 DIOCLESIANO E AS PRIMEIRAS REFORMAS .................................................................... 3 CONSTANTINO RESTAURA A UNIDADE DO IMPÉRIO ..................................................... 4 CONSTANTINO E A IGREJA ................................................................................................... 5 A MONARQUIA CONSTANTINIANA E O IMPÉRIO DO SÉCULO IV ................................ 6 O império e sua defesa: ....................................................................................................... 6 O imperador e o governo: .................................................................................................... 6 Crise econômica e transformações sociais:...................................................................... 7 CAPÍTULO II DE CONSTANTINO A JUSTINIANNO. A LUTA CONTRA OS HEREGES E CONTRA OS BÁRBAROS (3557-518) ....................................................................................... 7 CAPÍTULO III O SÉCULO DE JUSTIANO................................................................................. 9 A OBRA INTERNA .................................................................................................................... 9 A obra legislativa: ............................................................................................................... 10 A reforma administrativa: ................................................................................................. 10 A política religiosa: ............................................................................................................. 10 A vida econômica: ............................................................................................................... 10 A civilização Justiniana: .................................................................................................... 10 CAPÍTULO IV A DINASTIA DE HERÁCLITO E O FIM DO IMPÉRIO (610-717) ............... 11 CAPÍTULO V AS DINASTIAS ISÁURICA E AMÓRICA. O ICONOCLASMO (717-867) .... 12 LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 2 CAPÍTULO VI A DINASTIA“MACEDÔNICA” E O APOGEU DO IMPÉRIO (867-1081) .... 13 CAPÍTULO VII BIZÂNCIO E AS CRUZADAS. OS COMNENOS E OS ÂNGELOS. OS ESTADOS LATINOS E O IMPÉRIO GREGO DE NICÉIA. (1081-1261) ............................. 14 CAPÍTULO VIII OS PALEÓLOGOS E A QUEDA DO IMÉRIO BIZANTINO. (1261-1453) 15 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 16 INTRODUÇÃO O autor traça o objetivo do livro e chama atenção para alguns pontos: -o recorte usado é de 11 de maio de 330 a 24 de maio de 1453. O ponto de partida é o dia que Constantino inaugurou a nova capital do império e a data final é o dia em que o último imperador foi morto. Sem dúvida o império romano não termina bruscamente nessa data, mas é a passagem mais expressiva, pois é quando o imperador abandona Roma em sua irremdiável decadência e funda a nova capital do império em Constantinopla. Deesa forma, discussões acerca de qual seria a melhor data para se marcar o início do império bizantino são estéreis. -a ignorância e o preconceito muitas vezes condenam a história de bizâncio por julga-la simplestemente como uma pálida sobrevivência do império romano que já se iniciou decaindo fadado a ruina. O objetivo do livro é então, mostrar como bizâncio teve nos seus onze séculos de existência uma história que merece e deve ser contada. Uma história que vai muito além de “discussões de monges e cerimônias complicadas de uma corte quase bárbara”. CAPÍTULO 1 CONSTANTINO. A MONARQUIA CRISTÃ E ORIENTAL. A história bizantina é marcada pela destituição de Roma de sua primazia em benefício de Constantinopla. No entanto, não há uma separação clara entre história romana e história bizantina. Durante três séculos, até o fracasso de Justiano em restabelecer a unidade do império, a história de Bizâncio foi a continuação da históriaromana e recebeu profundas infliuências e caracteristicas essenciais que definem o império bizantino. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 3 A CRISE DO SÉCULO III Embora todos os grandes acontecimentos tenham origens remotas, o autor vai consedirear apenas os acontecimentos do sécilo III para entender a crise do império romanos. A crise interna: o império não conhece regra de sucessão e os iméradores são proclamados e destituídos pelo capricho ou ambição dos soldados. Algus reinam somente poucos dias e quase todos morrem de forma violenta. A crise externa: ataques bárbaros ao longo de toda a fronteira. Para defender pelo menos Roma, Aureliano constrói sua poderosa muralha. Crise econômica: o comércio para, os campos são abandonados e os impostos não são mais recolhidos. Crise religiosa e moral: religiões e supertições do oriente se espalhavam por todo o império. Foi quando o cristianismo estabelcia sua organização e seu dogma No entando, o século III conheceu imperadores enérgicos ou bem- intencionados. Com muito poucas excessões todos foram massacrados por seus soldados. Foi somente com Dioclesiano (285-305) que o império vê uma vontade de ferro conter sua decadência. DIOCLESIANO E AS PRIMEIRAS REFORMAS Dioclesiano foi o imperador que salvou o império impondo-lhe uma profunda reforma. Sendo o predescessor de Constantino, as vezes é difícil distinguir o que se deve a um ou a outro. Constantino nada mais fez do que completar e consolidadar a obra de Dioclesiano. As reformas de Dicoclesiano foram: fez do imperadoruma personagem sagrada, adorada segundo ritos minuciosamente regulamentados; o senado deixou de ter qualquer papel efetivo; toda a direção do imério foi confiada a conselhos; separou rigorosamente as finções civis das militares, separou o império para melhorar sua defesa, confiando a outro “augsuto”( Maximiniano) a guarda do império do ocidente; transformou essa diarquia em tetrarquia, associando dois césares aos dois augustos. Como condição para a escolha de Maximiniano como augusto, impôs a condição de que Maximiniano deveria renunciar em nome do César quando ele LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 4 mesmo o fizesse. E assim quando Dioclesiano se retirou do trono em 305 Constâncio Cloro e Galério tornaran-se augustos. CONSTANTINO RESTAURA A UNIDADE DO IMPÉRIO Um sucessão de disputas pelo trono levaram Constantino a ser o único imperador e ao fim da tetrarquia. Constancio Cloro torna-se augusto e junto a ele como César é escolhido Severo, um oficial desconhecido. Essa decisão contraria os interesses do filho de Maximiniano, Maxêncio, e a do filho de Constâncio Cloro, Constantino. A morte de Constâncio Cloro logo depois em 306 dá início a uma serie de disputas entre os dois, que acabam com a vitória de Constantino. No parte oriental a abdicação de Dioclesiano promove Galério a augusto, mas com a sua morte Maximiniano Daia que era seu Cesar encontrou opisição de Licínio. Na disputa pelo poder, Licínio vence e depois é vencido por Constantino. Dessaforma Constantino se torna imperador de todo o império, ocidental e oriental.Constantino e o Cristianismo Colocação do problema: Constantino é um imperador cristão, e esse é um dos acontecimentos mais importantes de seu imerio. No entanto, a história de seu reinado apresenta um enorme problema de fontes. O documento mais considerado, pelo menos no que se refere a história de Constantino com com os critãos era A Vida de Constantino atribuída a Euzebio de Cesaréia, onde é relatada a visão de uma cruz no céu por Constantino e onde o autor exagera na tendência cristã de Constantino. Esse texto já ão mais considerado contemporâneo a Constantino e os únicos relatos usados hoje são História eclesiástica de Eusébio e o tratado de Lactâncio, Sobre a morte dos perseguidores. Culto Solar e cristianismo: Constantino era fielmente adepto do culto solar. O primeiro edito de tolernância promulgado em favor dos cristãos foi de Galérico em 311 antes de sua morte. Nele, os cristãos podiam se reunir e orar para seus deus, desde que em suas orações pedissem vida longa ao imperador. O edito de Milão: é um testemunho inequívoco da conversão de Constantino. Foi um decreto de Licínio destinado ao oriente, que proclamava a liberdade de consciência, e que os cristãos deveriam ser restituidos dos bens que lhes foram roubados. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 5 A conversão de Constantino: A conversão de Contantino foi algo que se deu lentamente e por uma serie de circusntâncias e muito mais por considerações políticas, do que uma inluminação interior. Constantino sempre demosntrou toleância com o cristianismo, é enfim bem provável que eletenha se convertido já que foi batisado. O fato de ter sido batisado por um bispo ariano reflete sobre suas ligações com a Igreja. CONSTANTINO E A IGREJA O arianismo: doutrina que não admite que as três pessoas da trindade fossem iguais. Negava a consubstancialidade e assim, a divindade de Cristo. O arianismo divide o oriente cristão nessa dissenção. Constantino no interesse da paz interviu e reuniu em 325 o primeiro concílio ecumêmico, Concílio de Nicéia. O concílio de Nicéia é emblemático para a história, foi foi a primeira vez que o poder imperial interviu em questões dogmáticas e foi o concílio que definiu o dogma da Trindade. Constantino depois de expulsar Ario e o exilar, o chama de volta quando vê o arianismo se restabelecer em grande medida ou por influência de sua irmã que era muito ligada a um bispo ariano. Bispo que o batizou também. Constanino é uma figura singularmente complexa enquanto cristão. Embora certa tradição exagere em sua relação com o cristianismo, Constantino não foi um cristão completo. O suficiente para traduzir sua relação com a Igreja durante o imperio é: cristãos não forma perseguidos; sua religião deixou de ser proibida; o cristianismo não teve uma posição superior ao paganismo, não foi religiaõ de Estado. As atitudes de Constantino estão mais ligadas em procurar a paz do que com questões de convicção íntima. Para o autor, a conversão ao catolicismo não é o acontecimento mais importante do império de Constantino, pois ele somente acelerou o que seria uma evoluçãonatural. A nomeação de Constantinopla como nova capital do império é o acontecimento mais marcante. A fundação de Constantinopla Não se trata de uma cidade nova. Já existia ali uma velha colônia, Bizâncio, em posição privilegiada em relação a rota comercial da Azia com a Europa. Antes de Constantino Roma era a capital do império. A partir de seu reinado tem-se duas capitais. Mas na pática Constantinopla é a versadeira capital, já que Roma estava abandonada a seu declínio. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 6 É falso pensar que Constantino deixou Roma por se sentir impopular, pois era uma cidade pagã. Também é falso que ele quis fazer de Constantinopla uma cidade cristã, já que a fundação da cidade foi acompanhada por rituais pagãos. E se o imperador construiu Igrajas, também permitiu que os templos continuassem existindo. O imperador obedeceu a demandas estratégicas econômicas e políticas. Estratégica: Roma era muito vulnerável as invasões de godos e persas. Constantinopla uma ecxelente base de partida e uma fortaleza. Econômicas: necessidade de manter livre importantes rotas comerciais. Políticas: a decadência de Rima fazia com que o oriente grego parecesse a parte viva do império. Importante ressaltar que dos quatro imperadores da antiga tetrarquia, nenhum deles fixou residência em Roma. Para atrair os romanos notáveis a Constantinopla, palácios foram doados e para atrair o povo, intiuiu-se a anona e distribuições gratuitas de trigo. A fundação de Constantinopla marca a vitória do Oriente sobre o Ocidente. “Assimque foi fundada, Constantinopla atraiu para si tudo que permacia vivo da civilização grego-latina. Durante toda a sua história, graças aos ei poder, à sua riqueza ou ao seu prestígio, e pelo simples fato de manter a língua grega, Constantinopla defedendeu essa herança. A maior glória de Constantino talvez seja a de ter salvo, com o deslocamento oortuno do centro do império o que podia ser salvo.” (p19.) A MONARQUIA CONSTANTINIANA E O IMPÉRIO DO SÉCULO IV O império e sua defesa: Geograficamente os limetes sofreram poucas modificações. Internamente o império é dividido em províncias, que são agrupadas em doze diocéses que são agrupadas em quatro prefeituras: Gália, Itália, Ilíria e Oriente. A defesa que antes era feitas através das grandes muralhas, os limes agora passa a ter nas praças- fortes que eram sempre guarnecidas por tropas bem treinadas. O imperador e o governo: O imperador é sobrenano absoluto, é Deus. Com Dioclesiano e Constantio essa monarquia se comlpeta, através da organizição minuciosa dos ritos de adoração do príncipe. Essa nova concepção do imperador trás uma nova LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 7 concepção da administração imperial e do governo. Se baseia em duas principais idéias: o palácio torna-se o centro do Estado. É desse lugar que todo o império é dirigido; e segunda já não serve oa Estado e sim ao imperador; a noção orietal do serviço pessoal do príncipe substitui a noção antiga de magistratura. Essa medidas não configuram ennhuma revolução já que os imperadores romanos sempre tiveram seus “clientes” ouamigos”. Mas é a partir de Constantino que a instituição adquire sua forma definitiva. Novas regras de hierarquia são minuciosamente fizadas. Aqui se vê uma dferença em relação ao imperio romano. Em Roma a função exercida dependia da classe, agora a classe depende da função exercida. Outra medida foi a radicalização na separação dos poderes civis e militares. Os generais não participavam mais da adminstração e os prefeitos e governadores, funcionários puramente civis. Crise econômica e transformações sociais: Com a crise do século III as condições de vida essencialemnte urbans se trasnformaram e a terra passa a ser a maior fonte de riqueza. Com a intervenção do Estaodo é constituida a classe hereditária dos curias. A característica mais surpreendente é a intervenção tinanica do Estado, que passa a ser inevitável com sua autoridade. CAPÍTULO II DE CONSTANTINO A JUSTINIANNO. A LUTA CONTRA OS HEREGES E CONTRA OS BÁRBAROS (3557-518) Característica gerais: A principal tarefa dos sucessores de Constantino era defender o cristianismo contra os hereges e o Oriente contra incasões. Essa foi uma época confusa para o império e que teve mais de 20 imperadoresno Ocidente e Oriente que se sucederam. Dois reinaods são essencialmente importantes: o de Teodósio I que foi o último a comnadar efevitvamente todo o império e o de Teodósio II, que teve um longo reinado, emobra fosse medíocre os que governaram em seu lugarar fizeram coisas úteis. Durante esse tumultuado período a unidade do governo imperial exitiu, aomesmo tempo que se agravou a oposição entre ocidente e oriente. Essa é a LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 8 carecteritica dominate do período. As cauas foram: as forças vias do império estavam todas no oriente; o cristianismo desenvolveu-se diferentemente no Oriente e no Ocidente; o choque das invasões bárbaras foi repartido desigualmente entre o Ocidente e o Oriente. Os problemas religiosos: a história interna do império se confunde com a história do cristianismo. O desenvolvimento do monarquismo aumentou imensamente a força moral e social do cristianismo. O fim do paganismo: Teodósio I, cristão fanático tomou uma série de medidas contra o paganismo que culminaram no edito de 392: proibia os cultos pagãos, proibia o acesso aos templos. Em consequencia os templos foramd estruídos ou trasnformados em Igrejas. O cristianismo, Religião de Estado: Teodósio I em 380 publicou um edito onde só os que aderissem a doutrina da santíssima trindade seria considerados cristão católicos e os demais seria hereges. Completou a consubstancialidade do pai e filho com a do espírito santo, a doutrina lucena. Fixou a categoria do bispo de Constantinopla como primeiro do império, superior a Roma. Com essas medidas Teodósio proclama que não há tolerância religiosa no império, há a religião do Estado que é obrigatória. Assim, o imperado impõe seus dogmas a seus súditos. As atitudes desse imperador fomentam mais as disputas entre ocidente e oriente, quando os bispos de Roma não vêm a legalidade do poder imperial em questões dogmáticas. Nestória e concíliode Éfaso: com Teodósio II as disputas cristológicas reapareceram. Se Cristo era Deus e o homem, a questão agora era o modo pelo qual essas duas naturezas se unem na pessoa de Cristo. O debate tem um significado religioso e também político, na medida em que se dá a disputa intelectual entre os bispos de Constantinopla e da Alexandria. Teodósio II reune, então, o concílio de Éfeso em 431. Esse concílio depõe o bispo de Constantinopla, Nestorio e atribui de certa forma a Cirilo, bispo da Alexandria o comportamento de quase papa. O monoficismo e o concílio de Calcedônia: uma crise religiosa abalou o imperio quando Teodósio II reconheceu a doutrina monofista. Ele morreu em seguida e seu sucessor Marciano convoca em 451 o concílio de de Calcedônia que por fim condenou o monofisismo. Assim foi fundada verdadeiramente a ortodoxia da Igreja. As decisões desse concílio não foram reconhecidas na Alexandria, Egito e na Ásia menor, que permaneceram ligados ao monofisismo. “Assim as disputas teológicas mascaravam as oposições nacionais, e as LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 9 aspitações, já antigas, à independência encontravam nisso um pretexto para levantar uma parte do Oriente contra Constantinopla” (p.36) O problema dos bárbaros: O império romano e os povos bárbaros tiveram muitas vezes uma convivência pacífica. Na época das crises o oriente soube se esquivar dos perigos dos movimentos etnicos e ocidente pereceu. CAPÍTULO III O SÉCULO DE JUSTIANO Característica gerais: seu reinado foi amrcado pelo grande esforço em dominar o oeste, quandoesse já fazia parte do passaso so império romano. Seu governo foi longo e o século VI é conhecido como o século de Justiniano. Ele se uniu a Teodora que também foi coroado imperatriz. Teve dois grande objetivos: impor a ortodoxia católica e reunificar o império. Política externa: a ideia diretriz era a reconquista do ocidente. Conquistas no ocidente: após diversas investidas o exército de Constantinopla reconquistou Roma, Ravena, Nápoles a Africa do Norte com exeção do Marrocos. Após essa conquista o imperador tomou medidas para dar aos territórios suas antigas organizações. No entando o estado miserável em que se encontravam esse terrritórios e a insuficiente presença do exército, faziam com que os bárbaros continuassem a ser uma ameaça. Ameaças no oriente: as batalhas no Ocidente custaram um esforço muito grande ao imperio no oriente. Com isso o território sofreu grandes invasões de bárbaros e érsas, obrigadno o imperador a fazer caros acordos de paz. A defesa do império: cobriu todo o império com fortificações. Essa é considerada uma das obras mais úteis de seu reinado. Outra medida foi a chamada “ciência do governo dos bárbaros” que explorava a vaidade natural de seus chefes, que erarecebidos com pompa pela corte de Bizâncio, para que o imperador pudesse fazer vantajosos acordos. A OBRA INTERNA LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 10 A obra legislativa: Defendeu a necessidade de salvaguardar a herança da ciência do direito romano. A legislação justiniana foi a parte mais notável de sua obra. “Foi como direito justiniano, frequentemente adotado sem modificação, e que continua sendo a base do direito civil moderno, que o Ocidente reaprendeu, a partir do século XII, os princípios da vida social e do funcionamento do Estado.” (p.50) A reforma administrativa: Foram as medidas tomadas por Justiniano para melhorar a vida interna do império. Fora elas: eliminação de postos inútei, suspensão da venalidade dos cargos, obrigação do juramento ao tomar posse de um cargo. Medidas que visavam tornar os funcionários ao emso tempo mais independentes de seus adminsitradores e mais dependentes do poder central. Outra emdida foi tentar impedir abusos dos grnades propiet´rios de terra. Media que ele mesmo corrompeu, quando precisava suprir os gastos de seu governo. A política religiosa: Entendimento com o papa e perseguição aos hereges. Fechamento da universidade de Atenas, o último refúgio pagão. Já Teodora foi durante toda sua vida advogada dos monofisitas, por considerar a importância que os territórios do Egito. A vida econômica: Grandes bens forma concetrados nas mãos de monges, contruiu uma vasta obra o que deu ao império um ar de prosperidade, mas somente até o peso dos impostos esmagar novamente a população. Existia o grande comércio, ams o império não logrou êxito na conquista d euma rota livre com a China e a Índia. A civilização Justiniana: É a partir de justiniano que se deve datar a civilização bizantina propriamente dita. Uma demosntraçao de sua grandeza é a Santa Sofia. Os sucessores deJustiniano: após sua morte em , o império vê revelado tudo que havia de artificial e exessivo em sua obra. A lassidão e a miséria assolam o império. Após sua morte a política extrena em relação ao ocidente é abandonada e tem-se uma intensa crítica ao absolutismo imperial. Depois de numerosas revoltas e reinados curtos e sanguinários, Heráclito é escolhido pelo povo como no Imperador. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 11 CAPÍTULO IV A DINASTIA DE HERÁCLITO E O FIM DO IMPÉRIO (610-717) Característica gerais: Heráclito subiu ao trono em 610 e seus sucessores governaram até 717. O século VII é considerado o período mais sombrio na história de Bizâncio. Uma época de grave crise. No entanto é quando se rompe o imério romano e se inicia a história de bizantina. Com todas as crise causadas pela equivocada administração de de Justiniano para ressuscitara “romanidade”, o império sofre uma transformação decisiva e passade de império romano para império grego do oriente. Decadência da Persia: após uma intensa batalha com Heráclito e seu exército os Persas, grande potência mundial, serão derrotados. Somado a isso e a decadência interna a Pérsia entra em declínio e não se levantará mais. Instalação dos Eslavos na Grécia: a penetração eslava assume na época um caráter definitivo e os imperadores acabaram por estabelecer relações amigáveis. Eles se instalaram ou por laços de suserania ou por uma helenização no novo território. Exemplo são os croatas e servios. O começo da Bulgária: búlgaros e eslavos se unem e formam um Estado forte ao norteda Trácia. O imperador é obrigado a pagar um tributo e deixar de vez a fronteira do Danúbio. As conquistas árabes: o grande acontecimento do século VII foram as conquista árabes. Causas: a inabilidade de Bizâncio em sua política religiosa, a fraqueza da administração de bizâncio, a insuficiência em número e em qualidade do exército bizantino. Para o autor foi a intolerância religiosa o fator decisivo, pois territórios monofisistas passaram a preferis a dominação árabe, conhecida por sau maior tolerância. Os temas e a militarização do império: temas: reunião dos poderes civil e militar nas mesmas mãos. Media que a que Estados recorrem quando estão gravemente ameaçados. O tema se transformou pouco a pouco na subdivisão do império. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 12 Transformação geral do império: geograficamente reduzido, com a perda da melhor parte de seu patrimônio: Egito e Síria. A partir do século VII o imperio bizantino é propriamente a Ásia menor. A ortodoxia é restaurada, o império passa a ser helenístico e a partir do século VII o grego se torna o idioma oficial. CAPÍTULO V AS DINASTIAS ISÁURICA E AMÓRICA. O ICONOCLASMO (717-867) Os imperadores: durante esse período todos os imperadores forem asiáticos. Historicamente o período que vai desde o fim do século de Justiniano a ascenção da dinastia macedônica fomr aum todo. Os problemas no exterior tem sensivelmente as mesmas carecterísticas e o regime de temas se consagra. Os árabes: continuam sendo grande ameaça e tem-se vitórias importantes do lado de bizâncio com LeãoIII, mas também grnades derrotas com Irene e Teófilo. Os Búlgaro e os Russos: em geral, o império com armas e diplomacia consegue conter os Búlgaros nesse período, ams o crescimento desse império pe uma constante ameaça. Os Russos tentam pela primeira vez invadir Bizâncio, são derrotados mas se tornam a partir de agora, mais uma ameça. O iconoclasmo: foi o grande aocntecimetno do período. Palavra que designa a ação de “quebrar imagens”. Foi quando os imperadores proibiram o culto a imagens. Durante esse período alguns Imperadores aboliram as leis iconoclastas, mas na maior parte dessa época elas permaneceram, até chegar ao fim com o segundo concílio de Nicéia. Para o autor a iconoclastia teve uma dupla origem e um duplo aspecto: político e religioso. Religioso: a fé profunda do Imperadores que buscavam a purificação da religião. O culto as imagens lhes parecia próximo a rituais pagãos. O culto as imagens não está na origens do cristianismo e os imperadores lutavam contra o abuso da idolatria. Político: luta dos imperadores iconoclastas contra os monges, que tinham muitos privilégios e riquezas. A luta iconoclasta acabou sendo uma luta de Igreja contr Estado. Importante ressaltar que no meio da discussão foi proposto pelos LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 13 monges a separação da igraja e Estado, ams quando foram satisfeitso no concílio de Nicéia tudo voltou ao normal. A iconoclastia alargou ainda mais o fosso entre ocidente e oriente e estendeu amplamente a influência de Bizâncio sobre os bárbaros. CAPÍTULO VI A DINASTIA“MACEDÔNICA” E O APOGEU DO IMPÉRIO (867-1081) Os imperadores: junto com o século de Justiniano, foi o período mais glorioso de Bizâncio. Nessa época o império teve uma sucessão de notáveis imperadores a começar por Basílio I. A partir desse período, precisamente com Leão VI se iniciará a preocupação com a legitimidade do trono, e a ssim surgirá a familia imperial. Importante ressaltar que a chamada dinastia macedônicas foi, de fato armênica. E a exeção de alguns, os imperadores desse período era soldados. Os árabes no ocidente e no oriente: salvo no Danpubio, o imério teve que combater os árabes em todas sas suas fronteiras. Os Búlgaros e a fronteira do Danúbio: a ameaça búlgura foi mais localizada que a árabe, porém muito mais grave. O problema social: os imperadores se precocupavam com o poder que tinham os grandes propietários. Um exemplo foi a revolta dos grnade propietários de terra da Ásia Menor que esteve a ponto de derrubar o imperador. Uma novela de Romano Lecapemo promulgou medidads para remediar esse problema como: proibiu os poderosos de adquirirem a propriedade dos pobres e deu preferência de compra ao compones, quando este estava disputando com um grande propietário. O drama da história social de Bizâncio é essa luta da grande e pequena propriedade. O imperador não tinha condições de tomar medidas radicais contra os grandes propietários pois muitas vezes tinha que recorrer a eles em busca de recursso. O cisma: aconteceu por volta da metade do século XI. Quando um anpuncio pontificalfoi a Constantinopla o patriarca Miguel Celulario se negou a LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 14 fazer qualquer acordo. O cardeal Huberto o excomungou. Até hoje esse cisma permanece e é considerado a grande ruptura entre o ocidente e o oriente. A civilização: a mais brilhante da história de Bizâncio. Notáveis poetas, monumentos e grande atividade legislativa. A decadência: após a morte de Teodora se inicia uma grande disputa pelo poder entre e o exército e a administração central da capital. Com o triunfo do partido militar, apoiado pelos grandes senhores de terra. Foi o começo da ameaça Turca que havia nessa época tomado vários territórios da Macedônia. CAPÍTULO VII BIZÂNCIO E AS CRUZADAS. OS COMNENOS E OS ÂNGELOS. OS ESTADOS LATINOS E O IMPÉRIO GREGO DE NICÉIA. (1081- 1261) A dinastia dos Comnenos: durante um século i império conheceu uma administração firme e estável. Dois terços da riqeuza mundial se encontrava em Constantinopla. Na religião várias vezes o imperador pareceu a ponto de reconhcer a autoridade do papa sobre o Oriente na esperança de restabelcer sua propria autoridade sobre o ocidente, mas isso não aconteceu. O ocidente vezenianos e normandos: por ter pedido apoio da marinha veneziana em uma batalha, o imperador bizantino concedeu a Veneza um CRISOBULO (diploma ornado com a sintese de ouro imperial), era o documento mais importante que um imperador bizantino podia assinar. Isso significava diveross benefícios aos mercadores de Veneza. Esse foi um ponto vital da história de Bizâncio, pois para proteger o império osimperadores tiveram que fazer inúmeras concessões ao imperalismo econômico de Veneza. O que mais para frente acarretaria fatais consequencias. A primeiras cruzadas: os motivos todo poderosos eram polítcos e econômicos muitoas vezes mascarados pela fé cristã. A primeira cruzada foi em 1095 e o imperador de Constantinopla fez um acordo de suserania em troca de proteção com o exército da cruzada. Ela foi massacrada pelos turcos. A segunda cruzada foi marcada por um retorno ofensivo aos turcos. Foi novamente derrotada e o imperador de Constantinoplareconquistou os territórios que o LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 15 ocidente havia adiquirido na primeira cruzada. A terceira cruzada foi a batalha contra Saladino onde o ocidente perdue novamente. A quarta cruzada marca a invasão de Constantinopla. Cidade até então não violada, foi invadida e seu imperador deposto e suas riquezas espalhadas por todo o ocidente. Com a vitória do Ocidente, o império bizantino é dividido em estado latinos. Os estados latinos: a quarta cruzada deu a Veneza um império colonial ao repartir o território de bizâncio. O império bizantino foi reogarnizado a moda feudal em uma serie de principados francos vassalos. Subsistiram apenas três estados independentes: Trebezonda, Épiro e Nicéia. O império de Nicéia: o imperio latino de Constantinopla sobreviveu durante 50 anos, e nesse período o império de Nicéia permaneceu, muito ajudado pela também resitência búlgara frente aos latinos. Apenas de sobreviver, o império grego de Nicéia entrara já em uma decadência que oelvaria a ruína. CAPÍTULO VIII OS PALEÓLOGOS E A QUEDA DO IMÉRIO BIZANTINO. (1261-1453) Característica gerais: o império se encontrava em ruína. A fontes de riqueza de outrora estavam agora nas mãos de venezianos e genovezes. O império estava bruscamente reduzido gerograficamente. Dois períodos devem ser distinguidos no final da história de Bizâncio: o reinado de Miguel VIII e os reinados de seus sucessores. Até Miguel VIII ainda se tem a ligação com o império bizantino, a partir de 1282 com a ascenção de Andronico, seu sucessor tem início a decadência de Bizâncio. Foi dado a esse período o nome de “segundo renascimento de Bizâncio” devido ao esplendor das letras e das artes. A volta ao helenismo antigo foi sua característica mais notável. A característica masi original foi ter a vida política e religiosa do impéro refugiada no Peloponeso, o que demonstra também a busca ans trdições helenísticas. LEMERLE, PAUL; HISTÓRIA DE BIZÂNCIO, SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1991 16 Miguel VIII Paleólogo: conhecido como o restaurador do império. Voltou seus olhos para o Ocidente e obteve sucesso, embora o império já estivesse muito decadente. Os primeiros sucessores de Miguel VII: o perigo servo e o perigo turco: Os servios: eram o Estado mais poderoso dos Balcãs, mas como não tinham alianças contra bizância não lograram êxito. Os Turcos: uma tribo turca liderada por Othaman, fundador da dinastia otomana trouxe com sua força de expanção uma grave ameaça para Bizâncio, que já era então, um frágil império. Derrotaram os Sérvios, os Búlgaros, conquistaram praticamente toda aMacedonia e se transformaram praticamente nos senhores da Ásia menor. Os último Paleólogos: pediram ajuda ao Ocidente, conseguiram contigentes fracos e foram derrotados. Reconheceram a supremacia romana, várias vezes, mas em vão. Já era tarde. Um apelo de João VIII ao ocidente que reconhecer e aceita todas as exigências da Igreta em Roma não é aceito pela maioria e pelo clero bizantino. Bizâncio é deixado então a propria sorte. Em 1460 é invadida e se torna parte do império turco. Foi o fim do império bizantino. CONCLUSÃO A que da de Bizâncio deve-se ao envelhecimetno de suas instituições mas principalmente as cruzadas e ao antagonismo religioso entre Ocidente e Oriente. Durante a guerra contra os turcos, muitos imperadores se negaram a pedir ajuda ao ocidente e muitos vezes o oriente foi visto como um inimigo pior do que os turcos para o ocidente. Bizâncio recebeu a herença do mundo antigo e a conservou. “Ela enriqueceu com a contribuição do cristianismo e a do Oriente. Bizâncio fez de uma civilização pagã, ferida pela decadência e incapaz de se renovar, uma civilização cristã, num sentido mais humano, que respondia melhro às necessidade de uma consciência mais exigente. E assegurando plenamente ao helenismo primitivo essa continuidade de tradição, cuja continuidade da língua grega foi ao esmo tempo o símbolo e o melhor instrumento, Bizâncio acreceutou a isso, tanto no pensamento como na arte, os frutoa de seu longo comércio com o Oriente persa e o Oriente muçulmano.” (p.120)
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