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* Infestações por CARRAPATOS Reino Animalia Filo Arthropoda Classe Arachnida Ordem Acari Família Ixodidae Família Argasidae * Características Gerais: São ectoparasitos hematófagos de animais domésticos e silvestres (aves, mamíferos, répteis). Introdução - Carrapatos De ocorrência mundial; em áreas urbanas, rurais ou silvestres. Vivem em touceiras, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos. * Possuem 4 pares de pernas (exceto as larvas com 3 pares) Introdução - Carrapatos Características Gerais: Corpo revestido por um exoesqueleto resistente e firme, composto por quitina (proteina). * A ação tóxica manifesta-se por reações cutâneas (prurido, eritema, febre), e pode causar paralisias com contraturas. Introdução - Carrapatos Características Gerais: São vetores doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários. Aparelho bucal chamado de Capitulo ou Gnatossoma * Partes do Capitulo (Quelicera, Hipostomio e Palpos) * FAMÍLIAS DE IMPORTÂNCIA MEDICO VETERINÁRIA: Introdução - Carrapatos Família Ixodidae Família Argasidae Vista dorsal Vista ventral Vista do capitulo dorsal Com escudo dorsal Vista do capitulo ventral Sem escudo dorsal * FAMÍLIA IXODIDAE (Ixodídeos) O aparelho bucal (capítulo) é anterior ao corpo e visível pela superfície dorsal. Possuem ESCUDO (= revestimento quitinoso) Macho: escudo se estende por todo o dorso Larva, ninfa e fêmea: o escudo cobre apenas uma pequena área atrás da cabeça. * Família Ixodidae ou Ixodídeos * Orifício genital fica na linha média ventral e o ânus é posterior. Família Ixodidae ou Ixodídeos Adultos com 01 par de espiráculos ou estigmas respiratorios atrás do 4º par de pernas. Os olhos, quando presentes, situam-se na margem externa do escudo. * CH, quelícera; H, hipostômio; PP, pedipalpos; GN, gnathosoma (capitulo); CX, coxa; TA, tarso; GO, canal genital; STI, estigma; AN, ânus; FE, festão. Representação da região ventral de um ixodídeo * Ciclo de Vida ou Ciclo Biologico: Ovo larva ninfa adulto Família Ixodidae ou Ixodídeos * Oviposição Família Ixodidae ou Ixodídeos A postura varia de 2.000 a 6.000 ovos dependendo da espécie Feita pela fêmea Teleogina * 1 – ovo 2 – larva 3 – partenógina 4- teleógina Família Ixodidae ou Ixodídeos * Rhipicephalus (Boophilus) microplus ovo Gonandro Partenógina Neandro Neógina ninfa neolarva ou metalarva larva Teleógina metaninfa * * Modo de vida Quando ao tempo de fixação no corpo do hospedeiro, os carrapatos podem ser temporários ou permanentes. Família Ixodidae ou Ixodídeos * Permanente Temporário * Danos causados aos hospedeiros Família Ixodidae ou Ixodídeos Ação espoliativa: perda de grande quantidade de sangue. Ação tóxica: a saliva pode causar ação irritante, tóxica ou alérgica. Ação patogênica: potencial de transmissão de doenças infecciosas. * IXODÍDEOS MAIS COMUNS NO BRASIL: Família Ixodidae ou Ixodídeos * Rhipicephalus (Boophilus) microplus ou carrapato do boi (antigo Boophilus microplus) Vetor da Tristeza Bovina ou Babesiose. fêmea * b) Amblyomma cajennense ou carrapato estrela ou do cavalo Infesta o homem, mamíferos domésticos e silvestres e aves. Vetor da Febre Maculosa. macho fêmea * c) Rhipicephalus sanguineus ou carrapato vermelho do cão De cães e gatos Instalam se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas. Vetor da Teileriose e Piroplasmose ao cão. * d) Dermacentor (Anocentor) nitens Vetor da babesiose eqüina macho fêmea * e) Ixodes ricinus e outras espécies de Dermacentor: causadores da moléstia denominada Paralisia em ovelhas e em crianças humanas. * FAMILIA ARGASIDAE OU ARGASÍDEOS * Familia Argasidae ou Argasídeos São os carrapatos de “corpo mole” = sem escudo e com margens achatada. Não há dimorfismo sexual, pois não há escudo. Peças bucais não visíveis pela face dorsal. * O gênero Argas é mais abundante nas regiões áridas - longas estações secas. Ao contrário dos ixodídeos, são resistentes à seca e capazes de viver por vários anos. Familia Argasidae ou Argasídeos Frequentemente associada às aves. Reproduzem-se continuamente ao longo do ano. * Não se dilatam tanto à ingurgitação: as fêmeas se nutrem moderada e freqüentemente. Acasalamento ocorre fora do hospedeiro. A fêmea realiza postura após cada repasto sanguíneo. Familia Argasidae ou Argasídeos * Ciclo de vida: ovo larva ninfas adultos (vários estágios) Familia Argasidae ou Argasídeos * Alimentação Ninfas e adultos alimentam-se rapidamente (de 30 a 40 min) Larvas fixam-se no hospedeiro por cerca 7 a 10 dias. Familia Argasidae ou Argasídeos Os argasídeos que vivem em um habitat estável, podem alimentar-se no mesmo animal várias vezes ou em vários animais * Exemplo: Argas miniatus (carrapato de galinha): Vetor da bouba (doença infecciosa); De Dia: os adultos se escondem em frestas dos galinheiros, sob as cascas de árvores ou outro lugar protegido da luz. De Noite: saem para o repasto sanguíneo (± 30 min). Após a sucção voltam aos esconderijos e as fêmeas fazem a oviposição (120 a 180 ovos). Infestações pesadas: podem matar as aves por exanguinação. Podem atacar o homem e sua picada causa intensa dor. * Aspectos epidemiológicos dos argasideos Ingurgitação rápida. Grande capacidade de sobreviver em regiões áridas. Frequente atividade nutritiva dos estágios = ↑ transmissão de patógenos. * Aspectos clínicos da picada dos carrapatos No Repasto Sanguíneo: as quelíceras fazem movimentos propulsores do hipostômio para lacerar a pele e lesões causadas pelo efeito fixador dos dentes. * Ação das Glândulas salivares: produzem uma substância semelhante à hialuronidase que ajuda na penetração; uma substância adesiva que ajuda a fixação; e uma anticoagulante. A hemostasia é o mecanismo que mantém a fluidez do sangue pelos vasos. Aspectos clínicos da picada * Conseqüências da infestação Infestações maciças podem causar anemia, perda de pêlos e prurido. Lesões pela peças bucais podem infectar-se e predispor ao ataque de varejeiras. Perda no abate, no valor do couro ou do velo. Transmissão de agentes infecciosos aos hospedeiros. Aspectos clínicos da picada * DIAGNÓSTICO: visualização do parasito e/ou coceira do hospedeiro. use uma pinça para segurar o carrapato pelo capitulo; puxe o com movimentos lentos e firmes; lave a área com água e sabão; não puxe o pelo abdômen; não espremer ou estourar com as unhas * Carrapaticidas * * TRATAMENTO ANTIPARASITISMO Pequenas Infestações: aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina provocará a oclusão dos estigmas respiratórios (morte por asfixia). Grandes Infestações: aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras carrapaticidas, ou aspersão ou pulverização de carrapaticida. * Banhos carrapaticidas e repetição com 15 dias; Tosa de pêlos longos no verão; Aplicação de produtos de longa duração, em gotas para uso tópico. OBS: Gatos, filhotes ou femeas prenhas não devem ser banhados (toxicidade); Animais com ferimentos abertos (feridas/queimaduras) não devem ser tratados. Medidas profiláticas NO ANIMAL: * Uso de carrapaticidas em canis, plantas, canteiros, frestas nas paredes, pisos e ralos (repetir com 15 dias); Uso da "vassoura de fogo“ ou aparelhos com jato de vapor d'água fervendo em canis de alvenaria (repetir com 15 dias); Lacrar frestas em paredes e em canis; Troca de composto, para evitar o desenvolvimento de resistência ao produto pelo carrapato (mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações). Medidas profiláticas NO AMBIENTE: * Retirar os animais do ambiente no momento do tratamento, para que o produto seque completamente; Em épocas quentes a infestação pode voltar – tratamento intenso; Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante. Medidas profiláticas NO AMBIENTE:
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