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Aula 2 - Carrapato

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Infestações por CARRAPATOS
Reino Animalia
 Filo Arthropoda
 Classe Arachnida 
		Ordem Acari 
			Família Ixodidae 
 			Família Argasidae
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Características Gerais:
São ectoparasitos hematófagos de animais domésticos e silvestres (aves, mamíferos, répteis).
 Introdução - Carrapatos 
De ocorrência mundial; em áreas urbanas, rurais ou silvestres.
Vivem em touceiras, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos.
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Possuem 4 pares de pernas (exceto as larvas com 3 pares)
 Introdução - Carrapatos 
Características Gerais:
Corpo revestido por um exoesqueleto resistente e firme, composto por quitina (proteina).
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A ação tóxica manifesta-se por reações cutâneas (prurido, eritema, febre), e pode causar paralisias com contraturas. 
 Introdução - Carrapatos 
Características Gerais:
São vetores doenças causadas por vírus, bactérias e protozoários.
Aparelho bucal chamado de Capitulo ou Gnatossoma
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Partes do Capitulo (Quelicera, Hipostomio e Palpos)
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FAMÍLIAS DE IMPORTÂNCIA MEDICO VETERINÁRIA:
 Introdução - Carrapatos 
 Família Ixodidae 
 Família Argasidae 
Vista dorsal
Vista ventral
Vista do capitulo dorsal
Com escudo dorsal
Vista do capitulo ventral
Sem escudo dorsal
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FAMÍLIA IXODIDAE (Ixodídeos)
O aparelho bucal (capítulo) é anterior ao corpo e visível pela superfície dorsal.
Possuem ESCUDO (= revestimento quitinoso)
 Macho: escudo se estende por todo o dorso 
 Larva, ninfa e fêmea: o escudo cobre apenas uma pequena área atrás da cabeça. 
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Família Ixodidae ou Ixodídeos 
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Orifício genital fica na linha média ventral e o ânus é posterior.
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
 Adultos com 01 par de espiráculos ou estigmas respiratorios atrás do 4º par de pernas.
Os olhos, quando presentes, situam-se na margem externa do escudo.
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CH, quelícera;
H, hipostômio; 
PP, pedipalpos;
GN, gnathosoma (capitulo); 
CX, coxa; 
TA, tarso;
GO, canal genital; 
STI, estigma; 
AN, ânus; 
FE, festão.
Representação da região ventral de um ixodídeo 
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Ciclo de Vida ou Ciclo Biologico:
Ovo larva ninfa adulto
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
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Oviposição
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
A postura varia de 2.000 a 6.000 ovos dependendo da espécie
Feita pela fêmea Teleogina
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1 – ovo
2 – larva
3 – partenógina
4- teleógina
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
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Rhipicephalus (Boophilus) microplus
ovo 
Gonandro 
Partenógina 
Neandro 
Neógina 
ninfa 
neolarva ou metalarva 
larva 
Teleógina 
metaninfa 
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Modo de vida
Quando ao tempo de fixação no corpo do hospedeiro, os carrapatos podem ser temporários ou permanentes. 
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
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Permanente
Temporário
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Danos causados aos hospedeiros
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
Ação espoliativa: perda de grande quantidade de sangue. 
Ação tóxica: a saliva pode causar ação irritante, tóxica ou alérgica. 
Ação patogênica: potencial de transmissão de doenças infecciosas.
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IXODÍDEOS MAIS COMUNS 
NO BRASIL:
Família Ixodidae ou Ixodídeos 
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Rhipicephalus (Boophilus) microplus ou 
carrapato do boi (antigo Boophilus microplus)
Vetor da Tristeza Bovina ou Babesiose. 
fêmea
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b) Amblyomma cajennense ou carrapato estrela 
ou do cavalo 
Infesta o homem, mamíferos domésticos e silvestres e aves.
 Vetor da Febre Maculosa. 
macho
fêmea
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c) Rhipicephalus sanguineus ou carrapato 
vermelho do cão 
 De cães e gatos
Instalam se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas. 
 Vetor da Teileriose e Piroplasmose ao cão. 
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d) Dermacentor (Anocentor) nitens 
Vetor da babesiose eqüina 
macho
fêmea
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e) Ixodes ricinus e outras espécies de Dermacentor: 
 causadores da moléstia denominada Paralisia em ovelhas e em crianças humanas. 
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FAMILIA ARGASIDAE
OU ARGASÍDEOS
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Familia Argasidae ou Argasídeos
 São os carrapatos de “corpo mole” = sem escudo e com margens achatada. 
 Não há dimorfismo sexual, pois não há escudo.
 Peças bucais não visíveis pela face dorsal. 
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 O gênero Argas é mais abundante nas regiões áridas - longas estações secas. 
Ao contrário dos ixodídeos, são resistentes à seca e capazes de viver por vários anos. 
Familia Argasidae ou Argasídeos
 Frequentemente associada às aves.
Reproduzem-se continuamente ao longo do ano. 
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 Não se dilatam tanto à ingurgitação: 
as fêmeas se nutrem moderada e freqüentemente.
 Acasalamento ocorre fora do hospedeiro.
 A fêmea realiza postura após cada repasto sanguíneo. 
Familia Argasidae ou Argasídeos
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Ciclo de vida: 
ovo 	larva 	ninfas 	 adultos
				 (vários estágios) 
Familia Argasidae ou Argasídeos
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Alimentação
 Ninfas e adultos alimentam-se rapidamente (de 30 a 40 min)
 Larvas fixam-se no hospedeiro por cerca 7 a 10 dias. 
Familia Argasidae ou Argasídeos
 Os argasídeos que vivem em um habitat estável, podem alimentar-se no mesmo animal várias vezes ou em vários animais
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 Exemplo: Argas miniatus (carrapato de galinha): 
 Vetor da bouba (doença infecciosa); 
 De Dia: os adultos se escondem em frestas dos galinheiros, sob as cascas de árvores ou outro lugar protegido da luz.
 De Noite: saem para o repasto sanguíneo (± 30 min). 
 Após a sucção voltam aos esconderijos e as fêmeas fazem a oviposição (120 a 180 ovos). 
 Infestações pesadas: podem matar as aves por exanguinação. Podem atacar o homem e sua picada causa intensa dor. 
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 Aspectos epidemiológicos dos argasideos
 Ingurgitação rápida.
 Grande capacidade de sobreviver em regiões áridas.
 Frequente atividade nutritiva dos estágios = ↑ transmissão de patógenos.
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Aspectos clínicos da picada dos carrapatos
No Repasto Sanguíneo: 
 as quelíceras fazem movimentos propulsores do hipostômio para lacerar a pele
 e lesões causadas pelo efeito fixador dos dentes. 
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Ação das Glândulas salivares:
 produzem uma substância semelhante à hialuronidase que ajuda na penetração;
 uma substância adesiva que ajuda a fixação; 
 e uma anticoagulante.
A hemostasia é o mecanismo que mantém a fluidez do sangue pelos vasos. 
Aspectos clínicos da picada
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		Conseqüências da infestação
Infestações maciças podem causar anemia, perda de pêlos e prurido.
Lesões pela peças bucais podem infectar-se e predispor ao ataque de varejeiras. Perda no abate, no valor do couro ou do velo.
Transmissão de agentes infecciosos aos hospedeiros.
Aspectos clínicos da picada
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DIAGNÓSTICO: 
visualização do parasito e/ou coceira do hospedeiro.
use uma pinça para segurar o carrapato pelo capitulo;
puxe o com movimentos lentos e firmes;
lave a área com água e sabão; 
não puxe o pelo abdômen; 
não espremer ou estourar com as unhas
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Carrapaticidas
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TRATAMENTO ANTIPARASITISMO
Pequenas Infestações: aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina provocará a oclusão dos estigmas respiratórios (morte por asfixia).
Grandes Infestações: aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras carrapaticidas, ou aspersão ou pulverização de carrapaticida.
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Banhos carrapaticidas e repetição com 15 dias;
Tosa de pêlos longos no verão;
Aplicação de produtos de longa duração, em gotas para uso tópico. 
 OBS:
Gatos, filhotes ou femeas prenhas não devem ser banhados (toxicidade);
Animais com ferimentos abertos (feridas/queimaduras) não devem ser tratados.
Medidas profiláticas
NO ANIMAL:
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Uso de carrapaticidas em canis, plantas, canteiros, frestas nas paredes, pisos e ralos (repetir com 15 dias);
Uso da "vassoura de fogo“ ou aparelhos com jato de vapor d'água fervendo em canis de alvenaria (repetir com 15 dias);
Lacrar frestas em paredes e em canis;
Troca de composto, para evitar o desenvolvimento de resistência ao produto pelo carrapato (mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações).
Medidas profiláticas
NO AMBIENTE:
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Retirar os animais do ambiente no momento do tratamento, para que o produto seque completamente;
Em épocas quentes a infestação pode voltar – tratamento intenso; 
Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante. 
Medidas profiláticas
NO AMBIENTE:

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