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TRABALHO Sociologia Lucia

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Universidade Estácio de Sá
SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA – Campus: 
Professora: 
PLURALISMO JURÍDICO x MONISMO JURÍDICO
 “ÉTICA”
1° Etapa: Direito em foco – Ética
		
Ética: Origem de palavra grega, ethos, que significa caráter, modo de ser. Quando dizemos que uma pessoa tem ética, queremos dizer que ela tem caráter, seu modo de ser se enquadra naquilo que a sociedade entende de como sendo um comportamento normal.
A ética não é parte do nosso pacote ao nascermos, ela é construída ao longo de nossa vida de acordo com a sociedade da qual fazemos parte, desta forma começamos a entender porque é que temos tantos códigos de ética para as diversas sociedades sejam profissionais, políticas, religiosas e etc...
Se não a tivermos apenas aos princípios gerais da conduta humana tida como ideal, chegaremos ao ponto em que o indivíduo tenha a sua satisfação sem ferir a sociedade, isto é o equilíbrio entre o interesse pessoal e o coletivo ou social.
A Ética é construída ao longo do crescimento da consciência individual e da coletiva e esta tem seu ritmo próprio que não é igual a do indivíduo. Apesar de seculares algumas instituições apresentam ainda descompassos entre a sua ética e os anseios da sociedade atual, que cobra posturas menos pessoais de seus membros, uma conduta mais ligada a realidade que a média da sociedade considera normal. Desvirtuar a sua conduta representa na maioria das vezes responder aos seus pares pelo deslize, o que deve ser feito observando-se procedimentos próprios e princípios aplicáveis a todo o processo.
Na maioria das sociedades abertas como são os colegiados, profissionais ou de classe, qualquer pessoa usuárias dos serviços dos membros ou que se sinta de alguma forma prejudicado pela atuação de um deles pode se dirigir ao órgão responsável pela fiscalização da conduta ética e apresentar uma representação. O que nos assusta, entretanto, são as sociedades de castas, assim chamadas aquelas em que seus membros detêm uma condição diferenciada com relação a própria sociedade da qual se originam. Normalmente, são as sociedades cujos códigos de conduta são mais obscuros ou não tão conhecidos, são as ditas sociedades secretas, as sociedades políticas, religiosas e etc...
Das várias sociedades que podemos citar, algumas ligadas ao crime organizado se tornam interessantes de estudar pela rigidez de suas normas não escritas normalmente e a radicalidade e a rapidez das punições que são aplicadas.
Por vezes não entendemos tamanha a violência na punição dos infratores destas sociedades, mas cobramos de outras que se coloquem em sintonia com aprópria idéia de controle da ética.
Lembramos do que foi dito sobre o Corporativismo, quando entendemos que o corpo acaba sendo o maior prejudicado quando não há eficiência no controle da conduta ética dos membros da sociedade.
Não devemos colocar no mesmo patamar a Moral, pois esta seria o conjunto de valores representado pelas regras, preceitos, costumes e etc, que caracteriza uma normatividade, quanto a ética que é eminentemente teórica e filosófica, talvez por isso tão sujeita a interpretações direcionadas na busca de justificativas para os seus próprios dilemas.
Elaborar uma resenha crítica, traçando um paralelo entre a realidade fática apresentada no vídeo e a realidade apresentada atual: 
A realidade apresentada no vídeo: Quando dizemos que uma pessoa tem ética, queremos dizer que ela tem caráter, seu modo de ser se enquadra naquilo que a sociedade entende de como sendo um comportamento normal.
A realidade apresentada atual: Na realidade a concepção de ética no Brasil é tida de uma forma bastante deturpada. Jogar lixo nas ruas para não se sujar e nem ter que pôr na bolsa; pisar na grama para chegar mais rápido do outro lado; "colar" na prova para não repetir o ano escolar; faltar ao trabalho por preguiça e inventar uma mentira como desculpa, e tantas outras formas de burlar as regras para "sair na vantagem" são vistas pelos brasileiros como maneiras rápidas e eficazes de se livrar de eventuais problemas do dia-a-dia.
A ética não é parte do nosso pacote ao nascermos, ela é construída ao longo de nossa vida de acordo com a sociedade da qual fazemos parte, desta forma começamos a entender porque é que temos tantos códigos de ética para as diversas sociedades sejam profissionais, políticas, religiosas e etc...
A ética é também algo estreitamento vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoluído no seu conteúdo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da história. As éticas de hoje são em vários aspectos profundamente diferentes das antigas, e a forma de encarar a escravidão é provavelmente o exemplo mais conspícuo dessas diferenças que abrangem muitos outros aspectos relevantes. Os antigos não conheciam, por exemplo, nenhuma ética da humanidade e um dos seus princípios de virtude era o de fazer o mal aos povos inimigos.
Todo homem possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boasou más, certas ou erradas, justas ou injustas
2° Etapa: Ética Jurídica – Definir noções básicas e as noções gerais.
Noções básicas: Ética, por sua vez, é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. É uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio, na singela identificação do caráter cientifico de um determinado ramo do conhecimento. O objeto da Ética é a moral, vez que a moral é um dos aspectos do comportamento humano.
O conteúdo da Ética mostra às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua existência, aprimorando e desenvolvendo o sentido moral do comportamento e influenciando a conduta humana.
Noções gerais: Em Direito, quando se fala em Ética jurídica, o que se entende por isso é ética profissional, ou seja, para os operadores do Direito, a ética é um conjunto de regras de conduta que regulam a atividade jurisdicional, visando a boa prática da função, bem como a preservação da imagem do próprio profissional e de sua categoria. É, dessa forma, um tipo específico de avaliação ou orientação da prática jurídica que se encontra paralelo à orientação determinada pelas normas processuais e pelas normas objetivas de Direito, e para a qual também se pode conceber certa forma jurídica de codificação- códigos de ética, e também certa forma de sanção - tribunais de ética. A Ética jurídica é, portanto, formulada a partir da prática profissional do Direito.
	
3ª etapa - Argumentativo
Pluralismo jurídico e seus efeitos sociais no Direito comparado, sua importância e compará-lo ao monismo jurídico.
Os efeitos sociais do Pluralismo jurídico, são evidentes onde se faz necessário seu uso, tem atendido a grupos dos mais variados na sociedade, onde o direito estatal, monismo jurídico, não se faz presente.
O "direito" que emerge das necessidades de um mesmo espaço territorial se baseia nas realidades distintas entre si, onde cada um cria suas próprias regras para suprir os anseios que a população dessa localidade possui. Essas regras muitas vezes não possuem concordância com as leis estatais mas, não por isso, deixam de ter eficácia na solução dos conflitos.
Um ótimo exemplo das inúmeras faces do pluralismo jurídico é o contado por Caco Barcellos no Morro Santa Marta, abordado no livro "Abusado: O Dono do Morro Dona Marta", no qual ele explana e comenta sobre o desenvolvimento de um sistema jurídico naquela comunidade.
O descaso governamental era visível, as máquinas modificadoras do meio sempre se faziam longe, os homens e as máquinas do município se privavam de cuidar apenas da zona sul; não havia escolas, hospitais, pavimentação, a coleta de lixo era inexistente e o mesmo terminava por acumular-se na favela. Por causa desse descaso as doenças se proliferavam, fazendo da higiene do Morro um verdadeiro foco de enfermidades para os moradores. A mortalidade infantil se fazia
presente e eram absurdos os números que ultrapassavam a média nacional. O Morro Santa Marta, sob o comando de Marcinho VP ( traficante), era bem organizado. A associação dos moradores receitava e obtinha a queixas dos moradores, tornando-se ineficaz depois de certo tempo. Marcinho criou a casa da cidadania, trazendo consigo além de mais organização, muita dor de cabeça para os militares, pois além de publicamente falarem da culpabilidade dos PMs, enviavam as reclamações diretamente para os gabinetes políticos, de fato uma organização esplendida. As relações no morro e do morro são envolvidas por um ambiente de guerra, onde líderes as fazem em busca de maior domínio. Quem é líder de uma maior área, termina por ter mais em tudo que forma o tráfico, e isso faz desse âmbito um lugar de extrema violência, rixas e vinganças, armações e traições que definem quem comanda.
Hoje com pacificação do morro, a entrada do poder estatal, predendo os traficantes de facçõe criminosas que dominavam aquela comunidade, traz novamente a paz e a esperança para os moradores.
O monismo jurídico: é o direito estatal que detém normas e leis positivistas.
O pluralismo: é o fenômeno que possibilita o surgimento de direitos extra-estatais, a possibilidade do estado não ser o único a emanar/deter normas.
Etapa 2: Suas Importâncias 
O Direito vem caminhando através da história, evoluindo com os avanços da sociedade, procurando manter a ordem social e criando mecanismos de controle social. A evolução é necessária para que, não perca a eficácia em sua aplicação. Se observarmos a história entenderemos que o dinheiro e o conhecimento trazem poder para as mãos de poucos. Em todas as sociedades, as grandes massas sempre sendo massacradas.
Em nossa sociedade com tantas diferenças econômicas o Direito que foi criado para proteger os interesses de todos os cidadãos, não vem sendo aplicado da melhor forma, enquanto os "pobres", "descamisados", sofrem clamando por justiça e igualdade social, as classes sociais mais favorecidas que dominam com sua influência e poder gozam de privilégios na sociedade com acesso a educação, a justiça, a boa moradia, e tudo que o dinheiro pode comprar. Enquanto houver em nosso país uma desigualdade social tão alarmante, não teremos justiça de fato.
Defina conceitos básicos e noções gerais de pluralismo jurídico
Pluralismo jurídico - forma de direito que aproxima os que são abandonados pelo estado quando precisam de uma resolução nos conflitos que surgem.
Pluralismo jurídico é decorrente da existência de dois ou mais sistemas jurídicos, dotados de eficácia, concomitantemente em um mesmo ambiente espacio-temporal.
A convivência de vários ordenamentos jurídicos passou a ganhar relevância, historicamente, pela análise presente a partir do esfacelamento do Império Romano e do forçado intercâmbio cultural decorrente das invasões bárbaras.
A colonização, por sua vez, também ocasionou uma situação em que diversas regras com diferentes origens evidenciavam-se a partir do choque cultural entre colonizados e colonizadores. Com a descolonização, sistemas legais unificados foram criados, com suas especificidades e diferenças próprias. A partir do final do século 20, há, uma “nova onda” de pluralismo jurídico, em especial devido à globalização. Além da maior proximidade entre países devido a esse processo, há também o enfraquecimento dos estados e de suas tradicionais funções legais.
O pluralismo jurídico é composto pela diversidade de normas que vigem em um determinado grupo sociedade de forma simultânea, sendo considerado como questão social . O pluralismo jurídico é composto de fatos que o identifica, seja do ponto de seu surgimento e manutenção, como também é composto de diversas teorias, levando-se em conta que o direito é fato ideológico. Ao se referir ao pluralismo jurídico leva-se em conta a sua análise do ponto de vista sociológico, onde se verifica que não é um fato recente e nem regional, estando espalhado em várias partes do mundo, inclusive sua atuação no Brasil. O Direito Alternativo é um dos exemplos mais claros do pluralismo jurídico, sendo visto no Brasil como uma forma de levar justiça social às pessoas, justiça essa que não fica presa à norma jurídica positiva vigente.
3° Etapa: Texto Argumentativo 
Pluralismo e Seus efeitos Sociais 
"O pluralismo jurídico surge como concepção antagônica ao monismo jurídico, aquele tendente em considerar fundamentalmente os direitos sociais.. "
Entende-se que por conta de diversos governantes, fica difícil chegar a uma conclusão das variações sociais, e nessa falha, existe um buraco, e o estado não chega e se omite e não se tem sucesso em um efeito social positivo e sim negativo. 
Pessoas se juntam-se para tentar promover um mundo melhor, tentar promover mudanças, tentar criar oportunidades, tentar criar felicidades, tentar criar sorrisos. Mais essa toda movimentação não é a garantia social da paz que precisamos. A responsabilidade estar nos poderes, que são regidos pelas leis, que não se tem a totaleficácia do Art 5° CF. Podemos ver que a ineficácia e mais abrangente que a eficácia em nosso mundo. 
As garantias sociais são violadas, e refletidas na sociedade pobre, a desigualdade, a miséria, a fome, a insegurança, e o medo são exemplos vivos dos efeitos sócios do Pluralismo Jurídico. Efeitos que não tem nem como esconder, pois são enormes, mais que governantes se escondem para não ver. 
"A vida do Direito é o diálogo da história"
Pluralismo sócio-jurídico - Fenômeno social e efeitos jurídicos
(Miguel Reale)

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