Buscar

RESUMÃO AV3 Complemento - Enferm em Saúde da Família

Prévia do material em texto

RESUMÃO AV3 - ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA (COMPLEMETO) 
Resumão elaborado por: Edwallace Amorim 
 
LOS (LEIS ORGÂNICAS): 
 LEI 8.080 - de 19/09/1990 – (Lei que Regulamentou o SUS): 
Dispõe sobre as condições para: promoção, proteção, recuperação de saúde, organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
 
 LEI 8.142 - de 28/12/1990: 
Dispõe sobre: a participação da comunidade na gestão do SUS; sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. 
 
MOVIMENTO DA REFORMA SANITÁRIA: 
Aconteceu no Brasil, no final da década de 70, e que culminou coma 8ª Conferência Nacional de Saúde em 
1986, que propõe que a saúde seja: um direito do cidadão, um dever do Estado e que seja universal o acesso a 
todos os bens e serviços que a promovam e recuperem. 
Deste pensamento resultaram duas das principais diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), que são: a 
universalidade do acesso e a integralidade das ações. 
 
A REVOLTA DA VACINA: 
Foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. 
Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares). A 
principal causa foi à campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e 
comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas 
pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não 
queriam tomar a vacina. 
 
A LEI ELOY CHAVES: 
Publicada em 24 de janeiro de 1923, consolidou a base do sistema previdenciário brasileiro, com a criação da 
Caixa de Aposentadorias e Pensões para os empregados das empresas ferroviárias. Após a promulgação desta 
lei, outras empresas foram beneficiadas e seus empregados também passaram a ser segurados da Previdência 
Social. 
 
8ª CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE: 
 Foi um marco na história da saúde publica brasileira, ao definir a saúde como “direito de todos e dever 
do Estado”; 
 Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura; 
 A primeira CNS a ser aberta à sociedade; 
 Importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária; 
 Defesa de um sistema único, de acesso universal, igualitário e descentralizado de saúde; 
 Resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre 
o INAMPS e os governos estaduais; 
 A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do 
INAMPS ao Ministério da Saúde (Lei 8.080) fundou o SUS; 
 Em poucos meses foi lançada a Lei 8.142, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: 
o controle social (participação da população na gestão do serviço); 
 O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela lei 8.689. 
 
COMO RESULTADO CENTRAL DA 8ª CNS: 
Tivemos o estabelecimento de um consenso político que permitiu a conformação do projeto de Reforma 
Sanitária, caracterizado por três aspectos principais: 
1. O conceito abrangente de saúde; 
2. Saúde de um Sistema único de saúde; 
3. A instituição de um Sistema único de Saúde; 
Outros fatos importantes: 
 Foi à primeira conferência aberta à sociedade em geral (mais de 4.000 participantes); 
 Encaminhamento do Relatório da 8ª Conferência Nacional de Saúde para a Assembléia Nacional 
Constituinte (apoio à criação do SUS). 
 
 
SUS: 
O SUS teve seus princípios estabelecidos na Lei orgânica de saúde, em 1990, com base no artigo da 
Constituição Federal de 1988. 
O SUS é um dos maiores sistemas de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial 
até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. 
Amparado por um conceito ampliado de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela Constituição Federal brasileira, 
para ser o sistema dos mais de 180 milhões de brasileiros. 
 
PRINCÍPIOS DO SUS: 
 Doutrinários: universalidade, equidade e integralidade. 
 Organizacionais: participação popular; hierarquização/regionalização (primário, secundário e terciário); 
descentralização (Federal, Estadual e Municipal). 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 - ART. 196-200: 
O SUS será financiado, nos termos do art. 195, com recurso do orçamento da seguridade social, da união, dos 
Estados do distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
 
ART. 196: 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à 
redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação; 
 
ART. 197: 
São de relevância públicas ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre 
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, 
também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
ART. 198: 
 As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um 
sistema único, organizado com as seguintes diretrizes: 
1. Descentralização, com única em cada esfera de governo; 
2. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
3. Participação da comunidade; 
 
ART. 199: A assistência de saúde é livre à iniciativa privada. 
 
ART. 200: 
Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
1. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção 
de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
2. Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
3. Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
4. Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
5. Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
6. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas 
para consumo humano; 
7. Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos 
psicoativos, tóxicos e radioativos; 
8. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
OBS: A população participa através das conferências e conselhos; 
 1978: Alma Ata/ 1986 - Carta de Otawa: Promoção de saúde (internacional); 
 1986: 8ª Conferencia Nacional de Saúde: “Saúde direito de todos e dever do Estado”; 
 1987: SUDS - Sistema Único Descentralizado de saúde – via convênios (INAMPS); 
 1988- Constituição: capitulo art. 196-200: SUS 
 1990: LOS (Leis orgânicas de saúde); Lei 8.080: regulamenta o SUS; Lei 8.142: controle social, repasse 
intergovernamental. 
 1991: NOB/91: Definiu a Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA); Instituiu a Autorização de Internamento 
Hospitalar. 
 1992: NOB/92: Criação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) 
 1993: NOB/93: Criação da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e Comissão Intergestores Bipartite (CIT). 
 1996: NOB/96: Implantou o Piso de Atenção Básica (PAB), Programação Pactuada Integrada (PPI); 
 2001: NOAS/01: Regionalização e organização da assistência; 
 2002: NOAS/02: Elaborou o Plano Diretor de Regionalização (PDR) 
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS (NOB’S) DO SUS: 
Definem os critérios para organização e gestão do SUS, são elas: NOB 91, 92, 93, 96. 
 
NOB 91 (Normatiza/centraliza SUS/IAM): Equiparar prestadores públicos e privados, no financiamento(pagamento pela produção de serviço); centraliza a gestão do SUS no nível federal 9INAMPS); estabelece o 
instrumento convencional como forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito 
Federal e Municípios; implementação do sistema de informação ambulatorial do SUS (SAI/SUS); Definiu a 
Unidade de Cobertura Ambulatorial (UCA); Instituiu a Autorização de Internamento Hospitalar (AIH); Criou o 
fator de estimulo à Municipalização (FEM); Reforça criação de Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde (CES 
e CMS): Definiu recursos para financiamento dos programas especiais de saúde e investimentos no setor 
saúde. 
Objetivos: induzir e estimular mudanças; aprofundar e reorientar a implementação do SUS; definir novos 
objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos táticos operacionais; regula as relações entre 
gestores; normatiza SUS. 
 
NOB 92: Criação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Criação do Conselho Nacional de 
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS); Normatizou o Fundo Estadual de Saúde. 
 
NOB 93: Definiu os mecanismos de transferência de recursos fundo a fundo; CIB/CIT/ Destaque para 
municipalização/ fundo a fundo. Define o papel dos Estados de forma frágil, mas esses, ainda assim, passam a 
assumir o papel de gestor do sistema estadual de saúde; São constituídas as comissões intergestores Bipartite 
(de âmbito estadual) e Tripartite (nacional) como importante espaços de negociação, pactuação, articulação, 
integração entre gestores. Criação de Fator de apoio ao Estado (FAE); Criação do Sistema de Informação 
Ambulatorial (SAI); Maior ênfase na municipalização. 
Objetivos: Formalizou os princípios aprovados na Nona conferência Nacional de Saúde (realizada em 1992), 
que teve como tema central “a municipalização é o caminho” e desencadeou um amplo processo de 
municipalização de gestão com habilidades dos municípios nas condições de gestão criadas (incipientes, parcial 
e semiplena). 
Observações: 
 Nona conferência “Municipalizar é o Caminho” 
 CIB: Comissão intergestora- Bipartite (Estado e município); 
 CIT: Comissão intergestora- Tripartite (Federal, Estadual e Municipal). 
 
NOB 96: Modificou as condições de gestão e ampliou a transferência fundo a fundo; utiliza o per capita para o 
financiamento da atenção básica; definiu o pagamento de incentivos; e propôs a elaboração da Programação 
Pactuada Integrada. Definiu programas como estratégias de mudança do modelo assistencial- PACS e PSF. 
Objetivos: promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os 
municípios pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios as origens e o 
processo de implantação do SUS. 
 
NOAS 01/02: reorganizam o SUS, por meio da regionalização da assistência, e modificaram critérios para a 
habilitação dos estados e municípios, fortalecendo o processo de descentralização da gestão. 
 
NOAS 01/2001: Regionalização e organização da assistência; Fortalecimento da capacidade de gestão do SUS; 
Revisão dos critérios de habilitação (tipos de gestão); elaboração do Plano Diretor de Regionalização; 
Ampliação da Atenção Básica; Qualificação das Microrregiões na Assistência à saúde; Organização da Média 
Complexidade; Política para a Alta Complexidade. 
Objetivo: Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações de saúde em 
todos os níveis de atenção. 
Observações: 
 A NOAS recuperou e redefiniu o conceito de descentralização, associando-o ao de regionalização da assistência. 
 Fundamentos da Regionalização: integração entre sistemas municipais, ficando o Estado com o papel de 
coordenador e mediador. 
 
NOAS SUS 02: estabeleceu que o limite financeiro da assistência de cada estado, deverá ser programado e 
apresentar-se da seguinte forma: 
 Relação de todos os municípios da UF, independente da sua condição de gestão; 
 Condição de gestão do município ou a nível de governo responsável pelo comando único de média e alta 
complexidade; 
 Parcela de recursos financeiros para o atendimento da população residente sob gestão municipal. 
 
 
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: 
Estratégia de reorientação do modelo assistencial, através da implementação de equipes multiprofissionais em 
unidades de saúde; Responsáveis pelo cuidado de um número definido de famílias, em uma área geográfica 
limitada. As equipes realizam ações de promoção, prevenção, cura e reabilitação das doenças mais freqüentes 
e na manutenção da saúde desta comunidade. 
 
EQUIPES DA ESF: 
 Equipe mínima: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem, 4-6 agentes comunitários. 
Obs.: A cada 2 equipes mínimas- 1 equipe de saúde bucal (dentista e auxiliar de consultório dentário –ACD). 
 Equipe mínima: Área adscrita: 800-100; (09 Famílias - máximo de 4.000 pessoas) 
 Desafios: País de grandes dimensões e imensas desigualdades; implementação da lei; barreiras ao acesso em 
todos os níveis; Sistema de Referência e Contra-Referência pouco efetivo; equidade na alocação dos recursos. 
 
PROESF - PROJETO DE EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA 
Dirigido aos municípios com mais de 100 mil habitantes apoiando a ampliação da SF e de serviços públicos de 
média complexidade ambulatorial. 
Objetivo: A ampliação, para as populações dos grandes municípios brasileiros, do acesso aos serviços de 
atenção básica à saúde, por meio da expansão da estratégia saúde da família. 
Contempla investimentos para estruturação e organização de serviços, qualificação de recursos humanos e 
sistemas de informação e avaliação. 
 
Obs.: dificuldades: mudança da rede tradicional; competir com o mercado privativo; enfrentar modelo 
hospitalocêntrico. 
 
NASF - NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: 
Elaboração do projeto terapêutico individual, previsto na Portaria do Ministério da saúde: permite a 
apropriação coletiva pelas ESF e os NASF do acompanhamento dos usuários, realizando ações 
multiprofissionais e transdisciplinares. 
Composto por profissionais de diferentes áreas de conhecimento (assistente social, fisioterapeuta, 
fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, terapeuta ocupacional, dentre outros). 
Atualmente regulamentados pela Portaria 2.488, de 21 de outubro de 2011, configuram-se como equipes 
multiprofissionais que atuam de forma integra com as equipes de Saúde da Família, as equipes de atenção 
básica para populações específicas. 
Objetivos: Ampliar a abrangência da Assistência na atenção Primária, com a constituição de equipes de 
trabalho compostas por profissionais de diversas áreas de conhecimento para atuarem em parceria com as 
equipes de saúde da família. Os profissionais do NASF vierem para compartilhar as praticas de saúde nos 
territórios sob responsabilidade das ESF, atuando diretamente na qual o NASF está cadastrado. 
De acordo com as situações-problema identificadas por cada equipe SF, será construído conjuntamente com o 
NASF um plano de ação que buscará atender as necessidades da equipe. Logo, se terão grupos, visitas, 
orientações, oficinas, isso dependerá do plano de ação traçado pela equipe, por microárea. 
 
NASF: 
O trabalho do NASF está fundamentados em atuação planejada e elaboração conjunta de ações junto às 
equipes SF. Por isso, a Portaria prevê discussões periódicas para realização de ações multiprofissionais e 
transdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidade compartilhada. 
 NASF 1: 5 a 9 equipes de SF; 
 NASF 2: 3 a 4 ESF; 
 NASF 3: 1 a 2 ESF. 
 
PORTARIA 399 DE 2005 - PACTO PELA SAÚDE: 
Estabelecem as responsabilidades sanitárias de cada ente federal- união, estados e municípios: 
 Pacto pela vida; 
 Pacto em defesa do SUS; 
 Pacto de gestão do SUS. 
 
 
BAIXE TAMBÉM: 
O RESUMÃO AV1, AV2 e AV3 - ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA.

Continue navegando