A lei processual civil no espaço - Resumo

1 Processo Civil - Resumo A LEI PROCESSUAL CIVIL NO ESPAÇO Introdução É sabido qu e a jurisdi ção civil b rasileira age, após ser p rovocada, po r meio de uma sequência de atos que são d enominados t ríade processu al ou trilogia estrut ural do processo (jurisdição, ação e process o). Para que o processo s e desenvolva e atinja a su a finalidad e, qual seja, a solução do conflito mediant e a concessão de uma tut ela efetiva, é p reciso delim itar q uais as normas serão aplicadas a cada caso concr eto. Para isso, é necessário s aber se é possível a aplicação das n ormas jurídicas brasileiras à d emanda, bem como s e as mesmas estão vige ntes no ordenament o jurídico. Para os proces sos que estão em a ndamento, se deve at entar se a lei aplicada tem eficáci a, quais os e feitos jurídicos que está apta a produzir e se sua aplic ação é válida para todo e qualqu er ato processu al que ainda esteja pendente . A lei processual civil no espaço Toda norma jur ídica tem efi cácia delimitada pelo esp aço (aplica - se dent ro de certo território) e p elo tempo (aplica - se dur ante certo per íodo no tem po). O art. 13 do CPC afirma que a ju risdição civil será regid a pelas leis bra sileiras, salvo disposições espe cificas em acordos ou tratados int ernacionais q ue o Brasil s eja 2 parte. Aind a, o art. 16 do CPC traz a extensão territorial para aplicação das norma s processuais : \u201cArt. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas pro cessuais br asileiras, ressalvadas as disposições específicas prev istas em tratad os, convenções ou acordos int ernacionais de qu e o Brasil sej a parte.\u201d \u201cArt. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribu nais em todo o território nacional, conf orme as dispos ições deste C ódigo.\u201d Ambos os artig os tratam da dim ensão territ orial da norma pro cessual. A novidade no no vo código está na p ositivação de norm a ligada ao Dir eito Internacio nal Privado, qu e atende à di sposição previst a no art. 5º, § 2º, da CF: \u201c§ 2º Os di reitos e gar antias expres sos nesta C onstituição não excluem out ros decorrentes do regime e dos princípios p or ela adot ados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativ a do Brasil seja parte.\u201d A ressalva cont ida no CPC está n as convenções e tratados inter nacionais, porém não bas ta que o Brasil seja p arte. É necess ário que sejam trans formados em l ei para que po ssam integrar as normas que regulam a função j urisdicional do país. Log o, devem estar i ncorp orados ao nos so ordenament o jurídico. Essa incorporaç ão se dá mediante a assinatura do Presidente da Rep ública e a aprovação pe lo Congresso Nacional. Após isso, os tratados e convenç ões internacionais adquirem status de lei ordinária, inclusive s ujei tando - se ao cont role de constitucionalidade. No caso do s tratados e c onvenções inter nacionais s obre direitos humanos, havia diver gência sobr e seu status como emenda constitucional ou não, o que foi 3 superado a pós a promulg ação da Emenda Co nstitucional 45, o qual inse riu o § 3º ao Artigo 5º. \u201c § 3º Os tra tados e convenç ões internacionai s sobre direi tos humanos qu e forem apro vados, em cada Casa do Congre sso Nacional, em dois t urnos, por três quinto s dos votos d os respectivos m embros, serão eq uivalentes às emen das const itucionais.\u201d Em razão do princ ípio da territor ialidade, os p rocessos que t ramitam no país devem observa r as normas proc essuais civis pátrias. Essa re gra alcança tod as as pessoas que são partes ou sujeitos de processos em curso no judiciár io brasi leiro, sejam nacio nais ou estr angeiras. A territorial idade prevalece m esmo que haja no rma estrangeir a de direito material a s er aplicada ao c aso concreto. O inventário t ramitará de aco rdo com a legisl ação brasileira. A inda assim, a LINDB, em seu art. 1 0, permite a a plicação das leis do país es trangeiro no cas o de sucessão p or morte ou au sência, e d esde que as regras do ou tro país se jam mais favoráveis a os filhos bra sileiros e ao c ônjuge sobrevi vente. Para que as decisões d e autoridad e judicial es trangeira (o u qualquer ato não judicial que, pela lei br asileira, tenha natureza de decisão judicial) tenh am validade no Brasil, é nec essário realiz ar o procedim ento denominado Homologação de sentença es trangeira hom ologada perante o STJ (art. 10 5, I, i, CF, art. 961, CPC). Do mesmo modo, as solicita ções judiciai s vindas de autoridade judi cial estrangeira precisam d a concessão d e exequatu r (execut e - se) pelo ST J (art. 961, §1º, CPC e arts. 216 - O a 216 - X, RISTJ), somente após essa etapa é que podem ser distribuídas para cum primento.

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Direito Processual Civil I

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