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Eireli

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EIRELI
Lei 12.441/2011
	Empresa Individual de responsabilidade limitada.
	Nova espécie de pessoa jurídica [44, CC]
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - as associações;
II - as sociedades;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas;   
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são objeto do
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica.
Espécie de empresário individual com direitos a separação patrimonial e limitação de responsabilidade, que não impede que haja a desconsideração da personalidade jurídica, caso ocorra abuso na utilização da empresa. Segue os critérios: formada de uma única pessoa; a pessoa natural não pode constituir mais de uma EIRELI; a pessoa deverá ser titular da totalidade do capital social; o capital tem que ser no mínimo 100 vezes maior que o maior salário vigente no país, e deve totalmente integralizado; o nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão EIRELI após a firma ou denominação. 
EIRELI também pode resultar da concentração de quotas de outra modalidade societária. Por exemplo: um sócio majoritário pode comprar a parte do minoritário e assim transformar uma sociedade em EIRELI.
Em uma sociedade com dois sócios, em que um deles morra, se retire ou seja excluído, pode o sócio remanescente requerer a Junta Comercial sua transformação em EIRELI ou empresário individual. 
Apesar de a EIRELI não ser uma sociedade limitada, aplicam-se no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas [980-A, CC]. 
	Caracterísitcas:
	Capital mínimo: 100x o maior salário mínimo do país. 
	Só pode uma por pessoa.
	Desconsideração da personalidade jurídica / autonomia da pessoa jurídica
Regra geral: Teoria maior [art. 50, CC]
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
A teoria maior impõe ao credor, na concepção subjetivista, o ônus de demonstrar de forma inequívoca a intenção de prejudicar os credores ou, na concepção objetivista, de provar o abuso de personalidade com dados objetivos, como o desvio de finalidade e a confusão patrimonial. A Teoria Maior permite que o Magistrado defira o pedido de desconsideração da personalidade jurídica como forma de coibir fraudes e abusos.A Teoria Maior é taxativa, estando elencada no artigo 50, do Código Civil Brasileiro, ou seja, quando houver abuso da personalidade jurídica, pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial. Sendo o rol taxativo, importa destacar que a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica não pode ser extensiva. O desvio de finalidade fica caracterizado quando o objeto social da empresa diverge da atividade explorada pela sociedade. Já a confusão patrimonial ocorre quando não há caixas separados para entrada e saída de valores dos sócios e da sociedade confusão patrimonial é um forte motivo para o deferimento do pedido de desconsideração da personalidade jurídica no caso da EIRELI, uma vez que o valor exigido para o capital social é elevado e, os pequenos empresários, não conseguem distinguir o patrimônio pessoal do da EIRELI.
Exceção: Teoria menor [CDC/ Lei ambiental/ Lei anticrese]
A teoria menor é assim chamada por não impor grandes obstáculos à desconsideração, isto é, basta que haja prejuízo aos credores ou mesmo a terceiros que poderá ser “levantado o véu” (lift the corporate veil)
a Teoria Menor é mais vasta, e que o simples prejuízo do credor já serve para embasar o deferimento do pedido de desconsideração da personalidade jurídica.os casos de aplicação da Teoria Menor são encontrados na legislação extravagante e, que para sua caracterização basta a demonstração de insolvência da sociedade. A teoria menor abrange mais possibilidades de deferimento da desconsideração da personalidade jurídica, uma vez que basta demonstrar suspeitas da falta de intenção (ou condição) de cumprimento da obrigação devida ao credor. Tratando-se de relação de consumo, trabalhista ou ambiental, aplica-se a Teoria Menor, em face do reconhecimento da vulnerabilidade de quem solicita a desconsideração da personalidade jurídica.
Obs.: Prova de insolvência.
	Desconsideração X Responsabilidade pessoal 
	Efeitos das desconsideração inversa. 
Genericamente, o motivo pelo qual a desconsideração é solicitada resume-se em atingir os bens dos sócios por dívidas oriundas da sociedade. Há, no entanto, a possibilidade de pleitear, judicialmente, a chamada Desconsideração Inversa, onde se busca atingir o patrimônio da pessoa jurídica por dívidas advindas do sócio. Essa modalidade consta no Enunciado 283, do CJF, in verbis:Art. 50. É cabível a desconsideração da personalidade jurídica denominada “inversa” para alcançar bens de sócio que se valeu da pessoa jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízo a terceiros.Essa modalidade de desconsideração está prevista no NCPC, no artigo 133, § 2º:§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. cabe desconsideração inversa é na EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, uma vez que para sua constituição é necessário capital social mínimo de 100 salários mínimos nacionais. Ou seja, em alguns casos, o titular da empresa transfere todo o seu patrimônio particular para integralizar o capital social do seu negócio.
	Aspectos Processuais [art. 133 a 134, CPC]
Art. 133.  O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134.  O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o.
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
	Incidente processual
	Pedido pela parte ou MP
	Suspende o processo
	Obs.: pedido na inicial.

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