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TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA (RSUMO DE TAI NP1) MODULO 1 AO 5

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TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA (TAI):
RESUMO: NP1
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE INTELIGÊNCIA
 
1) Apresentação da disciplina
 
Nas próximas páginas, você encontrará algumas orientações dirigidas e alguns exercícios, distribuídos em oito (8) módulos, que fornecerão diretrizes para o estudo da disciplina Técnicas de Avaliação de Inteligência. A partir deles, terá a possibilidade de verificar a compreensão que teve sobre conteúdos já trabalhados, bem como analisar erros que talvez possa ter cometido durante a realização das atividades. Vale lembrar que a análise de erros é parte fundamental do estudo, já que possibilita a compreensão de assuntos que, anteriormente não havia assimilado bem, ou que, erroneamente, julgava dominar.
Além das orientações e questões a serem resolvidas, ler, estudar e consultar as bibliografias básicas e complementares da disciplina poderá auxiliá-lo a dirimir dúvidas e ampliar seus conhecimentos. Antes de resolver qualquer questão aqui colocada, estude. Leia os assuntos abordados nos livros constantes na bibliografia básica, quais sejam:
 
(1) CUNHA, J A e cols. Psicodiagnóstico V.  Porto Alegre. Artmed. 2000
 
(2) PASQUALI, L. e cols.,  Instrumentação Psicológica: fundamentos e práticas. Artmed. 2010.
                                                                 
(3) WECHSLER, D.,  Escala de Inteligência Wechsler para crianças WISC-III. – Manual.  3ª ed. Trad. Vera Lucia Marques de Figueredo. Casa do Psicólogo. São Paulo, 2002. 
Entre as bibliografias básicas apresentadas acima, a última é manual de teste psicológico. Assim, para que você possa estudar com eles será necessário fazê-lo na sala de TEAP.
Você também poderá complementar seus estudos com leituras dos seguintes materiais:
 
(1) PRIMI, R; ALMEIDA, LS; CANDEIAS, A; ROAZZI, A., Inteligência: Definição e medida na confluência de múltiplas concepções. São Paulo. Casa do Psicólogo. 2008.
 
(2) PRIMI, R. (org) Temas em Avaliação Psicológica. Campinas. Ibap. 2002. Cap.7.
(3) BARBIERI, V.,  Psicodiagnóstico Tradicional e Interventivo:Confronto de Paradigmas? Psicologia: Teoria e Pesquisa Jul-Set 2010, Vol. 26 n. 3, pp. 505-513. http://www.revistaptp.unb.br/index.php/ptp/article/ view / 538/108.  Acesso em 15 dez 2010.
 
(4) CRUZ, M. B. Z.,  WISC III: Escala de Inteligência Wechsler para crianças: Manual. Aval. psicol. [online]. nov. 2005, vol.4, no.2 [citado 30 Agosto 2007], p.199-201. Disponível na World Wide Web: http://pepsic.bvs-psi.org. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712005000200011&lng=pt &nrm=iso ISSN 1677-0471. Acesso em: 15 dez 2010.
 
(5) CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA – CFP.,  RESOLUÇÃO CFP N.º 007/2003 que Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes de avaliação psicológica e revoga a Resolução CFP º 17/2002. http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/ legislacao/legislacaoDocumentos/resolucao2003_7.pdf . Acesso em 16 dez 2010.
 
(6) FIGUEIREDO, V L. M.; NASCIMENTO, E., Desempenhos nas duas tarefas do subteste dígitos do WISC-III e do WAIS-III. Psic.: Teor. e Pesq.,  Brasília,  v. 23,  n. 3, set.  2007.   Disponível em: http://www.scielo. br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722007000300010&lng= pt&nrm=iso acessos em  16  dez.  2010.  doi: 10.1590/S0102-37722007000300010
 
(8) PRIMI, R., Inteligência: avanços nos modelos teóricos e nos instrumentos de medida. Aval. psicol. [online]. jun. 2003, vol.2, no.1 [citado 08 Febrero 2008], p.67-77. Disponível na World Wide Web: http://pepsic.bvs-psi.org.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712003000100008&lng=es& nrm=iso . ISSN 1677-0471. Acesso em: 15 dez 2010.
 
(7) SCHELINI, P. W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: início e evolução. Estud. psicol. (Natal)   Natal,  v. 11,  n. 3, 2006 .  Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X 200600 0300010&lng=pt&nrm=iso  doi: 10.1590/S1413-294X2006000300010. Acesso em: 15 dez 2010.
 
(8) SIMOES, M R.. Utilizações da WISC-III na avaliação neuropsicológica de crianças e adolescentes. Paidéia (Ribeirão Preto),  Ribeirão Preto,  v. 12,  n. 23,   2002 .   Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script= sciarttext&pid=S0103-863X 2002000200009&lng=pt&nrm=iso . Acesso em  16  dez.  2010.  doi: 10.1590/S0103-863X2002000200009
 
(9) WOYCIEKOSKI, C;  HUTZ, C S. Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre,  v. 22,  n.1,   2009.  http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722009000100002&lng=en&nrm=iso  doi: 10.1590/S0102-79722009000100002. 
 
Além destas fontes, os bancos de dados científicos constantes na internet podem ser excelentes meios de informação e estudos. Entre eles sugerimos realizar pesquisas nos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.teses.usp.br/ (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – USP);  http://www.bvs-psi.org.br/ (Biblioteca Virtual em Saúde) ; http://www.scielo.br  (Periódicos Eletrônicos em Psicologia);  http://www.pol.org.br/ (site do CFP) e http://www.revistaptp.unb.br/ (Revista eletrônica Psicologia:Teoria e Pesquisa UnB).
Na introdução de todos os módulos você encontrará as referências bibliográficas específicas àquele tema. Ainda para auxiliá-lo, no início de cada módulo, haverá uma pequena síntese a respeito do assunto abordado, que o ajudará a relembrar o que já fora trabalhado em sala.
Estudo dirigido não significa apenas resolver as questões e computar número de acertos, por isto, sugerimos que primeiro faça uma releitura do capítulo referido. Concluída esta etapa, você estará pronto para verificar se realmente compreendeu o que estudou. Para isto, terá que resolver cada uma das questões aqui colocadas e verificar se respondeu corretamente ou não. Caso tenha assinalado a alternativa esperada, tente explicar a razão de ter considerado cada uma das outras como incorretas e depois leia a justificativa apresentada. Contudo, caso tenha escolhido uma resposta errada, analise o erro cometido, ou seja, releia a questão, a alternativa e verifique porque a escolheu. 
Apesar do empenho, depois de todas as tentativas para assimilar bem os conteúdos estudados é possível que, em alguns momentos, encontre dificuldades que não consiga superar sozinho. Neste caso, procure o professor da disciplina e peça sua ajuda.   
 MODULO 1: FUNDAMENTOS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO
O psicodiagnóstico é um processo com propósito clínico que visa à identificação das forças e fraquezas do funcionamento psicológico do sujeito que se submete a ele. Um de seus objetivos é identificar ou não a presença de alterações psicopatológicas, os limites da variabilidade normal. A psicometria surge na história do processo psicodiagnóstico como uma forma de garantir a cientificidade deste. Também foram muito importantes para o desenvolvimento do psicodiagnóstico os estudos de Kraepelin, com a classificação das doenças mentais, e de Freud, com sua compreensão dinâmica do funcionamento psíquico, ambos diferenciando estados neuróticos de psicóticos. Logo em seguida, surgem os testes projetivos, primeiro com Rorschach, depois com o TAT, em seguida com Szondi, MMPI, entre outros. Atualmente, há uma ênfase no uso de instrumentos mais objetivos, como WISC, WAIS e RAVEN e avaliações computadorizadas, que têm oferecido novas estratégias ao psicólogo que trabalha com psicodiagnóstico. No entanto, não bastam instrumentos modernos para realizar um bom psicodiagnóstico. De acordo com Jurema Cunha (2000), é importante que o psicólogo avalie quem é o público que procura este serviço e qual sua demanda, para não correr o risco de deixar de responder a solicitação inicial do cliente. Como é possível verificar, são muitos os aspectos a serem considerados antes de iniciar um psicodiagnóstico. Antes de fazermos algumas considerações sobre eles, vocês têm a seguir um exemplo de exercício sobre estas reflexões e considerações. Lembre-se, é importante que inicie lendo o capítulo 2 do livrode CUNHA, J A e cols. Psicodiagnóstico V.  Porto Alegre. Artmed. 2000.,  antes de tentar resolver os exercícios deste módulo..
A fim de dar seguimento a estas considerações, por meio deste módulo, você poderá realizar uma revisão e verificação de seus conhecimentos sobre a caracterização do processo: definição, objetivos, responsabilidades, além da operacionalização do processo psicodiagnóstico.  Quanto à definição, é importante ter clareza sobre o significado de cada palavra ou frase que a constitui. De acordo com Jurema Cunha (2010) “Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.”
Vale saber que o processo psicodiagnóstico pode ter um ou mais objetivos dependendo da solicitação, demanda e hipóteses formuladas inicialmente. O exercício que vem a seguir ilustra as questões que poderá encontrar sobre estes assuntos, durante a realização dos exercícios deste módulo.
 
O processo psicodiagnóstico pode ter vários objetivos que variam dependendo da complexidade das questões propostas. Assinale a afirmativa que relaciona corretamente o principal objetivo de uma avaliação psicológica clínica e sua especificação:
MODULO 2 - PASSOS DO PROCESSO PSICODIAGNÓSTICO
MÓDULO (2)
 
Neste módulo, você encontrará exercícios que o auxiliarão a esclarecer dúvidas ou fixar melhor os Passos do Processo Psicodiagnóstico. Por ser um processo científico, pode-se dizer que o processo psicodiagnóstico parte da formulação de uma série de perguntas, para as quais pensamos em respostas prováveis, ou seja, hipóteses. Ao longo deste processo, estas hipóteses, que ocorrem após a(s) entrevista(s) inicial(ais), poderão ou não se confirmar. O passo seguinte será o contrato de trabalho, quando o psicólogo formalizará com o cliente ou o responsável os termos em que o psicodiagnóstico ocorrerá, definindo papéis, obrigações, direitos e responsabilidades.
A partir do momento em que o contrato é acordado, o psicólogo planejará a avaliação, ou seja, traduzirá as hipóteses iniciais em instrumentos especialmente selecionados a esse sujeito, que fornecerão subsídios ao psicólogo para responder as questões feitas no início deste processo. Os testes psicológicos podem ou não fazer parte do processo, momento em que os testes de inteligência podem ser utilizados. No entanto, quando compuserem a avaliação, estes testes deverão estar de acordo com as determinações do CFP e sua aplicação seguir os rigores determinados no manual de cada instrumento. Vale ressaltar que um bom rapport é fundamental para a aplicação de qualquer teste. Ao final de toda a aplicação de testes, os mesmos deverão ser analisados, interpretados e integrados ao restante das informações obtidas ao longo das sessões, momento em que o psicólogo fará algumas inferências (processo que vincula o input ao output) que lhe possibilitarão chegar a alguma conclusão - ao diagnóstico e ao prognóstico. É da responsabilidade do psicólogo construir relatórios e laudos de fácil compreensão e de acordo com as determinações do Conselho Federal de Psicologia. O último passo do processo psicodiagnóstico é a comunicação dos dados ao cliente, seu responsável e a quem solicitou.  Estes passos poderão ser melhor estudados em,  CUNHA, J. A. e cols.,   Psicodiagnóstico – V. 5ª ed. Porto Alegre.  Artes Médicas do Sul.  2000. p.105-138.
MODULO 3 - TEORIAS DE INTELIGÊNCIA: CONSIDERAÇÕES CRÍTICAS
MÓDULO (3)
 
Este módulo será o primeiro de três a tratar das Teorias de Inteligência. Este centralizará sua atenção no conceito de Inteligência como capacidade cognitiva, a fim de, estabelecer algumas considerações críticas iniciais. O capítulo de ALMEIDA, L. S.; PRIMI, R., Considerações em torno da medida da inteligência, em: PASQUALI, L. e cols., Instrumentação Psicológica: fundamentos e práticas. Artmed. 2010. p.386-410 iniciará com um breve relato sobre a polêmica em torno da definição e em torno da medida de inteligência. Salienta as críticas sobre a descrição fatoralista da inteligência, que eram descritas a partir de seu desempenho e não de sua essência, bem como, da psicologia cognitiva, que apesar dos experimentos não conseguiu uniformidade de posições. Contudo, apesar das considerações é importante conceituar pelo menos duas abordagens da inteligência: como uma entidade simples e como uma entidade integradora de funções. A inteligência geral tem sido avaliada por tarefas que envolvem compreensão, raciocínio e resolução de problemas. Em outras palavras, predominam funções cognitivas mais complexas que simples. Estudos cognitivistas mais recentes reforçam a importância dos componentes relacionais e inferenciais na descrição do exercício da inteligência, ou seja, a predominância de funções complexas. Com isto, decorrem várias classificações dos testes de inteligência, porém, aqui serão agrupados em testes de inteligência de aplicação coletiva e de aplicação individual. Abaixo um exemplo de questão que encontrará durante seu estudo.
MODULO 4 - TEORIAS DE INTELIGÊNCIA: FLUIDA E CRISTALINA
MÓDULO (4)
 
Em continuidade ao tema Teorias de Inteligência, este módulo abordará o conceito de Inteligência Fluida e Cristalizada. Antes de começar a responder os exercícios é importante ler cuidadosamente o artigo de referência, SCHELINI, P. W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: início e evolução. Estud. psicol. (Natal) Natal, v.11, n.3,  2006. Disponível em:  http://www.scielo.br/ scielo. php? script=sci_arttext&pid=S1413-294X2006000300010&lng=pt&nrm =iso  doi: 10.1590/S1413-294X2006000300010. Acesso em: 15 dez 2010. 
Este conceito inicia com a teoria bi-fatorial de Spearman passa pela teoria multifatorial de Thurstone até chegar a Cattell em 1942 e a Horn, anos mais tarde, que designou os fatores gerais por inteligência fluida (Gf) e cristalina (Gc). A primeira está associada aos componentes não verbais, pouco à cultura e mais à genética. A segunda, ao contrário da anterior, é desenvolvida por experiências educacionais e culturais, presente na maioria das atividades escolares. Em 1965 Horn expandiu o conceito do sistema (Gf)-(Gc) acrescentando inicialmente quatro capacidades cognitivas e com o passar dos anos mais seis totalizando dez capacidades cognitivas, duas básicas e oito primárias. Abaixo você encontrará um exercício que poderá ajuda-lo.
MODULO 5 - TEORIAS DA INTELIGÊNCIA: INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Módulo (5)
A última parte do tema Teorias da Inteligência tratará do conceito de Inteligência Emocional um construto psicológico novo que tem sido muito discutido. Falar de inteligência emocional é abordar as interfaces entre a inteligência e a emoção. Se separadamente inteligência e emoção são conceitos difíceis, as interações caracterizam-se por sua alta complexidade. Assim é importante que você tenha clara compreensão não só do que é inteligência como também do que é emoção.
Segundo Woyciekoski, C. & Hutz, C. S. (2009), "a emoção corresponderia a uma reação psicobiológica complexa, que envolveria inteligência e motivação, impulso para ação, além de aspectos sociais e da personalidade, que acompanhados de mudanças fisiológicas, expressariam um acontecimento significante para o bem-estar subjetivo do sujeito no seu encontro com o ambiente."
Em outras palavras, emoção é um estado mental acompanhado de diversos comportamentos, pensamentos e sentimentos que seguidos por alterações fisiológicas expressam uma experiência afetiva significante.
Mayer & Salovey (1997) definem o processamento de informações emocionais por meio de um modelo de quatro níveis, quais sejam, como "a capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções; a capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento: a capacidade de compreendera emoção e o conhecimento emocional; e a capacidade de controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual."
A capacidade de perceber acuradamente, de avaliar e de expressar emoções, ou seja, a Perceção Emocional (PE) é considerada a mais básica das quatro habilidades. Segundo (Schwarz, 1990) a percepção emocional parece relacionar-se a capacidade dos indivíduos de reconhecerem emoções em si, nos outros e nas situações sociais, assim como, para expressarem.
Quanto à capacidade de perceber e/ou gerar sentimentos que facilitam o pensamento, também denominada, Emoção Facilitadora do Pensamento, trata da possiblidade da emoção influenciar o pensamento utilizando estratégias cognitivas diferentes o que pode facilitar a expressão das emoções positivas e da criatividade. A relação positiva entre emoção, pensamento e cognição pode ser compreendida como facilitadora para solução de problemas emocionais.
O terceiro nível, a capacidade de compreender a emoção e o conhecimento emocional, ou Compreensão Emocional (CE) relaciona-se a compreensão da emoção também por meio da memória e da codificação emocional, um processo que envolve três habilidades: a) identificação e codificação das emoções; b) compreensão de seus significados, formação e desenvolvimento de suas relações, e por último, c) as causas e consequências destas emoções.
A capacidade de controlar emoções, ou Gerenciamento Emocional (GE) possibilita aos sujeitos controlar suas emoções desagradáveis e promover emoções agradáveis em si e nas relações com os outros, o que favorece a qualidade das interações sociais, o crescimento emocional e intelectual.
Em 2000, Mayer,Salovey e Caruso relataram que em função da dificuldade de verificar a validade de construtos, o modelo foi reduzido a três níveis: percepção, compreensão e controle de informações afetivas.
Algumas teorias a respeito da Inteligência Emocional surgiram e com elas muitas controvérsias na comunicadade acadêmica sobre como definí-la e como realizar sua medição.
O problema abaixo é um exemplo do que você poderá encontrar e de como deverá estudar. Tente resolvê-lo.
"Ao procurar acompanhamento psicoterápico, João queixou-se de não conseguir manter relacionamentos amorosos por muito tempo. A fim de exemplificar, ele contou que seu casamento durou apenas seis meses. Relatou que apesar de ter sido muito atento às necessidades da esposa, ela reclamava de tudo, de que ele não percebia o que sentia e desejava. O fim do casamento foi permeado por muitas brigas, principalmente porque ele não admitia qualquer tipo de questionamento sobre possível displicência. De acordo com João, ela reclamava que as escolhas eram sempre feitas por ele, ou seja, o cinema, o filme, o restaurante, a comida e até as viagens. Ele explicou em seguida que sempre considerou isto uma gentileza masculina, como é abrir a porta do carro para uma mulher descer e que as reclamações são decorrentes de mimos."
Considerando que a queixa relaciona-se a problemas no processamento de informações emocionais conforme o modelo de Mayer & Salovey (1997) e que a ex-esposa tinha razão em suas queixas, qual dos níveis deste processamento João pode estar com dificuldade?
MODULO 6 - WISC III - FUNDAMENTOS TEÓRICOS E ANÁLISE QUANTITATIVA
MÓDULO (6)
Este módulo é o primeiro sobre a Escala Wechsler de Inteligência para crianças. Neste você encontrará questões que permitirão revisar o conceito de inteligência que está por trás desta escala de avaliação, bem como, o desenvolvimento do material, sua organização e aplicações. Você poderá rever a aplicação do teste e as instruções normativas tanto da aplicação quanto da correção. A qualificação do usuário, também será discutida.
A publicação do WISC III no Brasil (2002) foi de grande importância para a avaliação psicológica, pois passamos a contar com a versão adaptada do instrumento considerado pela comunidade científica como o mais importante para avaliação da inteligência de crianças. Esta escala, segundo FIGUEIREDO (2012 p.17) "se propõe a verificar a capacidade global do sujeito, produto da constituição genética individual, por um lado, e das experiências socioeducacionais, da motivação e de preferências da personalidade, por outro."
O WISC III pode ser utilizado em crianças e adolescentes entre as idades de seis a dezesseis anos, em aplicações individuais. Constituído por treze subtestes agrupados em duas escalas, uma verbal e outra de execução, a escala verbal, assim chamada em razão de ter suas questões respondidas verbalmente, compreende seis subtestes, dos quais cinco principais e um suplementar. A escala de execução, cujas respostas são dadas por meio de uma ação, compreende sete subtestes dos quais, cinco são principais e dois suplementares. Depois de corrigidos, pontuados e transformados em valores ponderados, os resultados permitirão os cáculos de QI verbal, QI execução e QI total. Além destes, também é possível calcular os índices fatorias, quais sejam, compreensão verbal, organização perceptual, resistência a distração e velocidade do processamento.
O psicólogo que utilizar este instrumento deverá conhecê-lo muito bem antes de aplicá-lo. Deverá dominar as regras gerais de aplicação e de pontuação sem as quais poderá incorrer em erros. Vale lembrar que a utilização de qualquer teste psicológico tem como finalidade auxiliar o processo de avaliação psicológica, com vistas a identificar as forças e fraquezas do indivíduo que se submete a ela, isto é, as habilidades e defasagens apresentadas pelo cliente. Segundo FIGUEIREDO (2012 p.37), "Os escores resultantes das Escalas Wechsler de Inteligência, além de quantificar o nível intelectual do indivíduo, proporcionam uma vasta gama de dados qualitativos. A análise qualitativa das respostas possibilita identificar falhas na estrutura intelectual, assim como características emocionais e socioculturais."
Para o estudo deste tema, que também será abordado no módulo 7, sugerimos a leitura de FIGUEIREDO, V.L.M e cols, Avaliando com o WISC-III: Prática e Pesquisa. Casa do Psicólogo. SP. 2012.

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