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1 55 5-1Copyright (c) 2000 V. T. Motta EnzimasEnzimas 55 5-2Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática •• EnzimaEnzima:: é um catalisador biológico.é um catalisador biológico. •• com exceção de alguns com exceção de alguns RNAsRNAs ((ribozimasribozimas) que ) que catalisam a sua própria união, catalisam a sua própria união, todas as enzimas são todas as enzimas são proteínas.proteínas. •• algumas enzimas são tão específicas que são algumas enzimas são tão específicas que são capazes de distinguir capazes de distinguir estereoisômerosestereoisômeros de um dado de um dado composto.composto. •• Energia livre de Energia livre de GibbsGibbs (G)(G) é a quantidade de energia é a quantidade de energia disponível para a realização de trabalho e cuja relação disponível para a realização de trabalho e cuja relação com a entropia (S) e a entalpia (H), écom a entropia (S) e a entalpia (H), é G = H - TS 2 55 5-3Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática • uma reação pode se realizar em temperatura e pressão constante, ex., no organismo a variação de energia livre padrão é • a variação de energia livre padrão está relacionada à constante de equilíbrio, Keq: A B DDG° = DDH° - TDDS° DDG° = --RT ln K eq 55 5-4Copyright (c) 2000 V. T. Motta Perfil da energia de ativaçãoPerfil da energia de ativação Progresso da reação E n er g ia l iv re Reagentes Produtos Estado de transição Energia de ativação DDG° DDG° Variação de energia livre 3 55 5-5Copyright (c) 2000 V. T. Motta Perfil da energia de ativaçãoPerfil da energia de ativação • Uma enzima altera a velocidade (cinética) de uma reação, mas não a sua energia livre (termodinâmica) ou posição de equilíbrio Progresso da reação E n er g ia l iv re Reagentes Produtos DDG° Reação não-catalisada Reação catalisada por enzima 55 5-6Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática • Considerando a reação H 2 O 2 H 2 O + O 2 Sem catalisador Superfície de platina Catalase 75.2 18.0 48.9 11.7 23.0 5.5 Energia de ativação kJ/mol kcal/mol Velocidade relativa 1 4 x 1010 1 x 1021 4 55 5-7Copyright (c) 2000 V. T. Motta Cinética enzimáticaCinética enzimática • Para a reação • a velocidade da reação é dada • onde k é uma constante de proporcionalidade chamada de constante de velocidade específica.constante de velocidade específica. •• Ordem da reaçãoOrdem da reação: a soma dos expoentes na : a soma dos expoentes na equação de velocidadeequação de velocidade A + B P Velocidade = DD[A] DDt DD[B] DDt DD[P] DDt _ _= = Velocidade = k[A]f[B]g 55 5-8Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática • Em uma reação catalisada por enzima •• substrato, Ssubstrato, S: a molécula(s) que sofre a reação •• sítio ativosítio ativo: é uma pequena porção bem definida na estrutura molecular da enzima onde o substrato(s) ligam-se por interações não-covalentes, ex., pontes de hidrogênio, atrações eletrostáticas, atrações de van der Waals 5 55 5-9Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática • Dois modelos foram propostos para descrever a formação do complexo enzima-substrato •• modelo chavemodelo chave--fechadurafechadura: o substrato aloja-se na porção da enzima que apresenta uma configuração complementar a sua, enquanto os grupos químicos estabelecem as ligações com os radicais do sítio ativo. •• modelo encaixe induzidomodelo encaixe induzido: a ligação do substrato induz uma mudança conformacional na enzima que resulta em um encaixe dos aminoácidos no sítio ativo de forma complementar para interagir com os grupos funcionais do substrato. 55 5-10Copyright (c) 2000 V. T. Motta Catálise enzimáticaCatálise enzimática •• QuimotripsinaQuimotripsina -- catalisa a hidrólise de ligações peptídicas adjacentes a resíduos de aminoácidos contendo anéis aromáticos: Phe e Tyr • ela também catalisa a hidrólise da ligação éster p- nitrofenilacetato O2 N OCCH 3 O + H2 O Quimo- tripsina O2 N O - CH3 CO -+ pH > 7 Op-Nitrofenilacetato p-Nitrofenolato 6 55 5-11Copyright (c) 2000 V. T. Motta QuimotripsinaQuimotripsina Concentração de p-nitrofenilacetato [S] V el o ci d ad e d a re aç ão (V ) Velocidade máxima 55 5-12Copyright (c) 2000 V. T. Motta ATCaseATCase • Aspartato transcarbamoilase (ATCase) catalisa a reação H2 N-C- O- P-O - O O O- CO2 - CH2 CH-CO2 -H3 N+ + H2 N-C- NH- CH-CO2 - O CO2 - CH2 +H3 PO4 2 - ATCase Carbamoil fosfato Aspartato N-Carbamoilaspartato 7 55 5-13Copyright (c) 2000 V. T. Motta ATCaseATCase Concentração do aspartato [S] V el o ci d ad e d a re aç ão (V ) Velocidade máxima Notar a forma sigmoidal da curva que é característica das enzimas alostéricas 55 5-14Copyright (c) 2000 V. T. Motta Cinética enzimáticaCinética enzimática • Velocidade inicial de reação catalisada por uma enzima versus a concentração do substrato Concentração do substrato [S] V el o ci d ad e in ic ia l ( V ) Cinética de primeira ordem (a velocidade depende da concentração de S Cinética de ordem zero (a velocidade não depende da concentração do substrato S) Vmáx 8 55 5-15Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • O mecanismo para a reação enzima-catalisada é • a velocidade de formação e desaparecimento de ES é dado pelas equações: Velocidade de formação = k1[E][S] Velocidade de desaparecimento = k-1[ES] + k2[ES] • na estado estacionário E + S ES P k 1 k -1 k 2 k 1 [E][S] = k -1 [ES] + k 2[ES] 55 5-16Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • quando o estado estácionário é atingido, a concentração de enzima livre é a concentração total menos aquela ligada em ES • substituindo pela concentração de enzima livre e combinando todas as constantes de velocidade em um só termo: • onde KM é chamada de constante de Michaelis-Menten [E] = [E] T - [ES] ( [E] T - [ES]) [S] [ES] k -1 + k 2 k 1 = = K M 9 55 5-17Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • Agora é possível resolver as questões sobre a concentração do complexo enzima-substrato • ou alternativamente [ES] = [E] T [S] K M + [S] [E] T [S] - [ES][S] [ES] = K M = K M [ES] [E] T [S] = [ES](K M + [S]) [E] T [S] - [ES][S] 55 5-18Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • Nos estágios iniciais, a formação de produto depende somente da velocidade de desaparecimento do ES • se a concentração de substrato é tão grande que a enzima está saturada com substrato [ES] = [E]T • substituindo k2[E]T = Vmax na equação no topo tem-se V init = k 2 [ES] = k 2 [E] T [S] K M + [S] V init = V max = k 2 [E] T Vmax [S]V init = KM + [S] 10 55 5-19Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • quando [S]= KM, a expressão é reduzida a Vmáx [S]V = KM + [S] = Vmáx [S] [S] + [S] = Vmáx 2 Concentração do substrato [S] V el o ci d ad e in ic ia l ( V ) V máx 2 KM V máx 55 5-20Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten • é difícil determinar a Vmax experimentalmente • equação paraa hipérbole • para determinar exatamente o KM e a Vmáx toma-se o inverso da equação de Michaelis-Menten V máx [S]V = KM + [S] (equação de Michaelis-Menten) V 1 = KM + [S] Vmáx [S] = KM [S] V máx [S] V máx [S] + V 1 = KM Vmáx [S] V máx + 1 11 55 5-21Copyright (c) 2000 V. T. Motta Gráfico de Gráfico de LineweaverLineweaver--BurkBurk • a fórmula para a linha reta é y = mx + b, • um gráfico com os valores 1/V versus 1/[S] é uma reta com inclinação de KM/Vmáx e intercepto 1/Vmáx • este gráfico é chamado de gráfico duplo recíproco gráfico duplo recíproco dede LineweaverLineweaver--BurkBurk V 1 = Vmáx + 1 Vmáx [S] 1 y m x + b V 1 = KM • 55 5-22Copyright (c) 2000 V. T. Motta Gráfico de Gráfico de LineweaverLineweaver--BurkBurk V 1 [S] 1 intercepto x = intercepto y = 1 Vmáx -1 KM inclinação = KM V máx 12 55 5-23Copyright (c) 2000 V. T. Motta Significado de KSignificado de KMM e e VVmaxmax • KM é a constante de dissociação para ES; valores altos de KM, menores são as forças que ligam S a E • Vmáx é o número de renovação; moles de S convertidas em produto por mol de E por unidade de tempo Acetilcolinesterase Anidrase carbônica Catalase Quimotripsina Número de renovação [(mol S)•(mol E)-1•s -1] KM (mol•litro-1) 1.4 x 104 1.0 x 106 1.0 x 107 1.9 x 102 9.5 x 10-5 1.2 x 10-2 2.5 x 10-2 6.6 x 10-4 55 5-24Copyright (c) 2000 V. T. Motta Inibição enzimáticaInibição enzimática •• Inibidor reversívelInibidor reversível: a substância inibidora pode ser removida •• inibidor competitivoinibidor competitivo: liga-se ao sítio ativo (catalítico) e bloqueia a ligação do substrato •• inibidor nãoinibidor não--competitivocompetitivo: liga-se a um sítio diferente daquele que liga o substrato; inibe por modificação na conformação da enzima •• Inibidor irreversívelInibidor irreversível: a inibição não pode ser revertida • geralmente envolve a formação ou quebra de ligações covalentes da enzima 13 55 5-25Copyright (c) 2000 V. T. Motta Inibição competitivaInibição competitiva • O inibidor compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima; mais substrato é necessário para atingir determinada velocidade • pode-se escrever uma constante de dissociação, K I para EI E + S ES P+IEI E+IEI K I = [E][I] [EI] 55 5-26Copyright (c) 2000 V. T. Motta Inibição competitivaInibição competitiva • em um gráfico duplo recíproco de Lineweaver-Burk 1/V versus 1/[S], a inclinação (e o intercepto x) muda mas o intercepto y não modifica V 1 = KM Vmáx Vmáx + 1 Sem inibidor y b S 1• m x + y = Em presença de um inibidor competitivo V 1 = KM Vmáx Vmáx + 11 + [I] KI S 1 + bm x 14 55 5-27Copyright (c) 2000 V. T. Motta Inibição competitivaInibição competitiva V 1 [S] 1 interceptos x intercepto y = 1 Vmáx Inclin. = KM Vmáx Sem inibidor Inibição competitiva -1 KM inclinação 55 5-28Copyright (c) 2000 V. T. Motta Inibição nãoInibição não--competitivacompetitiva • Como o inibidor não interfere com a ligação do substrato no sítio ativo, KM não modifica • aumentando a concentração de substrato a inibição não competitiva é superada y = m x Em presença de um inibidor não competitivo V 1 = KM Vmáx Vmáx + 11 + [I] KI S 1 + b 1 + [I] KI V 1 = KM Vmáx Vmáx + 1 Sem inibidor y b S 1• m x + 15 55 5-29Copyright (c) 2000 V. T. Motta Enzimas Enzimas alostéricasalostéricas •• AlostéricoAlostérico: Grego allo = outro + stereo = forma •• Enzima Enzima alostéricaalostérica: um oligômero cuja atividade biológica é afetada por outras substâncias ligadas a ela • estas substâncias modificam a atividade da enzima por alteração na conformação de sua estrutura 4ária •• EfetorEfetor alostéricoalostérico: uma substância que modifica o comportamento de uma enzima alostérica; pode pode ser • inibidor alostérico • ativador alostérico •• AspartatoAspartato transcarbamilasetranscarbamilase ((ATCaseATCase)) 55 5-30Copyright (c) 2000 V. T. Motta -O- P-O- P-O- P-O-CH 2O OHOH HH HH N N NH2 OO O- O- O O- O Citidina trifosfato (CTP) -O- P-O- P-O- P-O-CH2O OHOH HH HH O O- O- O O- O Adenosina trifosfato (ATP) N NN N N H2 Um inibidor alostérico da ATCase Um ativador alostérico da ATCase 16 55 5-31Copyright (c) 2000 V. T. Motta ATCaseATCase -- uma enzima uma enzima alostéricaalostérica [S] V el o ci d ad e d a re aç ão (V ) + ATP (um ativador alostérico) + CTP (um inibidor alostérico) Controle - nem ATP ou CTP 55 5-32Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo da simetriaModelo da simetria • WymanWyman, , MonodMonod e e ChangeuxChangeux -- 19651965 •• As enzimas As enzimas alostéricasalostéricas existem em duas conformaçõesexistem em duas conformações •• R (relaxada)R (relaxada): alta afinidade pelo substrato; forma ativa: alta afinidade pelo substrato; forma ativa •• T (tensa)T (tensa): baixa afinidade pelo substrato; forma inativa: baixa afinidade pelo substrato; forma inativa •• na ausência de substrato, a maioria das moléculas da na ausência de substrato, a maioria das moléculas da enzima estão na forma T (inativa) enzima estão na forma T (inativa) •• em presença de substrato o equilíbrio deslocaem presença de substrato o equilíbrio desloca--se da se da forma T (inativa) para a forma R (ativa) forma T (inativa) para a forma R (ativa) •• em alterações de T para R e viceem alterações de T para R e vice--versa, a conformação versa, a conformação todas as subunidades mudam de modo todas as subunidades mudam de modo simultâneo.simultâneo. •• todas estas alterações estão todas estas alterações estão interrelacionadasinterrelacionadas.. 17 55 5-33Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo da SimetriaModelo da Simetria •• A ligação do substrato à uma subunidade enzimática A ligação do substrato à uma subunidade enzimática facilita a ligação de um segundo substrato em uma facilita a ligação de um segundo substrato em uma segunda subunidade enzimáticasegunda subunidade enzimática •• os os inibidores inibidores alostéricosalostéricos ligam e estabilizam a ligam e estabilizam a forma T (inativa)forma T (inativa) •• os os ativadores ativadores alostéricosalostéricos ligam e estabilizam a ligam e estabilizam a forma R (ativa)forma R (ativa) 55 5-34Copyright (c) 2000 V. T. Motta Modelo seqüencialModelo seqüencial �� KoshlandKoshland, , NemethyNemethy e e FilmerFilmer -- 19661966 •• a ligação do substrato induz a uma mudança a ligação do substrato induz a uma mudança conformacionalconformacional da forma T para a forma R. da forma T para a forma R. •• a alteração na conformação é promovida pelo a alteração na conformação é promovida pelo encaixe induzidoencaixe induzido do substrato na enzima, do substrato na enzima, semelhante ao modelo postulado pela teoria do semelhante ao modelo postulado pela teoria do encaixe induzido da ligação enzimaencaixe induzido da ligação enzima--substrato.substrato. •• a mudança da forma T a mudança da forma T ®®®® R em uma subunidade R em uma subunidade favorece a mesma mudança em outras subunidadesfavorece a mesma mudança em outras subunidades •• a ativação e a inibição a ativação e a inibição alostéricaalostérica também ocorrem também ocorrem por mecanismos de encaixe induzidopor mecanismos de encaixe induzido 18 55 5-35Copyright (c) 2000 V. T. Motta ZimogêniosZimogênios •• ZimogênioZimogênio •• é um precursor inativo de uma enzima; pode ser é um precursor inativode uma enzima; pode ser irreversivelmente transformado em uma enzima irreversivelmente transformado em uma enzima ativa pela clivagem de ligações covalentes.ativa pela clivagem de ligações covalentes. •• QuimotripsinogênioQuimotripsinogênio •• sintetizado e armazenado no pâncreassintetizado e armazenado no pâncreas •• é uma cadeia polipeptídica simples de 245 resíduos é uma cadeia polipeptídica simples de 245 resíduos aminoácidos e cinco pontes aminoácidos e cinco pontes dissulfetodissulfeto ((--SS--SS--); ); quando liberado no intestino delgado, a enzima quando liberado no intestino delgado, a enzima digestiva digestiva tripsina tripsina cliva uma unidade polipeptídica de cliva uma unidade polipeptídica de 15 aminoácidos do N15 aminoácidos do N--terminal do terminal do quimotripsinogênioquimotripsinogênio e forma a e forma a pppp --quimotripsinaquimotripsina 55 5-36Copyright (c) 2000 V. T. Motta Zimogênios (cont.)Zimogênios (cont.) • o polipeptídio remanescente de 15-unidades permanece ligado ao pp -quimotripsina por uma ponte dissulfeto • pp-quimotripsina cataliza a clivagem de três de suas próprias ligações peptídicas para formar aa - quimotripsina • aa-quimotripsina consiste de três cadeias polipeptídicas, conectadas por duas pontes dissulfeto entre as cadeias • as modificações na estrutura 1ária que acompanham as alterações do quimotripsinogênio em aa - quimotripsina provocam também alterações na estrutura na 2ária e 3ária 19 55 5-37Copyright (c) 2000 V. T. Motta O sítio ativoO sítio ativo 1. Quais são os resíduos de aminoácidos da enzima que estão no sítio ativo e quais deles catalisam a reação? 2. Qual é a relação espacial dos resíduos de aminoácidos essenciais no sítio ativo? 3. Qual é o mecanismo pelo qual os resíduos de aminoácidos essenciais catalisam a reação? � As respostas a essas perguntas estão disponíveis para a quimotripsina que é usada aqui como exemplo. A quimotripsina catalisa a hidrólise seletiva de ligações peptídicas formadas por grupos carboxílicos da Lys ou Arg 55 5-38Copyright (c) 2000 V. T. Motta QuimotripsinaQuimotripsina • Reação com um substrato modelo O2N OCCH3 O O2N O - CH3 CO - O Acetato de p-Nitrofenila p-Nitrofenolato Etapa 1 E + E-OCH3 O + Etapa 2 E-OCH3 O + H2 O E + Enzima Intermediário acil-enzima 20 55 5-39Copyright (c) 2000 V. T. Motta QuimotripsinaQuimotripsina • DIPF inativa a quimotripsina por reação com a serina-195, presente no sítio ativo Enz -CH2 OH F-P- OCH( CH3 ) 2 O OCH(CH3 ) 2 Diisopropil fosfofluoridato (DIPF) + Serina-195 Enz -CH2 O-P- OCH(CH3 ) 2 O OCH( CH3 ) 2 Derivado diisopropilfosforilado 55 5-40Copyright (c) 2000 V. T. Motta QuimotripsinaQuimotripsina • TPCK se liga à quimotripsina pela Histidina-57 Enz -CH2 N N H C6 H5 CH2 -CH- C-CH2 Cl N H O T si l Crorometil cetona de tosil L-fenilalanina (TPCK) (Tsil = grupo tosil) + Histidina-57 Enz -CH2 N N C6 H5 CH2 -CH- C-CH2 N H O T si l 21 55 5-41Copyright (c) 2000 V. T. Motta QuimotripsinaQuimotripsina • como a Ser-195 e a His-57 são necessárias para a atividade enzimática, elas devem estar próximas uma da outra no sítio ativo. • os resultados de estudos com raio X mostraram a evidência de que os resíduos do sítio catalítico têm realmente uma relação espacial própria. • além de His-57 e Ser-195, o Asp-102 está também envolvido no sítio ativo (formam uma tríade catalítica) • O mecanismo pelo qual a quimotripsina catalisa a hidrólise das ligações amida foi mostrado na Figura 5.10 55 5-42Copyright (c) 2000 V. T. Motta Mecanismos da catáliseMecanismos da catálise Cys-SH Cys-S - Lys-NH3 + Lys- NH2 Glu-CO2 H Glu-CO2 - Ser-CH2 OH Ser-CH2 O - His- CH2 N N H H His- CH2 N N H Tyr OH Tyr O- Doador de prótons Aceptor de prótonsTipo de Grupo sulfidrila amino carboxila hidroxila imidazol fenol + 22 55 5-43Copyright (c) 2000 V. T. Motta Mecanismos de catáliseMecanismos de catálise • Reações ácido/base de Lewis •• Ácido de LewisÁcido de Lewis: um aceptor de par eletrônico •• Base de LewisBase de Lewis: um doador de par eletrônico • Ácidos de Lewis como o Mn2+, Mg2+, e Zn2+ são componentes essenciais de muitas enzimas • carboxipeptidase A requer Zn2+ para a sua atividade 55 5-44Copyright (c) 2000 V. T. Motta CoenzimasCoenzimas �� CoenzimaCoenzima: uma molécula não protéica ou íon que participa em uma reação enzimática e é regenerada no final da reação � íons metálicos � compostos orgânicos, muitos dos quais são vitaminas ou são metabolicamente relacionadas às vitaminas 23 55 5-45Copyright (c) 2000 V. T. Motta Coenzima Tipo de reação Precursor vitamínico Biotina Coenzima A Flavina coenzimas Ácido lipóico Nicotinamida coenzimas Piridoxal fosfato Ácido tetrahidrofólico Tiamina pirofosfato Carboxilação Transferência acila Oxidação- redução Transferência de acila Oxidação- redução Transaminação Transferência de um carbono Transferência de aldeído ----- Ácido pantotênico Riboflavina (B2) ----- Niacina Piridoxina (B 6) Ácido fólico Tiamina (B 1) 55 5-46Copyright (c) 2000 V. T. Motta Íon metálico Enzima Fe2+ ou Fe3+ Cu2+ Zn2+ Mn 2+ K+ Mg 2+ Ni 2+ Mo Se Peroxidase Citocromo oxidase DNA polimerase Hexoquinase Arginase Piruvato quinase Urease Nitrato redutase Glutationa peroxidase 24 55 5-47Copyright (c) 2000 V. T. Motta NADNAD++/NADH/NADH � Nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD+) é um agente oxidante biológico bb-N-glicosídica (ligação) HH H O HO OH N CNH2 O + O sinal mais no NAD+ representa a carga do nitrogênio Nicotinamida, derivada da niacina; - O- P- O- CH2 O O AMP H 55 5-48Copyright (c) 2000 V. T. Motta NADNAD++/NADH/NADH � NAD+ é um agente oxidante e é reduzido a NADH R N CNH2 O + + H+ + 2 e- R N CNH2 OH H NAD + (forma oxidada) NADH (forma reduzida) 25 55 5-49Copyright (c) 2000 V. T. Motta NADNAD++/NADH/NADH � NAD+ está envolvido em várias reações catalisadas por enzimas de oxidação/redução, duas das quais são C OH H C O + 2 H+ 2 e - Um álcool secundário Uma cetona C H O + H2 O C OH O 2 H+ 2 e- Um aldeído Um ácido carboxílico + + + 55 5-50Copyright (c) 2000 V. T. Motta NADNAD++/NADH/NADH N CNH2 O R + NAD + N CNH2 O R redução oxidação H H NADH Um par de elétrons é doado ao nitrogênio C O H C O H H E- B H EB 2 3 4 1 26 55 5-51Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiridoxalPiridoxal FosfatoFosfato N CH2 OHHO H3 C CHO Piridoxal N CH2 OPO -HO H3 C CH2 NH2 Piridoxamina fosfato N CH2 OHHO H3 C CH2 NH2 Piridoxamina N CH2 OPO -HO H3 C CHO Piridoxal fosfato O O- O O- 55 5-52Copyright (c) 2000 V. T. Motta PiridoxalPiridoxal FosfatoFosfato � Piridoxal e piridoxamina fosfato estão envolvidos na transferência de grupos amino - O2 CCH2 CH2CHCO2 - NH2 Glutamato CH3 CCO2 - O Piruvato + - O2 CCH2 CH2CCO2 - O aa-Cetoglutarato CH3CHCO2 - NH2 Alanina + transaminase, piridoxal fosfato
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