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5_Enzimas

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5-1Copyright (c) 2000 V. T. Motta
EnzimasEnzimas
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5-2Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
•• EnzimaEnzima:: é um catalisador biológico.é um catalisador biológico.
•• com exceção de alguns com exceção de alguns RNAsRNAs ((ribozimasribozimas) que ) que 
catalisam a sua própria união, catalisam a sua própria união, todas as enzimas são todas as enzimas são 
proteínas.proteínas.
•• algumas enzimas são tão específicas que são algumas enzimas são tão específicas que são 
capazes de distinguir capazes de distinguir estereoisômerosestereoisômeros de um dado de um dado 
composto.composto.
•• Energia livre de Energia livre de GibbsGibbs (G)(G) é a quantidade de energia é a quantidade de energia 
disponível para a realização de trabalho e cuja relação disponível para a realização de trabalho e cuja relação 
com a entropia (S) e a entalpia (H), écom a entropia (S) e a entalpia (H), é
G = H - TS
2
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5-3Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
• uma reação pode se realizar em temperatura e 
pressão constante, ex., no organismo
a variação de energia livre padrão é 
• a variação de energia livre padrão está 
relacionada à constante de equilíbrio, Keq:
A B
DDG° = DDH° - TDDS°
DDG° = --RT ln K eq
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5-4Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Perfil da energia de ativaçãoPerfil da energia de ativação
Progresso da reação
E
n
er
g
ia
 l
iv
re
Reagentes
Produtos
Estado de transição
Energia de
ativação
DDG°
DDG°
Variação de 
energia livre
3
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5-5Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Perfil da energia de ativaçãoPerfil da energia de ativação
• Uma enzima altera a velocidade (cinética) de uma 
reação, mas não a sua energia livre (termodinâmica) 
ou posição de equilíbrio
Progresso da reação
E
n
er
g
ia
 l
iv
re
Reagentes
Produtos
DDG°
Reação
não-catalisada
Reação catalisada
por enzima
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5-6Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
• Considerando a reação
H
2
O
2
H
2
O + O
2
Sem catalisador
Superfície de platina
Catalase
75.2 18.0
48.9 11.7
23.0 5.5
Energia de ativação
kJ/mol kcal/mol
Velocidade
relativa
1
4 x 1010
1 x 1021
4
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5-7Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Cinética enzimáticaCinética enzimática
• Para a reação
• a velocidade da reação é dada
• onde k é uma constante de proporcionalidade 
chamada de constante de velocidade específica.constante de velocidade específica.
•• Ordem da reaçãoOrdem da reação: a soma dos expoentes na : a soma dos expoentes na 
equação de velocidadeequação de velocidade
A + B P
Velocidade = DD[A]
DDt
DD[B]
DDt
DD[P]
DDt
_ _= =
Velocidade = k[A]f[B]g
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5-8Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
• Em uma reação catalisada por enzima
•• substrato, Ssubstrato, S: a molécula(s) que sofre a reação
•• sítio ativosítio ativo: é uma pequena porção bem definida na 
estrutura molecular da enzima onde o substrato(s) 
ligam-se por interações não-covalentes, ex., pontes 
de hidrogênio, atrações eletrostáticas, atrações de 
van der Waals
5
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5-9Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
• Dois modelos foram propostos para descrever 
a formação do complexo enzima-substrato
•• modelo chavemodelo chave--fechadurafechadura: o substrato aloja-se na 
porção da enzima que apresenta uma configuração 
complementar a sua, enquanto os grupos químicos 
estabelecem as ligações com os radicais do sítio 
ativo.
•• modelo encaixe induzidomodelo encaixe induzido: a ligação do substrato 
induz uma mudança conformacional na enzima que 
resulta em um encaixe dos aminoácidos no sítio 
ativo de forma complementar para interagir com os 
grupos funcionais do substrato.
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5-10Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Catálise enzimáticaCatálise enzimática
•• QuimotripsinaQuimotripsina -- catalisa a hidrólise de ligações 
peptídicas adjacentes a resíduos de aminoácidos 
contendo anéis aromáticos: Phe e Tyr
• ela também catalisa a hidrólise da ligação éster p-
nitrofenilacetato
O2 N OCCH 3
O
+ H2 O
Quimo-
tripsina
O2 N O
- CH3 CO
-+
pH > 7
Op-Nitrofenilacetato
p-Nitrofenolato
6
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5-11Copyright (c) 2000 V. T. Motta
QuimotripsinaQuimotripsina
Concentração de p-nitrofenilacetato [S]
V
el
o
ci
d
ad
e 
d
a 
re
aç
ão
 (V
)
Velocidade máxima
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5-12Copyright (c) 2000 V. T. Motta
ATCaseATCase
• Aspartato transcarbamoilase (ATCase) catalisa 
a reação
H2 N-C- O- P-O
-
O O
O-
CO2
-
CH2
CH-CO2
-H3 N+
+
H2 N-C- NH- CH-CO2
-
O
CO2
-
CH2
+H3 PO4
2 -
ATCase
Carbamoil
fosfato
Aspartato
N-Carbamoilaspartato
7
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5-13Copyright (c) 2000 V. T. Motta
ATCaseATCase
Concentração do aspartato [S]
V
el
o
ci
d
ad
e 
d
a 
re
aç
ão
 (V
)
Velocidade máxima
Notar a forma sigmoidal
da curva que é característica 
das enzimas alostéricas
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5-14Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Cinética enzimáticaCinética enzimática
• Velocidade inicial de reação catalisada por uma 
enzima versus a concentração do substrato
Concentração do substrato [S]
V
el
o
ci
d
ad
e 
in
ic
ia
l (
V
)
Cinética de primeira ordem
(a velocidade depende da
concentração de S
Cinética de ordem zero
(a velocidade não depende
da concentração do substrato S)
Vmáx
8
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5-15Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• O mecanismo para a reação enzima-catalisada é
• a velocidade de formação e desaparecimento de ES 
é dado pelas equações:
Velocidade de formação = k1[E][S]
Velocidade de desaparecimento = k-1[ES] + k2[ES]
• na estado estacionário
E + S ES P
k 1
k -1
k 2
k 1 [E][S] = k -1 [ES] + k 2[ES]
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5-16Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• quando o estado estácionário é atingido, a 
concentração de enzima livre é a concentração total 
menos aquela ligada em ES
• substituindo pela concentração de enzima livre e 
combinando todas as constantes de velocidade em um 
só termo:
• onde KM é chamada de constante de Michaelis-Menten
[E] = [E] T - [ES]
( [E] T - [ES]) [S]
[ES]
 k -1 + k 2
k 1
= = K M
9
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5-17Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• Agora é possível resolver as questões sobre a 
concentração do complexo enzima-substrato
• ou alternativamente
[ES] =
[E] T [S]
K M + [S]
[E] T [S] - [ES][S]
[ES]
= K M
= K M [ES]
[E] T [S] = [ES](K M + [S])
[E] T [S] - [ES][S]
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5-18Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• Nos estágios iniciais, a formação de produto depende 
somente da velocidade de desaparecimento do ES
• se a concentração de substrato é tão grande que a 
enzima está saturada com substrato [ES] = [E]T
• substituindo k2[E]T = Vmax na equação no topo tem-se 
V init = k 2 [ES] =
k 2 [E] T [S]
K M + [S]
V init = V max = k 2 [E] T
Vmax [S]V init = KM + [S]
10
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5-19Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• quando [S]= KM, a expressão é reduzida a 
Vmáx [S]V =
KM + [S]
=
Vmáx [S]
[S] + [S]
=
Vmáx
2
Concentração do substrato [S]
V
el
o
ci
d
ad
e 
in
ic
ia
l (
V
)
V máx
2
KM
V máx
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5-20Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo de Modelo de MichaelisMichaelis--MentenMenten
• é difícil determinar a Vmax experimentalmente
• equação paraa hipérbole
• para determinar exatamente o KM e a Vmáx toma-se o 
inverso da equação de Michaelis-Menten
V máx [S]V =
KM + [S]
(equação de Michaelis-Menten)
V
1 =
KM + [S]
Vmáx [S]
=
KM [S]
V máx [S] V máx [S]
+
V
1 =
KM
Vmáx [S] V máx
+ 1
11
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5-21Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Gráfico de Gráfico de LineweaverLineweaver--BurkBurk
• a fórmula para a linha reta é y = mx + b, 
• um gráfico com os valores 1/V versus 1/[S] é uma 
reta com inclinação de KM/Vmáx e intercepto 1/Vmáx
• este gráfico é chamado de gráfico duplo recíproco gráfico duplo recíproco 
dede LineweaverLineweaver--BurkBurk
V
1 =
Vmáx
+ 1
Vmáx [S]
1
y m x + b
V
1 =
KM •
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5-22Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Gráfico de Gráfico de LineweaverLineweaver--BurkBurk
V
1
[S]
1
intercepto x =
intercepto y = 1
Vmáx
-1
KM
inclinação =
KM
V máx
12
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5-23Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Significado de KSignificado de KMM e e VVmaxmax
• KM é a constante de dissociação para ES; valores altos 
de KM, menores são as forças que ligam S a E
• Vmáx é o número de renovação; moles de S convertidas 
em produto por mol de E por unidade de tempo
Acetilcolinesterase
Anidrase carbônica
Catalase
Quimotripsina
Número de renovação
[(mol S)•(mol E)-1•s -1]
KM
(mol•litro-1)
1.4 x 104
1.0 x 106
1.0 x 107
1.9 x 102
9.5 x 10-5
1.2 x 10-2
2.5 x 10-2
6.6 x 10-4
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5-24Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Inibição enzimáticaInibição enzimática
•• Inibidor reversívelInibidor reversível: a substância inibidora 
pode ser removida
•• inibidor competitivoinibidor competitivo: liga-se ao sítio ativo (catalítico) 
e bloqueia a ligação do substrato
•• inibidor nãoinibidor não--competitivocompetitivo: liga-se a um sítio diferente 
daquele que liga o substrato; inibe por modificação 
na conformação da enzima
•• Inibidor irreversívelInibidor irreversível: a inibição não pode ser 
revertida
• geralmente envolve a formação ou quebra de 
ligações covalentes da enzima 
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5-25Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Inibição competitivaInibição competitiva
• O inibidor compete com o substrato pelo sítio ativo 
da enzima; mais substrato é necessário para atingir 
determinada velocidade
• pode-se escrever uma constante de dissociação, K I
para EI
E + S ES P+IEI
E+IEI K I =
[E][I]
[EI]
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5-26Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Inibição competitivaInibição competitiva
• em um gráfico duplo recíproco de Lineweaver-Burk
1/V versus 1/[S], a inclinação (e o intercepto x) muda 
mas o intercepto y não modifica
V
1 =
KM
Vmáx Vmáx
+ 1
Sem inibidor
y b
S
1•
m x +
y =
Em presença de um inibidor competitivo
V
1 =
KM
Vmáx Vmáx
+ 11 +
[I]
KI S
1
+ bm x
14
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5-27Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Inibição competitivaInibição competitiva
V
1
[S]
1
interceptos x
intercepto y = 1
Vmáx
Inclin. =
KM
Vmáx
Sem inibidor
Inibição
competitiva
-1
KM
inclinação 
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5-28Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Inibição nãoInibição não--competitivacompetitiva
• Como o inibidor não interfere com a ligação do 
substrato no sítio ativo, KM não modifica
• aumentando a concentração de substrato a inibição 
não competitiva é superada 
y = m x
Em presença de um inibidor não competitivo
V
1 =
KM
Vmáx Vmáx
+ 11 +
[I]
KI S
1
+ b
1 + [I]
KI
V
1 =
KM
Vmáx Vmáx
+ 1
Sem inibidor
y b
S
1•
m x +
15
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5-29Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Enzimas Enzimas alostéricasalostéricas
•• AlostéricoAlostérico: Grego allo = outro + stereo = forma
•• Enzima Enzima alostéricaalostérica: um oligômero cuja atividade 
biológica é afetada por outras substâncias 
ligadas a ela
• estas substâncias modificam a atividade da enzima 
por alteração na conformação de sua estrutura 4ária
•• EfetorEfetor alostéricoalostérico: uma substância que modifica 
o comportamento de uma enzima alostérica; 
pode pode ser
• inibidor alostérico
• ativador alostérico
•• AspartatoAspartato transcarbamilasetranscarbamilase ((ATCaseATCase))
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5-30Copyright (c) 2000 V. T. Motta
-O- P-O- P-O- P-O-CH 2O
OHOH
HH
HH
N
N
NH2
OO
O- O-
O
O-
O
Citidina trifosfato (CTP)
-O- P-O- P-O- P-O-CH2O
OHOH
HH
HH
O
O- O-
O
O-
O
Adenosina trifosfato (ATP)
N
NN
N
N H2
Um inibidor 
alostérico da ATCase
Um ativador 
alostérico da ATCase
16
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5-31Copyright (c) 2000 V. T. Motta
ATCaseATCase -- uma enzima uma enzima alostéricaalostérica
[S]
V
el
o
ci
d
ad
e 
d
a 
re
aç
ão
 (V
)
+ ATP (um ativador alostérico)
+ CTP (um inibidor alostérico)
Controle - nem ATP ou CTP
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5-32Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo da simetriaModelo da simetria
• WymanWyman, , MonodMonod e e ChangeuxChangeux -- 19651965
•• As enzimas As enzimas alostéricasalostéricas existem em duas conformaçõesexistem em duas conformações
•• R (relaxada)R (relaxada): alta afinidade pelo substrato; forma ativa: alta afinidade pelo substrato; forma ativa
•• T (tensa)T (tensa): baixa afinidade pelo substrato; forma inativa: baixa afinidade pelo substrato; forma inativa
•• na ausência de substrato, a maioria das moléculas da na ausência de substrato, a maioria das moléculas da 
enzima estão na forma T (inativa) enzima estão na forma T (inativa) 
•• em presença de substrato o equilíbrio deslocaem presença de substrato o equilíbrio desloca--se da se da 
forma T (inativa) para a forma R (ativa) forma T (inativa) para a forma R (ativa) 
•• em alterações de T para R e viceem alterações de T para R e vice--versa, a conformação versa, a conformação 
todas as subunidades mudam de modo todas as subunidades mudam de modo simultâneo.simultâneo.
•• todas estas alterações estão todas estas alterações estão interrelacionadasinterrelacionadas..
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5-33Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo da SimetriaModelo da Simetria
•• A ligação do substrato à uma subunidade enzimática A ligação do substrato à uma subunidade enzimática 
facilita a ligação de um segundo substrato em uma facilita a ligação de um segundo substrato em uma 
segunda subunidade enzimáticasegunda subunidade enzimática
•• os os inibidores inibidores alostéricosalostéricos ligam e estabilizam a ligam e estabilizam a 
forma T (inativa)forma T (inativa)
•• os os ativadores ativadores alostéricosalostéricos ligam e estabilizam a ligam e estabilizam a 
forma R (ativa)forma R (ativa)
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5-34Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Modelo seqüencialModelo seqüencial
�� KoshlandKoshland, , NemethyNemethy e e FilmerFilmer -- 19661966
•• a ligação do substrato induz a uma mudança a ligação do substrato induz a uma mudança 
conformacionalconformacional da forma T para a forma R. da forma T para a forma R. 
•• a alteração na conformação é promovida pelo a alteração na conformação é promovida pelo 
encaixe induzidoencaixe induzido do substrato na enzima, do substrato na enzima, 
semelhante ao modelo postulado pela teoria do semelhante ao modelo postulado pela teoria do 
encaixe induzido da ligação enzimaencaixe induzido da ligação enzima--substrato.substrato.
•• a mudança da forma T a mudança da forma T ®®®® R em uma subunidade R em uma subunidade 
favorece a mesma mudança em outras subunidadesfavorece a mesma mudança em outras subunidades
•• a ativação e a inibição a ativação e a inibição alostéricaalostérica também ocorrem também ocorrem 
por mecanismos de encaixe induzidopor mecanismos de encaixe induzido
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5-35Copyright (c) 2000 V. T. Motta
ZimogêniosZimogênios
•• ZimogênioZimogênio
•• é um precursor inativo de uma enzima; pode ser é um precursor inativode uma enzima; pode ser 
irreversivelmente transformado em uma enzima irreversivelmente transformado em uma enzima 
ativa pela clivagem de ligações covalentes.ativa pela clivagem de ligações covalentes.
•• QuimotripsinogênioQuimotripsinogênio
•• sintetizado e armazenado no pâncreassintetizado e armazenado no pâncreas
•• é uma cadeia polipeptídica simples de 245 resíduos é uma cadeia polipeptídica simples de 245 resíduos 
aminoácidos e cinco pontes aminoácidos e cinco pontes dissulfetodissulfeto ((--SS--SS--); ); 
quando liberado no intestino delgado, a enzima quando liberado no intestino delgado, a enzima 
digestiva digestiva tripsina tripsina cliva uma unidade polipeptídica de cliva uma unidade polipeptídica de 
15 aminoácidos do N15 aminoácidos do N--terminal do terminal do 
quimotripsinogênioquimotripsinogênio e forma a e forma a pppp --quimotripsinaquimotripsina
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5-36Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Zimogênios (cont.)Zimogênios (cont.)
• o polipeptídio remanescente de 15-unidades 
permanece ligado ao pp -quimotripsina por uma ponte 
dissulfeto
• pp-quimotripsina cataliza a clivagem de três de suas 
próprias ligações peptídicas para formar aa -
quimotripsina
• aa-quimotripsina consiste de três cadeias 
polipeptídicas, conectadas por duas pontes 
dissulfeto entre as cadeias
• as modificações na estrutura 1ária que acompanham 
as alterações do quimotripsinogênio em aa -
quimotripsina provocam também alterações na 
estrutura na 2ária e 3ária
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5-37Copyright (c) 2000 V. T. Motta
O sítio ativoO sítio ativo
1. Quais são os resíduos de aminoácidos da enzima que 
estão no sítio ativo e quais deles catalisam a reação?
2. Qual é a relação espacial dos resíduos de aminoácidos 
essenciais no sítio ativo?
3. Qual é o mecanismo pelo qual os resíduos de 
aminoácidos essenciais catalisam a reação?
� As respostas a essas perguntas estão disponíveis para 
a quimotripsina que é usada aqui como exemplo. A 
quimotripsina catalisa a hidrólise seletiva de ligações 
peptídicas formadas por grupos carboxílicos da Lys ou 
Arg
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5-38Copyright (c) 2000 V. T. Motta
QuimotripsinaQuimotripsina
• Reação com um substrato modelo
O2N OCCH3
O
O2N O
-
CH3 CO
-
O
Acetato de p-Nitrofenila
p-Nitrofenolato
Etapa 1 E +
E-OCH3
O
+
Etapa 2 E-OCH3
O
+ H2 O E +
Enzima
Intermediário
acil-enzima
20
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5-39Copyright (c) 2000 V. T. Motta
QuimotripsinaQuimotripsina
• DIPF inativa a quimotripsina por reação com a 
serina-195, presente no sítio ativo
Enz -CH2 OH F-P- OCH( CH3 ) 2
O
OCH(CH3 ) 2
Diisopropil
fosfofluoridato
(DIPF)
+
Serina-195
Enz -CH2 O-P- OCH(CH3 ) 2
O
OCH( CH3 ) 2
Derivado
diisopropilfosforilado
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5-40Copyright (c) 2000 V. T. Motta
QuimotripsinaQuimotripsina
• TPCK se liga à quimotripsina pela Histidina-57
Enz -CH2
N
N
H
C6 H5 CH2 -CH- C-CH2 Cl
N H
O
T si l
Crorometil cetona de tosil
L-fenilalanina (TPCK)
(Tsil = grupo tosil)
+
Histidina-57
Enz -CH2
N
N
C6 H5 CH2 -CH- C-CH2
N H
O
T si l
21
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5-41Copyright (c) 2000 V. T. Motta
QuimotripsinaQuimotripsina
• como a Ser-195 e a His-57 são necessárias para a 
atividade enzimática, elas devem estar próximas uma 
da outra no sítio ativo.
• os resultados de estudos com raio X mostraram a 
evidência de que os resíduos do sítio catalítico têm 
realmente uma relação espacial própria.
• além de His-57 e Ser-195, o Asp-102 está também 
envolvido no sítio ativo (formam uma tríade catalítica)
• O mecanismo pelo qual a quimotripsina catalisa a 
hidrólise das ligações amida foi mostrado na Figura 5.10
55
5-42Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Mecanismos da catáliseMecanismos da catálise
Cys-SH Cys-S -
Lys-NH3
+ Lys- NH2
Glu-CO2 H Glu-CO2
-
Ser-CH2 OH Ser-CH2 O
-
His- CH2
N
N
H
H
His- CH2
N
N
H
Tyr OH Tyr O-
Doador de prótons Aceptor de prótonsTipo de Grupo
sulfidrila
amino
carboxila
hidroxila
imidazol
fenol
+
22
55
5-43Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Mecanismos de catáliseMecanismos de catálise
• Reações ácido/base de Lewis
•• Ácido de LewisÁcido de Lewis: um aceptor de par eletrônico
•• Base de LewisBase de Lewis: um doador de par eletrônico
• Ácidos de Lewis como o Mn2+, Mg2+, e Zn2+ são 
componentes essenciais de muitas enzimas
• carboxipeptidase A requer Zn2+ para a sua atividade
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5-44Copyright (c) 2000 V. T. Motta
CoenzimasCoenzimas
�� CoenzimaCoenzima: uma molécula não protéica ou íon 
que participa em uma reação enzimática e é 
regenerada no final da reação
� íons metálicos
� compostos orgânicos, muitos dos quais são 
vitaminas ou são metabolicamente relacionadas às 
vitaminas
23
55
5-45Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Coenzima Tipo de reação
Precursor
vitamínico
Biotina
Coenzima A
Flavina coenzimas
Ácido lipóico
Nicotinamida
coenzimas
Piridoxal fosfato
Ácido tetrahidrofólico
Tiamina 
pirofosfato
Carboxilação
Transferência acila
Oxidação-
redução
Transferência de acila
Oxidação-
redução
Transaminação
Transferência 
de um carbono
Transferência 
de aldeído
-----
Ácido pantotênico
Riboflavina (B2)
-----
Niacina
Piridoxina (B 6)
Ácido fólico
Tiamina (B 1)
55
5-46Copyright (c) 2000 V. T. Motta
Íon metálico Enzima
Fe2+ ou Fe3+
Cu2+
Zn2+
Mn 2+
K+
Mg 2+
Ni 2+
Mo
Se
Peroxidase
Citocromo oxidase
DNA polimerase
Hexoquinase
Arginase
Piruvato quinase
Urease
Nitrato redutase
Glutationa peroxidase
24
55
5-47Copyright (c) 2000 V. T. Motta
NADNAD++/NADH/NADH
� Nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD+) é 
um agente oxidante biológico
bb-N-glicosídica (ligação) HH
H
O
HO OH
N
CNH2
O
+
O sinal mais no NAD+
representa a carga 
do nitrogênio Nicotinamida, 
derivada
da niacina; 
- O- P- O- CH2
O
O
AMP
H
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NADNAD++/NADH/NADH
� NAD+ é um agente oxidante e é reduzido a 
NADH
R
N
CNH2
O
+
+ H+ + 2 e-
R
N
CNH2
OH H
NAD +
(forma oxidada)
NADH
(forma reduzida)
25
55
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NADNAD++/NADH/NADH
� NAD+ está envolvido em várias reações 
catalisadas por enzimas de oxidação/redução, 
duas das quais são
C
OH
H
C
O
+ 2 H+ 2 e -
Um álcool 
secundário
Uma cetona
C H
O
+ H2 O C OH
O
2 H+ 2 e-
Um aldeído Um ácido 
carboxílico
+
+ +
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NADNAD++/NADH/NADH
N
CNH2
O
R
+
NAD +
N
CNH2
O
R
redução
oxidação
H H
NADH
Um par de 
elétrons é doado 
ao nitrogênio
C
O
H
C
O
H
H
E- B
H
EB
2
3
4
1
26
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PiridoxalPiridoxal FosfatoFosfato
N
CH2 OHHO
H3 C
CHO
Piridoxal
N
CH2 OPO
-HO
H3 C
CH2 NH2
Piridoxamina fosfato
N
CH2 OHHO
H3 C
CH2 NH2
Piridoxamina
N
CH2 OPO
-HO
H3 C
CHO
Piridoxal fosfato
O
O-
O
O-
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PiridoxalPiridoxal FosfatoFosfato
� Piridoxal e piridoxamina fosfato estão 
envolvidos na transferência de grupos amino
- O2 CCH2 CH2CHCO2
-
NH2
Glutamato
CH3 CCO2
-
O
Piruvato
+
- O2 CCH2 CH2CCO2
-
O
aa-Cetoglutarato
CH3CHCO2
-
NH2
Alanina
+
transaminase,
piridoxal fosfato

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