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Slide 1 Slide 2 Na titulação potenciométrica, também chamada de potenciometria relativa, mede-se a f.e.m. da célula no curso da titulação. As titulações, como sabemos, são acompanhadas de variações bruscas de concentração nas imediações do ponto de equivalência, o que provoca uma variação brusca no potencial do eletrodo indicador e, portanto, também na f.e.m. da célula. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 3 A titulação potenciométrica é uma técnica de localização do ponto final na análise volumétrica, aplicável sempre que se dispuser de um eletrodo indicador para a espécie desejada. São realizadas sucessivas medições da f.e.m. da célula, sendo cada uma delas após a adição de um certo volume de solução titulante. A seguir relacionam-se esses potenciais com o volume de solução titulante consumida. As medições realizadas no decorrer da titulação potenciométrica são relativas e informam sobre as variações ocorridas no potencial da célula. Através delas, pode-se estabelecer com precisão o ponto de equivalência que determinará a concentração da espécie sob análise Slide 4 A titulação potenciométrica é mais trabalhosa do que a técnica volumétrica com indicadores visuais e requer equipamento especial, mas apresenta uma série de vantagens sobre a técnica convencional: Maior sensibilidade, pode ser aplicada à soluções bem diluídas; Pode ser empregada para soluções coloridas ou turvas, pois dispensa o uso de indicadores visuais; Pode ser aplicada para certas reações que não disponham de indicadores visuais adequados; Pode-se determinar sucessivamente vários componentes; Pode ser aplicada em meio não aquoso; Pode ser adaptada a instrumentos automáticos. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 5 Em 1955, surgiram as primeiras buretas de pistão motorizadas, permitindo a automatização das titulações, acima de tudo com maior precisão na dosagem. As titulações potenciométricas, atualmente, podem ser executadas manual ou automaticamente, com ou sem registro da curva. Slide 6 Na titulação manual, utiliza-se um pHmetro e um conjunto de titulação, que compreende uma bureta de pistão, montada junto com um agitador sobre uma base compacta. Esse tipo de titulação potenciométrica requer o controle constante das diversas etapas, anotando o volume de reagente dosado e o respectivo potencial, dados que posteriormente são utilizados para construir a curva de titulação, de onde é calculado o volume de reagente gasto até o ponto de equivalência e a concentração da espécie analisada. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 7 Titulações automáticas dispensam todas as operações manuais e representam um grande avanço sobre as automatizadas, que dependem de operações manuais e são comumente encontradas nos laboratórios de controle de qualidade de matérias-primas ou de produtos finais, enquanto que as titulações automáticas são empregadas na área industrial. Slide 8 PRINCÍPIOS DA TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA A potenciometria direta, como mencionado anteriormente, envolve o procedimento de medir a f.e.m entre dois eletrodos: um indicador, cujo potencial é função da concentração do íon a ser determinado, e um eletrodo de referência, de potencial constante. A determinação exata da f.e.m é uma exigência crítica do método. Nas titulações potenciométricas, os potenciais absolutos, ou os potenciais em relação a um eletrodo padrão, não são necessários, e as medições são realizadas durante a titulação. Slide 9 O ponto de equivalência será indicado por uma abrupta modificação do potencial no gráfico das leituras da f.e.m contra o volume da solução titulante. Qualquer método que possibilite a observação desta modificação do potencial pode ser adotado. Um dos eletrodos deve ter um potencial constante, mas não necessariamente conhecido; o outro eletrodo opera como um indicador das alterações da concentração iônica e deve ter uma resposta rápida. A solução, naturalmente, deve ser agitada durante a titulação, sendo esta colocada em um becker. Slide 10 Quando se titulam soluções básicas, ou outras soluções, que precisam estar livres do dióxido de carbono atmosférico, ou do próprio ar, aconselha-se usar ou um balão de três a quatro bocas, ou um becker de forma alta, sem bico, equipados de modo a possibilitar a passagem de nitrogênio através da solução antes da titulação, ou durante a titulação, se for necessário. Slide 11 TIPOS DE TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA Neste método de indicação potenciométrica, pode-se executar normalmente titulações que envolvem reações de neutralização, precipitação, complexação e de óxido- redução. Slide 12 Reações de neutralização O eletrodo indicador pode ser um eletrodo de hidrogênio, de vidro ou de antimônio; o eletrodo de calomelano é em geral, o eletrodo de referência. A exatidão com que o ponto final pode ser localizado potenciometricamente depende da grandeza da variação da f.e.m nas vizinhanças do ponto de equivalência, e esta variação depende da concentração e da força do álcali. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 13 Em todos os casos os resultados são satisfatórios exceto: Os que se obtêm com um ácido, ou com uma base muito fracos (K<10-8) e com soluções muito diluídas. Os que se obtém com o ácido e a base, ambos fracos. Neste último caso, pode-se conseguir uma exatidão da ordem 1% com soluções 0,1 M. O método pode ser usado para titular uma mistura de ácidos que tem forças muito diferentes. A primeira modificação na curva de titulação ocorre quando o mais forte dos dois ácidos for neutralizado, e a segunda quando a neutralização estiver completa. Para este método ter êxito, os dois ácidos, ou bases, devem ter uma diferença de força pelo menos 105 para 1. Slide 14 Reações de oxidação-redução O fator determinante é a razão entre as concentrações das formas oxidadas e reduzidas de uma certa espécie iônica. Forma oxidada + n elétrons = forma reduzida O potencial E do eletrodo indicador, a 25 C, é dado por: E = E0 + 0,0591/n log [OXI]/[RED] _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 15 O potencial do eletrodo indicador na solução é, então, controlado pela razão entre as concentrações. Durante a oxidação de um agente redutor, ou durante a redução de uma agenteoxidante, a razão se altera com maior rapidez nas vizinhanças do ponto final da reação e assim o potencial também se altera rapidamente. Por isso as titulações que envolvem estas reações podem ser acompanhadas potenciometricamente e proporcionam curvas de titulações caracterizadas por uma brusca modificação do potencial no ponto de equivalência. O eletrodo indicador r, em geral, um fio, ou uma lâmina, de platina polida, e o agente oxidante fica na bureta. Slide 16 Reações de precipitação A concentração do íon no ponto de equivalência é determinada pelo produto de solubilidade do material pouco solúvel formado durante a titulação. Na precipitação de um íon I de uma solução, pela adição de um reagente apropriado, a concentração de I na solução sofrerá modificação mais rápida na região do ponto final. O potencial de um eletrodo indicador, sensível à concentração de I, sofrerá modificação análoga, e por isso a alteração pode ser acompanhada potenciometricamente. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 17 Neste caso, um dos eletrodos pode ser um eletrodo de calomelano saturado, ou um eletrodo de prata-cloreto, e o outro deve ser um eletrodo que entre rapidamente em equilíbrio com um dos íons precipitado na titulação de íons prata com um haleto, deve ser um eletrodo de prata. Pode ser um fio de prata, ou um fio ou tela de platina prateada, selados convenientemente num tubo de vidro. E uma vez que se determina um haleto, a ponte de sal deve ser uma solução saturada de nitrato de potássio. Resultados excelentes se obtêm pela titulação de soluções de nitrato de prata por íons tiocianato. Em muitos casos, será possível o uso de eletrodos seletivos apropriados. Slide 18 Reações de complexação Em muitas titulações desta espécie, a formação do complexo é o resultado da interação de um precipitado pouco solúvel com um reagente em excesso; é o que ocorre, por exemplo, quando uma solução de cianeto de potássio é titulada com nitrato de prata; neste caso, o cianeto de prata que se forma inicialmente dissolve-se no cianeto de potássio em excesso para dar o íon complexo [Ag(CN)2)] -, com o que fica muito pequena a concentração dos íons prata. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 19 LOCALIZAÇÃO DO PONTO FINAL NUMA TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA O ponto final de uma titulação pode ser fixado através do exame da curva de titulação, pelas curvas das derivadas, ou pelo exame do gráfico de Gran. Existem ocasiões, no entanto, em que pode ser útil um método de detecção elétrico, simples e independente de gráficos, em especial quando se fazem determinações de rotina. Nestes procedimentos, não se usa a combinação normal do eletrodo de referência com o eletrodo indicador, e não há registro contínuo dos valores da f.e.m. durante a titulação. Slide 20 Determinação Gráfica As curvas das titulações potenciométricas, isto é, o gráfico das leituras da f.e.m., contra o volume adicionado de titulante, pode ser levantada ou pela plotagem manual dos dados experimentais, ou pela plotagem automática, mediante instrumentação apropriada, durante o decorrer de qualquer titulação. Em geral a curva tem a mesma forma que a curva de neutralização de um ácido, ou seja, é uma curva sigmóide conforme a figura. O segmento central da curva aparece na figura (a), e é evidente que o ponto final está localizado no segmento fortemente ascendente da curva, ou seja, se acha localizado a meia altura do salto sobre a curva de titulação. _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Slide 21
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