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Caderno de Química Analítica Instrumental Aula: Potenciometria II – parte 1 Coeficiente de seletividade → O efeito do metal alcalino na seletividade do eletrodo pode ser avaliado inserindo um termo adicional na equação do potencial: Einterface = - 0,0592[log aH+ solução interna] + 0,0592[log (aH+ solução externa + kH,B x aB+)] Onde kH,B é o coeficiente de seletividade do eletrodo. → kH,B pode variar de zero, quando não há nenhuma interação até valores muito maiores do que 1. Exemplo: se kH,B=20 quer dizer que o H + responde 20 vezes mais forte que o íon B+. → Essa equação pode ser aplicada a qualquer tipo de eletrodo de membrana. Erro ácido → O erro ácido ocorre, em geral, para pHs menores do que 0,5. - Então a gente está numa situação difícil que, em geral, nem mais se usa o eletrodo de pH, porque está muito próximo de zero, nem faz sentido falar de pH, começa a se falar de concentração da solução. → A magnitude desse erro tem uma variabilidade muito grande e não sabe direito a razão pela qual ele ocorre. Análise do pH → Ao utilizar um eletrodo de calomelano, pode-se aplicar o eletrodo de vidro na análise de soluções muito viscosas e até fluídos semissólidos, contendo altas concentrações de oxidantes, redutores, gases e proteínas (o eletrodo de Ag/AgCl pode reagir com proteínas). → Os eletrodos de vidro podem ser miniaturizados para análise em: uma gota de solução; cavidade de um dente; dentro de uma célula; dentro do estômago de uma pessoa; Eletrodos de vidro para outros cátions → A busca por membranas que tivessem um menor erro alcalino fez com que eletrodos para outros tipos de cátions fossem descobertos. → Existem eletrodos para: Na, K, Li, NH4, Rb, Cs e concentração total de cátions monovalentes. Eletrodos de membrana cristalina → Pesquisas têm sido realizadas para desenvolver eletrodos com membranas sólidas que são seletivas à ânions assim como vidros respondem a cátions. - Membranas que tenham sítios ativos catiônicos são a maioria dos alvos das pesquisas. → As membranas tipicamente têm um diâmetro de 10mm e uma espessura entre 1 e 2 µm. → As membranas são seladas no final de um tubo de Teflon ou PVC. Eletrodos de membrana cristalina (cristal único) – F- → O eletrodo de F- é composto por uma membrana formada a partir de um corte de um cristal de LaF3 dopado com EuF2 para aumentar a condutividade da membrana. → Reações nas interfaces membrana-solução (interna e externa): LaF3 (s) ↔ LaF2 + (s) + F - (aq) - Similarmente ao eletrodo de vidro, o processo de ionização que ocorre nas duas interfaces da solução faz com que elas tenham cargas diferentes, o lado em contado com a menor concentração de F-, será positiva em relação à outra interface. Dessa diferença, surgirá um potencial que será medido. Einterface = 0,0592 x log aF - solução int. + 0,0592 x pF → Esse eletrodo é altamente seletivo para o F-, sendo o H + interferente para pH<5,0 e o OH- interferente para pH>8,0. → Sua faixa de resposta está entre 1 e 10-6 mol/L. Eletrodos de membrana baseados em sais de Ag Não é necessário dopar, pois a Ag+ é suficientemente livre para conduzir eletricidade nessas membranas. Eletrodos de membrana líquida → Foram desenvolvidos para a análise potenciométrica de cátions polivalentes e alguns ânions; → As membranas líquidas são preparadas a partir de um líquido de troca iônica imiscível. Essa membrana é imobilizada em um suporte poroso sólido. → É possível misturar as membranas com PVC, solubilizar tudo em THC e após a evaporação do solvente obter uma membrana flexível. → Se baseia no surgimento de um potencial na interface entre a solução de análise e um líquido de troca iônica, que se liga seletivamente ao analito. → A membrana para responder ao analito de interesse deve conter esse elemento em sua composição, assim como a solução interna do eletrodo. → Como material ativo da membrana, pode-se utilizar um trocador de cátion, um trocador de ânion ou um composto macro cíclico neutro. → O trocador de íons é misturado em um líquido orgânico e pela ação da gravidade, ele é forçado contra a membrana. Eletrodos de membrana líquida – Ca2+ Exemplo: eletrodo de Ca2+ → Na interface da membrana, ocorre o seguinte equilíbrio: (dialquil fosfato de cálcio) [(RO)2POO]2Ca ↔ 2(RO)2POO - + Ca 2+ (aq) → Assim como no eletrodo de pH, quando há uma diferença de concentração entre a solução interna e solução externa, aparece um potencial, que pode ser relacionado à atividade do Ca2+ pela equação de Nernst. Einterface = E1 – E2 = 0,0592 2 𝑙𝑜𝑔 𝑎𝐶𝑎2+𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑎𝐶𝑎2+𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 Como a concentração da solução interna do cálcio é constante: Einterface = − 0,0592𝑙𝑜𝑔 𝑎𝐶𝑎2+𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 − 0,0592𝑝𝐶𝑎 → O potencial da interface é, então, uma medida da atividade dos íons Ca2+ na solução externa, ou seja, a solução de análise. Eletrodos de membrana líquida – Ionóforos → Quando compostos ionóforos (molécula neutra e grande, solúvel em lipídios) são incorporados nas membranas líquidas, junto com um trocador iônico lipofílico, a análise de alguns íons que se ligam a esses ionóforos pode ser realizada. → O íon a ser analisado forma um complexo com o ionóforo e a seletividade do eletrodo está diretamente relacionada a estabilidade do complexo formado. Eletrodos de membrana líquida – Exemplos Aula: Potenciometria III (12/04) ISFET: ion-selective field-effect transistors → Transistores de efeito de campo ou transistores de efeito de campo de óxido de metal são componentes semicondutores eletrônicos muito usado em computadores que servem para controlar a passagem de corrente elétrica. → Um dos problemas do uso desses materiais em eletrônica é sua alta sensibilidade a impurezas da superfície, por isso ele passou a ser usado em eletrodos potenciométrico. → Os íons H+ irão adsorver em sítios disponíveis na superfície de Si3N4 (nitreto de silício). → Ao mudar a concentração desses íons, ocorrerá uma mudança de potencial na superfície da membrana, que nada mais é do que uma mudança na condutividade do ISFET. → Essa condutividade é monitorada eletronicamente e correlacionada com variação de pH e variação de potencial. → O ISFET é naturalmente sensível ao H+, mas pode responder a outros íons se a superfície de Si3N4 for modificada com polímeros que complexem com o íon de interesse. → Vantagens em relação aos eletrodos de membrana: 1. Mais robusto; 2. Menor; 3. Resposta mais rápida; 4. Menor resistência à passagem de corrente (menor impedância elétrica); 5. Podem ser guardados secos (não requerem hidratação); 6. Mais de um ISFET pode ser fabricado no mesmo substrato, dando a possibilidade de aumentar a sensibilidade para um analito ou analisar mais de um íon ao mesmo tempo. Sensores de gás → Emprega-se uma membrana microporosa de um polímero hidrofóbico que permite a passagem de gás (poros de até 1 µm), mas impede a entrada de água e íons na membrana. Sensores de gás: CO2 → Essa última reação faz com que o pH da solução interna mude com a variação da concentração de CO2 e essa variação é detectada pelo eletrodo de referência interno. E é isso então que eu vou detectar, sendo assim é uma detecção indireta, pois não vou analisar diretamente o CO2, vou analisar o efeito que ele tem no pH da solução interna do meu sensor. Onde K’ inclui a constante da reação, as concentrações das espécies que não variam durante o experimento e valores numéricos; → É importante ressaltar que o eletrodo que fará a medida não entra em contato direto com o analito, por isso é chamado de sensor (ou probe) e não eletrodo, já que é uma célula eletroquímica completa. → Espécies interferentes são aquelas que conseguem permear pela membrana e podemtambém alterar o pH da solução interna. → A especificidade de cada sensor dependerá da permeabilidade das membranas. Biossensores → Biossensores têm por objetivo combinar a especificidade de reações bioquímicas com transdutores eletroquímicos. - Transdutor: dispositivo usado para converter energias de natureza diferente (ex.: energia química em energia elétrica). Um eletrodo é um transdutor. → Obtém-se assim sensores muito seletivos para espécies e compostos biológicos (enzimas, DNA, bactérias, vírus, tecidos, etc). → Uma das grandes desvantagens desses sensores é a grande instabilidade de compostos biológicos. Esse problema tem sido resolvido ao empregar compostos sintéticos que mimetizam a função dos seus análogos biológicos. Biossensores enzimáticos → Imobiliza-se uma enzima na superfície do eletrodo. → A imobilização da enzima pode ser realizada por: aprisionamento físico em um polímero, adsorção em uma superfície inorgânica porosa, ligação covalente com esferas de vidro ou polímeros, copolimerização com um monômero. → Essa enzima irá reagir com o analito em questão, produzindo moléculas e íons como: NH3, CO2, H +, H2O2. → Em seguida, os produtos da reação enzimática são analisados pelo eletrodo. OBS.: existem muitos Biossensores voltamétricos que serão estudados posteriormente. → Vantagens: 1. Detecção de compostos orgânicos complexos com a simplicidade da detecção de compostos inorgânicos simples. 2. Reações ocorrem em condições brandas de pH e temperatura e em baixas concentrações de substrato. 3. Alta seletividade, dada a reação chave-fechadura que ocorre entre a enzima e a molécula alvo. → Desvantagens: 1. Alto custo da enzima (fora o tempo que leva para ela chegar quando importada). 2. Cinética lenta da reação enzimática. 3. Taxa de transferência de massa (tempo que o analito demora para chegar no eletrodo). Biossensores enzimáticos: determinação de nitrogênio da uréia no sangue Temos duas possibilidades. Um íon seletivo para amônia e um sensor de gás também para amônia e no caso tem que ter uma membrana permeável para amônia. Esse sensor íon seletivo sofre interferência de todos os cátions monovalentes. Em contrapartida, no sensor de gás o pH de resposta do eletrodo (8-9) não é compatível com o pH ótimo de trabalho da enzima (7). Biossensores: analisador de sangue Esse é outro eletrodo, que é um analisador de sangue, então é um equipamento completo. Só precisa de cartuchos de calibração. → Analitos: K+, Na+, Cl-, pH, pCO2, pO2, nitrogênio da ureia e glicose. → É calculado também o HCO3 -, CO2 total, excesso de base, saturação de O2 e hemoglobina. → Antes de cada análise é realizada uma calibração dos sensores com soluções padrão de cada analito contidas em cartuchos. → Após a calibração, de 20 a 100µL de sangue são usados na análise. → Todas essas análises são automatizadas e os resultados podem ser transmitidos diretamente para o médico. E aí, a gente só tem sensores potenciométricos. Biossensores: Análise em músculo cardíaco → 9 eletrodos potenciométricos usados para a análise de H+, K+, Na+ e Ca2+ em tecidos de músculo cardíaco. É muito interessante a possibilidade de miniaturização, não só de sensores potenciométricos, mas de outros tipos de sensores eletroquímicos também, que dá essa gama grande de respostas e você pode ter em um pequeno chip, por exemplo, várias análises sendo feitas ao mesmo tempo. Medidas diretas → A determinação da concentração de um íon ou molécula por potenciometria é uma técnica fácil e rápida. → Necessita apenas da comparação do potencial medido (pelo eletrodo) na amostra com o potencial medido em uma ou mais soluções padrão. - Calibração externa (curva analítica); - Calibração por adição de padrão (curva de adição de padrão). → Raramente é necessário preparar amostra, já que esses eletrodos costumam ser bastante seletivos. Equações envolvidas Ecel = (Eind – Eref) + EJ Eind = L – (0,0592 / n)pX → Sendo que L é uma constante: - Para eletrodos metálicos: L = Eº da espécie - Para eletrodos de membrana é uma soma de vários valores: Eref int, Eass, aX solução interna → Substituindo uma equação na outra e rearranjando, temos: → Juntando os valores constantes [EJ – Eref) + L] em uma nova constante K: Essa diferença de sinal faz com que os fabricantes dos medidores conectem o eletrodo indicador no polo negativo para os cátions e no positivo para os ânions. Dessa forma, sempre haverá um aumento do potencial conforme aumenta a concentração da espécie. Calibração externa – Calibração do eletrodo → A partir das equações anteriores mostradas, é possível portanto correlacionar o potencial medido com a concentração do analito (pX ou pA). → Como K não pode ser totalmente calculado ou medido (principalmente por causa do potencial de junção líquida), deve-se calibrar o eletrodo toda vez. → A calibração do eletrodo é realizada medindo o potencial do eletrodo em soluções padrão, ou seja, de concentração conhecida. → Dessa forma, obtém-se uma curva de calibração para o eletrodo que pode ser usada para a análi se de uma amos tra. → É necessário recalibrar o eletrodo após algumas horas sem ter efetuado medidas, devido às mudanças do potencial assimétrico. Medida direta potenciométrica Determina a concentração da amostra, que é a única medida desconhecida. Aula: Curvas de calibração (12/04) Calibração externa → A calibração externa é realizada medindo a resposta em soluções padrão (concentração conhecida). → Dessa forma, obtém-se uma curva de calibração que correlaciona concentração com a resposta. → Vantagem: é feita apenas uma curva de calibração que é usada para todas as amostras. Não necessariamente os pontos vão ficar exatamente em cima da curva. O mais comum é o ponto ficar um pouco fora da regressão linear e essa diferença é chamada de resíduo. Como a gente faz para determinar a concentração da amostra? A gente faz a leitura da amostra do potencial e com isso jogamos para a curva ou a gente pode jogar na equação que obtivermos da curva. Calibração do eletrodo – desvantagem → A calibração do eletrodo é feita em uma solução padrão, que dificilmente será similar à amostra. A gente tem que preparar a solução padrão o mais próximo que a gente conseguir da amostra, mas isso nem sempre é uma tarefa fácil. → O K calculado é em relação à solução padrão e, portanto, o EJ é função do eletrólito da solução padrão e não da amostra. → Dessa forma, existe um erro inerente associado à medida da ordem de ±4n%. Atividade versus Concentração A atividade é a concentração, realmente, que está disponível das minhas espécies em solução. Às vezes, ela pode ser maior ou menor do que a concentração. É o quanto das espécies que estão participando do equilíbrio, seja ele qual for. Em situações em que as forças iônicas são muito diferentes, pode-se adicionar grandes quantidades de eletrólito tanto na amostra quanto nas soluções padrão, e assim você iguala a força iônica dessas duas soluções. Isso é feito, por exemplo, na análise de F- em água de abastecimento (adiciona-se NaCl, tampão citrato e tampão acetato). Curva de adição de padrão – Exemplo → Vantagem: elimina o problema da diferença entre a solução padrão e a amostra. Não vamos ter os efeitos de diferença de eletrólito, atividade, concentração. → Desvantagem: deve ser feita uma curva para cada tipo de amostra. Então, como a gente faz? Adiciona-se a mesma quantidade de amostra em diferentes balões volumétricos; em um desses balões, adiciona-se 9,0ml do eletrólito; para os outros balões, deve-se aumentar crescentemente o volume da solução padrão em cada balão; e, para igualar o volume, adiciona-se um volume de eletrólito de forma que ototal se iguale ao volume total do volume que contém apenas a amostra e o eletrólito, ou seja, 10ml, neste caso. Como que eu faço para calcular a concentração da amostra? A gente extrapola a regressão linear até que o y fique igual a zero, sendo esta a concentração da amostra. Como o valor é negativo, deve-se usar o módulo deste valor. Curva de calibração externa e Curva de adição de padrão → Caso a curva de adição de padrão tenha a mesma inclinação do que a calibração externa, pode-se concluir que a solução padrão e as amostras são muito similares, então pode-se usar a curva de calibração externa. O que está mudando? Só o quanto a curva está deslocando para o eixo y; ela deslocou para o eixo y o valor referente a resposta só da amostra. Ou seja, se eu tirar o valor que corresponde à amostra, a curva de padrão fica igual a curva de calibração externa, e por isso que eu posso usar a curva de calibração externa que é mais fácil. Ambas as curvas são usadas para determinar a concentração da amostra, é importante ressaltar que elas são usadas em TODAS as técnicas analíticas, sejam elas clássicas, eletroanalíticas, espectroscópicas, etc. Aula: Titulação Potenciométrica (12/04) → Na titulação potenciométrica, utilizamos um eletrodo sensível a determinado analito para indicar o ponto final de uma titulação. Por exemplo, se a gente estiver fazendo uma titulação ácido-base, a gente vai usar um eletrodo de pH. Se for uma titulação de precipitação, a gente pode usar um eletrodo que seja sensível ao cloreto. → É muito mais preciso do que a titulação com indicador visual, já que independe do operador. → É, especialmente, interessante na titulação de soluções já coloridas ou turvas. → É, no entanto, mais demorada que a titulação com indicador visual. Vai ser mais demorada, porque você tem que ir ponto a ponto, registrando os potenciais medidos. → Como na titulação potenciométrica, mede-se a mudança de potencial, algumas vantagens são observadas em relação à medição direta: 1. Pouca influência do potencial de junção líquida. 2. Não precisa ter uma resposta Nerstiana (variação linear entre E e pX). 3. O potencial do eletrodo de referência não precisa ser conhecido. 4. O resultado final é em concentração e não atividade (o eletrodo continua respondendo em relação à atividade). Instrumentação Detecção do ponto final – Método das tangentes paralelas A curva abaixo apresenta o caso de uma titulação de precipitação. Coloca-se volumes conhecidos de nitrato de prata, que são diminuídos quando se está próximo ao ponto de equivalência. Dessa forma, anota-se o potencial para cada volume de nitrato de prata adicionado. Para achar o ponto final, deve-se traçar duas tangentes, uma na parte inferior e outra na parte superior da curva. Então, deve-se traçar um ponto médio, uma tangente média entre essas duas tangentes desenhadas anteriormente. Esse ponto médio, o qual a tangente do meio cruza é o ponto final. Detecção do ponto final – 1ª derivada O máximo da primeira derivada vai ser o meu volume de ponto de equivalência, que equivale ao máximo de inclinação da curva. Detecção do ponto final – 2ª derivada Quando eu faço a segunda derivada a partir da primeira derivada, eu vou saber o ponto final, que vai ser ao cruzamento do eixo x, quando o y é igual a zero, e nesse ponto tenho o volume do ponto de equivalência. Detecção do ponto final – Comparações → Tanto pelo método das tangentes quanto pelo método da 1ª derivada, temos o mesmo resultado, no entanto, ambos os métodos dependem do analista e podem conter erros. Já o método da 2ª derivada, a determinação do volume dá no ponto onde a curva cruza o eixo X e a visualização independe do analista, sendo, portanto, mais precisa. Titulador automático Aula: Efeito da corrente na célula eletroquímica (19/04) Métodos com I > 0 O que ocorre na célula eletroquímica quando tem passagem de corrente? → Quando há corrente, o potencial medido entre dois eletrodos não é mais simplesmente a diferença de potencial entre eles, dois novos fenômenos surgem: *Lembrando que teremos o eletrodo de trabalho e o de referência. - Potencial ôhmico (queda ôhmica ou queda IR); - Polarização. → Potenciais maiores (em módulo) do que os termodinâmicos são necessários para que a célula eletroquímica funcione. Ag(s) + Cl - ↔ AgCl(s) + e - → Oxidação → Ânodo Cd2+ + 2e- ↔ Cd(s) → Redução → Cátodo Cd2+ + 2Ag(s) ↔ Cd(s) + 2AgCl(s) → Reação global O fluxo de elétrons vai ser no sentido do ânodo, e para que isso aconteça a gente precisa aplicar uma diferença de potencial para forçar o fluxo de elétrons a ir no sentido do eletrodo de referência. Então, o eletrodo de trabalho se torna o polo positivo, enquanto o eletrodo de referência se torna o polo negativo. Se fosse uma célula galvânica... Nesta célula, a reação acontece de forma espontânea, então o fluxo de elétrons deve estar no sentido contrário. Alterando também onde ocorrerá a oxidação e a redução, assim como os polos positivo e negativo. Potencial ôhmico (queda ôhmica ou queda IR) → Qualquer material resiste à passagem de corrente, mesmo os materiais mais condutivos. Obviamente, se a gente pensar em um material isolante, como a borracha, a resistência vai ser muito alta. Mas, se pensarmos em materiais mais condutivos, como o grafeno, a resistência vai ser mais baixa, mas a resistência existe em todos os casos. → A Lei de Ohm descreve o efeito da resistência na magnitude na corrente: E (V) = I (A) * R (Ω) Quem são os contribuintes para tal valor (15,0 Ω)? Tudo, tudo por onde a corrente vai passar, então a solução tem uma resistência, assim como eletrodos, os conectores, o fio; e tudo isso somado, vai dar a resistência total da célula eletroquímica. Eaplicado = Ecel – IR Eaplicado = (Edir – Eesq) – IR → Para minimizar o potencial ôhmico, adiciona-se eletrólitos fortes à solução que fazem com que a resistência da célula diminua. → Na voltametria e amperometria, utiliza-se um eletrodo a mais na célula (contra eletrodo) para diminuir mais ainda a queda IR. Polarização → O termo polarização se refere ao desvio observado do potencial do eletrodo em relação ao predito pela equação de Nernst durante a passagem de corrente. → O grau de polarização é dado pela sobretensão ou sobrepotencial, que é indicado por: Π. A linha tracejada é o predito pela equação de Nernst. → Em um gráfico de I versus Eaplicado, teremos uma inclinação de -1/R e a curva irá cortar o eixo y em Ecel/R. Eaplicado = Ecel – IR – Π → O grau de polarização varia para cada tipo de eletrodo, em alguns casos se aproxima de zero, enquanto em outros é um valor tão alto que a corrente na célula se torna independente do potencial. → Existem dois tipos de polarização: 1. Concentração; 2. Cinética. Polarização por concentração Parte cinza é o eletrodo e a parte azul é a solução. A transferência de elétrons entre a espécie eletroativa e o eletrodo ocorre apenas na região interfacial (na linha roxa) imediatamente adjacente à superfície do eletrodo e tem no máximo micrômetros de espessura, o que limita a quantidade de espécies que sofrerão a reação redox. → A polarização por concentração ocorre quando as espécies que estão sendo analisadas não chegam à superfície do eletrodo, ou quando as espécies que estão sendo geradas não são removidas das proximidades do eletrodo em uma velocidade suficiente para que a corrente se mantenha constante. → O transporte das espécies se dá por: difusão, migração e convecção. DIFUSÃO: → A difusão ocorrerá quando há uma diferença de concentração (um gradiente de concentração) em diferentes regiões da mesma solução. → As espécies irão difundir da região de maior concentração para a de menorconcentração. → A velocidade com que a difusão ocorre é diretamente proporcional à diferença de concentração. Conforme a gente vai aumentando o potencial aplicado, sempre em módulo, imediatamente a concentração da espécie na superfície do eletrodo vai diminuindo. → Taxa de difusão: Vai se relacionar a uma constante (k’). A concentração quando cai a zero, chega na corrente limite, pois não há mais espécie para chegar na superfície do eletrodo para a reação redox acontecer em maior extensão, não tem como a gente aumentar mais. MIGRAÇÃO: → A migração é o movimento dos íons sob a influência de um campo elétrico. Então, quando a gente aplica uma diferença de potencial, os íons vão se movimentar. Os íons negativos no sentido do polo positivo e os íons positivos no sentido do polo negativo. → Em geral, quanto maior o potencial aplicado, maior será a velocidade de migração. → Esse movimento de cargas gera uma corrente, que também aumenta conforme o aumento do potencial. → Para minimizar o efeito da migração sobre o analito, adiciona-se uma grande quantidade de eletrólito suporte para que os íons desse eletrólito forte sofram a maior influência do campo elétrico. → A migração é a principal causa do transporte de massa na célula eletroquímica. *A adição de um eletrólito suporte também faz com que a queda IR seja menor. CONVECÇÃO: → A convecção da solução faz com que a espessura da camada de difusão diminua, minimizando assim o efeito da polarização por concentração. → A convecção pode ocorrem naturalmente, por diferenças de temperatura e densidade dentro da própria solução. → A convecção pode ser forçada agitando-se a solução (efeito mais significativo). Com peixinho ou eletrodo rotatório. Polarização cinética → Na polarização cinética, a corrente é limitada pela taxa de transferência de elétrons, ou seja, pela velocidade da reação que ocorre na superfície eletródica. A corrente também é limitada, não só pela transferência de massa, como pela taxa de transferência de elétrons. → Para que a energia de ativação da semirreação seja superada, deve-se aplicar um sobrepotencial. (um potencial a mais do que o necessário) → Esse sobrepotencial pode apenas ser estimado a partir de dados empíricos da literatura. → A polarização cinética é mais pronunciada quando: - Há a geração de produtos gasosos (cinética da evolução do gás costuma ser lenta). - Metais de transição estão envolvidos (Fe, Cr, Ni e Co); - Baixas temperaturas; - Maiores densidades de corrente; (densidade de corrente é a corrente da célula eletroquímica em relação a área do meu eletrodo) - Eletrodos de metais moles (Pb, Zn, Hg). Aula: Eletrogravimetria (19/04) → Não requer uma padronização prévia para que a concentração o analito seja determinada. Por isso, é chamada de método absoluto. → Na eletrogravimetria, determina-se o composto pela massa depositada em um eletrodo. A gente vai ter uma solução com o nosso analito, espécie de interesse, vai aplicar uma diferença de potencial que seja suficiente para reduzir essa espécie na superfície do eletrodo. → Em geral, o metal é depositado em um eletrodo e a quantidade desse metal é determinada pela diferença de massa do eletrodo antes e após a deposição. → Utiliza-se eletrodos de trabalho com alta área superficial para que todo o analito possa ser depositado na superfície eletródica. → Os depósitos metálicos devem: - Aderir bem ao eletrodo; ser densos e lisos (permitem que o precipitado seja lavado, seco e pesado sem perdas); - Granulação fina; - Brilho metálico. → Condições para obter melhores depósitos: - Baixas densidades de corrente (geralmente até 0,1 A/cm2); - Leve agitação da solução; (para a gente garantir a convecção da minha solução e garantir que todas as espécies que estão na solução cheguem até a superfície do eletrodo) - Adição de um complexante à solução (ex.: CN- e NH3). (torna o nosso precipitado mais fácil de ser trabalhado) → A temperatura influencia no depósito, mas não há um padrão a ser seguido, portanto deve ser determinado experimentalmente a melhor temperatura de trabalho. → Duas formas de eletrogravimetria: potencial não controlado e potencial constante. POTENCIAL NÃO CONTROLADO: → Nessa forma de eletrogravimetria, aplica-se um potencial à célula eletroquímica que fica mais ou menos constante ao longo do experimento e que é suficiente para gerar uma corrente capaz de efetuar a eletrólise em um tempo razoável. → É um experimento com instrumentação bem simples e barato. → Como o potencial não é controlado durante o experimento, é uma metodologia menos seletiva. (Se eu não consigo ter o controle exato do potencial, posso depositar mais de um metal ao mesmo tempo se eles tiverem potenciais redox muito próximos) Vou ajustar a resistência para ter um potencial a -2,5V, que me gera uma e de 1,5V. O que vai acontecer é eu vou partir de uma corrente 1,5V, mas essa corrente vai caindo ao longo do tempo por vários efeitos que acontecem, mas principalmente pela falta de material muito próximo a superfície do eletrodo. Isso é resolvido com convecção, mas eu não consigo manter a corrente no mesmo lugar aplicando sempre o mesmo potencial. Quanto mais depósito eu tiver no meu eletrodo, menor vai ser a concentração da solução, então maior teria que ser o potencial que eu deveria aplicar para conseguir depositar todo esse cobre 2+. → Devido a polarização por concentração, há uma limitação da chegada de Cu2+ na superfície do eletrodo e consequentemente uma diminuição da queda ôhmica. Então, eu vou consumindo o cobre que está na superfície do eletrodo e ele vai diminuindo sua concentração e aí tenho que trazer cobre de mais longe da solução e por isso há uma consequência de queda ôhmica. → Da equação: Eaplicado = Ecel – IR – Π, sabe-se que uma diminuição de IR deve ser seguida de um aumento de Ecel (já que Eaplicado é constante). Ponto B: início da redução de H+ e ocorre a codeposição de Cu2+ e H+. Isso é muito ruim, porque o H+ quando reduzir vai à hidrogênio, então a gente vai ter bolhas de hidrogênio saindo da superfície do eletrodo, que não vai deixar que o depositado tenha as características antes mencionadas. Quando isso acontece, o cátodo é dito como despolarizado pelos íons H+. Depósitos obtidos nessas condições são pouco aderentes. Para resolver esse problema, adiciona-se uma espécie que se reduza em potenciais menos negativos que o H+ (ponto D) e que não atrapalhem na deposição. Essas espécies são chamadas de despolarizadoras, que vão impedir a redução do H+ (ex.: NO3 -, hidrazina, hidroxilamina). Ponto A: Potencial de início da deposição do Pb2+ → interferente na análise do Cu2+ O chumbo é o interferente, porque ele tem o potencial mais baixo, então ele poderia já começar a depositar junto com o cobre, que me daria um depósito não puro e não homogêneo. Como podemos resolver esse problema? Removendo o chumbo, o precipitando, por exemplo. Ponto C: Potencial de início da deposição do Co2+ → não interferente na análise do Cu2+. Despolarização do eletrodo pelo hidrogênio impede que o eletrodo atinja esse potencial. POTENCIAL CONSTANTE: → Para que o potencial do eletrodo de trabalho seja controlado com precisão, o que permite uma melhor separação de metais que tem potenciais muito próximos, ao invés de utilizar uma célula eletroquímica com dois eletrodos, utiliza-se uma com três eletrodos: eletrodo de trabalho, eletrodo de referência e contra eletrodo. → Para operar esse sistema, utiliza-se dois circuitos elétricos independentes. O eletrodo de trabalho é conectado a ambos os circuitos, enquanto os outros dois eletrodos são conectados a um circuito cada. → Eletrodo de trabalho: em geral, são telas cilíndricas metálicas(maior área superficial). Muitas são feitas de platina, mas em alguns casos, quando o metal não adere bem à platina (ex.: bismuto, zinco e gálio), utiliza-se outros tipos de substrato, como exemplo, o cobre. → Eletrodo de referência: Ag/AgCl, SCE, etc. → Contra-eletrodo: material inerte e deve ter uma área maior do que a do eletrodo de trabalho para que não haja limitação na passagem de corrente. Se tiver alguma limitação no contra-eletrodo, está acontecendo alguma outra reação redox que não é de interesse. Então, se no eletrodo de trabalho está ocorrendo uma redução, o contra-eletrodo tem que estar realizando uma oxidação. Além disso, essa outra reação redox que está ocorrendo e não me interessa, não pode ser limitante. A reação de interesse que deve ser a limitante. Aula: Coulometria (19/04) → Não requer uma padronização prévia para que a concentração do analito seja determinada: é um método absoluto. → Na Coulometria, a corrente necessária para reduzir ou oxidar um analito quantitativamente é medida. → É um método tão preciso quanto a gravimetria ou volumetria com a vantagem de ser facilmente automatizado. (Não precisa do operador para fazer todos os passos, o que diminui a quantidade de erros) → Diferentemente da eletrogravimetria, na Coulometria o analito não precisa ser depositado na superfície do eletrodo, tornando a técnica mais abrangente. → Existem dois tipos: potencial controlado (Coulometria potenciostática) e corrente controlada (titulação coulométrica). Carga elétrica (Q) Q = I*t Essa equação correlaciona a carga resultante de uma corrente constante I que opera por t segundos. → Unidades: Q = C (coulombs); I = A (ampere); T = s (segundos). → Para uma corrente (i) variável: 𝑄 = ∫ 𝑖 𝑑𝑡 𝑡 0 Lei de Faraday 𝑛𝐴 = 𝑄 𝑛𝐹 nA = número de mols dos analitos; Q = carga (C); n = número de mols de elétrons envolvidos na semirreação do analito; F = constante de Faraday (carga correspondente a um mol de elétrons = 96485 C). Coulometria – Exemplo: Uma corrente constante de 0,80 A é usada para reduzir Cu2+ a Cu0 no cátodo e oxidar a H2O a O2 no ânodo. Qual é a massa em miligramas de cada produto formado após 15,2 minutos, considerando que nenhuma outra reação redox ocorrerá? Dados: MA (Cu) = 63,55 g/mol; MA (O) = 16 g/mol; Semirreações: Cu2+ + 2e- ↔ Cu0 2 H2O ↔ O2 + 4H + + 4e- 1 Cu: 2e e 1 O2: 4e Q = It = 0,80*(15,2*60) → Q = 729,6 C → Para o Cu: NCu = 𝑄 𝑛𝐹 = 729,6 2 × 96485 = 3,781 x 10-3 1 mol Cu ------------ 63,55 g 3,781x10-3 mol ----- x X = 0,240 g Cu → Para o O2: NO2 = 729,6 4 × 96485 = 1,890 x 10-3 1 mol O2 --------------- 32,00g 1,890x10-3 mol -------- y Y = 0,0605 g O2 COULOMETRIA A POTENCIAL CONTROLADO → Funciona muito similar à eletrogravimetria a potencial controlado. → A corrente é registrada em função do tempo e em seguida a área abaixo do gráfico é calculada (por integração) para que a carga total do processo seja avaliada. → Pela lei de Faraday, calcula-se o número de mols. O eletrodo de Mercúrio é muito tóxico. COULOMETRIA A CORRENTE CONTROLADA: → Aplica-se uma corrente contínua à solução por um determinado tempo. → Os elétrons “adicionados” reagem com o analito até que a reação se complete. → A magnitude da corrente é análoga à concentração da solução padrão na titulação. → O tempo de reação é análogo ao volume da titulação; → É operada por um galvanostato, que mantém a corrente constante durante todo o experimento. Caso a corrente caia, o galvanostato irá aplicar um potencial maior para que a corrente volte ao valor original. Coulometria a corrente controlada – Eficiência de 100% da corrente: O que seria essa eficiência de 100%? Toda corrente que eu estou aplicando no meu sistema é usada na reação redox de interesse e por exemplo os elétrons não fazem parte de outra semirreação. → Imaginemos a titulação coulométrica de uma solução contendo Fe2+; → Inicialmente o Fe2+ é oxidado na superfície do eletrodo: Fe2+ ↔ Fe3+ + e- → À medida que a reação vai ocorrendo, a concentração do Fe2+ diminui e é necessário que o galvanostato aumente o potencial aplicado para que a corrente se mantenha no valor original. → Como resultado do aumento do potencial e da polarização por concentração, o potencial do ânodo chega a um valor tão alto que a H2O começa a oxidar e ocorre uma competição entre as duas reações: H2O ↔ O2(g) + 4H + + 4e- Então a corrente que está sendo aplicada está sendo usado tanto para o ferro (II) ir a ferro (III0 quanto para a água ir a oxigênio, e aí eu não tenho mais uma eficiência de 100%, porque nem toda a minha corrente está sendo usada exclusivamente para o ferro. → Como a quantidade do analito é determinada pela corrente total aplicada durante a reação, se outra reação está ocorrendo ao mesmo tempo, não é possível determinar a concentração do analito. → Para solucionar esse problema, adiciona-se uma outra espécie que irá se oxidar em um potencial intermediário entre a H2O e o Fe 2+. → Nessa análise de Fe2+, adiciona-se uma grande quantidade de Ce3+ (ele não pode ser o agente limitante). → Assim, o Ce3+ é oxidado na superfície do eletrodo, antes que a água sofra a reação redox: Ce3+ ↔ Ce4+ + e- → O Ce4+ reage rapidamente com o Fe2+ para produzir Fe3+ e Ce3+: Ce4+ + Fe2+ ↔ Ce3+ + Fe3+ → Dessa forma, há uma eficiência de 100% da corrente, ou seja, toda a corrente é usada para oxidar o Fe2+ a Fe3+, mesmo que em parte do experimento, a corrente não seja usada diretamente para a reação redox do analito. Coulometria a corrente controlada – Detecção do ponto final: → Assim como na volumetria clássica, a detecção do ponto final de uma titulação coulométrica pode também ser realizada com indicadores que mudam de cor nas proximidades do ponto estequiométrico. - Exemplo: para a detecção do PF da titulação do Fe2+, utiliza-se a 1,10-fenantrolina. → Para uma detecção mais precisa, pode-se utilizar a potenciometria, amperometria (titulação de Karl Fischer) ou fotometria. Coulometria a corrente controlada – instrumentação: Então, se eu tenho a corrente medida pelo tempo, eu calculo a carga e pela carga, eu substituo na equação de Faraday e eu tenho então o número de mols da espécie analisada. Esta é uma célula eletroquímica típica. Titulação coulométrica X Titulação clássica → Clássica: solução padrão; bureta; torneira da bureta. → Coulométrica: fonte de corrente contínua; cronômetro; interruptor. → A titulação coulométrica oferece algumas vantagens: 1. Não há necessidade de preparo, padronização e armazenamento da solução padrão. 2. Pode ser usada na titulação de soluções muito diluídas. 3. Qualquer tipo de titulação (neutralização, precipitação, complexação e redox) são realizadas utilizando a mesma fonte de corrente contínua. 4. É mais facilmente automatizada. 5. Utilizando um método de determinar o ponto final como a potenciometria, a titulação coulométrica é ainda mais precisa, já que as medidas de corrente e tempo são mais precisas do que as de volume e concentração. Titulação coulométrica – Aplicação → O método oficial para determinar Cl em soro sanguíneo, plasma, urina e suor é a titulação coulométrica. → Ag+ é gerado coulometricamente no ânodo: Ag ↔ Ag+ + e- → A Ag+ irá reagir com o Cl- em solução, precipitando na forma de AgCl: Ag+ + Cl- ↔ AgCl → A detecção é amperométrica e ocorre quando há um grande aumento na corrente medida devido ao ligeiro excesso de Ag+. Isso acontece porque você está gerando prata em solução, se eu estou medindo essa prata em solução, a corrente vai estar muito baixa, porque ela rapidamente reage com o cloreto. E, no momento que eu não tenho mais cloreto em solução, a primeira prata que é gerada ali, ela vai ficar em excesso, porque não vai ter mais comquem reagir, assim aumenta a corrente no eletrodo e assim eu sei que a titulação finalizou e aí a gente para.
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