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Patricio Luciano Gaiondo Salvador Avelino Miguel Silza António Salvador Solomo Maquissone Chimbeta Tito Quenedi Ernesto Víctor Potenciometria Licenciatura em Ensino de Química com Habilitação em Ensino de Biologia Universidade Pungue Extensão de Tete 2021 Patricio Luciano Gaiondo Salvador Avelino Miguel Silza Antonio Salvador Solomo Maquissone Chimbeta Tito Quenedi Ernesto Víctor Licenciatura em ensino de química com habilitação em ensino de biologia Trabalho a ser entregue no Departamento de Ciencias Exatas e Tecnologicas na cadeira de Quimica Analitica II como requisito de avaliação Docente: Dr Ademar Máquina Universidade Púnguè Extensão de Tete 2021 Índice Introdução ................................................................................................................................... 5 Objectivos ............................................................................................................................... 5 Geral .................................................................................................................................... 5 Específicos .......................................................................................................................... 5 POTENCIOMETRIA ................................................................................................................. 6 Conceitos ............................................................................................................................. 6 Célula potenciométrica ........................................................................................................... 6 Eléctrodos de referência .......................................................................................................... 8 Eléctrodos de calomelanos ...................................................................................................... 8 Potencial de junção líquida ..................................................................................................... 9 Eléctrodos de prata/cloreto de prata ........................................................................................ 9 Eléctrodos indicadores .......................................................................................................... 10 Eléctrodos de 1ª ordem ......................................................................................................... 10 Eléctrodos de 2ª ordem ......................................................................................................... 11 Eléctrodos selectivos de iões ................................................................................................ 11 Eléctrodos de membrana de vidro. o eléctrodo de ph ........................................................... 11 Composição e estrutura da membrana de vidro .................................................................... 12 Eléctrodos inertes .................................................................................................................. 12 Elétrodos de membrana cristalina ou de estado sólido ......................................................... 12 A condução eléctrica na membrana cristalina ...................................................................... 12 Elétrodo de fluoretos ............................................................................................................. 12 Potencial do eléctrodo de fluoretos ................................................................................... 13 Elétrodos de membrana líquida ............................................................................................ 13 Eléctrodo de cálcio ................................................................................................................ 14 Métodos de Análise Potenciométrica ....................................................................................... 14 Potenciometria Directa ......................................................................................................... 15 Método da Curva e Calibração ............................................................................................. 15 Método de Adição de Padrão ................................................................................................ 16 Condições para Usar Potenciometria Direta ..................................................................... 17 Aplicações da Potenciometria Directa .............................................................................. 17 Vantagem da Potenciometria Directa. ............................................................................... 18 Desvantagens/Limitações da potenciometria directa: ....................................................... 18 Técnicas da potenciametria direta ..................................................................................... 18 Titulações Potenciométricas ................................................................................................. 18 Vantagens das titulações potenciométricas ....................................................................... 19 Métodos de determinação do ponto de equivalência ............................................................ 19 Titulação potenciométrica ácida - base ................................................................................. 20 Titulação ácido base em solvente organico .......................................................................... 21 Titulação potenciométrica de precipitação ........................................................................ 24 Curvas de titulação de precipitação ................................................................................... 25 Titulação potenciométrica de mistura de iõe ..................................................................... 27 Titulação potenciométrica de oxidação-redução ............................................................... 27 Conclusão ................................................................................................................................. 31 Referências bibliográfica .......................................................................................................... 32 5 Introdução Química analítica é o campo da ciência que se dedica ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos de identificação, separação e quantificação de um analito na amostra que está sendo analisada. Esses métodos são divididas em duas partes, metodos Qualitativas e Quantitativas. Na química qualitativa utiliza-se as seguintes reações: Neutralização, Precipitação, Complexação, Óxido-Redução. Enquanto que na química analítica quantitativa, os métodos são divididos em duas partes: métodos químicos (gravimetria e volumetria) e métodos físico químico (Espectrométricos, electroanalitico, termoanalitico e outros). Neste trabalho trataremos de um dos métodos quantitativo pertencente a métodos físicos-quimicos do grupo dos métodos electroanalítico especificamente a Poteciométria. Os métodos potecimétricos de analise estão baseados em medidas do potecial de células electroquimicas na ausência de correntes apreciáveis. Para o efeito são necessários equipamentos como: eletrodo de referência, um eléctrodo indicador e um dispositivo de medida de potencial. Nesse trabalho estão apresentados os conceitos e as descrições de cada um deste componentes e também são feitas considerações sobre aplicações analíticas das medidas potenciométricas. Palavras-chave: eletrodos, potenciométria, potencial. Objectivos Geral Conhecer a essência da Potenciometria Específicos Identificar eletrodo de referência e eléctrodo indicador; Descrever sobre dispositivo de medida de potencial.6 POTENCIOMETRIA Conceitos Potenciometria directa é o processo a partir do qual utiliza-se uma única medida do potencial de eléctrodo para determinar a concentração de uma espécie iónica em solução (MONJANE 2014). Nos Métodos Potenciométricos mede-se o potencial da célula, isto é, a diferença de potencial entre dois eléctrodos (o eléctrodo indicador e o de referência), mergulhados numa solução a analisar (solução do analito), através da qual não passa corrente (CABRAL 2005, pag.34). Eléctrodo indicador – eléctrodo cujo potencial se mede, e a sua resposta depende da concentração do analito. O seu potencial é proporcional ao logaritmo da concentração do analito. Eléctrodo de referência – eléctrodo em relação ao qual se mede o potencial do eléctrodo indicador. O seu potencial é conhecido, constante e completamente independente da composição da solução de analito. Célula potenciométrica Fig.1 – Célula potenciómetrica Fonte: analise instrumental II O eléctrodo de referência constitui a semi-célula da esquerda, enquanto que o eléctrodo indicador e a solução de analito constituem a semi-célula da direita. O terceiro componente desta célula é a ponte salina que evita que a solução de analito se misture com a solução do eléctrodo de referência. Pela convenção IUPAC o eléctrodo de referência é sempre tratado como ânodo 7 O potencial da célula é dada por: Ecel = Eind – Eref + EJ => onde Eind – potencial do eléctrodo indicador que é calculado através da EQUAÇÃO DE NERNST. Eref – potencial do eléctrodo de referência; EJ – potencial de junção líquida; Para a semi-reacção de redução genérica: aA + bB + ne- ↔ cC + dD O potencial de eléctrodo (E) é dado por: E0 Oxi/Red - Potencial Padrão de Eléctrodo, que é característica de cada semireacção, V; R - constante dos gases perfeitos, 8.314 J K-1 mol-1 T - temperatura absoluta, K F - constante de Faraday, 96485 C mol-1 N - nº de moles de electrões que aparecem na semi-reacção para o processo descrito Substituindo os valores numéricos das constantes (R e F), convertendo o logaritmo neperiano à base 10, utilizando concentrações molares e uma temperatura de 298,15 K temos: NOTA: Embora o uso das actividades na equação de Nernst seja indiscutivelmente correcto, para a maior parte dos cálculos que envolvem baixas concentrações, podem ser substituídas por concentrações molares. ai = fi x ci 8 ai – actividade do ião, que é a concentração efectiva ou disponível na solução fi – coeficiente de actividade. É um factor correctivo empírico. Varia com a força iónica da solução. fi = 1 para soluções diluídas Eléctrodos de referência Características: Serem de fácil preparação e manuseamento Serem reversíveis e obedecerem à Equação de Nernst Adquirirem rapidamente um potencial reprodutível e que se mantenha constante por longos períodos de tempo Devem ser muito pouco polarizáveis Devem ter uma histerese desprezável (com a variação da temperatura) Eléctrodos de calomelanos É constituído por um fio de Pt em contacto com uma pasta de mercúrio / cloreto mercuroso (calomelanos) saturado, e solução de KCl de concentração conhecida, colocadas dentro de um tubo de vidro. Esta solução está em contacto com a solução de KCl do tubo exterior através de um pequeno orifício. Um eléctrodo de calomelanos pode ser representado por: O potencial do eléctrodo de calomelanos é determinado pela seguinte reacção: Hg2Cl2(s) + 2e - 2 > Hg(l) + 2 Cl - (aq) E 0 = +0,268 V e expresso pela equação de Nernst: (para t = 25°C): E = E0 -0,0592 log(Cl-) ESC – é o eléctrodo de calomelanos em que o KCl é saturado. É o mais utilizado. O seu potencial tem o valor de E = +0,244 V a 25 °C Desvantagem do ESC 9 O seu potencial varia bastante com a temperatura devido às variações de solubilidade do KCl. Para trabalhos que exijam maior rigor, são preferíveis os eléctrodos de calomelanos com KCl 0,1M ou 1M, porque atingem mais rapidamente o seu potencial de equilíbrio, e porque o seu potencial é menos influenciado pela temperatura do que o eléctrodo saturado. Acima de 75°C os eléctrodos de calomelanos não mantêm potenciais estáveis, não podendo ser utilizados. Electrólito da ponte salina –> o KCl é o sal preferido, porque os seus iões têm mobilidades muito semelhantes, logo o potencial de junção que irá surgir será muito pequeno. Potencial de junção líquida Este potencial desenvolve-se na interface entre duas soluções electrolíticas de composição diferente, separadas por um separador poroso ou por uma membrana. O potencial de junção líquida resulta da desigual mobilidade dos catiões e dos aniões, sob a influência de um campo eléctrico. Eléctrodos de prata/cloreto de prata É constituído por um fio de prata revestido de uma camada de cloreto de prata imerso numa solução de KCl de concentração conhecida e saturada com AgCl (é para garantir que o revestimento de AgCl não se dissolve uma vez que ele é apreciavelmente solúvel em KCl concentrado): A resposta do eléctrodo é baseada na seguinte reacção: AgCl(s) + e- Ag(s) + Cl- E0AgCl/Ag = +0,222 V Tal como no eléctrodo de calomelanos também o potencial do eléctrodo de prata/cloreto de prata, depende da actividade do ião cloreto: É um eléctrodo muito resistente às variações de temperatura (até 275 oC). Eléctrodo Ag Ag Cl, KCl (sat) E = +0,199 V a 25 oC Figura a seguir mostra: A) Eléctrodo de Calomelanos B) Eléctrodo de Prata / Cloreto de Prata com KCl sat. 10 Eléctrodos indicadores Um eléctrodo indicador ideal deve responder rápida e reprodutivelmente às variações da actividade do ião a analisar (analito). Esta resposta é dada através da equação de Nernst ou de uma equação derivada desta. Há dois tipos de eléctrodos indicadores: os metálicos e os de membrana (ou eléctrodos selectivos de iões – ESI). Eléctrodos metálicos Eléctrodo inerte Eléctrodo de 1ª ordem Eléctrodo de 2ª ordem Eléctrodos selectivos de iões Eléctrodo de membrana de vidro Eléctrodo de membrana cristalina Eléctrodo de membrana líquida Eléctrodos de 1ª ordem São constituídos por um metal puro que está em equilíbrio com os seus catiões em solução. 11 Aplicação: Servem para determinar a concentração do catião em solução. Eléctrodos de 2ª ordem São constituídos por um metal mergulhado numa solução contendo aniões que formam um sal moderadamente solúvel com os iões metálicos, ou também pode ser um metal revestido com o referido sal. Aplicação: Servem para determinar a concentração do anião em solução. É o caso das titulações potenciométricas de precipitação dos halogenetos Eléctrodos selectivos de iões Os eléctrodos de membrana são fundamentalmente diferentes dos eléctrodos metálicos: na sua forma e “design” e no modo de funcionamento. Um ESI é constituído por um eléctrodo de referência interno mergulhado numa solução de referência que está fisicamente separada da solução de analito por uma membrana selectiva de iões. O funcionamento de um ESI baseia-se na selectividade da passagem de espécies carregadas de uma fase para outra, originando uma diferença de potencial (Potencial da membrana). Uma das fases é a solução de analito e a outra a membrana. Eléctrodos de membrana de vidro. o eléctrodo de ph Existem eléctrodos selectivos de membrana de vidro para determinar os seguintes iões: H+, Na+, K+, NH4+, Rb+, Cs+, Li+ e Ag+. A diferença entre eles está na composição da membrana de vidro. Sendo o mais antigo e mais utilizado o que responde à concentração hidrogeniónica, ou seja, ao pH (é sobre este que vai incidir o nosso estudo). É constituído por uma fina membrana de vidro esférico, sensível ao pH da solução, fixa a uma haste de vidro de elevada resistência que não reage ao pH.No interior da membrana, mergulhado numa solução de HCl 0,1 mol L-1, saturada em AgCl, está um eléctrodo de referência interno, Ag/AgCl. 12 Composição e estrutura da membrana de vidro A membrana de vidro para a determinação dos iões H+ contém aproximadamente: 22% Na2O, 6% CaO e 72% SiO2. É constituída por uma rede infinita tridimensional de grupos silicatos (SiO44-) nos quais cada átomo de Si está ligado a quatro átomos de O (3 no plano e 1 acima ou baixo deste) e cada O é partilhado por dois Si- fig.3.5 - Nos interstícios da estrutura existem catiões (Na+ e Ca2+) para balancear as cargas negativas dos grupos silicato. Eléctrodos inertes São constituídos por um fio de Pt, de Au ou por uma vareta de carbono vítrio que mergulha na solução do analito. Aplicação: São utilizados quando o objectivo da análise é o estudo de um equilíbrio reversível de oxidação - redução. O único papel deste eléctrodo é aceitar ou fornecer electrões; é através dele que se faz a troca electrónica. Elétrodos de membrana cristalina ou de estado sólido Neste tipo de elétrodos, a membrana é um sólido iônico que deve ter um produto de solubilidade pequeno, de modo a evitar a dissolução da membrana e assegurar uma resposta estável com o tempo. As membranas cristalinas mais importantes são preparadas ou a partir de um único cristal iônico, ou de sais pouco solúveis que são prensados num disco de forma apropriada (membranas policristalinas). A membrana (d = 10 mm; espessura = 1-2 mm) está selada num tubo de plástico inerte (ex: Teflon) no interior do qual está um elétrodo de referência interno de Ag/AgCl, imerso numa solução eletrolítica. A condução eléctrica na membrana cristalina A condução através da membrana é principalmente iônica e é uma consequência da existência de defeitos pontuais (lacunas) na rede cristalina: um íon móvel adjacente a uma lacuna move-se para esta, que é apropriada em tamanho, forma e distribuição de carga, para admitir somente o íon móvel da rede. Elétrodo de fluoretos A membrana é um disco dum cristal de fluoreto de lantânio (LaF3), dopado com európio (II), para aumentar a condutividade da membrana. A dopagem cria lacunas aniônicas, melhorando a condução iônica do íon fluoreto. 13 Dopagem aqui significa substituir no cristal um pequeno número de íons La3+ por íons Eu2+). No interior está um eletrodo de referência de Ag/AgCl, imerso numa solução contendo íons fluoreto e íons cloreto. Potencial do eléctrodo de fluoretos O funcionamento deste elétrodo baseia-se na adsorção seletiva do íon fluoreto à superfície da membrana do elétrodo. A condução elétrica através da membrana é devida exclusivamente á mobilidade do íon fluoreto. Este move-se dentro da rede cristalina por migração, saltando de uma lacuna para outra: quando um íon F- abandona uma posição na rede cristalina, deixa para trás um vazio para o qual outro íon F- pode migrar. O mecanismo do potencial através da membrana de fluoreto de lantânio é análogo ao que foi descrito anteriormente para o elétrodo de membrana de vidro Potencial do elétrodo de fluoretos em que: K’ – constante que depende da atividade da solução interna de fluoreto e da mobilidade desta espécie EAgCl/Ag – é o potencial do elétrodo de referência interno Ea – potencial de assimetria, que é devido a irregularidades na estrutura da membrana cristalina durante a sua preparação, ataques mecânicos e químicos da superfície externa devido a uso e contaminações da superfície, por películas de gordura e outras substâncias adsorvidas. O único íon que interfere diretamente com o elétrodo de fluoretos é o OH-, devido à semelhança entre a carga e o raio dos íons hidroxilo e fluoreto. O mecanismo da interferência ainda não é bem conhecido mas pensa-se que este íon toma o lugar do íon F- no cristal de LaF3. No dosagem de íons F- numa solução, esta não deve conter íons Al3+ e Fe3+, porque estes formam complexos com os íons F- diminuindo a sua concentração em solução. O que se faz é adicionar um agente complexante L3- que forme complexos com estes íons; complexos esses mais estáveis do que aqueles que estes cations formam com o íon F-. Elétrodos de membrana líquida Nestes eléctrodos a membrana tem uma matriz polimérica de PVC, de borracha de silicone, etc., que está impregnada com um permutador iónico (este é um composto orgânico dissolvido num solvente). 14 O composto orgânico em causa que contém grupos funcionais ácidos ou básicos, deve ser imiscível com a água e não volátil. Este composto liga-se selectivamente ao ião a determinar por um mecanismo de troca iónica. Eléctrodo de cálcio A membrana contém o diester alifático do ácido fosfórico dissolvido num solvente polar, que actua como permutador catiónico. A solução aquosa interna de referência, em contacto com a Membrana, tem uma concentração determinada de CaCl2 e um eléctrodo de Ag/AgCl imerso nela. Tal como no eléctrodo de vidro, desenvolve-se um potencial através da membrana que é o resultado da diferença de actividades do ião Ca2+ nas duas soluções. A relação entre o potencial da membrana e a actividade do Ca2+ é dada por: Métodos de Análise Potenciométrica Os métodos empregados na análise potenciométrica baseiam-se na medida da força electromotriz de uma pilha ou célula galvânica constituída pela associação de dois eléctrodos: um de referência e outro de trabalho ou indicador. Sendo assim, a potenciometria é uma aplicação analítica directa da equação de Nernst, medindo-se os potenciais de eléctrodos não polarizados em condições nula de corrente eléctrica. (Arturo Tuffanelli). Onde a lei de Nernst é: E = Eo - RT/nF. ln ared /aox, Essa equação fornece uma reacção simples entre o potencial relativo de um eléctrodo e a concentração das espécies iónicas correspondentes em solução. O eléctrodo que está em contacto com a solução de concentração desconhecida que se quer medir, é chamado de eléctrodo indicador. O eléctrodo que está em contacto com a solução de concentração conhecida é chamado de eléctrodo de referência. O eléctrodo indicador usualmente é colocado no pólo positivo do voltímetro. O eléctrodo de referência, que terá que ter sempre um potencial conhecido para que a equação tenha solução, é usualmente colocado no pólo negativo do voltímetro. Todas as medições potenciométricas podem ser resumidas então na equação abaixo: ΔElido = Eindicador – Ereferência 15 Potenciometria Directa Medidas potenciometricas directas provem dum método rápido e conveniente para determinar a actividade de uma variedade de catiões e aniões. Por sua vez, esta determina a concentração de iões activos simplesmente medindo a f.e.m da célula em condições que permite conhecer o seu valo exacto. ( MARIA ISABEL CABRAL CALHEIROS GODINHO) A potenciometria directa baseada na equação de Nernst consiste em medir a f.e.m de uma célula composta de um eléctrodo de referência e de um eléctrodo sensível à espécie iónica de interesse. Para as medidas potenciométricas directas, o potencial de uma célula pode ser expresso em termos dos potenciais desenvolvidos pelo eléctrodo indicador, eléctrodo de referência e um potencial de junção: E.célula = Eind - Eref + Ej Em que o potencial do eléctrodo indicador é dado por: 𝐸𝑖𝑛𝑑 = 𝐾 ± 0,0592 2 log 𝑎I Sendo + para os catiões; e – para os aniões O valor do potencial da célula assim determinado tem erros: O potencial de junção líquida, embora sendo pequeno, não pode ser desprezado em potenciometria directa. As condições de trabalho podem não ser as mesmas para as quais o Eref e o Ej foram calculados. Na equação do eléctrodo indicador entram actividades, enquanto que o que se pretende determinar são concentrações e os valores dos coeficientes de actividade para o cálculo das concentrações, raramente são conhecidos.O próprio Ecel é calculado com um certo erro porque há sempre uma corrente fraca na célula. NB: Pelas razões apontadas, segundo ADALGISA RODRIGUES DE ANDRADE, MARIA EUGENIA QUEIROZ NASSUR, JOSÉ FERNANDO DE ANDRADE a potenciometria directa faz-se, normalmente, através do método da curva de calibração e método de adição de padrões. Método da Curva e Calibração 16 Mede-se o Ecel para um determinado número de soluções-padrão de concentrações conhecidas, todas elas ajustadas para o mesmo valor de força iónica, por meio dum sal inerte em concentração 50 a 100 vezes superior à dos padrões. Traça-se a curva Ecel vs log[ião] Ecel Eamostra 𝐥𝐨𝐠[𝐢ã𝐨]𝒂𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂 𝐥𝐨𝐠[𝐢ã𝐨] NB: O potencial do eléctrodo indicador varia linearmente como o log[ião]. Não se extrapolam rectas de calibração; Para se aplicar o método de Curva de Calibração, as soluções-padrão terão que se idênticos á amostra em termos de PH, força iónica, viscosidade, tipo de interferentes etc. No caso da análise de amostras complexas isso é impossível verificar-se. Nestes casos determina-se a concentração da amostra através do Método de Adição de Padrão. Método de Adição de Padrão O potencial da célula é medido antes e depois da adição, à toma de amostra a analisar, de vários volumes pequenos de solução-padrão. Para determinar a concentração de um anião em solução, a equação da resposta do eléctrodo selectivo adequado à análise é: E = K′ − 2,303RT nF log ai Se admitirmos que não há variação da força iónica, nem do potencial de junção, o potencial pode ser expresso em função da concentração do anião, C0, na amostra: E1 = K − S log C0 K – valor de K’ corrigido da actividade do anião S – valor experimental do declive da equação de Nernst Se ao volume inicial da amostra, V0, for adicionado um volume, Vp, de uma solução-padrão com concentração, Cp, o novo potencial será: 17 E2 = K − S log [ C0V0 V0 + VP + CPVP V0 + VP ] Como 𝑉𝑃 <<< 𝑉0 E2 = K − S log [C0 + CPVP V0 + VP ] Subtraindo o potencial inicial, E1, do potencial após cada adição de padrão, E2, obtém-se: E2 − E1 = −S log [1 + CPVP C0 + V0 ] Fazendo o antilogaritmo: 10 − E2−E1 S = 1+ CPVP C0+V0 Se: Z = 10− E2−E1 S então: Z − 1 = CP C0V0 VP Representando Z-1 vs Vp , obtemos uma recta que passa pela origem, podendo determinar-se a concentração do ião a analisar na amostra a partir do seu declive. Z 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑒 = 𝐶𝑃 𝐶0𝑉0 Condições para Usar Potenciometria Direta Ser reversível e obedecer à equação de Nernst; Manter seu potencial constante no tempo; Retornar ao seu potencial original após ter sido submetido a pequenas correntes; Exibir baixa histerese sob ciclos de temperatura Aplicações da Potenciometria Directa Determinação da concentração de um ião em solução utilizando um eléctrodo selectivo de iões (como eléctrodo indicador). Determinação do pH duma solução, utilizando um eléctrodo combinado de pH (constituído por um eléctrodo de membrana de vidro e um eléctrodo de 18 Ag/AgCl, KCl sat). Vantagem da Potenciometria Directa. Permite diferenciar elementos em estados diferentes de oxidação celular. Fornece informações sobre actividades das espécies químicas. A instrumentação e mais barata que em outros métodos instrumentais. Desvantagens/Limitações da potenciometria directa: Forte dependência com força iônica do meio; Interferências e envenenamento de eletrodos; Erro de precisão freqüentemente > 1%; Obstrução por proteínas e outros (resp. lenta); Alguns eletrodos são frágeis e não podem ser guardados por muito tempo. Técnicas da potenciametria direta Segundo ARTURO TUFFANELLI potenciametria direta é praticada segundo algumas técnicas. A escolha mais apropriada esta condicionada a natureza do sistema. Curvas de calibração: Uma maneira para relacionar o potencial do elétrodo indicador a actividade ou a concentração da espécie iónica interessada consiste em construtor uma curva de calibração. O método mais simples, o conhecimento da forca iónica do meio pode permitir relacionamento da f.e.m da célula e a actividade ou a concentração da espécie envolvida. Nos sistemas mais complexos, faz-se necessário utilizar soluções de calibração que possuam um fundo aproximadamente igual ao das soluções em estudo ou que contenham um excesso uniforme de um electrolito inerte que, estando igualmente presente na solução desconhecida, reduza a contribuição da forca iónica desta ultima a um nível tolerável. Calibração de elétrodo: esta técnica consiste em calibrar o electrodo com uma ou mais soluções padrões e admitir uma relação linear entre a f.em da célula e o logaritmo da actividade. A actividade da solução desconhecida é definida em termos da diferença entre a f.em da solução desconhecida e as soluções padrões. Titulações Potenciométricas 19 Em contraste com os métodos potenciométricos diretos baseados na Equação de Nernst, titulações potenciométricas geralmente oferecem um aumento na acurácia e na precisão. Mas também oferecem uma maior demanda de cálculos para que as medidas obtidas possam ser traduzidas na concentração da amostra que se quer analisar (Gonçalves, 1980:43) Neste tipo de análise segue-se a variação do potencial do eléctrodo indicador à medida que se adiciona à solução em análise um titulante de concentração conhecida. Como nos métodos clássicos, essas reacções têm que ser relativamente rápidas e completas. Do mesmo modo, as soluções em análise têm que ter concentrações relativamente altas, embora o método potenciométrico possa dosar teores um pouco menores do que o método clássico. Podem realizar-se quaisquer tipos de titulação: ácido-base, precipitação, oxidação-redução, complexação, desde que se escolha um eléctrodo indicador adequado. A curva potenciométrica é uma curva logarítmica. Vol.ml vol.ml Vantagens das titulações potenciométricas Erro causado pela adição de titulante É menor no caso das titulações potenciométricas do que no caso das titulações condutimétricas. Nas titulações condutimétricas está-se a fazer o estudo em relação a uma grandeza (concentração), enquanto nas titulações potenciométricas o estudo é feito em relação ao logaritmo dessa grandeza, e como se sabe o logaritmo minimiza os erros. Métodos de determinação do ponto de equivalência O ponto de equivalência corresponde ao ponto de inflexão da curva E=f(Vol.tit) ou pH=f(Vol.tit) e pode ser determinado através de 3 métodos diferentes. E/V Ou PH (ácido/ base) E/V Ou PH 20 Método das tangentes Vol./ mL E/V Vol./mL Ponto máximo da curva .)(volf E V A 1ª derivada para ser feita por pontos não é muito rigorosa, porque o máximo desta curva pode não coincidir com uma das derivadas. ΔV/ΔE P.eq Vol./mL Ponto onde se anula a curva .)( 2 2 volf E V Δ2E/ΔV2 P.eq Vol./mL Titulação potenciométrica ácida - base Nestas titulações o par de eléctrodos utilizado é o seguinte: o eléctrodo indicador é o eléctrodo de membrana de vidro e o eléctrodo de referência pode ser ou o ESC ou o Ag/AgCl, qualquer deles saturados em KCl. Actualmente utiliza-se o eléctrodo combinado de pH. PH Vol. base e Vol. Ácido 1.Traçar 2 tangentes II aos dois pontos mais curvilíneos do gráfico. 2. Traçar um segmento de recta perpendicular às tangentes. 3. Pelo meio do segmento traçar uma recta II às tangentes. O salto de pH no ponto de equivalência vai depender das forças entre ácidos e bases. 21 NB: À medida que o ácido se torna mais fraco, o pH no ponto de equivalência vai para valores mais altos. Ka [HA] ≥ 10-8 Limite para os ácidos fracos poderem ser titulados O mais importante é que não se pode fazer uma titulação potenciométrica de um ácido fraco com uma base fraca porque o salto não é suficientemente visível. (Relembre-se que em condutimetria isto é possível). Pode fazer-se a titulação potenciométrica de uma mistura de ácidos com forças diferentes desde que se verifique a seguinte condição: Kii Ki >105 onde K1, K2 – constante de dissociação. Kii Ki <102 Não se consegue fazer a titilação porque os ácidos dissociam-se praticamente ao mesmo tempo. 102< Kii Ki <102 Pode fazer-se mas com muitos erros. PH V1 V2 vol./mL Exemplo: H3PO4 H3PO4 ↔ H + + H2PO4 - K1 = 7,5 x 10 -3 H2PO4 - ↔ H+ + HPO4 2- K2 = 6,2 x 10 -8 HPO4 2- ↔ H+ + PO4 3- K3 = 1 x 10 -12 Titulação ácido base em solvente organico A titulação ácido-base é uma técnica frequentemente realizada em laboratórios e indústrias para determinar a concentração desconhecida de uma solução. A curva de titulação da mistura de 2 ácidos de forças diferentes apresenta dois pontos de inflexão. V1 ------- ácido mais forte V2 ……..ácido mais fraco 22 As titulações ácido-base ou titulações de neutralização são amplamente utilizadas para se determinar a concentração de analitos constituídos de ácidos ou bases ou que podem ser convertidos nessas espécies por meio de tratamento adequado. Titulação ácido-base envolve a titulação de espécies químicas ácidas com uma solução padrão alcalina e titulação de espécies químicas básicas com uma solução padrão ácidas. A solução padrão sempre será um ácido forte ou uma base forte, pois estes reagentes causam as alterações mais pronunciadas no pH nos pontos de equivalência e proximidades. Em meio aquo, a água é o solvente usual para as titulações de ácido-base. A água como solvente: facilmente disponível, baixo custo e atóxica. Em meio não aquo, Alguns analitos não são tituláveis em meio aquoso, pois sua solubilidade é muito baixa ou suas forças como ácidos ou como bases não são suficientemente grandes para fornecer pontos finais satisfatórios. Nestes casos, a titulação pode ser realizada em outro solvente diferente da água. A maneira como o pH varia nas imediações do ponto de equivalência (PE) é importante para a escolha do indicador adequado para determinar o ponto final (PF), pois cada indicador possui um intervalo de valores de pH que ocorre variação da coloração (zona de transição). Ponto final é determinado experimentalmente por meio de mudança observável que ocorre durante uma titulação, sinalizando que a quantidade de titulante adicionada é quimicamente equivalente à quantidade de analito presente na amostra. Na titulação ácido-base a concentração crítica, variável no decorrer da titulação é da espécie H3O +. A curva de titulação representa a variação logarítmica da concentração de H3O + em função do volume da solução padrão adicionada. Nestas titulações o par de eléctrodos utilizado é o seguinte: o eléctrodo indicador é o eléctrodo de membrana de vidro e o eléctrodo de referência pode ser Ag ou AgCl, qualquer deles saturado em KCl. Atualmente utiliza-se o eléctrodo combinado de pH. O asalto de pH no ponto de equivalência vai depender das forças entre ácidos e bases. 23 A medida que o ácido se torna mais fraco, o pH no ponto de equivalência vai para valores mais altos. Ka[HA] ≥ 10-8 Não se pode fazer uma titulação potenciometrica de um ácido fraco cm uma base fraca porque salto não é suficientemente visível. Pode se fazer a titulação potenciometrica de uma mistura de ácidos com forças diferentes desde que se verifique a seguinte condição: K1, K2 – constantes de dissociação. Não se consegue fazer a titulação prque s acidos dissociam-se praticamente ao mesmo tempo Pode fazer-se, mais com muitos erro. 24 V1 → ácido mais forte. V2 → ácido mais fraco. A curva de titulação de mistura de 2 ácido de forças diferentes apresenta dois pontos de inflexão. Exemplo: H3PO4 Muitos ácidos e bases são demasiado fracos para poderem ser titulados em meio aquoso, mas podem ser titulado em solventes orgânicos. Os eléctrodos devem ser conservados em agua entre as titulações para evitar a desidratação d vidro e a precipitação d KCl na ponte salina. A escala potenciometro a usar deve ser a de milivolts em vez da de pH, pois se fizemos a aferição do aparelho com tampões aquoso a escala de pH não tem significado em solvente orgânicos. Titulação potenciométrica de precipitação São muito característica as reacções de precipitação dos halogenetos (Cl-, I-, F-) com o ião Ag+. Os eléctrodos indicadores são os de 2a ordem: Ag ou AgCl, AgBr Os eléctrodos de referência pode ser ESC ou Ag ou AgCl saturado em nitrato de potássio. Exemplo: precipitação do Cl- ou AgNO3, com formação de AgCl. 25 (2) o indicador, traduzira antes do ponto de equivalência a diminuição da potencial do eléctrodo concentração d ião Cl-. (1) E depois do ponto de equivalência o excesso de Ag+ em solução. Os métodos volumétricos que se baseiam na formação de um composto pouco solúvel são chamados de titulações de precipitação. São usadas principalmente para a determinação de haletos e de alguns íons metálicos. É preciso que ela se processe em tempo relativamente curto e que o composto seja suficientemente insolúvel. A maneira mais conveniente para se saber se uma dada titulação é viável ou não, ou mesmo para se avaliar o erro cometido pelo uso de um determinado indicador, é através da curva de titulação. Curvas de titulação de precipitação O reagente precipitante mais amplamente utilizado é nitrato de prata (AgNO3), que é empregado para determinação de haletos, ânions semelhantes aos haletos (SCN-, CN-, CNO-). Os métodos titulométricos com base no nitrato de prata são as vezes chamados métodos argentométricos. A concentração crítica variável no decorrer da titulação é a espécie Ag+ 26 A curva de titulação representa a variação logarítmica da concentração de um dos reagentes, geralmente Ag+ em função do volume da do titulante. pAg= - log [Ag+] vs Volume Parâmetro que afeta a inflexão das curvas de titulação 1. Concentração dos reagentes Quanto maior a concentração dos reagentes, maior a inflexão da curva e o ponto final será mais nítido. A solubilidade do precipitado formado é outro fator importante, onde se observa que a variação de pAg em torno do ponto de equivalência é tanto maior quanto menor a solubilidade. Kps deve ser menor do que 10-10 para que possa ser obtido um resultado satisfatório. 2. Kps do precipatado Quanto menor kps (reacção será mais completa), maior a inflexão da curva e ponto final será nítido. 27 Titulação potenciométrica de mistura de iõe É possivel titular uma mistura de iões quando um dos compostos formados é marcadamente menos solúvel. Exemplo: doseamento de uma mistura de iões I- e Cl- A curva da titulação apresenta dois (2) pontos de equivalência. Titulação potenciométrica de oxidação-redução Estas titulaçõs envolvem a transferência de electrões da substancias a ser oxidada para a substancia a ser reduzida. Os eléctrodos indicadores são eléctrodos inertes. ex: platina. Os eléctrodos de referência pode ser ESC ou Ag ou AgCl saturado em KCl. O salto de potencial verificado no ponto de equivalência dependeda diferença entre os potenciais da espécie oxidada e da reduzida. Quando maior a diferença maior é o salto. No equilíbrio o potencial de eletrodo para todas as semi-reações em um sistema de oxidação/redução são iguais. 28 Construção da curva de titulação A curva de titulação num sistema redox é construída em função do potencial do eletrodo (e não como uma função p) vsVtitulante. Para a titulação a reação deve ser rápida e reversível (o sistema estará em equilíbrio em todos os estágios da titulação). Velocidade de reação e potenciais de eletrodo 29 Nem sempre potenciais padrão favoráveis indicam que determinada reação é adequada para finalidades analíticas. É preciso se saber da cinética da reação (rapidez com a qual o equilíbrio é atingido). Exemplo, oxidação de As(III) com Ce(IV) em H2SO4(aq): O equilíbrio é bastante deslocado para a direita mas a titulação do arsênio(III) com cério(IV) é impossível sem um catalisador (são necessárias várias horas para se atingir o equilíbrio). Indicadores redox São substâncias que mudam de cor quando oxidadas ou reduzidas. A mudança de cor depende somente do potencial do sistema. A mudança de cor ocorre quando 𝐼𝑛𝑟𝑒𝑑 𝐼𝑛𝑜𝑥 ≤ 1 10 muda para 𝐼𝑛𝑟𝑒𝑑 𝐼𝑛𝑜𝑥 ≥ 10. Variação de cerca de 100 X nas razões de concentração dos reagentes, ou seja, uma variação de cerca de 0,06 V muitas vezes é suficiente. Agentes redutores padrão 1) Tiossulfato de sódio (Na2S2O3). • Agente redutor moderadamente forte. • Pode determinar iodo, reduzindo-o (I- → I2) por método indireto. Com o sistema I2 / S2O3 2- pode se determinar agentes oxidantes. 30 Exemplo de utilização: determinação de hipoclorito (ClO-). O I- em excesso garante que todo OCl- seja reduzido. O ponto final da titulação pode ser determinado pelo surgimento de uma leve coloração amarelada (I2 é castanho) ou com amido (a α- amilose do amido forma com o I2 um composto de coloração azul intensa). Agentes oxidantes padrão 1) Permanganato de potássio (KMnO4) e cloreto de cério IV (CeCl4). Ambos são agentes oxidantes fortes. Vantagens: Ce4+ é muito estável (em H2SO4), padrão primário; MnO4 - não utiliza indicador (solução MnO4- tem cor púrpura intensa / sensível a 4.10-6 mol.L-1). Desvantagens: Ce4+ precipita sais básicos, custa + que 10X // MnO4- degrada. Problemas com o ponto final na titulação com MnO4-: O ponto final deve ser rapidamente observado (30 s) porque Mn2+ reage: O MnO4- se degrada lentamente com a água. Essa reação é lenta mas é catalisada pela luz, calor, Mn2+, etc . Filtração retira MnO2, aquecimento elimina matéria orgânica e evitar exposição à luz aumentam a vida útil da solução de MnO4-. 31 Conclusão De referir que a potenciometria preocupa-se com determinação da concentração de uma espécie iónica, onde está acontece através da medida do potencial. Também a base teórica para a relação entre potencial e concentração é a equação de Nernst, onde através dessa equação, com algumas modificações, calcula-se a concentração. Nos Métodos Potenciométricos mede-se o potencial da célula, isto é, a diferença de potencial entre dois eléctrodos (o eléctrodo indicador e o de referência), mergulhados numa solução a analisar (solução do analito), através da qual não passa corrente. A titulação potenciometrica, entra contraste com os métodos potenciométricos diretos, visto que esta é baseada na Equação de Nernst, enquanto titulações potenciométricas geralmente oferecem um aumento na acurácia e na precisão. Mas também oferecem uma maior demanda de cálculos para que as medidas obtidas possam ser traduzidas na concentração da amostra que se quer analisar. O pH varia nas imediações do ponto de equivalência (PE) é importante para a escolha do indicador adequado para determinar o ponto final (PF), pois cada indicador possui um intervalo de valores de pH que ocorre variação da coloração (zona de transição). Pode vê-lo também que a maioria das vezes utiliza-se o Ag u AgCl como eléctrodo de referência. A maneira mais conveniente para se saber se uma dada titulação é viável ou não, ou mesmo para se avaliar o erro cometido pelo uso de um determinado indicador, é através da curva de titulação. 32 Referências bibliográfica GODINHO, M. I. Calheiros. Análise Instrumental II Parte Teórica. 2005. RODRIGUES DE ANDRADE A, NASSUR Maria Eugenia Queiroz, FERNANDO DE ANDRADE José, Química analítica instrumental, 2020. TUFFANELLI Arturo, Fundamentos da Química analítica instrumental. Prof. MAURICIO X. Coutrim. Química analítica (farmácia) – aula titulação. 2016. Prof. MAURICIO X. Coutrim. Química analítica (química industrial. 2017. SKOOG. W. H. Fundamento da química analítica. 8a edição. Editora Thomson Norte Americano. Profa. MARIA Auxiliadora Costa Matos. Titulação ácido-base (Ácido forte e base forte). 2018. Profa. MARIA Auxiliadora Costa Matos. Química Analítica iv (titulometria de oxi-redução). 2012.
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