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Universidade FEEVALE Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Disciplina de Mecânica Geral – 3N CRONOGRAMA 2016/01 Encontro Data Previsão conteúdo 1 23/fev Apresentação da disciplina: plano de ensino, revisão de conteúdos - Forças: notação vetorial, operações com vetores 2 1/mar Equilíbrio de partícula: bi e tridimensional 3 8/mar Momento: bi e tridimensional; momento de binário 4 15/mar Momento: bi e tridimensional; momento de binário 5 22/mar Momento: bi e tridimensional; momento de binário 6 29/mar Prova 1 7 5/abr feriado 8 12/abr Centróide e centro de massa 9 19/abr Centróide e centro de massa 10 26/abr Estruturas - Equilíbrio de corpo rígido 11 3/mai Estruturas - Equilíbrio de corpo rígido 12 10/mai Prova 2 13 17/mai Estruturas - Treliças 14 24/mai Estruturas - Treliças 15 31/mai Momento de inércia geométrico 16 7/jun Momento de inércia geométrico 17 14/jun Prova 3 18 21/jun Devolução de avalições/revisão de conteúdos/fechamento de disciplina 19 28/jun Prova substituição 20 5/jul Avaliação complementar Média final: média aritmética simples de três notas (N1, N2 e N3). As notas (N1, N2 e N3) serão compostas: N1 = soma Prova 1 (nota A) e trabalhos com resolução de exercícios propostos (nota B) que abranjam os conteúdos da Prova 1. N2 = soma Prova 2 (nota C) e trabalhos com resolução de exercícios propostos (nota D) que abranjam os conteúdos da Prova 2. N3 = soma Prova 3 (nota E) e trabalhos com resolução de exercícios propostos (nota F) que abranjam os conteúdos da Prova 3. Aula 1 - Introdução: apresentação e conceitos gerais Nesta etapa, faremos uma revisão dos conteúdos relevantes para o desenvolvimento da nossa disciplina. Aula 2 - Equilíbrio de partícula " A Estática é o capítulo da Mecânica que estuda corpos que não se movem, estáticos. A ausência de movimento é um caso especial de aceleração nula, ou seja, pelas Leis de Newton, uma situação em que todas as forças que atuam sobre um corpo se equilibram. Portanto, a soma vetorial de todas as forças que agem sobre o corpo deve ser nula. Por exemplo, um edifício de apartamentos está sujeito à força peso de sua massa e dos móveis e utensílios em seu interior, além da força peso da massa de todos os seus ocupantes. Existem também outras forças: a carga do vento, da chuva e eventualmente, em países frios, a carga da neve acumulada em seu teto. Todas essas forças devem ser absorvidas pelo solo e pelas fundações do prédio, que exercem reações sobre ele de modo a sustentá-lo, mantê-lo de pé e parado. A soma vetorial de todas essas forças deverá ser nula. Define-se como ponto material todo corpo cujas dimensões, para o estudo em questão, não são importantes, não interferem no resultado final. Por exemplo, o estudo da trajetória de um atleta de saltos ornamentais na piscina a partir de uma plataforma de 10 m. Se o estudo está focalizado na trajetória do atleta da plataforma até a piscina, e não nos seus movimentos em torno de si mesmo, pode-se adotar o centro de massa do atleta, ignorar seu tamanho e desenvolver o estudo. Na Estática consideramos o ponto material como um corpo suficientemente pequeno (partícula) para podermos admitir que todas as forças que agem sobre o corpo se cruzem num mesmo. Para que este ponto material esteja em equilíbrio a somatória vetorial das forças que nele atuam tem necessariamente de ser nula." Aula 3 - Momento Momento ou Torque é uma força que tende a rodar ou virar objetos. Gera-se um momento toda vez que aplica a força usando uma chave de boca, ou umachave de rodas. Quando você usa uma chave de roda, aplica determinada força para manejá-la. Essa força cria um torque sobre o eixo da porca, que tende a girar este eixo. Um motor de carro cria torque e o usa para girar o virabrequim. Esse torque é criado exatamente da mesma maneira: uma força é aplicada à uma distância. Nesta parte do nosso conteúdo, iremos analisar as relações que geram momento, momento em relação a um eixo e momento de binário. Aula 4 - Propriedades geométricas do corpo rígido Para podermos analisar corpos rígidos em equilíbrio, basta considerarmos apenas um ponto em especial: o centro de gravidade. Este é um ponto muitíssimo especial para a Estática: qualquer objeto, independente de sua geometria, se comporta como se todo o seu peso estivesse concentrado sobre ele. Esse conceito é importante, por exemplo, na Biomecânica - explica e ajuda a entender as condições de equilíbrio do corpo humano as diversas posições posturais que podemos assumir - e no comportamento dinâmico do automóvel, para garantir-lhe estabilidade em seu trajeto de deslocamento. Aula 5 - Introdução à Análise Estrutural: equilíbrio dos corpos rígidos "As Estruturas são sistemas físicos constituídos de corpos ou componentes interligados, capazes de receber e transmitir esforços. Aqui, se consideram as estruturas estacionárias, diferentemente das máquinas que tem componentes móveis prjetados para alterar o efeito das forças." (Soriano) O dimensionamento de qualquer estrutura depende, inicialmente, do conhecimento dos esforços solicitantes que poderá receber. Entender como determinar essess esforços é o que faremos nessa disciplina. Aula 6 - Introdução à Análise Estrutural: Treliças Planas As treliças planas são importantes sistemas estruturais, utilizados principalmente (mas não apenas) pela Engenharia Civil. Sua construção, através de barras delgadas conectadas entre si, permite vencer grandes vãos livres com uma grande economia de material. Menos material significa menos massa, menos força peso, e consequentemente maior desempenho. Esses sistemas são comuns em passarelas, coberturas e estruturas de guindastes. A organização estrutural do sistema treliçado permite que haja nas suas barras apenas esforços axiais (tração e compressão), fazendo com que a capacidade do material empregado seja explorada ao máximo. O estudo da treliça plana inicia com a determinação do esfrço máximo a que cada barra estará propensa a receber, e é idealizado como um sistema de estática de partícula com centro no nó de ligação entre os componentes. Este é o objetivo de nossa disciplina para esta estrutura: determinar a que tipo e qual a dimensão de esforço, se tração ou compressão, está sujeito cada elemento da treliça. Aula 7 - Momento de Inércia Geométrico O momento de inércia geométrico é uma importante propriedade geométrica dos corpos rígidos. Ele pode ser entendido com a resitência ao giro que apresenta um corpo, ao contrário do momento de rotação (torque), que é, este último, a tendência ao giro. Diferentemente do momento de inércia de massa, que á afetado obviamente pela massa, o momento de inércia geométrico é afetado pelas características dimensionais do corpo. Assim,um mesmo corpo pode apresentar dois ou mais momentos de inércia geométricos, dependendo do seu posicionamento em relação a um eixo de referência. Mecânica Geral PARTE 1: INTRODUÇÃO, CONCEITOS FUNDAMENTAIS, FORÇA RESULTANTE, REGRA DO PARALELOGRAMO, DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS, VETOR UNITÁRIO, VETOR POSIÇÃO Prof.ª Luciane Taís Führ Uma introdução • A MECÂNICA GERAL – ou vetorial, estrutural - ocupa-se em estudar a ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS – Estudo das forças que atuam numa partícula – Estudo das forças que atuam num corpo rígido – Estudo das propriedades geométricas de áreas planas ESTRUTURAS: são sistemas físicos constituídos de corpos ou componentes interligados, capazes de receber e transmitir esforços. • MECÂNICA: ciência física que se concentra no estudo do comportamento dos corpos sob ação de perturbações mecânicas, como as forças. Dois conceitos importantes: • Uma partícula possui massa, mas seu tamanho pode ser desprezado.• Quando um corpo é modelado como uma partícula, os princípios da mecânica são aplicados de uma forma muito mais simplificada, uma vez que sua geometria não está envolvida. • Constituído do continuum, que teoricamente não sofre qualquer alteração (deformação) com a ação de uma força. • Combinação de um grande número de partículas que permanecem numa distância fixa umas das outras, antes e depois da aplicação da carga. Corpo deformável = situação real Idealização do corpo rígido PARTÍCULA CORPO RÍGIDO AS LEIS DE NEWTON DO MOVIMENTO – que baseiam a Mecânica Geral - • Primeira Lei: Inércia Uma partícula originalmente em repouso ou movendo-se em linha reta, com velocidade constante, tende a permanecer neste estado. Equilíbrio = estado do qual a ESTÁTICA se ocupa • Terceira Lei: Ação e reação – Para toda a ação existe uma reação igual e contrária, ou seja, as ações mútuas entre dois corpos são sempre iguais e direcionadas em sentidos opostos. – Em resumo: forças mútuas de ação e reação entre duas partículas são iguais, opostas e colineares. Revendo: o que é força? • Força(F) – Perturbação mecânica exercida por um corpo sobre o outro. – A interação pode ocorrer: • Por contato direto • Por influência indireta, como a ação da gravidade ou eletromagnetismo – Caracterizada por suas • Intensidade • Direção e sentido • Ponto de aplicação – Unidade fundamental: SI – Newton (N= kg.m/s2) GRANDEZA VETORIAL VETOR: NOTAÇÃO/DECOMPOSIÇÃO • Notação impressa ou manuscrita: F = [Fx, Fy, Fz] N Bidimensional y x F Fx Fy )(. )cos(. senFF FF y x )cos(. )cos(. FF FF y x Ou ainda: Resultante de forças pelo método da decomposição cartesiana Usando a notação vetorial cartesiana (vetor unitário), é possível chegar a resultante de um sistema de forças coplanares. 1) 4) 3) 2) Exemplo 1 – mais de duas forças concorrentes num mesmo ponto Força resultante: REGRA DO PARALELOGRAMO • Duas forças atuantes sobre um ponto material podem ser substituídas por uma única força (resultante), obtida pela diagonal do paralelogramo Força resultante: REGRA DO PARALELOGRAMO • Partindo da Regra do Paralelogramo, podemos determinar o módulo da força resultante através das leis dos senos e dos cossenos. Lei dos senos Lei dos cossenos Exemplo 2 – resolvendo a regra do paralelogramo pela lei dos senos • Uma barcaça é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelo rebocador é de 5 kN, e tem a direção do eixo da barcaça, determine a tração em cada corda. Exemplo 3 – resolvendo a regra do paralelogramo pela lei dos cossenos • Se = 45°, F1= 5kN e a força resultante é de 6kN, orientada ao longo do eixo y positivo, determine a intensidade necessária de F2 e sua direção . Decomposição tridimensional A direção das componentes é dada pelos cossenos diretores : )cos(. )cos(. )cos(. FF FF FF z y x Relação fundamental kFjFiFF zyx ... F F F F Exemplo 4 • Expresse a força F como um vetor cartesiano tridimensional. Exemplo 5 • Expresse a força como vetor cartesiano. Exemplo 6 • Duas forças atuam sobre um gancho. Especifique a intensidade de F2 e seus ângulos coordenados , de modo que a força resultante atue ao longo do eixo y positivo e tenha intensidade de 800 N. Módulo de um vetor • O módulo ou intensidade de um vetor F, representado por |F| ou por F, é definido como a raiz quadrada da soma dos quadrados das componentes, ou seja, • Geometricamente: – Bidimensional: o modulo de um vetor é seu comprimento, isto e, o comprimento da diagonal do retângulo cujos lados são Fx e Fy. – Tridimensional: diagonal maior do paralelepípedo retângulo cujos lados são Fx e Fy e Fz. Bidimensional Tridimensional 22 )()( yx FFFF 222 )()()( zyx FFFFF Vetor unitário • Também é possível representar as componentes x e y de uma força em termos dos seus vetores cartesianos unitários i , j e k • Os vetores i , j e k são adimensionais, com intensidade igual a 1, sendo então utilizados para designar as proporções das componentes nas direções dos eixos coordenados kFjFiFF zyx ... F F Fu Módulo de F kjiFu .cos.cos.cos Vetor unitário e cossenos diretores Relação importante dos cossenos diretores em termos de vetor unitário Vetor posição • O vetor posição é definido como um vetor fixo que localiza um ponto do espaço em relação a outro = cada ponto no espaço tem um vetor posição que determina sua localização no espaço. •O vetor posição pode ser escrito na forma cartesiana. • quando se deseja determinar a distância entre dois pontos, essa distância pode ser descrita em termos do vetor posição que discrimina o posicionamento relativo entre estes dois pontos. • VETOR POSIÇÃO = COMPRIMENTO (não confundir com força) kPjPiPr zyxP ... )..()..()..( kOkPjOjPiOiPr zzyyxxOP Exemplo 7 • A corda mostrada na figura está presa aos pontos A e B, determine seu comprimento e sua direção, medidos de A para B. Exemplo 8 • A cobertura engastada do prédio é sustentada por dois cabos, como mostrado na foto. Se os cabos AB e AC suportam 100 N e 120 N, respectivamente, determine a força resultante no suporte em A devido a esses dois cabos. Referências utilizadas • Irwin: Estática para Engenharia. Volume 1. 4ed, 2002. • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer e Johnston: Mecânica Vetorial para Engenheiros – Estática. 5ed, 2012. • Soriano: Estática das Estruturas.,2007. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 1 – Vetores e forças Parte A – resultante de forças pelo regra do paralelogramo 1) Duas forças atuam sobre o gancho. Determine a intensidade da resultante.(R: FR=665,74 N) 2) Determine a intensidade da força resultante esua direção, medida no sentido horário a partir do eixo x positivo. (R: FR=721,11 N; =43,90°) 3) A caminhonete precisa ser rebocada usando duas cordas. Determine as intensidades de FA e FB para produzir uma resultante de 950 N, orientada ao longo do eixo x positivo. Considere = 50°. (R: FA = 774,45 N; FB = 345,77 N) 4) O cabo de um jipe é conectado à extremidade de uma estrutura inclina A, e sofre a ação de uma força de 450 N ao longo de seu comprimento. Um tronco de madeira de 1000 kg é suspenso por um segundo cabo, que está amarrado À extremidade da estrutura A. Qual a força total exercida pelos cabos sobre a estrutura A? (R: FR = 10,2 kN) Parte B – Decomposição de forças; forças resultantes pelo método da decomposição 5) Decomponha cada força que atua sobre o poste em suas componentes no eixo x e y. Depois, determine a resultante. (R: FR = 1099 N; = 87,8°) 6) Determine os ângulos de direção coordenados da força, e reescreva-a como vetor cartesiano. (R: =52,2°; =52,2°; = 120°; F = (45,97i + 45,97j – 37,5k) 7) Expresse a força como vetor cartesiano. (R: FAB= {182,7i + 270,9j-541,8k} N) 8) Determine a força resultante em A. (R: FR = 5,13 kN) Mecânica Geral Parte 2: Equilíbrio de partícula Equilíbrio de um Ponto Material 0FR Condição de Equilíbrio Dizemos que uma partícula está em equilíbriotoda vez em que ela se encontra com a sua velocidade vetorial constante, ou seja, quando a partícula está em repouso (estático) ou em movimento retilíneo uniforme. Desta maneira podemos concluir que uma partícula está em equilíbrio quando satisfizer a primeira lei de Newton; para manter um equilíbrio a força resultante sobre a partícula é nula: F F FF FF y X yX yX 0 0 nulas.ser devemy e x scomponente as ,satisfeita seja seja vetorial equação a que para Portanto, 0j i ou 0ji :scartesiana scomponente suas em F força a Decompondo Exemplo 1 Para a construção de um pavilhão, vigas de aço foram utilizadas para formar a estrutura. Para dispô-las no teto, formando a sustentação, um guindaste foi utilizado. Se os cabos BD pode suportar uma força de tração máxima de 20 kN, determine a massa máxima da viga que pode ser suportada nesse arranjo de cabeamento, erguida pelo cabo AB, de modo que nenhum cabo se rompa. Exemplo 2 Se a corda AB de 1,5 m pode suportar uma força máxima de 3500 N, determine a força na corda BC e a distância y, de modo que a caixa de 200 kg possa ser suportada. Exemplo 3 • O palete de lenha precisa ser levado ao sótão. Enquanto todos almoçam, no entanto, o palete deve esperar no telhado, amarrado à chaminé por um cabo. Sabendo que a massa do palete é de 150 kg, e que há uma força normal do telhado sobre o palete, determine a tensão no cabo. Equilíbrio de um ponto material no espaço • Tal qual as premissas para um ponto material no plano, um ponto material no espaço estará em equilíbrio se a resultante das forças atuantes for nula. • Tem-se, então, que as resultantes cartesianas tridimensionais também são iguais a zero. 0 0 0 z y x F F F Exemplo 5 • Determine a intensidade da tensão que o cabo AB deve exercer para suportar a portinhola de 25 kg. Exemplo 6 • Um vaso está suspenso por três cabos, como ilustrado. Determine o peso P do recipiente sabendo que a tração no cabo AB é de 400 N. Referências utilizadas • Irwin: Estática para Engenharia. Volume 1. 4ed, 2002. • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer e Johnston: Mecânica Vetorial para Engenheiros – Estática. 5ed, 2012. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 2 – Equilíbrio de partícula 1) Dois cabos estão atados em C, onde é aplicada uma carga. Sabendo que P=400N e =75°, determine as trações em AC e BC. (R: TAC 326,04 N; TBC = 368,6 N). 2) Dois cabos estão atados em C, onde é aplicada uma carga. Sabendo que e =25°, determine as trações em AC e BC. (R: TAC ~461 N; TBC = 290,7 N). 3) Uma caixa e seu conteúdo pesam 480kg. Determine o menor tamanho da corrente, ABC, que pode ser utilizada para levantar a caixa e seu conteúdo se a tração em cada lado da corrente não pode exceder 3650N. (R: comp total = 908 mm) 4) A força P é aplicada a uma pequena roda que se desloca sobre o cabo ABC. Sabendo que a tração nas duas partes do cabo é de 750N, determine o módulo e a direção de P.(R: P =913,14 N; 277,5°) 5) O pendente de reboque AB está submetido à força de 50 kN exercida por um rebocador. Determine a força em cada um dos cabos de amarração, se o navio está se movendo para frente em velocidade constante. FBC =22,2 kN; FBD = 32,64 kN) 6) Determine a massa máxima que o vaso pode ter sendo que cabo BC pode exceder uma força máxima de tração de 50 kN.( R: m = 7,66 kg). 7) Três cabos estão atados em A, onde são aplicadas as forças P e Q, conforme figura. Determine a tração em cada cabo sabendo que P=5,60 kN e Q=0 (R: TAB=TAC=2,70 kN; TAD = 4 kN) . 8) A caixa de 75kg é sustentada pelos cabos AB, AC e AD. Determine a tração nesses cabos. (R: TAB = 804,9 N; TTAC = 1201, 34 N; TAD = 1725,37 N). Mecânica Geral Parte 3: momento e momento de binário Momento de uma Força em relação a um Ponto Material Definição •O momento de uma força em relação a um ponto ou a um eixo, fornece uma medida da tendência dessa força provocar a rotação de um corpo em torno do ponto ou do eixo; •Quanto maior a força ou a distância (braço de momento, braço de alavanca), maior é o efeito da rotação. • A tendência de rotação também é chamada de torque, momento de uma força ou simplesmente momento. • A tendência à rotação somente se converterá em movimento de rotação se houver liberdade do corpo para isso. Exemplos de momento Cálculo do momento • O momento é calculado multiplicando-se o módulo da força aplicada pela distância perpendicular entre a linha de aplicação da força e o ponto de referência para o cálculo (ponto de apoio). P.Ex.: porta Formulação escalar do momento • Momento é uma grandeza vetorial, possui intensidade, sentido e direção. N.m) (em .dFMO Convenção de sinais: Segue a regra da mão direita Rotação no sentido horário – Momento negativo Rotação no sentido anti-horário – Momento positivo Exemplo 1 • Determine o momento da força em relação ao ponto O em cada uma das barras mostradas. Exemplo 2 • Determine os momentos da força de 800N em relação aos pontos A, B, C e D. Exemplo 3 • Determine o momento produzido pela força em relação ao ponto A, se = 60°. Momento Resultante de um Sistema de Forças Coplanares dFM RO . Teorema de Varignon: O momento em relação a um dado ponto da resultante de diversas forças concorrentes é igual à soma dos momentos das várias forças em relação a este ponto. Exemplo 4 • As forças totais representando a ação da gravidade e da pressão d’água sobre uma barragem estão ilustradas na figura a seguir. Calcule o momento total gerado por essas forças em relação ao canto direito da base da barragem. Exemplo 5 • A força no tendão de Aquiles Ft é mobilizada quando a pessoa tenta ficar na ponta dos pés. Quando isso é feito, cada um dos seus pés fica sujeito a uma força reativa Nt = 400N. Se o momento resultante produzido pelas forças Ft e Nt em relação à articulação do tornozelo (ponto A)precisa ser nula para evitar lesões, determine qual a intensidade de Ft. Exemplo 6 • Supondo que a penas a mão do operário posiciona em AB faça força para segurar o barrote, qual é a intensidade dessa força para que o barrote não gire sobre o pino? E se fosse as duas mãos que fizessem força? Formulação vetorial do momento • O momento de uma força em relação a um ponto pode ser determinado através da aplicação das regras de produto vetorial. • A regra do produto vetorial para o cálculo de momentos geralmente é aplicada para sistemas em três dimensões. Formulação vetorial do momento Exemplo 7 • Determine o momento gerado pela força AB no ponto O. Considere a intensidade de FAB como 3,5 kN. Exemplo 8 • O poste mostrado está sujeito a uma força de 60N na direção de C para B. Determine a intensidade do momento criado por essa força em relação ao suporte no ponto A. Momento de uma Força em relação a um Eixo •Define-se como momento de uma força em relação a um eixo a projeção do momento de um força em relação a um ponto sobre o eixo coordenado considerado. • Os momentos Mx, My e Mz de F em relação aos eixos coordenados medem a tendência dessa força em produzir no corpo rígido um movimento de rotação ao redor dos eixos x, y e z, respectivamente. Formulação matemática •Determina-se o momento da forçaem relação a um ponto do sistema e depois se realiza a projeção sobre o eixo que se deseja a partir do produto escalar. • A solução contempla duas etapas, um produto vetorial seguido de um produto escalar Exemplo 9 • A força F atua no ponto A mostrado na figura. Determine o momento dessa força em relação ao eixo x. Momento de um binário de forças • Um binário é definido como duas forças paralelas de mesma intensidade, sentidos opostos e separadas por um distância d. • O único efeito de um binário é proporcionar rotação ou tendência de rotação em um determinado sentido. Momento de um binário de forças • A determinação quantitativa do binário é dada pelo momento gerado. • Binários são considerados equivalentes quando produzem o mesmo momento (mesma direção e módulo). dFM . Neste caso, a distância considerada é a que separa o par de forças. Exemplo 10 • Um binário atua nos dentes da engrenagem mostrada na figura. Substitua esse binário por um equivalente, composto por um par de forças que atuam nos pontos A e B. Momento de um binário • Binário resultante: – Se mais de dois momentos de binário agem sobre o corpo, pode-se generalizar esse conceito e escrever a resultante vetorial como: ).( dFM R Exemplo 11 • Determine o momento binário resultante dos três binários atuantes sobre a chapa da figura Exemplo 12 • O piso gera um momento de binário de MA = 40 N.m e MB = 30 N.m sobre as escovas da enceradeira. Determine: a) a intensidade das forças do binário que deve ser desenvolvido pelo operador sobre os punhos de modo que o momento de binário resultante sobre a enceradeira seja nulo; b) qual a intensidade da força F se a escova B parar repentinamente (MB=0)? Exemplo 13 • Determine a tendência de rotação das chaves sobre o centro em O. Referências • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer – Mecânica Vetorial para Engenheiros. V.1 – Estática. 5ed, 1994. • Shames – Estática: Mecânica para Engenharia. V.1, 4ed, 2001. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 3 – Momento 1) Determine o momento da força em relação ao ponto O. (R: -460 N.m) 2) Se =45°, determine o momento produzido pela força de 4 kN em A. (R: 7,22 N.m) 3) Se o homem em B exerce uma força de 150 N sobre sua corda, determine a intensidade da força F que o homem em C precisa exercer para impedir que o poste gire, ou seja, para que o momento resultante em relação a A devido às duas forças seja igual a zero. (R: 198,9 N) 4) Um guindaste montado em um caminhão possui uma estrutura articulada de suporte de 20m de comprimento inclinada de 60º em relação à horizontal. Qual é o momento em relação ao pivô da estrutura provocado pelo peso de 30 kN?(R: -300 kN.m) 5) Determine o momento, em N.m, em relação à origem O da força, em N, F=4i-3j+ 5k aplicada ao ponto A, supondo que o vetor posição em A é, em m: a) r = 3i – 6j +5k (R: {-15i +5j+15k} N.m}) b) r = -8i + 6j -10k (R: 0) c) r = 8i – 6j +5k (R: {-15i -20j} N.m) 6) Uma força de 200N é aplicada ao suporte ABC como ilustrado. Determine o momento da força em relação a A. (R: M = {7,5i -6j – 10,4k} N.m) 7) Determine o momento resultante produzido pelas forças em relação ao ponto O, se F1 = (100i – 120j + 75k) N e F2 = (-200i+250j + 100k)N. Expresse o resultado como vetor cartesiano. (R: MR = {97i -200j+204k} N.m) 8) Sérios danos ao pescoço podem ocorrer quando um jogador de futebol americano é atingido na proteção de rosto do seu capacete, da maneira mostrada, causando um mecanismo de guilhotina. Determine: a) o momento da força gerada pelo joelho do adversário em relação ao ponto A; b) qual seria a intensidade da força F que o pescoço deve fazer para fornecer momento que evite a rotação da cabeça? (R: a) -15,40 N.m; b) F ~118,55N) 9) Um motorista de caminhão, quando troca um pneu furado, deve apertar as porcas da roda usando um torque de 100N.m . a) Considerando que a chave de roda tenha certo comprimento, de modo que a distância entre as forças aplicadas por suas mãos seja de 560mm, quanto será a força exercida por cada uma das mãos do caminhoneiro? b) Se para a retirada das porcas o caminhoneiro exerceu uma força de 300N em cada mão, qual foi o torque aplicado neste caso? (R: a)179N; b)168N.m) 10) Trabalhadores de uma indústria petrolífera podem exercer uma força entre 220 e 560N com cada mão no volante de uma válvula, com uma mão de cada lado. Considerando que o momento de 140N.m é necessário, qual será o diâmetro d do volante? (R: 636mm) 11) Um instrumento de escavação manual possui uma barra transversal de 0,6m de comprimento e um eixo vertical de 1,5m de comprimento fixo à base. Testes efetuados no instrumento mostram que um momento de 140 N.m é requerido para cavar um buraco no barro, mas apenas 90N.m são necessários para cavar em solo arenoso. Qual deve ser a força F aplicada em cada caso considerando que a distância entre as forças exercidas pelas mãos do operador é de 500mm? (R: barro: 280N; areia: 180N) 12) O rodízio está sujeito a dois binários. Determine a intensidade da força F que age sobre o eixo, exercida pelos rolamentos, de modo que o momento de binário resultante seja zero. (R: F = 62,5 N). Mecânica Geral Parte 4 Propriedades geométricas do corpo rígido: Centróide, baricentro e centro de gravidade Centro geométrico ou centróide Centro geométrico ou centróide • Se considerar-se o corpo rígido como um material de densidade constante, constituído de pequenas áreas A de distância L, então as coordenadas x e y representam o centróide do corpo. n i i n i ii n i i n i ii n i i n i ii A zA A yA y A xA x 1 1 1 1 1 1 z Centróide de uma linha O centróide de uma linha, por definição, coincide com o seu baricentro. . . ii LyLyLxLx ii Eixo de simetria Um eixo de simetria decompõe a superfície em duas superfícies de mesma área simetricamente dispostas. -Quando uma superfície tem um eixo de simetria, o seu centróide deve ser situado sobre este eixo; -Se há dois eixos de simetria , o centróide estará na interseção entre eles. Exemplo 1 Determinar o centróide da placa recortada ilustrada na figura. Exemplo 2 O triângulo da figura é formado por um arame fino e homogêneo. Determinar seu baricentro. Exemplo 3 Localize o centróide em y da viga construída representada na figura a seguir: Exemplo 4 Um arame fino, homogêneo, é utilizado para formar o perímetro da figura i. Localize o centro de gravidade. Centro de massa • centro de massa de um corpo é o ponto que representa onde toda a massa do corpo está concentrada para o cálculo de vários efeitos. O centro de massa não precisa coincidir com o centróide. n i i n i ii n i i n i ii n i i n i ii m zm m ym y m xm x 1 1 1 1 1 1 z Centro de gravidade (Baricentro) • Corpo rígido = infinitas partículas sólidas • Centro de gravidade: – a resultando do somatório da ação da gravidade sobre cada uma das partículas do corpo. Esta resultante está aplicada sobre um ponto específico do corpo – Ou seja: é a posição onde pode ser considerada a aplicação da força de gravidade resultante equivalente de todo o corpo.Determinação do centro de gravidade z z i dP P dP Py y dP dPx x i i As coordenadas do centro de gravidade são dadas por: Onde P =força peso do corpo rígido. Se considerar-se o corpo rígido imerso um campo gravitacional constante, então, P=m.g, e o centro de gravidade passa a representar o centro de massa. Resumo das equações - linearizadas n i i n i ii n i i n i ii n i i n i ii m zm m ym y m xm x 1 1 1 1 1 1 z n i i n i ii n i i n i ii n i i n i ii P zP P yP y P xP x 1 1 1 1 1 1 z n i i n i ii n i i n i ii n i i n i ii A zA A yA y A xA x 1 1 1 1 1 1 z Centróide Centro de massa Centro de gravidade (baricentro) Exemplo 5 • Determinar a posição do centro de massa deste corpo, sabendo que a aba vertical é uma chapa metálica com massa específica de 25(kg/m^2), enquanto que o material da base possui uma massa específica de 40 (kg/m^2). A haste de comprimento 150 (mm), possui uma massa específica de 7,83 (g/cm^3) 50 50 25 75 150 150 150 100 Exemplo 6 • Calcule as coordenadas do centróide da estrutura em plástico transparente. (Para a resposta, apresente o eixo de referência que usaste). Considerações • O centróide coincide com o centro de massa e o centro de gravidade se o material for uniforme ou homogêneo. • Em alguns casos, tal qual o CM, o centróide pode localizar-se fora do corpo, como num anel, onde o centróide estará no seu centro. • O centróide normalmente se localiza sobre o eixo de simetria do corpo. Referências • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer – Mecânica Vetorial para Engenheiros. V.1 – Estática. 5ed, 1994. • Shames – Estática: Mecânica para Engenharia. V.1, 4ed, 2001. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 4 – Centróide centro de gravidade e centro de massa 1) Um paralelogramo e uma elipse são cortados e retirados de uma placa retangular. Quais são as coordenadas do centróide desta placa? (X=181,4 mm; Y=63,8 mm) 2) Localize as coordenadas x e y do centróide da chapa plana recortada representada abaixo: (X= 4,83 m; Y=2,56 m) 3) Determine o centróide do sistema basculante usado em transporte de cargas ilustrado na figura abaixo. Atente para a localização da origem do sistema de coordenadas. (X= 366,25 mm; Y= 142,5 mm) 4) Um arame fino, homogêneo, é utilizado para formar o perímetro da figura abaixo. Localize seu centro de gravidade. (X=32,22 mm; Y= 35,13) 5) Calcule as coordenadas do centróide da placa plana recortada a seguir. (Para a resposta, use como referência a origem dos eixos conforme demonstrada). (X = 40,02mm; Y ~19,6mm). 6) Qual a coordenada horizontal onde o gancho deve puxar a viga de concreto não-prismática, de modo que a viga permaneça na horizontal quando erguida? (R: 2,57m). 20 Mecânica Geral Parte 5: Estruturas – equilíbrio de corpo rígido – Introdução à análise estrutural • Estrutura: denomina-se estrutura o conjunto de elementos de construção, composto com a finalidade de receber e transmitir esforços. – Vigas: elemento estrutural projetado para suportar cargas aplicadas em vários pontos de sua extensão. Introdução à análise estrutural • Forças atuantes num corpo rígido: • Forças internas: – São as forças que mantém unidas as partículas do corpo rígido. • Forças externas: – representam a ação de outros corpos sobre o corpo rígido considerado, sendo inteiramente responsáveis pelo comportamento externo que este assume. Causarão movimento ou assegurarão a permanência em repouso. Sistema de forças equivalentes (condição não estática) • Num corpo rígido onde atuam forças, e conseqüentemente seus momentos, o sistema de forças pode ser substituído pela resultante das forças e resultante dos momentos. • Esse sistema equivalente é chamado de sistema força-binário, e é definido pelas equações abaixo: O R O MM FR Equilíbrio de um corpo rígido • Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio é necessário que a soma vetorial de todas as forças externas, assim como a soma vetorial dos correspondentes momentos, sejam nulos. Vínculos e Reações • A função dos vínculos (apoios) é a de restringir os movimentos do corpo, provocando reações nas direções dos movimentos impedidos. • 1 - Apoio Móvel (rolete): é um apoio de 1ª classe pois impede 1 movimento. Representação: R 2 - Apoio fixo: é um apoio de 2ª classe pois impede 2 movimentos. V H Representação: 3 - Engaste: é um apoio de 3ª classe pois impede 3 movimentos. V H M Representação: Vínculos e Reações Exemplos de vínculos Exemplo 1: Reações nos apoios (condição estática) • Três cargas pontuais são aplicadas sobre uma viga, que está apoiada em um rolete (apoio simples) em B e uma articulação em A. Desprezando o peso da viga, determine as reações em A e B quando F=75kN. 1,5 m 1,5 m 2,5 m 0,75 m • Determine a tração T no cabo que suporta a viga e a força sobre o pino em A, sabendo que viga tem peso de 4,66kN. Exemplo 2: Reações nos apoios (condição estática) • Determine as reações nos apoios. Despreze a espessura da viga. Exemplo 3: Reações nos apoios (condição estática) • Determine as reações no apoio A. Exemplo 4: Reações nos apoios (condição estática) Cargas distribuídas sobre vigas • Consideremos uma viga que suporta materiais (outros corpos rígidos) que estão apoiados sobre ela, ou mesmo a ação do vento ou a pressão hidrostática sobre uma comporta. • Esta carga, chamada de distribuída, pode ser representada pelo diagrama de uma carga w suportada por unidade de comprimento (N.m), sendo seu módulo: L wdxW 0 Cargas distribuídas sobre vigas • Uma carga distribuída sobre uma viga pode ser substituída por uma carga concentrada, que a representa em intensidade, aplicada num ponto conveniente a provocar reação semelhante do que na sua forma distribuída. L wdxW 0 = Cargas distribuídas sobre vigas • A carga pontual concentrada que representa a resultante da carga distribuída pode ser determinada pela área total da superfície, pois: • A resultante da carga distribuída atuará sempre no centróide da superfície considerada: AdAwdxW L 0 = W wxdx x A 0 Exemplo 5: carregamento distribuído em vigas • Determine as reações nos apoios dos seguintes sistemas: a) b) Exemplo 6: carregamento distribuído em vigas • Calcular as reações nos apoios na viga abaixo: Referências • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer – Mecânica Vetorial para Engenheiros. V.1 – Estática. 5ed, 1994. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 5 – Estruturas: equilíbrio de corpo rígido Determine as reações nos apoios das estruturas abaixo: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Compare a força exercida sobre a ponta dopé e sobre o calcanhar de uma mulher de 600N quando ela está usando sapatos comuns e sapatos de salto alto. Assuma que todo o seu peso está sobre um único pé e as reações ocorrem nos pontos A e B, como mostrado. 8) O transformador elétrico de 1500 N com centro de gravidade em G é sustentado por um pino em A e por uma sapata lisa em B. Determine as reações vertical e horizontal em A e a reação em B. 9) Se a carga e o antebraço possuem massa de 2 kg e 1,2 kg respectivamente, e seus centros de massa estão em G1 e G2, e o bíceps (CD) desenvolve no instante mostrado uma força de 131 N, determine as reações desenvolvidas no cotovelo em B. O diagrama esquelético mostrado pode ser substituído pelo sistema estrutural na sequencia. Respostas: 1) Rax = 0; Ray = 36,25kN; Rby = 28,75kN 2) Rax = 0; Ray = 1,76kN; Rby = 3,84 kN 3) Rax = 0; Ray = 0,2kN; Rby = 0,7 kN 4) Rax = 0; Ray = -1,17kN; Rdy = 32,2 kN 5) Rax = 0; Ray = 11,25kN; Rby = 6,75kN 6) Rbx = 0; Ray = 22,5kN; Rby = 4,5 kN 7) sapato normal: Ray=492,86N e Rby=107,14N; sapato salto: Ray=500N e Rby=100N 8) Rax=Ray=750N; Rb=750N 9) Rbx=34N; Rby = 95,4N Mecânica Geral Parte 6: Estruturas – treliças Planas Treliças • Uma treliças é uma estrutura de barras interconectadas em suas extremidades capaz de suportar cargas estáticas e dinâmicas. Treliças planas • As treliças planas são aquelas que se distribuem em um plano e geralmente são utilizadas em estruturas de telhados e pontes; • Geralmente são unidos por solda, parafusos ou rebites; • As barras utilizadas nas treliças tem seção transversal I, H ou L. Treliças planas Para o suporte à aplicação de cargas distribuídas, torna-se necessário o acréscimo de um “piso” à estrutura da treliça, que transmite a carga às juntas. Análise de treliças: hipóteses simplificadoras • 1) Todas as cargas são aplicadas aos nós, normalmente o peso próprio é desprezado pois a carga suportada é bem maior que o peso do elemento. • 2) Os elementos são ligados entre si por superfícies lisas. Análise de treliças: hipóteses simplificadoras • Devido as hipóteses simplificadoras, os elementos de uma treliça atuam como barras de duas forças. • Se uma força tende a alongar o elemento, é chamada de força de tração. • Se uma força tende a encurtar o elemento, é chamada de força de compressão. Análise de treliças: método dos nós • A análise é realizada a partir do diagrama de corpo livre de cada nó (as juntas - conexões) que compõe a treliça, avaliando as forças que atuam em cada elemento (barra) • São válidas as equações de equilíbrio da estática. - Avaliar cada nó separadamente - Avaliar se cada força comprime ou traciona D C L Exemplo 1 • Determine as forças que atuam em todos os elementos da treliça mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração ou compressão. Exemplo 2 • Determine as forças que atuam em todos os elementos da treliça mostrada na figura e indique se os elementos estão sob tração ou compressão. Treliças – método das seções • Também conhecido como Método de Ritter; • Baseia-se no princípio de que se um corpo está em equilíbrio, qualquer parte dele também está; • O método consiste em seccionar o elemento que se deseja analisar na treliça e aplicar as equações de equilíbrio na região seccionada. Procedimento • 1 - Escolher cortes (ou seções de Ritter) que interceptam até três barras, não paralelas nem concorrentes no mesmo ponto, para determinar seus esforços pelas equações da Estática. Podem, ocorrer casos que o corte na estrutura original intercepta mais do que três barras, mas, neste caso uma delas já deve ter seu valor conhecido; – Os cortes podem ter formas quaisquer (não precisam ser retas), desde que sejam contínuas, pois sua única obrigação é atravessar a treliça. • 2 - adota-se uma das partes para verificar o equilíbrio, ignorando-se a outra parte até o próximo corte. – Ao cortar a treliça deve-se observar que o corte a intercepte de tal forma, que se apresentem no máximo 3 incógnitas, para que possa haver solução, através das equações de equilíbrio. É importante ressaltar que entrarão nos cálculos somente as barras da treliça que forem cortadas, as forças ativas e reativas da parte adotada para a verificação de equilíbrio. • 3 -Repetir o procedimento, até que todas as barras da treliça estejam calculadas. • Neste método, pode-se considerar inicialmente todas as barras tracionadas, ou seja, barras que “puxam” os nós, as barras que apresentarem sinal negativo nos cálculos, estarão comprimidas. – Sinal positivo no cálculo da força = barra tracionada – Sinal negativo no cálculo da força = barra comprimida Exemplo 3 Determinar as forças atuantes nas barras da treliça a seguir: Exemplo 3 • Determinar as seções de Ritter a serem avaliadas – sugestão: Exemplo 4 • Na treliça de suporte parcial de um telhado, também são fixas as luminárias. Determine a tensão em cada barra da treliça, considerando que os vínculos em I e J sejam articulações. G H i J Referências • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer – Mecânica Vetorial para Engenheiros. V.1 – Estática. 5ed, 1994. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 6 – Estruturas: Treliças planas Respostas: vide resolução 1) 2) 3) 4) 5) 3 e 4 5 Mecânica Geral Parte 7: Momento de inércia Momento estático (ou de primeira ordem) • A determinação do centroide em corpos tridimensionais também pode ser feita através do volume, com as expressões a seguir: • A integral ∫x ⋅ dV e conhecida como Momento Estatico ou Momento de Primeira Ordem de Volume em relacao ao plano yz. Analogamente, ∫ y ⋅ dV com em relacao a xz e ∫z ⋅dV em relacao a xy. Momento estático de primeira ordem de superfícies e curvas • O momento de primeira ordem é definido como sendo o produto entra a área do corpo e a distância dele a um eixo coordenado referencial. • Representa o momento da distribuição de forças paralelas (força peso) orientadas paralelamente ao corpo. • Também chamado de momento estático. AxxdAQ AyydAQ y x :y eixo No : xeixo No Em uma superfície: Momento de inércia (ou momento de segunda ordem de volume) • Momento de Inércia é uma grandeza que mede a resistência que uma determinada área oferece quando solicitada ao giro em torno de um determinado eixo. Momento de inércia (ou momento de segunda ordem de volume) A pressão varia com a profundidade Se pressão pode ser definida por: A F P yP . Pode-se escrever a força como AyF APF .. . Neste sistema, a força resultante da pressão total pode ser aplicada no centróide da seção, gerando um momento de rotação: ).( )...( . 2 AyM yAyM dFM x x x dAyI x 2 Considerando toda a superfície: Momento de inércia geométrico • O momento de inércia, diferente do momento puro (torque), representa a resistência ao giro oferecida por um corpo rígido. - Considere-se a laje sustentada por duas vigas de perfil retangular de dimensões idênticas e diferentes posições de apoio; -na primeira posição a viga resistiria um maior momento (M1) do que se estivesse na posição P2, onde resistiria a um momento inferior (M2); - quanto maior o momento de inércia, maior será a resistênciada estrutura. Momento de inércia em relação a x e y • Por definição, os momentos de inércia geométricos de uma área diferencial são dados por: -O momento de inércia é dado em unidades de comprimento na quarta potência = mm4, cm4, m4 - Também é indicado por I A y A x dAxJ dAyJ 2 2 Momento de inércia polar • Pode-se formular momento de inércia em relação não ao eixo x e y, mas ao centro de giro O (o sentido de giro, nesse caso, será em torno do eixo z); • Esse momento é definido como momento de inércia polar yx A o JJdArJ 2 Sendo r o vetor que liga o eixo de giro ao centróide Momento de inércia de superfícies complexas • Segue procedimento de cálculo do centróide Teorema de Steiner • O teorema de Steiner para eixos paralelos pode ser usado para determinar o momento de inércia de qualquer área em relação a um eixo que seja paralelo ao eixo do centróide. 2 2 . . ' ' xyy yxx dAJJ dAJJ Raio de giração (i) • O raio de giração de uma superfície plana em relação a um eixo constitui-se numa medida particular entre a superfície e o eixo baricêntrico, ou ao eixo de giro o. A J i A J i A J i o o y y x x Módulo de resistência • É a relação entre o momento de inércia e a distância da coordenada mais afastada relativo ao eixo baricêntrico (unidade: mm^3, cm^3, m^3) maxx J W y J W y y máx x x Para superfícies conhecidas, tanto o raio de giração quanto o módulo de resistência obedecem fórmulas tabeladas. Exemplo 1 Determinar a) o momento de inércia , o raio de giração e o módulo de resistência do perfil representado na figura Exemplo 2 Determinar o momento de inércia do corpo rígido abaixo, em relação ao eixo x, considerando que o eixo principal é o que passa pelo centróide do corpo rígido Exemplo 3 Determinar os momentos de inércia para a área da seção transversal da estrutura mostrada na figura, em relação aos eixos do centróide da estrutura. Exemplo 4 Determine os momentos de inércia da seção transversal da viga em relação aos eixos coordenados x e y. Perceba que o eixo auxiliar x’ representa apenas o eixo longitudinal do centróide em x da viga. Referências • Hibbeler: Estática – Mecânica para Engenharia. 12ed, 2011. • Beer – Mecânica Vetorial para Engenheiros. V.1 – Estática. 5ed, 1994. • Shames – Estática: Mecânica para Engenharia. V.1, 4ed, 2001. UNIVERSIDADE FEEVALE DISCIPLINA DE MECÂNICA GERAL LISTA DE EXERCÍCIOS 7 – Momento de inércia 1) Determine o momento de inércia da área composta em relação ao eixo y. (Jy = 10,35 . 109 mm4) 2) Determine o momento de inércia da área da seção transversal em relação ao eixo y. (Jy = 5,47 . 105 mm4) 3) Determine o momento de inércia em relação ao eixo x da viga I representada abaixo. (Jx= 5,27.10 7 mm4) 4) Determine o momento de inércia da área da seção transversal da viga em relação ao eixo y. (Jy = 1,219 . 108 mm4) 5) Determine o momento de inércia em relação aos eixos x e y da seção transversal da viga.( Jy = 1,98 . 107 mm4 Jx = 2,51 . 106 mm4 ) 6) Determine o momento de inércia em relação aos eixos x e y da seção transversal da estrutura.( Jy = 1,53 . 108 mm4 Jx = 1,15 . 108 mm4 ) Universidade FEEVALE Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Disciplina de Mecânica Geral Tabela de momento de inércia e outras propriedades de figuras planas . h b x y . D x y D . R x y Centróides de Áreas Triângulo 2 b X 3 h Y 2 hb A Triângulo Isósceles/Eqüilátero 2 b X 3 h Y 2 hb A Triângulo Retângulo 3 b X 3 h Y 2 hb A Círculo 2 D X 2 D Y 2RA Semicírculo 0X 3 4 R Y 2 2R A . h b/2 b/2 b h . y x . b x y a . R x y . x y b a . h x y a . h a y x y . Y=kx² h a x Quarto de Círculo 3 4 R X 3 4 R Y 4 2R A Semi-elipse 0X 3 4 b Y 2 ab A Quarto de elipse 3 4 a X 3 4 b Y 4 ab A Parábola 0X 5 3h Y 3 4 ah A Semiparábola 8 3a X 5 3h Y 3 2 ah A Arco de Parábola do 2º grau 4 3a X 10 3h Y 3 ah A . R x y . R x y Arco de Parábola do grau n a n n X 2 1 h n n Y 24 1 1 n ah A Setor Circular 3 sen2r X 0Y 2rA Centróides de Linhas Semi-circunferência 0X r Y 2 Rc Quarto de Circunferência R X 2 r Y 2 2 r c Arco de circunferência senr X 0Y rA 2 y x r y . Y=kxn h a x y x r