Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FERTILIDADE DO SOLO Conceitos Básicos e Leis da Fertilidade A fertilidade do solo como disciplina, em sua definição mais simples, pode ser considerada como o ramo da ciência do solo que estuda a capacidade dos solos em suprir nutrientes de plantas. Em tal estudo, para cada nutriente, procura-se aprofundar os conhecimentos para melhor entender as transformações, a mobilidade e a disponibilidade de cada um às plantas. Fazendo-se uso de conhecimentos básicos adquiridos e da correta avaliação da capacidade do solo em suprir nutrientes às plantas, pode-se, quando necessário, fazer a correta adoção de práticas corretivas e de adubação, ou seja, fazer o correto manejo da Fertilidade do Solo. O que são nutrientes??? São elementos essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Disponibilidade de Nutrientes Fatores: Aspectos Físicos: Textura; Compactação; Teor de água ; Forma iônica; Presença de o utros elementos ; Micro-or ganismos; Planta. Critério de Essencialidade Stout & Arnon, 1939 1) Critério Direto Um elemento é essencial quando faz parte de um composto ou quando participa de uma reação indispensável para a vida da planta. 2 ) Critério Indireto A – Na ausência do elemento químico a planta não é capaz de completar seu ciclo, ou seja, não chega a se desenvolver ou reproduzir. B – O elemento químico é insubstituível, ou seja, na ausência ou deficiência só pode ser corrigido através do seu fornecimento. Para que as plantas se desenvolvam normalmente, alguns fatores são indispensáveis: temperatura, luz, ar, água, nutrientes... Os nutrientes são elementos químicos essenciais ao desenvolvimento das plantas. Carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) são elementos essenciais para as plantas, constituindo 90 a 96 % dos tecidos vegetais. Entretanto, não são considerados no estudo da fertilidade do solo, pois são, prioritariamente, fornecidos pelo ar e pela água. Para a fertilidade do solo os nutrientes são classificados como: Macronutrientes: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S). Micronutrientes: boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl). Os nutrientes absorvidos em grandes quantidades pelas culturas são considerados macronutrientes. Aqueles absorvidos em menores quantidades, são considerados micronutrientes. No entanto, todos são essenciais e a deficiência de apenas um deles, pode prejudicar o desenvolvimento normal das culturas e, consequentemente, sua produção. ELEMENTOS ÚTEIS: Não são essenciais, a planta pode viver sem eles, entretanto, sua presença é capaz de contribuir para o crescimento, produção ou para a resistência às pragas e moléstias. Ex: Na para algodão e beterraba Si para arroz ELEMENTOS TÓXICOS: Quando são prejudiciais às plantas e não se enquadram nas classes anteriores. Ex: Al, Hg, Pb e Cr Hg – mercúrio, Pb - chumbo 18 O crescimento de uma planta é função, entre outros fatores, da quantidade de elementos essenciais a ela fornecidos. A adição de nutrientes ao solo por meio das adubações constitui, quando aplicada científica e racionalmente, prática fundamental para o êxito de qualquer exploração agrícola. A adubação tem como objetivo primordial manter ou aumentar no solo a disponibilidade dos nutrientes e o teor de matéria orgânica, já que a incorporação de elementos restitui aqueles perdidos pelo solo em processos de lixiviação, erosão, imobilização, fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas (Russell & Russell, 1973; Tisdale & Nelson, 1975; Sanchez, 1981; Thomas & Hargrove, 1984). LEIS DA FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS 1. LEI DO MÍNIMO A lei do mínimo, formulada por Liebig em 1862, diz que a produção das culturas é limitada pelo nutriente em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam disponíveis em quantidades adequadas. Cada tábua do barril representa um nutriente essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas. 2. LEI DOS INCREMENTOS DECRESCENTES Com o aumento progressivo da dose de nutrientes, a produtividade tende a aumentar bastante no início, seguido por uma fase de pequeno aumento, até se estabilizar ou seja, quanto mais próximo do seu nível ótimo o nutriente estiver, menores serão as respostas à sua aplicação. Curva de resposta O manejo correto da fertilidade é responsável pela maior parcela dos ganhos de produtividade obtidos com o uso de práticas culturais recomendadas para as diversas culturas. Isto quer dizer que, se avaliarmos a fertilidade do solo de maneira correta, aplicaremos a quantidade correta de fertilizantes e corretivos necessária para explorarmos o máximo de produção que aquela cultura pode nos oferecer. 3. LEI DO MÁXIMO O excesso de um nutriente no solo reduz a eficiência dos outros e diminui a produtividade, além do seu efeito direto, causando toxidez. Normalmente, ao se aumentar ainda mais as doses de um nutriente, observa-se que os rendimentos começam a diminuir. Nesse caso, é o excesso que limita ou prejudica a produção. 4. Lei da Restituição A lei da restituição baseia-se na necessidade de restituir ao solo aqueles nutrientes absorvidos pelas plantas e exportados com as colheitas, ou seja, aqueles que não foram reciclados. Essa lei considera o esgotamento dos solos, decorrência de cultivos sucessivos, como uma das origens da redução da produtividade. Esta lei foi enunciada por Voisin (1973) nos seguintes termos: - É indispensável, para manter a fertilidade do solo, fazer a restituição, não só dos nutrientes exportados pelas colheitas, mas, também, daqueles perdidos do solo. Métodos de avaliação: químico, biológicos e químicos-biológicos São vários os métodos de avaliação da disponibilidade dos nutrientes no solo para as plantas. Todos apresentam vantagens, dependendo do proposito da avaliação, e a escolha de um depende da precisão exigida e de sua praticabilidade. Frequentetemente os mais empregados sao: Sintomas visuais de deficiência na planta; Experimento de campo; Pesquisas em casa de vegetação; Analises microbiológicas; Analises de tecido; Analises químicas de solo.
Compartilhar