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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO PROFESSOR: Me. Eng. Fábio D. do Amaral 2018 Desenho Técnico I Profº Fábio D. do Amaral e-mail: amaral@uri.edu.br Traçados com instrumentos • 1. Pegar uma folha de papel A3 ou A4, por exemplo, e fixar a mesma, alinhando-a com a régua paralela ou régua “T”. • 2. A maneira de fixar a folha com a fita adesiva é muito importante. • 3. Fixar a folha pelas pontas nas ordens de 1 a 4. • 4. Alinhar a folha paralelamente à régua, no sentido horizontal, fixar as pontas 1 e 2 (conforme desenho), após complementar a ordem 3 e 4. Dando uma pequena pressão nas pontas. Linhas – tipos de linhas (NBR 8403/84) • As linhas servem para melhor representar um desenho, são usadas linhas de vários tipos e espessuras e seu conhecimento e usos corretos são indispensáveis para a interpretação de desenhos. As linhas quanto a espessura, classificam-se em grossas, médias e finas. Fixada a espessura da primeira, para um desenho, a espessura da segunda será a metade e a da última será a metade da segunda. A espessura da linha grossa deve ser proporcional ao tamanho do desenho. Figura 1b) NBR 8403/1984 • Cada traçado tem sua maneira própria de ser feito, para destro, a linha horizontal deve partir sempre da esquerda para a direita, e a linha vertical de baixo para cima. Já para o canhoto a linha horizontal sempre da direita para a esquerda, e a linha vertical de baixo para cima. As linhas diagonais, para ambos, conforme for mais acessível – subindo ou descendo. Movimento dos esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de linhas: Movimento dos esquadros, da régua paralela e da lapiseira no traçado de linhas: Exercício • Utilize ambos os esquadros para traçar uma “estrela” de retas:, usando os seguintes ângulos: 0º , 15º , 30º, 45º, 60º, 75º , 90º, 105º, 120º, 135º, 150º, 165º, 180º. Formatos do papel • O formato usado é o baseado na norma NBR 10068, denominado A0 (A-zero). • Trata-se de uma folha com 1 m², cujas proporções da altura e largura são de 1:2 . Todos os formatos seguintes são proporcionais: o formato A1 tem metade da área do formato A0, etc. Ref Altura (mm) Largura (mm) Margem esq (mm) Margem (mm) A0 841 1189 25 10 A1 594 841 25 10 A2 420 594 25 7 A3 297 420 25 7 A4 210 297 25 7 Caracteres – NBR 8402/1994 • Assim como o resto do desenho técnico, as letras e algarismos também seguem uma forma definida por norma. Até pouco tempo atrás as letras eram desenhadas individualmente com o auxílio de normógrafos e “aranhas”. Hoje, tem- se a facilidade de um editor de texto para descrever o desenho. Caracteres – NBR 8402/1994 Dicas para desenho simplificado de letras: • Utilize a altura mínima de 3mm. • Escolha a altura das letras maiúsculas e divida em 3 partes iguais. • Utilize 1/3 para baixo para a altura das minúsculas. • A perna ou haste das letras (j, l, t, etc.) ocupa 1/3 para cima ou para baixo. • Evite letras grandes que possam aparecer mais que os desenhos. Legenda • A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. • Recomenda-se que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. • A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A0, A1, A2, A3, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4. Informações na legenda: • Nome do escritório, companhia, empresa, etc. • Título do projeto • Nome do arquiteto ou engenheiro • Nome do desenhista e data • Escalas • Número de folhas e número da folha • Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra • Nome e assinatura do cliente • Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho • Conteúdo da prancha Exemplo de legenda DESENHO TÉCNICO I ENGENHARIA CIVIL – URI FW ALUNO: SEMESTRE: DATA: 12/03/2018 PROFESSOR: FÁBIO AMARAL ESCALA: 1:1 Logomarca (opcional) DESENHO TÉCNICO I ENGENHARIA CIVIL URI – FW ALUNO: SEMESTRE: DATA: 12/03/2018 PROFESSOR: FÁBIO AMARAL ESCALA: 1:1 Exercício: Desenvolver uma legenda nos desenhos desenvolvidos em aula. Desenho Técnico I Profº Fábio D. do Amaral e-mail: amaral@uri.edu.br Traçado de retas e paralelas e suas divisões Traçado de retas e paralelas e suas divisões • Todo desenhista deve conhecer muito bem as principais construções geométricas, base de todo desenho técnico. Mas, o que é a Geometria? • Geometria é a ciência que estuda as propriedades relativas à forma e à extensão dos corpos. É o estudo das propriedades referentes a pontos, linhas, planos e superfícies. • O ponto, a reta e o plano são noções primitivas na Geometria. Estes três elementos são seres abstratos aos quais nossa intuição atribui um significado de acordo com as impressões que recebemos do mundo exterior. Desta forma: • Figura geométrica sem dimensão, que representa um local no plano, é a intersecção entre duas linhas. A localização de uma cidade no mapa, a marca de uma ponta de giz no quadro, por exemplo, nos dão a ideia de ponto. Designamos os pontos com letras maiúsculas A, B, C, ... e sua representação gráfica é: • A menor distância entre dois pontos. A imagem de um fio esticado, a orla de uma régua, por exemplo, nos dão a idéia de reta ou linha. Designamos as retas por letras minúsculas a, b, ..., r, s, ... e sua representação gráfica é: • Segmente é a porção de uma linha reta (segmento de reta). • Semi-reta é o desmembramento de uma reta, possui origem mas não tem fim Exercício: Traçado de perpendiculares a) Traçar a perpendicular que passa por um ponto qualquer, pertencente a uma reta. Seja a reta r e o ponto A, pertencente à mesma. b) Traçar a perpendicular que passa por um ponto não pertencente a uma reta. Seja a reta r e o ponto B, não pertencente à mesma. Exercício: Traçado de perpendiculares c) Traçar a perpendicular que passa pela extremidade de um segmento de reta. Exercício: Traçado de perpendiculares d) Traçar a perpendicular que passa pelo ponto médio de um segmento de reta – MEDIATRIZ. Exercício: Traçado de perpendiculares e) Dividir um segmento de reto em um número qualquer de partes iguais. Exercício: Traçado de perpendiculares f) Achar a bissetriz de um ângulo (reta que, passando pelo vértice, divide um ângulo em duas partes iguais): Exercício: Traçado de perpendiculares g) Dividir um ângulo reto em três partes iguais (30º cada um): Exercício: Traçado de perpendiculares h) Traçar uma paralela à reta g passando por um ponto fora dela: Exercício: Traçado de perpendiculares Desenho Técnico I Profº Fábio D. do Amaral e-mail: amaral@uri.edu.br Traçado de curvas Linha curva, circunferência e circulo • No caso da reta, o movimento do ponto era apenas em um sentido. Se mudarmos este sentido por um valor constante e eqüidistante a um ponto, obteremos uma linha curva. Se esta linha for fechada teremos uma circunferência. O ponto de referencia no interior desta figura denomina-se centro. Todos os pontos da circunferência têm uma distancia igual ao centro, a esta distancia chamamos raio. A área interna da circunferência é o circulo. As circunferências dividem-se em:Concêntricas = mesmo plano e centros Excêntricas = mesmo plano e centros diferentes Inscrita = quando os lados de uma figura plana são tangentes à circunferência. Circunscrita = quando os lados da figura plana estão limitados pela circunferência. Relações entre retas e circunferências Diâmetro – é o dobro do raio, ou seja, um segmento de reta que atravessa a circunferência passando pelo centro. Raio - Segmento de reta que une o centro do círculo a um ponto qualquer da circunferência. Secante – é um segmento de reta que corta a circunferência vindo do exterior da mesma e tem dois pontos sobre ela. Tangente – Segmento de reta externo à circunferência, que tem apenas um ponto em comum com a mesma. Relações entre retas e circunferências Corda – é um segmento de reta que tem dois pontos sobre a circunferência, sendo o diâmetro a maior corda Arco – é o segmento da circunferência limitado pela corda. Flecha - Segmento da circunferência limitado pela corda e arco. Exercícios: a) Traçar circunferência tangente a uma reta num ponto dado e que passe por outro ponto fora da reta: • Resolução: 1. Levantar uma perpendicular pelo ponto dado T. 2. Unir o ponto T da reta ao ponto P fora da mesma, este segmento de reta é uma corda da circunferência a ser traçada. 3. Traçar a mediatriz deste segmento que, ao cruzar com a perpendicular, define o centro da circunferência. Exercícios: b) Traçar 2 tangentes a uma circunferência, por um ponto dado fora da curva: • Resolução: 1. Dada uma circunferência de centro O e o ponto externo P de passagem das tangentes. 2. Unir P a O e determinar a mediatriz M deste segmento. 3. Com centro em M e raio MO, traçar um arco que corta a circunferência em 2 pontos T e T1. Unir P a T e a T1 e obtêm-se as tangentes. Exercícios: c) Encontrar o centro de uma circunferência dada: • Resolução: 1. Marcar 3 pontos arbitrários, sobre a circunferência dada – A, B e C; 2. Ligar estes pontos por meio de linhas retas; 3. Tirar perpendiculares ao meio de AB e BC; 4. O encontro destas perpendiculares determina o ponto O, que é o centro procurado. Exercícios: d) Dividir uma circunferência dada em 2,4, 8, partes iguais: • Resolução: 1. Traçar o diâmetro AB qualquer que a divide em 2 partes; 2. Traçar outro diâmetro CD perpendicular a AB e os dois diâmetros AB e CD dividem-na em 4 partes; 3. Traçar em seguida os diâmetros EF e GH, perpendiculares entre si e bissetrizes dos ângulos ADC e BOD, e dos ângulos COB e AOD, respectivamente. 4. A circunfer6encia é assim dividida em 8 partes iguais e assim sucessivamente. Projeções ortogonais Prof. Me. Fábio D. do Amaral E-mail: amaral@uri.edu.br O que é? • A projeção ortogonal é uma forma de representar graficamente objetos tridimensionais em superfícies planas, de modo a transmitir suas características com precisão e demonstrar sua verdadeira grandeza. Modelo, observador e o plano de projeção. • Modelo é o objeto a ser representado em projeção ortográfica. Qualquer objeto pode ser tomado como modelo, desde uma figura geométrica, um sólido geométrico, uma peça de máquina ou mesmo um conjunto de peças. • O modelo geralmente é representado em posição que mostre a maior parte de seus elementos. • Observador é a pessoa que vê, analisa, imagina ou desenha o modelo. Para representar o modelo em projeção ortográfica, o observador deve analisá-lo cuidadosamente em várias posições. As ilustrações a seguir mostram o observador vendo o modelo de frente, de cima e de lado. • Plano de projeção é a superfície onde se projeta o modelo. Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos, um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente. • Esses dois panos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros. • Para a obtenção das projeções ortogonais (vistas) de uma peça, há dois sistemas que regem o posicionamento de cada vista: o sistema europeu, também usado no Brasil, que considera as projeções da peça no 1º diedro; e o sistema americano, que considera as projeções da peça no 3º diedro. Sistema Europeu - 1º Diedro Sistema Americano – 3º Diedro Projeções do 1º e 3º diedros Desenho pronto Vistas ortográficas de um objeto no 1º diedro Ordem de prioridade de linhas coincidentes 1. Atestas e contornos visíveis; 2. Arestas e contornos não visíveis; 3. Superfícies de cortes e seções; 4. Linhas de centro; 5. Linhas de centro de gravidade; 6. Linhas de cota e auxiliar. Traçado das linhas • Arestas visíveis e invisíveis: – No traçado e no encontro de linhas que representam arestas visíveis e invisíveis devemos observar alguns detalhes. – Devemos lembrar que a linha interrompida sempre principia por um terço, exceto quando é a continuação de uma aresta visível, caso em que deve iniciar com um espaço. Traçado das linhas • Se uma aresta visível for limite de outra não visível, esta deve tocá-la • Se as linhas não visíveis têm um vértice comum, isto é, são concorrentes, devem se cruzar ou tocar naquele ponto. Traçado das linhas • Se as linhas não visíveis não têm um vértice comum, elas devem ser interrompidas no cruzamento. • Se uma aresta não visível, em projeção, cruzar com uma visível, sendo que as duas não são concorrentes, a não visível deve ser interrompida. Traçado das linhas • O contorno não visível de um arco deve tocar as linhas de centro do mesmo. Exercícios PERSPECTIVAS Profº Fábio D. do Amaral e-mail:amaral@uri.edu.br As perspectivas podem ser: • CAVALEIRA: oblíqua à 30°, 45° ou 60°; • CÔNICA: com um, dois ou três pontos de fuga; • AXONOMÉTRICA: ortogonal, pode ser isométrica, dimétrica ou trimétrica. Cavaleira • Na perspectiva cavaleira, há uma redução no tamanho da modulação eixo referente à profundidade da peça. Essa redução varia de acordo com o ângulo de inclinação deste eixo em relação ao eixo da largura da peça (horizontal). Os coeficiente de redução para cada caso estão representados na tabela abaixo: TIPO Redução Largura Altura Profundidade 30° 1 1 2/3 45° 1 1 ½ 60° 1 1 1/3 Cavaleira Cônica • Na perspectiva cônica, usa-se um, dois ou três pontos de fuga que servem como referência para traçar as linhas (arestas) da peça. Cônica • Em relação ao observador e ao horizonte, todos os objetos obsevados podem assumir três posições básicas. Perspectiva cônica com 1 ponto de fuga Perspectiva cônica com 2 pontos de fuga Perspectiva cônica com 3 pontos de fuga Perspectiva Axonométrica • Neste tipo de perspectiva o desenho é baseado num sistema de três semi-retas que têm o mesmo ponto de origem e forma entre si três ângulos de 120°. Estas semi-retas, assim dispostas, recebem o nome de eixos isométricos. • Deve-se atentar para o fato de que, não havendo redução nas dimensões do eixo referente à profundidade, um desenho feito nesse sistema pode inicialmente, parecer deformado, onde a parte mais afastada do observador parece ser maior do que a parte mais próxima. Perspectiva Axonométrica Perspectiva Axonométrica • Ao iniciar o desenho de uma perspectiva isométrica a partir de um sólido ou das vistasortogonais, é necessário desenhar os três eixos de referência, de acordo com a sequência abaixo: Perspectiva Axonométrica Procedimentos para desenhar um elemento circular 1. Desenha-se o quadrado ABCD que circunscreve a circunferência. Traçam-se os eixos isométricos e marcam-se os lados do quadrado nos eixos. Tem-se agora o losango ABCD; Procedimentos para desenhar um elemento circular 2. Obtêm-se os pontos médios E, F, G e H dos lados do losango ABCD. Procedimentos para desenhar um elemento circular 3. Com centros nos vértices C e A, traçam-se os arcos HE e GF, Com centro nos pontos I e J, traçam-se os arcos EF e HG, completando a elipse isométrica. Procedimentos para desenhar um elemento circular • O procedimento e o mesmo qualquer que seja o plano utilizado Procedimentos para desenhar um elemento circular Exercícios Cotas NBR 10126 (ABNT, 1987 – Versão Corrigida: 1998) Profº Fábio D. do Amaral e-mail:amaral@uri.edu.br Objetivo • Fixar os princípios gerais de cotagem, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida. As recomendações na aplicação de cotas são: • Cotagem completa para descrever de forma clara e concisa o objetivo; • Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as cotas sem o emprego do símbolo; • Evitar a duplicação de cotas, cotar o estritamente necessário; • Sempre que possível evitar o cruzamento de linhas auxiliares com linhas de cotas e com linhas do desenho; • A cotagem deve se dar na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Os elementos gráficos para a representação da cota são: • Linha de cota; • Linha auxiliar; • Limite da linha de cota (seta ou traço oblíquo); • Valor numérico da cota. • As linhas auxiliares e de cotas devem ser desenhadas como linhas estreitas contínuas. • A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar. • Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota. • Quando o espaço for limitado às setas podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota. Exemplo de cotagem • A linha auxiliar deve ser perpendicular ao elemento dimensionado, mas se necessário poderá ser desenhada obliquamente a este, porém paralelas entre si. • A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento seja. • A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos. Somente uma indicação deve ser usada num mesmo desenho, entretanto, se o espaço for pequeno, outra forma pode ser utilizada. As indicações são as seguintes: a) A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15o. A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida; b) O traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45o. • Eixos, linhas de centro, arestas e contornos de objetos não devem ser usados como linha de cota. • As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser conforme a figura a seguir. • Em grandes raios, onde o centro esteja fora dos limites disponíveis para cotagem, a linha de cota deve ser quebrada. • A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar. A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto. • São utilizados símbolos para identificação de elementos geométricos, tais como: diâmetro (Ø), raio (R), quadrado ( ), diâmetro esférico (Ø ESF) e raio esférico (R ESF). Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente identificada. • As cotas devem ser localizadas de tal modo que não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha. Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho: Método 1 • As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro, exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada. As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Método 1 • Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas conforme a figura. • Na cotagem angular podem ser representada tanto na parte interna do ângulo quanto na parte externa, sendo paralela ou tangente ao ângulo, porém não podem interromper a linha de cota. Método 2 • As cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota. • Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na figura a seguir. Método 2 Escala Profº Fábio D. do Amaral e-mail:amaral@uri.edu.br • Escala é uma relação matemática existente entre as dimensões reais do objeto e sua representação no desenho. Esta relação deve ser proporcional a uma valor estabelecido. • Um objeto pode ser desenhado em tamanho real, pode ser ampliado ou reduzido, de acordo com a finalidade do trabalho. • Escala numérica: é representada por uma fração, onde o numerador corresponde à distância no mapa (1 unidade), e o denominador à distância real, no terreno. Pode ser escrita das seguintes maneiras: , 1/300.00 e 1:300.000 • Nos três casos lê-se a escala da seguinte forma: um por trezentos mil, significando que a distância real sofreu uma redução de 300.000 vezes, para que coubesse no papel. A fração tem o seguinte significado: • 1:300.000 1 cm no mapa equivale 300 000 cm na realidade ou 3 Km. • 1:20.000.000 1 cm no mapa equivale 20 000 000 cm na realidade ou 200 Km. • 1:100 1 cm no mapa equivale a 100 cm na realidade ou 0,001 Km ou 1 m. • A escala numérica pode ser representada por uma fração ordinária (ex.: 1/500.000) ou por uma razão, como 1:500.000. Essa escala significa que cada centímetro no mapa representa 500.000 cm (5 Km) no terreno. • Quanto maior for o denominador, menor será a escala. Uma área representada na escala 1:500 foi reduzida 500 vezes para caber no papel. Outra área, na escala 1:500.000, foi reduzida 500 mil vezes. Portanto, a escala 1:500 é maior. E quanto maior for a escala, maior será o detalhamento da área representada. • Esta relação serve tanto para desenhos em escala reduzida quanto para ampliações, como apresenta a tabela abaixo: ESCALA DE AMPLIAÇÃO 100:1; 50:1; 10:1; 2:1;... ESCALA REAL 1/1 ESCALA DE REDUÇÃO 1:2; 1:10; 1:50; 1:100;... • Cada intervalo da reta graduada no mapa corresponde a 1 cm, que na realidade. A escala gráfica é mais simples que a escala numérica. Onde, na escala gráfica não há necessidade de conversão de centímetros (cm) para quilômetros (Km). A escala já demonstra quantos quilômetros corresponde cada centímetro. • Se inserirmos em qualquer figura ou fotografia um objeto de dimensões conhecidas ou uma reta graduada, pode-se ajudar o leitor a compreender o tamanho real do que está representado. Exercícios INTRODUÇÃO AO DESENHO ARQUITETÔNICO Profº Fábio D. do Amaral e-mail:amaral@uri.edu.br • A planta baixa é a peça gráfica mais importante de um projeto arquitetônico. • É desenhadacom o objetivo de atender a um programa de necessidade e seu desenvolvimento é feito com criatividade e funcionalidade. • Nela representa-se as paredes, esquadrias, escadas, rampas, aparelhos fixos (pias, tanques, vasos, etc) nomes dos compartimentos, áreas, dimensões e outros elementos importantes. • É também o desenho mais importante do projeto no canteiro de obras, durante a execução da edificação. • Planta baixa é um projeção bidimensional obtida através de um corte, no sentido horizontal, numa altura que passe pelas janelas e portas ao mesmo tempo, cerca de 1,5 m acima do plano do piso e com a seção superior removida. Todos os outros desenhos da edificação originam-se da planta baixa e o projeto de uma edificação terá tantas pranchas de planta baixa quantos forem os pavimentos diferentes projetados e as escalas usualmente utilizadas são 1:20, 1:50 e 1:100. Corte • É uma vista horizontal, após o corte da edificação por um plano vertical e removida a parte da frente. A prancha que contém o corte mostra dimensões horizontais e verticais. Um projeto poderá ter tantos cortes quanto exigir a complexidade da edificação. As escalas usadas para esta prancha serão as mesmas usadas na planta baixa. Corte AA Corte BB Espessura das linhas • As paredes são desenhadas com linha espessa, 0,6 mm, nos trechos das janelas usa-se linha média, 0,3 mm, assim como nas folhas das portas e degraus de escadas. • Os detalhes como pias, vasos, tanques e fogões também são desenhados com linhas médias, linhas de cotagem são representadas com espessuras de 0,1 mm. Vale resaltar que não é necessária a representação do mobiliário na planta baixa. • Os pisos frios como cozinhas, banheiros, lavanderias, sacadas, garagens, pátios, etc, são representados com quadriculados com linha de espessura 0,1 mm. • Os beirais, sacadas, marquises, etc. aparecem com contornados por linhas de traços e dois pontos com espessura de 0,3 mm, no pavimento inferior. Fachadas • São vistas horizontais do exterior da edificação, normalmente feitas a partir de um ponto de vista perpendicular às principais superfícies verticais da edificação. Na prancha de fachadas não devem ser representadas linhas de cotas. As escalas usadas para esta prancha serão as mesmas usadas na planta baixa e no corte. Planta de cobertura e elementos do telhado • Mostra o sentido de caimento das águas (planos inclinados) do telhado e fornece dados sobre o formato geral da cobertura. Este desenho pode ser representado juntamente com a planta de localização. Mobiliário • Na elaboração de um projeto arquitetônico o profissional deve considerar o espaço necessário para o arranjo e a utilização do mobiliário do cliente, ou, pelo menos o mobiliário básico para cada edificação, de acordo com sua utilização. – Cama de solteiro – 0,80 x 2,00 m – Cama de casal – 1,40 x 2,00 m – Cadeira – 0,50 x 0,55 m – Poltrona – 0,75 x 0,75 m – Sofá – 1,20 x 0,75 m a 2,20 x 0,75 m – Vaso sanitário – 0,40 x 0,55 m a 0,50 x 0,70 m – Geladeira – 0,70 x 0,70 m – Balcão da pia – 1,20 x 0,55 m – Pia banheiro – 0,50 x 0,50 m a 0,75 x 0,50 m Espaço livre para cada aparelho • Em frente ao vaso sanitário: 60 cm; • Em frente à pia: 75 cm; • Em frente ao fogão: 1,10 m; • Em frente à balcões: 80 cm; • Em frente à geladeira: 80 cm; • Em frente à armários e guarda-roupas: 70 cm; • Em torno de camas: 60 cm. Corredores • Em residências unifamiliares, os corredores devem ter no mínimo 90 cm de largura e altura mínima de 2,20 m, com ventilação para cada trecho máximo de 15,0 m. Cozinhas • As cozinhas residenciais devem ter uma área que permita a instalação de, no mínimo, um refrigerador (0,70 x 0,70 m), um fogão (0,60 x 0,60 m) e um balcão (1,00 x 0,55 m). • Por motivos de segurança os botijões de gás deverão ser instalados no lado de fora da residência ou na área de serviço contígua, desde que esta seja devidamente ventilada. • As paredes, até uma altura mínima de 1,50 m e o piso deverão ter revestimento liso, lavável e impermeável. Área de serviço • Deverá ter uma área de serviço que permita a instalação de, no mínimo, um tanque (0,60 x 0,60 m), uma máquina de lavar (0,70 x 0,70 m) e dois botijões de gás (diâmetro de 40 cm). • As paredes, até uma altura mínima de 1,50 m, e o piso deverão ter revestimento liso, lavável e impermeável. Banheiros • Deverá ter uma área que permita a instalação de, no mínimo, um lavatório (0,50 x 0,50 m), um vaso sanitário (0,40 x 0,60 m) e um box para chuveiro com dimensões mínimas de 0,80 x 0,80 m. • As paredes, até uma altura mínima de 1,50 m e o piso deverá ter revestimento liso, lavável e impermeável. Portas • Todos os aposentos de uma edificação devem ter pelo menos uma porta de acesso, respeitando as seguinte larguras mínimas: – Internas: largura média = 80 cm; – Externas: largura média = 90 cm; – Banheiros: largura média = 60 cm. Entre a porta e a parede perpendicular mais próxima, deve-se deixar uma “gola” de, no mínimo, 10 cm. Portas Janelas • Para fins de ventilação e iluminação é obrigatório que todos os aposentos tenham pelo menos uma janela voltada para o exterior, com exceção de closets e banheiros com sistema de ventilação forçada. • A área mínima de uma janela, deve seguir o código de obras da cidade onde será executado o projeto. Tipo de compartimento ILUMINAÇÃO (fração da área do piso) VENTILAÇÃO (fração da área do piso) Compartimentos de edificação residências 1/6 1/12 Compartimentos de edificações não- residências 1/12 1/24 Sanitários - 1/12 Circulação e garagens - 1/20 Janelas Altura de peitoril das janelas • Banheiros – 1,40 m; Cozinhas e áreas de serviço – 1,20 m; Escritórios e dormitórios – 0,90 m; Áreas de estar e lazer – 0,30 m. Cotagem • A cotagem indica as dimensões totais de uma edificação e de todos os seus compartimentos, espessuras de paredes, portas, janelas, escadas, sacadas, marquises, beirais, etc. Os compartimentos devem ter anotado sua finalidade e sua área. Vale salientar que não é necessário cotar o intervalo entre janelas, nem a própria janela, com linha de cota. Janelas e portas são cotadas diretamente. A distância entre o elemento a ser cotado e a linha de cota deve ser entre 7 a 10 mm. Check list – Desenho Arquitetônico Usar o jogo de esquadros para garantir que os ângulos fiquem corretos; As linhas que representam as paredes devem ser PARALELAS; As linhas de cota não devem ficar muito próximas das paredes (quando forem externas); Os textos das cotas não devem ficar de cabeça para baixo; Os textos de cotagem das janelas devem ser colocados do lado EXTERNO da peça; As folhas das portas devem ser representadas com uma pequena espessura e nunca apenas com uma linha; A espessura das linhas deve ser constante: PAREDES: linhas largas. COTAS: linhas finas. OUTROS DETALHES: linhas de espessura intermediária. Check list – Desenho Arquitetônico As portas devem abrir sempre para o lado de dentro dos compartimentos; Em cada peça da edificação, representar o mobiliário usado na escala correta, de acordo com o layout utilizado no dimensionamento; Evitar rasuras no desenho; Utilizar letra bastão em todos os textos do desenho e da legenda; As peças do mobiliário não devem ser representadas encostadas às paredes; Em banheiros e cozinhas, fazer a representação de “piso frio” (quadriculado); Os compartimento devem ser identificados com seus nomes e área total (interna).Tamanho ideal de prancha Planta baixa Planta baixa Planta baixa Planta baixa Quadro de esquadrias Pisos Trabalho – entrega 03/07 – valor 10 pontos • Projetar uma residência unifamiliar com no máximo 100 m²; • Folha (prancha) no mínimo A2; • Escala 1:50; • Representar Planta Baixa, Corte AA, Corte BB e Fachada; • Paredes externas 20 cm de espessura e paredes internas 15 cm de espessura. • Informações da Legenda: – Título; (tamanho da fonte: 10 mm) – Tipo de edificação; (tamanho da fonte: 6 mm) – Proprietário; (tamanho da fonte: 6 mm) – Local, informando rua, bairro e cidade; (tamanho da fonte: 6 mm) – O que está representado na prancha; (tamanho da fonte: 6 mm) – Nome do Aluno (a); (tamanho da fonte: 6 mm) – Data, Escala, Área Construída, Prancha. (tamanho da fonte: 5 mm) • Cômodos obrigatórios: – Sala, cozinha, banheiro, dormitório e lavanderia. São permitidos outros cômodos além dos obrigatórios como, garagem, varanda, escritório, etc. *Não é necessária a representação dos móveis. Exemplo de legenda DESENHO ARQUITETÔNICO EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR PROPRIETÁRIO: FULANO DETAL DA SILVA LOCAL: RUA X – CENTRO – FREDERICO WESTPHALEN PLANTA BAIXA – CORTES – FACHADA ALUNO: FÁBIO DISCHKALN DO AMARAL DATA ESCALA ÁREA CONSTR: PRANCHA JUN/18 1:50 84 m² 1 Obs.: Esta legenda não está no tamanho real. 178 mm Dobramento folhas
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