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MODELO - ação de reconhecimento e união estável

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _VARA XXX DA COMARCA DE CIDADE/UF 
Tibúrcio, nacionalidade, estado civil, profissão, portador RG nº xxx CPF xxxx residente e domiciliado na cidade de xxxx, vem, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador, com fulcro nos art. 1.723 do Código Civil e nos demais dispositivos aplicáveis, propor a presente:  AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL em face de Órbio, nacionalidade, estado civil, profissão, portador RG nº xxx CPF xxxx residente e domiciliado na cidade de xxxx, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I. DOS FATOS
			O requerente Tibúrcio e o requerido Órbio iniciaram o relacionamento afetivo em 1999, em 2005 deram um passo mais sério na relação e resolveram morar juntos no apartamento de Tibúrcio. Com o passar do tempo, amadurecimento da relação e estabilidade financeira, ambos em comum acordo adquiriam um apartamento em 2007, que mantiveram união estável durante 11 anos.
			Entretanto, com o passar do tempo a relação se desgastou e tornou-se insustentável a manutenção da vida comum, em janeiro o requerente e requerido separaram-se de fato e Tibúrcio voltou a morar com seus genitores.
			O fim da relação não foi feita de forma amigável, já que Órbio não aceita o fim da relação, dessa forma as partes não conseguiram chegar a uma a uma composição a respeito da divisão do bem comum. 
II. CONFIGURAÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL E SUA DISSOLUÇÃO 
			O requerente e o requerido mantiveram união estável por 11 anos, configurando a união estável nos termos do art. 1.723 do Código Civil.
			Conforme o entendimento do STF, a união homoafetiva deve se submeter ao regime jurídico da união estável. As partes assumiram a relação pública e efetivamente em 2007, adquiriram bens na constância da relação, sendo explicita a sua relação perante amigos, parente e a sociedade em geral. 
			Dessa maneira, a união homoafetiva deve receber igual tratamento dispensado à união estável mantida entre pessoas de sexos opostos, conforme entendimento do STF, seguido por tribunais por todo o país, em consonância com os princípios constitucionais da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana.
			Assim, conforme demonstrado anteriormente após a convivência em união estável, as partes romperam em janeiro de 2018.
III. BENS ADQUIRIDOS ONEROSAMENTE DURANTE A RELAÇÃO
			Não resta nenhuma dúvida que as partes viveram sob o regime de união estável. Sendo assim, aplica-se o regime de comunhão parcial de bens de acordo com o art. 1.725 do Código Civil.
			Uma vez verificada a união estável os bens adquiridos onerosamente na constância da relação deverão ser partilhados ao término do vínculo, nos termos do art. 1.658 da Lei Civil: 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. 
			In casu, fora adquirido de forma conjunta, onerosamente durante a convivência, os bens a seguir relacionados: 
1. Um imóvel residencial situado na Rua xxxxxxx CEP xxxxxxx, no valor de 200.000,00 em nome do requerido, que foi mobiliado em esforço comum ao custo de 68.000,00 no total.
2. Um carro modelo Gol, ano 2015, placa xxxx, no valor de 35.000,00.
			Portanto, finda a relação, deve-se partilhar os referidos bens no percentual de 50% (cinquenta por cento) para cada convivente. 
IV. DO PEDIDO
Isto posto, requer a Vossa Excelência: 
1- A citação do Requerido, por carta com aviso de recebimento para, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia; 
2- Reconhecer a existência de união estável e de sua dissolução; 
3 - A partilha do bem, em que deverá ser partilhado no percentual de 50%(cinquenta por cento) para cada companheiro; 
4 - A condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários advocatícios em 20% (vinte por cento) sobre o valor atualizado da causa; 
	 5 - Dá à causa o valor de R$ 303.000,00
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data
Nome do Advogado – OAB/UF

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