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Cruzeiro do Sul biografia

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Cruzeiro do Sul (Acre)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
	Município de Cruzeiro do Sul
	"Cruzeiro"
"Capital do Vale do Juruá"
"Terra dos Náuas"
	
A ponte da união liga Cruzeiro do Sul ao Segundo distrito e a capital Rio Branco.
		
	
	Bandeira
	Brasão
	Hino
	Aniversário
	28 de setembro de 1904(113 anos)[nota 1]
	Fundação
	1904
	Gentílico
	cruzeirense
	Prefeito(a)
	Ilderlei Cordeiro (PMDB)
(2017 – 2020)
	Localização
	
Localização de Cruzeiro do Sul no Acre
Cruzeiro do Sul
Localização de Cruzeiro do Sul no Brasil
	07° 37' 51" S 72° 40' 12" O
	Unidade federativa
	 Acre
	Mesorregião
	Vale do Juruá IBGE/2008 [1]
	Microrregião
	Cruzeiro do Sul IBGE/2008 [1]
	Municípios limítrofes
	Estado do Amazonas, República do Peru, Porto Walter, Rodrigues Alves, Tarauacá e Mâncio Lima
	Distância até a capital
	632 km[2]
	Características geográficas
	Área
	7 924,943 km² [3]
	População
	82 622 hab. (AC: 2º) –  estimativaIBGE/2017[4]
	Densidade
	10,43 hab./km²
	Altitude
	182 m
	Clima
	Equatorial Isotérmico Af i
	Fuso horário
	UTC-5
	Indicadores
	IDH-M
	0,664 (AC: 2º) – médio PNUD/2010[5]
	PIB
	R$ 834 876 mil IBGE/2010[6]
	PIB per capita
	R$ 10 642,95 IBGE/2010[6]
Cruzeiro do Sul é um município brasileiro localizado no interior do estado do Acre. É o segundo município mais populoso do estado, superado apenas pela capital, Rio Branco, da qual se distancia 632 quilômetros. É, ainda, um dos mais importantes polos turísticos e econômicos do Acre. Além disso, Cruzeiro do Sul é cercada de construções e monumentos que simbolizam e guardam a história do Acre.
Índice
 
História
Cruzeiro do Sul, em 1909. Documento sob guarda do Arquivo Nacional.
O município, cujo nome foi inspirado na Constelação "Cruzeiro do Sul", surgiu da implementação do decreto de 12 de setembro de 1904, quando o Coronel do Exército Brasileiro Gregório Taumaturgo de Azevedo instalou a sede provisória do município, em um local denominado "Invencível", na foz do Rio Moa. Teve sua fundação oficializada em 28 de Setembro de 1904, quando a sede do Departamento do Alto Juruá foi transferida para Cruzeiro do Sul. A área escolhida chamava-se "Centro Brasileiro" e foi adquirida do Sr. Antônio Marques de Menezes pelo governo da União. Era localizado à esquerda do barracão central da casa de farinha e de algumas barracas isoladas.
Em 17 de Novembro de 1903, o território do Acre, incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, foi dividido em três departamentos: Alto Juruá, Alto Purus e Alto Acre, todos independentes entre si e diretamente subordinados ao Governo da União. Cada um dos departamentos era administrado por um Intendente - cargo parecido com o de prefeito atual, só que nomeado pelo Presidente da República, até 1920.
No dia 28 de setembro de 1904, o Coronel Thaumaturgo, através do Decreto N° 4, autorizava a transferência da sede da Prefeitura para o Seringal Centro Brasileiro, à margem esquerda do Juruá, pois no antigo lugar faltava área suficiente para o desenvolvimento futuro da cidade, além do problema das inundações periódicas, resultantes das enchentes do rio. Na área do Centro Brasileiro, a geografia apresentava muitas colinas (terras livres de inundações), facilitando a implantação da futura cidade de Cruzeiro do Sul, atendendo, ainda, outras considerações de ordem administrativa e comercial. Não se sabe, exatamente, de quem foi a ideia de dar o nome à sede da prefeitura do Alto Juruá de Cruzeiro do Sul, mas a denominação é estabelecida no artigo 2° do Decreto e, com certeza, tem por inspiração a constelação do Cruzeiro do Sul.
Geografia
Rio Juruá ao atravessar Cruzeiro do Sul.
O município conta com um relevo formado por uma série de colinas e uma vegetação predominantemente amazônica. A área do município é de 7 924,94 km²[7]. Localiza-se na região noroeste do estado de Acre, na margem esquerda do rio Juruá, a 648 km por via terrestre da capital do estado Rio Branco, pela rodovia BR-364 e 593 km em linha reta. Localizada na Mesorregião do Vale do Juruá, faz divisa com o estado do Amazonas (Norte); o município de Porto Walter (ao Sul); com Tarauacá (a Leste) e com os municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves e com o Peru (a Oeste).[8] O tipo de solo predominante é o podzólico, vermelho e amarelo, não possuindo terreno pedregoso.
Hidrografia[editar | editar código-fonte]
Cruzeiro do Sul é banhada pelo Rio Juruá, de águas barrentas, navegáveis e piscosas que banha e divide o município de Cruzeiro do Sul em dois distritos. O nome Juruá é de origem indígena, é uma derivação do nome "Yurá", usado pelos indígenas que habitavam suas margens. O rio nasce no Peru e, com 2 410 quilômetros de extensão, é o 43º maior rio do mundo. Suas águas caudalosas e barrentas tem dois períodos distintos: no inverno, especialmente de dezembro a maio, é a época das enchentes, quando ele invade todas as terras baixas; e o período de verão, de junho a novembro, quando suas águas baixam de tal maneira que os barcos e balsas de maior porte não conseguem chegar a Cruzeiro do Sul. Suas margens, após as vazantes, são utilizadas pelos ribeirinhos ou "barranqueiros" para o plantio de produtos agrícolas como: feijão, milho, batata, melancia e outros.
Há uma grande quantidade de lagos espalhados pelo município, localizados, quase sempre, próximos ao Rio Juruá ou à seus afluentes. O aspecto e a largura que apresentam são semelhantes aos dos cursos d'água que passam nas proximidades. Medem, aproximadamente, 6 km de extensão e são, geralmente, piscosos.
O clima de Cruzeiro do Sul é equatorial (do tipo Af na classificação climática de Köppen-Geiger), quente e úmido,[10] com temperatura média compensada anual em torno dos 25 °C[11] e índice pluviométrico de aproximadamente 2 300 milímetros (mm) anuais.[12] A umidade do ar é relativamente elevada, com índices acima de 80% durante todo o ano,[13] o tempo médio de insolação é de aproximadamente 1 200 horas anuais.[14] Entre maio e setembro torna-se mais comum o fenômeno da friagem, registrando temperaturas muito baixas (em torno de 15 °C) para os padrões regionais.[15]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1962, 1970 a 1990 e a partir de 1993, a menor temperatura registrada em Cruzeiro do Sul foi de 6,2 °C em 27 de junho de 1987,[16] e a maior atingiu 39,9 °C em 22 de maio de 2002.[16] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 160,6 mm em 25 de março de 2005. Outros grandes acumulados foram 140,8 mm em 3 de abril de 1987, 135,1 mm em 20 de março de 1973, 126,6 mm em 25 de abril de 1988, 120 mm em 27 de abril de 2005, 118,2 mm em 2 de dezembro de 2001, 116,1 mm em 14 de abril de 2002, 115,1 mm em 16 de abril de 2008, 114,2 mm em 2 de março de 1972, 108,9 mm em 17 de abril de 2013, 108,6 mm em 26 de abril de 1974, 108,5 mm em 24 de dezembro de 2014, 105,3 mm em 1 de abril de 2010, 105 milímetros em 1 de setembro de 1978, 104 milímetros em 17 de fevereiro de 1971, 103,8 mm em 31 de outubro de 1974 e 102 mm em 27 de março de 1994.[9] O índice mais baixo de umidade relativa do ar ocorreu na tarde de 17 de maio de 2011, de 28%.[17]
Demografia[editar | editar código-fonte]
A população do município em 2015 era estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 81 519 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado e o 33º da região Norte do Basil. Apresenta uma densidade populacional de 10,21 habitantes por km².[22] Segundo o censo de 2000, 50,14% da população urbana são homens e 49,86% mulheres, e 72,17% da população vive na zona urbana e 27,83% vive na zona rural.[23] Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a população de Rio Branco equivale a 0,05% da população nacional. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Cruzeiro do Sul em 2008 possuía 45.298 eleitores, o equivalente a 10,24% do número de eleitores estaduais, sendo o segundo maior colégio acriano.[7]
O Índice de DesenvolvimentoHumano Municipal (IDH-M) de Cruzeiro do Sul é considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor de 0,668. Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,721, enquanto a média nacional é de 0,849, o índice da longevidade é de 0,685 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,598 (o do Brasil é 0,723).[24] Cruzeiro do Sul possui a maioria dos indicadores médios segundo o PNUD. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,54, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[25] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 40,17% e a incidência da pobreza subjetiva é de 51,20%.[25]Cruzeiro do Sul apesar da relativa melhora em relação aos índices de 1991, ainda necessita de uma boa melhora nos seus índices para que alcance um patamar aceitável.
Religião[ | 
Catedral de Nossa Senhora da Glória, construída em estilo germânico no ano de 1957.
De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Cruzeiro do Sul é composta por: Católicos (76,19  %), evangélicos (20,38%), pessoas sem religião (2,41%), espíritas (0,17%), e 0,85% estão divididos entre outras religiões.[26]
A cidade se desenvolveu sobre uma matriz social eminentemente católica, reflexo disso está associado a grande parte da sua composição religiosa, tanto que a festa mais popular da região está associada a ela, o "Novenário de Nossa Senhora da Glória". Apesar desse quadro, nos últimos anos houve também um forte crescimento da parcela evangélica da população.
Embora em menor número, chamam a atenção pela sua particularidade, a presença das chamadas "Religiões da Floresta", em especial a União do Vegetal(UDV) e o Santo Daime, praticas espiritualistas que têm em seus cultos, o uso ritualístico da "ayahuasca". Entre os indígenas da região também acontecem as práticas xamânicas com o uso da "ayahuasca".
Grupos étnicos[editar | editar código-fonte]
A atual população de Cruzeiro do Sul, bem como da região do Juruá, é formada principalmente pelo elemento indígena, e pelos nordestinos que vieram à região em grande número no início do século XX para a extração da borracha. Também é forte na região a presença dos sírio-libaneses, que chegaram à região como comerciantes. Mas recentemente, a região também tem recebido imigrantes peruanos, haitianos e bolivianos.
Economia[editar | editar código-fonte]
O extrativismo da borracha foi, até o início do século XX, a principal atividade econômica desenvolvida no município. Além da borracha, a economia da região gira em torno da exploração da madeira. Atualmente, a farinha é o principal produto da atividade econômica municipal, sendo uma das melhores da região e muito apreciada no sul do país. Nos últimos anos as atividades econômicas do município estão voltadas para atividades extrativistas, de agronegócios que visam produzir e comercializar bens e serviços. Estas atividades econômicas são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região e do homem que a décadas tenta sobreviver nesta parte do remota do país e através delas as pessoas podem obter as coisas que precisam para a sua vida.

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