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Plano De Aula 6 A soberania como elemento essencial tracos caracteristicos e distintivos

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Plano	de	Aula:	A	soberania	como	elemento	essencial:	traços
característicos	e	distintivos
CIÊNCIA	POLÍTICA	-	CCJ0216
Título
A	soberania	como	elemento	essencial:	traços	característicos	e	distintivos
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
6
Tema
A	soberania	como	elemento	essencial:	traços	característicos	e	distintivos
Objetivos
O	aluno	deverá	ser	capaz		de:
1	-	compreender	como	se	estabeleceu	a	construção	do	conceito	de	soberania
no	decorrer	da	Modernidade;
2	-	estabelecer	as	características	que	definem	o	conceito	de	soberania	nos
dias	atuais;
3	-	perceber	que	o	conceito	de	soberania	se	fundamenta	em	bases	de
legalidade	e	de	legitimidade.
Estrutura	do	Conteúdo
Esta	 aula	 será	 apresentada	 com	 base	 nos	 conteúdos	 estabelecidos	 no
Capítulo	5,	Unidade	II,	do	Livro	Didático	de	Ciência	Política.	Leia-os	em	momento
anterior	à	sua	apresentação	pelo	professor	em	sala	de	aula.
	
Tópicos:
A	construção	histórica	do	conceito	de	soberania	na	modernidade	-	Partindo-se
do	princípio	de	que	a	 ideia	de	soberania,	estando	submetida	a	contingências
históricas,	nem	sempre	existiu,	tem-se	por	mais	correto	concebê-la	como	uma
construção	intelectual	do	Estado	Moderno	em	oposição	ao	fragmentado	poder
da	 era	 medieval.	 Na	 verdade,	 o	 caminho	 da	 construção	 do	 conceito	 de
soberania,	iniciado	por	Jean	Bodin,		para	legitimar	o	poder	do	Rei	de	França	no
contexto	 de	 disputa	 entre	 o	 poder	 temporal	 e	 o	 poder	 espiritual,	 engendra
uma	 teoria	 da	 soberania	 absoluta	 do	 Estado.	 No	 decorrer	 da	 própria
Modernidade,	 o	 conceito	 vai	 sendo	 desenvolvido	 (principalmente	 pelos
clássicos	contratualistas)	em	linhas	teóricas	coerentes	com	as	concepções	de
Estado	que	vão	sendo	propostas.	
Os	 traços	definidores	do	conceito	de	soberania	 -	Mesmo	que	deva	se	admitir
	que	o	conceito	de	soberania	é	histórico	e	relativo,	uma	grande	quantidade	de
acepções	 conceituais	 buscam	 explicá-lo.	 Trata	 de	 um	 termo	 que	 designa	 o
poder	 político	 no	Estado,	 expressando	 internamente	 seu	poder	 de	 comando,
ou	seja,	a	plenitude	da	capacidade	de	direito	em	relação	aos	demais	poderes
dentro	 do	 Estado.	 Por	 outro	 lado,	 sob	 uma	perspectiva	 externa,	 a	 soberania
significar	 o	 atributo	 que	 possui	 o	 Estado	 nacional	 de	 não	 ser	 submetido	 às
vontades	 estatais	 alienígenas.	 Assim,	 somente	 o	 Estado	 é	 dotado	 de
soberania,	 sendo	 que	 outras	 comunidades	 ou	 pessoas	 coletivas	 de	 direito
interno,	no	limite,	podem	ser	dotadas	tão	somente	de	autonomia.
	
Legalidade	e	legitimidade	como	fundamentos	da	soberania	-	Trata-se	de
	enfatizar	a	ideia	de	que	ao	poder	soberano	no	Estado	Moderno	não	basta
estar	submetido	às	diretrizes	legais,	mas	também	deve	se	preocupar	em	ser
legítimo.	Se	a	legalidade,	entendida	como	a	submissão	às	leis	produzidas	pelo
próprio	Estado,	pode	ou	não	refletir	as	aspirações	da	sociedade	como	um
todo,	a	concepção	de	legitimidade	se	atrela	ao	grau	de	lealdade	de	todos	os
seus	cidadãos,	ao	grau	de	adesão	por	convicção.	Neste	sentido,	enquanto	a
legalidade	exige	apenas	uma	adesão	externa	(bastando	que	o	cidadão	cumpra
a	norma	emanada),	o	reconhecimento	da	legitimidade	exige	que	o	seguimento
ao	ordenamento	se	dê	por	uma	adesão	interna,	psicológica.
Aplicação	Prática	Teórica
O	conceito	de	soberania	é	teoricamente	bastante	complexo	e	tem	variado	no
decorrer	do	tempo,	suscitando	uma	grande	quantidade	de	acepções
conceituais.	Podemos,	de	qualquer	forma,	extrair	que	se	trata	de	um	termo
que	designa	o	poder	político	no	Estado	Moderno	estando	expresso	em
praticamente	todas	as	constituições	modernas.
A	Constituição	brasileira	tem	alguns	dispositivos	(no	caso	os	art.	4º	e	14)	que
fazem	tal	referência,	senão	vejamos:
Art.	4º	A	República	Federativa	do	Brasil	rege-se	nas	suas	relações
internacionais	pelos	seguintes	princípios:
I	-	independência	nacional;	(...)
III	-	autodeterminação	dos	povos;
IV	-	não-intervenção;
V	-	igualdade	entre	os	Estados;	(...)
Art.	14.	A	soberania	popular	será	exercida	pelo	sufrágio	universal	e	pelo	voto
direto	e	secreto,	com	valor	igual	para	todos,	e,	nos	termos	da	lei,	mediante:
I	-	plebiscito;
II	-	referendo;
III	-	iniciativa	popular.	(...)?	(grifo	nosso)
Diante	do	acima	exposto,	pergunta-se:
a)	Diante	do	que	está	expresso	no	Art.	4º	da	Constituição	Federal,	é	possível
afirmar	que	o	Brasil	deve	considerar	que	a	soberania	sempre	exterioriza	a
supremacia	estatal?

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