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Aula 07 01/02/2013 Esquistossomose Segunda endemia do mundo Origem na África Brasil: principal foco de esquistossomose intestinal Schistosoma mansoni CLASSIFICAÇÃO Filo: Platyhelminthes Subclasse: Trematoda Infraclasse: Digenea Gênero: Schistosoma Espécie: S. haematobium S. mansoni S. intercalatum S. mekongi S. japonicum S. malayensis Morfologia -dioicos -presença de cutícula -duas ventosas: oral ou ventral ou acetábulo -sem faringe -possuem intestino Machos -largos e curvados ventralmente, maiores que as fêmeas -canal ginecóforo: onde a fêmea se aloja durante a cópula -número de testículos variáveis (de 4 a várias dezenas) Fêmea -mais finas -vivem no ginecóforo -viteloducto único -útero retilíneo -poro genital e pós acetabular Ovo com espícula lateral, casca do ovo bastante rígida, porosa, permitindo a libração se substancias produzidas pelo embrião e penetração de nutrientes. No meio externo são viáveis por 2 a 5 dias em fezes formadas. Oriente médio Miracídio -No interior do ovo -todo ciliado -células enflamas e apicais para penetração no caramujo - No molusco o parasito sofre reprodução mitótica por poliembrionia -entra no caramujo e se transforma em esporocisto O miracídio transforma-se em estrutura sacular alongada com esporocistos primários (células germinativas) no seu interior. Depois de 2 semanas, cada esporocisto primário origina um esporocisto secundário, que dará origem a uma cercaria depois de 3 a 4 semanas -cercaria (forma infectante) -ventosa oral e ventral + cauda bifurcada -podem infectar diretamente o hospedeiro vertebrado, ou um segundo hospedeiro intermediário ou ainda encistar-se na superfície de plantas aquáticas -quando a cercaria encista-se no hospedeiro intermiário ou em plantas aquáticas, recebe o nome de metacercária -quando entra no homem perde a cauda, passando a ser chamado de esquistossômulo, que entra na corrente sanguínea (grande circulação). Disseminam-se para vários órgãos, mas só os que chegam no sistema porta-hepático podem amadurecer e originar vermes adultos. O sistema reprodutor também se desenvolve completamente só após a chegada dos vermes ao fígado. A maturação sexual dos machos ocorre primeiro. O macho acasala-se com a fêmea de aparelho reprodutor ainda imaturo, dobrando seu corpo em volta dela formando o canal ginecóforo. É o macho que secreta hormônios no canal ginecóforo para estimular a maturação do aparelho reprodutor da fêmea. Após a maturação do casal, ocorre a migração do casal em direção às vênulas e veias do plexo mesentérico. O macho fixa alternadamente sua ventosa oral e dorsal no endotélio dos capilares para movimentar o casal, quando eles atingem as vênulas do plexo mesentérico inferior, inicia-se a oviposição. Biologia Habitat: ramos da veia porta + mesentérico inferior Alimentação: ferro, glicose Ciclo heteróxeno: molusco vetor Transmissão: penetração da cercéria pela mucosa via sanguínea (fígado e intestino) e via transtissular Hospedeiro vertebrado: -Os vermes adultos alojam-se aos pares em vênulas terminais do plexo mesentérico inferior, especialmente o cólon e o retosigmoide. -A cada dia 300 ovos são eliminados pela fêmea no interior das vênulas. -A inflamação que a presença dos ovos desperta no hospedeiro: ruptura da parede da vênula, liberando os ovos nos tecidos perivasculares e no lúmen intestinal. -Parte dos ovos eliminados ficam retidos no tecido fibroso e são arrastados pela corrente sanguínea até os capilares do espaço porta hepático (resulta em inflamações, e raramente são encontrados ovos nos pulmões e SNC). No caramujo: Características das larvas Miracídio e cercaria: -termotropismo, fototropismo e enzimas proteolíticas -no molusco o miracídio fica na região cefaopedal e antenas de preferência -cada miracídio origina de 100 mil a 300 mil cercarias do mesmo sexo -são mais ativos nas primeiras 8 horas Ciclo Patogenia -Assintomática -Sintomática ou toxênica -regiões hiperendêmicas: dermatite cercariana, febre de Katayama cercária entra na pele circulação pequena circulação Coração D > pulmão > coração E circulação geral maturidade no sistema porta intra-hepático acasalamento deslocamento para ramos do mesentério ovipostura no plexo hemorroidário Formas clínicas -hepato-intestinal: diarreias, fígado palpável -hepático: fígado endurecido -hepatoesplênica compensada: hipertensão portal -hepatoesplênica descompensada: hemorragia gigestiva > isquemia hepática > alteração funcional do fígado Fatores determinantes da patogenia -carga parasitária, cepa -hospedeiro: perfil imunitário, raça, nutrição, idade Formas evolutivas -Cercária -dermatite cercariana -Esquistossômulo -alergia: linfoadenopatia, tosse, febre -Vermes adultos: -espoliação, necrose -Ovo -primeiro ovo passa pela luz intestinal: hemorragias, edemas -segundo ovo maduro preso na submucosa Granuloma esquistossomático Ovo + inflamação = granuloma -granuloma na luz dos vasos -disseminação para vários órgãos -evolução para fibrose -obstrução do fluxo sanguíneo -hiperplasia do SMF Consequências do granuloma -Aumento das vísceras -Varizes -circulação colateral anômala -sangramentos -ascite -anemia, hipoproteinemia Órgãos atingidos -intestino -pulmão -fígado -baço -esôfago -medula espinhal Imunidade -concomitante: impede a reinfecção grande -imunodepressão: hepatoesplênica descompensada Dignóstico -Exame clínico: anamnese -Laboratorial -Sangue: anemia, eosinofilia, hipoglicemia -Fezes: Kato, modificado por Katz, Lutz ou Hoffman, Pons e Jenner (HPJ) -Imunologia: intradermoreação (ELISA, RIFI) -Ultrassonografia (HD) -Biópsia retal Tratamento -Medicação: Praquizantel e Otamnique (Mansil®) -Cirurgia: esplectomia, esclerodermia das varizes esofageanas -Reposição dos nutrientes Epidemiologia Autóctone da África Brasil: 6 milhões de infectados O Caramujo Biomphalaria glabrata – 40mm Biomphalaria tenagophila – 35mm Biomphalaria straminea – 17mm Formas -Concha planoespiral -reprodução hermafrodita Ambiente -Coleçao de água doce – criadouros! -alimentação -resitência – estivação -densidade populacional -competição pelo habitat Habitat Profilaxia -saneamento do meio -controle dos moluscos -moluscicidas -químicos: Niclosamida -biológicos: casca da castanha do caju -controle biológicos: aves, peixes e moluscos Vacina -Mirian Tendler -Proteína Sm 14 – 6 Antígenos no combate
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