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Assédio sexual e assédio moral Flávio da Costa Higa - flaviochiga@hotmail.com InserInserçção das mulheres no mercado de trabalho e as estruturas ão das mulheres no mercado de trabalho e as estruturas patriarcais de poderpatriarcais de poder * Deturpou a segmentação das atribuições sociais (homem = espaço público – mulher = esfera privada); * Veio impregnada de ranços que vinculam a mulher ao trabalho doméstico. Testes da hipótese: 1. quem exerce o trabalho doméstico remunerado; 2. quem exerce o trabalho doméstico não remunerado; 3. quem o Estado incumbe de cuidar dos filhos. * A independência econômica pelo exercício de atividade produtiva oblitera o estado de sujeição ao homem; * Assédio sexual compreendido como discriminação de gênero (abordagem mais aceita nos EUA) InserInserçção das mulheres no mercado de trabalho e as estruturas ão das mulheres no mercado de trabalho e as estruturas patriarcais de poderpatriarcais de poder Brasil: Pessoal Ocupado no Serviço Doméstico Remunerado e a Participação nas Ocupações segundo o Sexo — 1995 (Em %) Ocupação Homem Mulher Arrumadeira/camareiro 3,56 96,44 Babá/Ama/acompanhante 0,94 99,06 Cozinheira/copeira 2,77 97,23 Diarista/faxineira 2,47 97,53 Lavadeira/passadeira 0,76 99,24 Governanta/mordomo 3,15 96,85 Doméstica polivalente 5,10 94,90 Atendente/jardineiro/motorista 79,08 20,92 Total 6,84 93,16 Fonte: IBGE/PNAD, 1995 Compreensão epistemolCompreensão epistemolóógica do assgica do asséédio sexual como forma de dio sexual como forma de discriminadiscriminaçção de gênero ão de gênero –– cencenáário mundialrio mundial “3. Le harcèlement et le harcèlement sexuel au sens de la présente directive sont considérés comme une discrimination fondée sur le sexe et sont dès lors interdits.” (Diretiva Europeia 2002/73/CE, art. 3º) “Artículo 1.o. Principios regentes. Esta ley se basa en los principios constitucionales del respeto por la libertad y la vida humana, el derecho al trabajo y el principio de igualdad ante la ley, los cuales obligan al Estado a condenar la discriminación por razón del sexo y a establecer políticas para eliminar la discriminación contra la mujer, según la Convención de las Naciones Unidas sobre la eliminación de todas las formas de discriminación contra la mujer y la Convención interamericana para prevenir, sancionar y erradicar la violencia contra la mujer.” (Costa Rica, Lei 7.476/95, art. 1º) AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero e a ão de gênero e a possibilidade de vpossibilidade de víítimas de ambos os sexostimas de ambos os sexos “32.3. toute forme de comportement verbal, non-verbal ou corporel de nature sexuelle, dont celui qui s'en rend coupable, sait ou devrait savoir, qu'il affecte la dignité de femmes et d'hommes sur les lieux de travail.” (BÉLGICA. Loi relative à la protection contre la violence et le harcèlement moral ou sexuel au travail (L. 11-06-2002). «1. Costituisce discriminazione diretta, ai sensi della legge 9 dicembre 1977, n. 903, e della presente legge, qualsiasi atto, patto o comportamento che produca un effetto pregiudizievole discriminando le lavoratrici o i lavoratori in ragione del loro sesso e comunque il trattamento meno favorevole rispetto a quello di un'altra lavoratrice o di un altro lavoratore in situazione analoga.» (ITÁLIA, Decreto Legislativo 30 maggio 2005, n. 145) AssAsséédio sexual e discriminadio sexual e discriminaçção ão –– o elemento hiero elemento hieráárquico rquico Distribuição de cargos no mercado de trabalho de acordo com o gênero (Fonte: Instituto Ethos/IBOPE - 2003): 9%91% Executivo 18%82%Gerência 28%72%Chefia 35%65%Funcional MulheresHomensCargo/gênero AssAsséédio sexual e discriminadio sexual e discriminaçção ão -- estatestatíísticassticas Incidência de assédio sexual em relação ao gênero: • Homens assediando mulheres – 90%; • Homens assediando homens – 9%; • Mulheres assediando homens – 1%. Fonte: KAY, Herma Hill; WEST, Martha S. Sex-based Discrimination: Text, Case and Materials. West Group, 2002, p. 765. AssAsséédio sexual e discriminadio sexual e discriminaçção ão –– Não são apenas as mais Não são apenas as mais atraentes que são assediadas?atraentes que são assediadas? “Sexual harassment is a form of sex discrimination. (…) The fact that only some, and not all, female employees at the restaurant were subject to sexual harassment is not a valid reason to conclude that sexual harassment could not amount to discrimination on the basis of sex. Sex discrimination does not exist only where gender is the sole ingredient in the discriminatory action and where, therefore, all members of the affected gender are mistreated identically. (…) If a finding of discrimination required that every individual in the affected group be treated identically, legislative protection against discrimination would be of little or no value. (…) The crucial fact in this case is that it was only female employees who ran the risk of sexual harassment. Indeed, only a woman could be subject to sexual harassment by a heterosexual male, such as the offending employee.” (Supreme Court of Canada, Jensy v. Platy Enterprises Ltd., [1989] 1 S.C.R. 1252) AssAsséédio sexual e discriminadio sexual e discriminaçção de gênero ão de gênero –– E quando as E quando as vvíítimas são os homens?timas são os homens? “Title VII’s prohibition of discrimination ‘because of...sex’ protects men as well as women, (…),and in the related context of racial discrimination in the workplace we have rejected any conclusive presumption that an employer will not discriminate against members of his own race (…). If our precedents leave any doubt on the question, we hold today that nothing in Title VII necessarily bars a claim of discrimination ‘because of . . . sex’ merely because the plaintiff and the defendant (or the person charged with acting on behalf of the defendant) are of the same sex.” (Supreme Court of the United States. Oncale v. Sundowner Offshore Services, 523 U.S. 75 (1998)) AssAsséédio sexual e discriminadio sexual e discriminaçção de gênero ão de gênero –– aplicaaplicaçção aos ão aos homenshomens “2. Sex Discrimination Against Men 2 (1) Section 1, and the provisions of Parts II and III relating to sex discrimination against women, are to be read as applying equally to the treatment of men, and for that purpose shall have effect with such modifications as are requisite.” (INGLATERRA, Sex Discrimination Act (1975)) AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero ão de gênero –– VantagemVantagem Lei nº. 9.029/95. Art. 1º. Fica proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, neste caso, as hipóteses de proteção ao menor previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal. Art. 4º. O rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, nos moldes desta Lei, além do direito à reparação pelo dano moral, faculta ao empregado optar entre: I - a readmissão com ressarcimento integral de todo o período de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas, corrigidas monetariamente, acrescidasdos juros legais; II - a percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento, corrigida monetariamente e acrescida dos juros legais. AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero ão de gênero –– VantagemVantagem INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DISPENSA POR CAUSA INJUSTA. ILICITUDE. CABIMENTO. 1. A dispensa sem justa causa é permitida no direito brasileiro, mas não a dispensa por causa injusta, a qual provoca sentimento de indignação e revolta, se caracterizando como ato ilícito que ofende a esfera extrapatrimonial do trabalhador, sendo, portanto, suscetível de indenização por danos morais. 2. A autora foi vítima de assédio sexual dentro do ambiente de trabalho e, portanto, tinha todo o direito de comunicar às autoridades policiais o fato ilícito, que lhe causou enorme abalo psicológico. 3. Ser demitida por tal fato, sem dúvida, agravou ainda mais o seu sentimento de revolta e de injustiça, causando-lhe indiscutível dano moral. (TRT da 24ª Região, Processo: 0072800-42.2008.5.24.0005, DEJT N.º 374 de 08/12/2009) AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero ão de gênero –– Vulnerabilidades e efeitos colateraisVulnerabilidades e efeitos colaterais i. Reforço de estereótipos machistas: mulher como símbolo de recato e castidade e homem sob o signo de “predador sexual”. ii. Pânico nas relações amistosas com o sexo oposto (gênero-fobia) – 75% dos homens norte-americanos declararam que pensam em assédio sexual quando interagem com mulheres no trabalho; iii. O temor do assédio sexual pelos colegas de trabalho pode implicar a “segregação sexual” sob um pretexto jurídico; iv. O temor do assédio sexual pelos empregadores pode gerar a adoção de uma postura excessivamente zelosa, com a violação de outros direitos fundamentais como a intimidade e a liberdade; v. A censura às condutas sexuais como ferramenta “neo-taylorista” de aumentar a eficiência dos processos produtivos. AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero ão de gênero –– Vulnerabilidades e efeitos colaterais: segregaVulnerabilidades e efeitos colaterais: segregaçção sexual ão sexual AssAsséédio sexual como forma de discriminadio sexual como forma de discriminaçção de gênero ão de gênero –– Vulnerabilidades e efeitos colaterais: violaVulnerabilidades e efeitos colaterais: violaçção da intimidadeão da intimidade “(...) A prática discriminatória costumeira, observada no procedimento adotado por várias empresas que, com base em normas de seu regulamento interno, dispensam empregados que namoram ou se casam, ou vedam a admissão de parentes de empregados, é atentatória ao princípio da igualdade de todos perante a lei, que encontra amparo em vários dispositivos do texto constitucional de 1988, erigido sobre o princípio da dignidade humana, fortemente enunciado nos diplomas que compõem o tecido do sistema de produção internacional dos direitos humanos. O art. 5º assegura a igualdade de todos perante a lei, e o inciso XLI veda qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, dentre eles a inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, ficando o infrator sujeito ao pagamento da indenização pelo dano moral ou material decorrente de sua violação, nos termos do inciso X do mesmo artigo. (...). (TRT 01ª R. – RO 03325-2002-244-01-00-0 – 7ª T. – Rel. Juiz Evandro Pereira Valadão Lopes – DJRJ 30.08.2004) AssAsséédio sexual dio sexual -- a construa construçção do conceito diante do fenômenoão do conceito diante do fenômeno Assédio sexual CP. Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) AssAsséédio sexual dio sexual -- defeitos da legisladefeitos da legislaçção brasileiraão brasileira i. Hipertrofiou desnecessária e inconvenientemente o estatuto criminal com mais um tipo penal anódino; ii.Assumiu perspectiva triplamente reducionista: A – Circunscreveu o tipo à hierarquia das relações de trabalho lato sensu; B – Restringiu o conceito às hipóteses de chantagem; C – Exigiu o dolo direto. AssAsséédio sexual e a (dio sexual e a (desdes)necessidade de ascensão hier)necessidade de ascensão hieráárquicarquica Mera causa de aumento de pena em diplomas europeusMera causa de aumento de pena em diplomas europeus Art. 222-33. III. - Les faits mentionnés aux I et II sont punis de deux ans d'emprisonnement et de 30 000 € d'amende. Ces peines sont portées à trois ans d'emprisonnement et 45 000 € d'amende lorsque les faits sont commis: 1° Par une personne qui abuse de l'autorité que lui confèrent ses fonctions; (...). (FRANÇA, Códe Penal) Artículo 184. 2. Si el culpable de acoso sexual hubiera cometido el hecho prevaliéndose de una situación de superioridad laboral, docente o jerárquica, o con el anuncio expreso o tácito de causar a la víctima un mal relacionado con las legítimas expectativas que aquélla pueda tener en el ámbito de la indicada relación, la pena será de prisión de cinco a siete meses o multa de 10 a 14 meses. (ESPANHA, Código Penal) Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97--1147.1147. December December 05, 1997. United States Court of 05, 1997. United States Court of Appeals,EighthAppeals,Eighth Circuit. Circuit. “In August 1988, Lois Jenson and Patricia Kosmach filed a class action suit against Eveleth Mines This case has a long, tortured, and unfortunate history. (...) Sexually explicit graffiti and posters were found on the walls and in lunchroom areas, tool rooms, lockers, desks, and offices. Women reported offensive language directed at individuals as well as frequent “generic” comments that women did not belong in the mines, kept jobs from men, and belonged home with their children. Women reported incidents of unwelcome touching, including kissing, pinching, and grabbing.” Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97--1147.1147. VVíítimastimas com com personalidadepersonalidade histriônicahistriônica “Um padrão invasivo de excessiva emocionalidade e busca de atenção, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios: (1) ...; (2) a interação com os outros frequentemente se caracteriza por um comportamento inadequado, sexualmente provocante ou sedutor; (3)...; (4) usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio; (5) tem um estilo de discurso excessivamente impressionista e carente de detalhes; (6) exibe auto- dramatização, teatralidade e expressão emocional exagerada; (7)...; (8) considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente são.” (PSIQWEB. Critérios Diagnósticos para F60.4 - 301.50 Transtorno da Personalidade Histriônica) Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97--1147.1147. December December 05, 1997. United States Court of 05, 1997. United States Court of Appeals,EighthAppeals,Eighth Circuit. Circuit. “The record strongly suggests the Special Master foreclosed consideration of the evidence based on his own preconceived notions relating to psychiatric proof.” Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97Jenson v. Eveleth Taconite Company. No 97--1147.1147. FilmeFilme ““Terra FriaTerra Fria”” (2005 (2005 –– NikiNiki Caro/USA) Caro/USA) AssAsséédio sexual por chantagem (dio sexual por chantagem (““quidpro quoquid pro quo”” ) e ass) e asséédio dio sexual por intimidasexual por intimidaçção (criaão (criaçção de ambiente hostil)ão de ambiente hostil) Assédio sexual “quid pro quo” ou por chantagem – Literalmente “isto, por aquilo” - o autor oferece benefícios em troca de ou ameaça causar prejuízos caso a vítima não realize favores sexuais. Assédio sexual por intimidação – O autor constrói uma atmosfera de intimidação mediante a criação de um ambiente sexualmente hostil, degradante, ofensivo ou intimidatório, a fim de que a vítima desista do emprego ou não tenha ambições em relação ao progresso da carreira. AssAsséédio sexual dio sexual -- ConceitoConceito - Requisitos - desnecessidade de dolo - legislação portuguesa e italiana “Artigo 29.º Assédio. 1 — Entende-se por assédio o comportamento indesejado, nomeadamente o baseado em factor de discriminação, praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objectivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa, afectar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador. 2 — Constitui assédio sexual o comportamento indesejado de carácter sexual, sob forma verbal, não verbal ou física, com o objectivo ou o efeito referido no número anterior.” (Código do Trabalho de Portugal, Lei nº. 7/2009) “2-ter. Sono, altresì, considerate come discriminazioni le molestie sessuali, ovvero quei comportamenti indesiderati a connotazione sessuale, espressi in forma fisica, verbale o non verbale, aventi lo scopo o l'effetto di violare la dignità di una lavoratrice o di un lavoratore e di creare un clima intimidatorio, ostile, degradante, umiliante o offensivo.” (ITALIA, Decreto Legislativo 145/2005) AssAsséédio sexual dio sexual - Requisitos - desnecessidade de dolo - Irlanda “The intention of the perpetrator of the sexual harassment or harassment is irrelevant. The fact that the perpetrator has no intention of sexually harassing or harassing the employee is no defence. The effect of the behaviour on the employee is what is relevant.” (IRLANDA. Employment Equality Act 1998 (Code of Practice) (Harassment) Order 2012) Code of Federal Regulations - Title 29 – Labor - Part 1604 Guidelines on Discrimination Because of SexDiscrimination Because of Sex § 1604.11 Sexual harassment (a) Harassment on the basis of sex is a violation of section 703 of title VII.*1 Unwelcome sexual advances, requests for sexual favors, and other verbal or physical conduct of a sexual nature constitute sexual harassment when (1) submission to such conduct is made either explicitly or implicitly a term or condition of an individual's employment, (2) submission to or rejection of such conduct by an individual is used as the basis for employment decisions affecting such individual, or (3) such conduct has the purpose or effect of unreasonably interfering with an individual's work performance or creating an intimidating, hostile, or offensive working environment. *1 The principles involved here continue to apply to race, color, religion or national origin. Reconhecido em: (Supreme Court of the United States. Meritor Savings Bank v. Vinson - 477 U.S. 57 (1986)) AssAsséédio sexual dio sexual -- Conceito Conceito -- Requisitos Desnecessidade de Requisitos Desnecessidade de repetirepetiçção na hipão na hipóótese de chantagem tese de chantagem -- Code du travail Code du travail -- FranceFrance Article L1153-1 Aucun salarié ne doit subir des faits: 1° Soit de harcèlement sexuel, constitué par des propos ou comportements à connotation sexuelle répétés qui soit portent atteinte à sa dignité en raison de leur caractère dégradant ou humiliant, soit créent à son encontre une situation intimidante, hostile ou offensante; 2° Soit assimilés au harcèlement sexuel, consistant en toute forme de pression grave, même non répétée, exercée dans le but réel ou apparent d'obtenir un acte de nature sexuelle, que celui-ci soit recherché au profit de l'auteur des faits ou au profit d'un tiers. AssAsséédio sexual dio sexual -- Requisitos Requisitos -- Desnecessidade de repetiDesnecessidade de repetiçção a ão a depender da gravidade do ato depender da gravidade do ato -- InglaterraInglaterra “(...) a single act of sexual harassment was a ‘detriment’ to the complainant within the meaning of s.6(2)(b), notwithstanding the dictionary definition of ‘harassment’ as a continuing course of conduct. A single incident of sexual harassment, provided it is sufficiently serious, clearly falls within the proper intention and meaning of the statute as it is an act of discrimination against a woman because she is a woman.” (INGLATERRA, Employment Appeal Tribunal. Bracebridge Engineering Ltd v. Darby [1990] IRLR 3 EAT) AssAsséédio sexual dio sexual -- ApreciaApreciaçção judicial ão judicial –– Culpa concorrente da Culpa concorrente da vvíítima tima –– ((imim)pertinência do requisito)pertinência do requisito “(...) se a vítima tem o hábito de se vestir de forma provocadora ou se pactua livremente com certas intimidades em público, não há como deixar de reconhecer que, de certa forma, está assumindo o risco de receber propostas de natureza sexual. (...) o comportamento da alegada vítima, bem como sua ‘vida pregressa’, deve ser levado em consideração na hora de avaliar se um ato pode ser enquadrado ou não como assédio sexual.” (Rodolfo Pamplona Filho) AssAsséédio sexual dio sexual -- ApreciaApreciaçção judicial ão judicial –– Culpa concorrente da Culpa concorrente da vvíítima tima –– ((imim)pertinência do requisito)pertinência do requisito Mesmo quando as mulheres percebem as agressões e mudam as suas atitudes, os ataques não cessam (MENA, 2004), até porque eles respondem muito menos às necessidades sexuais do ofensor do que ao exercício de dominação cultural. Ademais, as vítimas incluem deficientes físicas e mentais, crianças, anciãs, religiosas e mulheres que não atendem aos padrões de beleza socialmente estabelecidos, o que torna a alegação falaz (CRUZ PÉREZ, 2007). (...) A alegação flerta com a mais preconceituosa “vitimologia”, segundo a qual a pessoa é assediada porque “provoca” ou “deseja”. Isso inibe as denúncias e a prevenção ao assédio, pois, não reconhecida como vítima, ela sofre dupla violência ao ser responsabilizada pelo comportamento do agressor (DAVID, 2003/4). (Flávio da Costa Higa) “62. Sexual harassment. (4) Where a person complains of sexual harassment, no account shall be taken of any evidence of the person's sexual experience or reputation.” (NOVA ZELÂNDIA. Human Rights Act n. 82 (1993)) AssAsséédio sexual como violadio sexual como violaçção da dignidade da pessoa humana ão da dignidade da pessoa humana –– vantagens e desvantagensvantagens e desvantagens « 2. Aux fins de la présente directive, on entend par: “‘harcèlement sexuel’: la situation dans laquelle un comportement non désiré à connotation sexuelle, s'exprimant physiquement, verbalement ou non verbalement, survient avec pour objet ou pour effet de porter atteinte à la dignité d'une personne et, en particulier, de créer un environnement intimidant, hostile, dégradant, humiliant ou offensant. » (Diretiva Europeia 2002/73/CE, art. 3º) Vantagens - conceito naturalmente atraente; - desnecessidade de prova de tratamento diferenciado. Desvantagens - conceito demasiadamente aberto - grande parte das colisões resulta, em última análise, em um choque entre dignidades opostas. AssAsséédio e direito a um meio ambiente sauddio e direito a um meio ambiente saudáável e vel e ecologicamente equilibradoecologicamente equilibrado “O homem, e, duma maneira geral, todo o ser racional, existe como fim em si mesmo, não só como meiopara ouso arbitrário desta ou daquela vontade. (...) os seres racionais se chamam pessoas, porque a sua natureza os distingue já como fins em si mesmos, quer dizer como algo que não pode ser empregado como simples meio e que, por conseguinte, limita nessa medida todo o arbítrio.” (Immanuel Kant) DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (1992) PRINCÍPIO 1 - Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a Natureza. AssAsséédio e direito a um meio ambiente sauddio e direito a um meio ambiente saudáável e vel e ecologicamente equilibradoecologicamente equilibrado CF. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. CF. Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 39. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO. SAÚDE MENTAL. DEVER DO EMPREGADOR. É dever do empregador e do tomador dos serviços zelar por um ambiente de trabalho saudável também do ponto de vista da saúde mental, coibindo práticas tendentes ou aptas a gerar danos de natureza moral ou emocional aos seus trabalhadores, passíveis de indenização. (Enunciado 39 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho (2007)) AssAsséédio sexual e o direito a um meio ambiente sauddio sexual e o direito a um meio ambiente saudáável e vel e ecologicamente equilibradoecologicamente equilibrado “247.2. Every employee is entitled to employment free of sexual harassment.” (CANADÁ. Code canadien du travail (L.R.C. (1985), ch. L-2)) “The Employment Equality Act protects harassment by employees from sexual harassment and harassment by: - the employer; — fellow employees; — clients; — customers; — other business contacts including any person with whom the employer might reasonably expect the employee to come into contact in the workplace. This may include those who supply or deliver goods/services to the employer, maintenance and other types of professional contractors, as well as volunteers.” (IRLANDA, Employment Equality Act 1998 (Code of Practice) (Harassment) Order 2012) AssAsséédio sexual e o direito a um meio ambiente sauddio sexual e o direito a um meio ambiente saudáável e vel e ecologicamente equilibradoecologicamente equilibrado Sexual harassment (...) can be humiliating and may constitute a health and safety problem; it is discriminatory when the woman has reasonable grounds to believe that her objection would disadvantage her in connection with her employment, including recruiting and promoting, or when it creates a hostile working environment. (INDIA, Supreme Court of India. Vishaka and others v. State of Rajasthan and others. (AIR 1997 SC 3011). Não se olvida que o assédio sexual pode ensejar dano moral indenizável pelo empregador, notadamente porque é dele o dever de manter hígido o ambiente de trabalho (CF, art. 5º, X). (TRT 24ª Região, PROCESSO Nº 0001492-32.2011.5.24.0007-RO.1, 1ª T., Julgado em: 12/06/2012) Assédio organizacional – responsabilidade do empregador pelo assédio de terceiros ““INDENIZACAO POR DANO MORAL INDENIZACAO POR DANO MORAL –– CASA CASA BAHIA USO DE BROCHE BAHIA USO DE BROCHE ––A obrigatoriedade do A obrigatoriedade do uso de broches com dizeres que dão margem a uso de broches com dizeres que dão margem a comentcomentáários desrespeitosos por parte de clientes e rios desrespeitosos por parte de clientes e terceiros configura violaterceiros configura violaçção do patrimônio ão do patrimônio imaterial do empregado.imaterial do empregado.”” (RIO DE JANEIRO. (RIO DE JANEIRO. Tribunal Regional do Trabalho da 1Tribunal Regional do Trabalho da 1ªª Região. 6Região. 6ªª Turma. Turma. Processo nProcesso nºº 01426000142600--21.2008.5.01.0322.21.2008.5.01.0322. Julgado em 05 de outubro de 2011. Relator: Julgado em 05 de outubro de 2011. Relator: Marcelo Antero de Carvalho)Marcelo Antero de Carvalho) AssAsséédio sexual por intimidadio sexual por intimidaçção (criaão (criaçção de ambiente hostil) ão de ambiente hostil) –– reconhecimento pelo Tribunal Superior do Trabalhoreconhecimento pelo Tribunal Superior do Trabalho “Sendo incontroverso nos autos que a psicopatologia (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) do reclamante foi adquirida em função da atividade exercida em ambiente de trabalho inadequado e hostil, assim configurado pela prática de assédios moral e sexual por um dos prepostos da reclamada (subgerente), certo fica que a doença resulta das condições especiais do ambiente em que o trabalho é executado, equiparando-se, nos termos do artigo 20, § 2°, da Lei n.° 8.213/91, a acidente do trabalho.” (BRASIL. TST, 1ª T., RR – 13490-70.2007.5.14.0002, Rel. Des. Conv. José Maria Quadros de Alencar). AssAsséédio organizacional e meio ambiente sauddio organizacional e meio ambiente saudáável vel -- Lei Lei 8.213/91. Art. Nexo T8.213/91. Art. Nexo Téécnico Epidemiolcnico Epidemiolóógicogico “Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento.” AssAsséédio moral dio moral –– Conceito Conceito –– legislalegislaçção paulistaão paulista Lei nº. 12.250, de 9 de fevereiro de 2006. Artigo 2º - Considera-se assédio moral para os fins da presente lei, toda ação, gesto ou palavra, praticada de forma repetitiva por agente, servidor, empregado, ou qualquer pessoa que, abusando da autoridade que lhe confere suas funções, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto-estima e a autodeterminação do servidor, com danos ao ambiente de trabalho, ao serviço prestado ao público e ao próprio usuário, bem como à evolução, à carreira e à estabilidade funcionais do servidor, especialmente: I - determinando o cumprimento de atribuições estranhas ou de atividades incompatíveis com o cargo que ocupa, ou em condições e prazos inexeqüíveis; II - designando para o exercício de funções triviais o exercente de funções técnicas, especializadas, ou aquelas para as quais, de qualquer forma, exijam treinamento e conhecimento específicos; III - apropriando-se do crédito de idéias, propostas, projetos ou de qualquer trabalho de outrem. AssAsséédio moral dio moral –– Conceito Conceito –– legislalegislaçção paulistaão paulista Lei nº. 12.250, de 9 de fevereiro de 2006. Parágrafo único - Considera-se também assédio moral as ações, gestos e palavras que impliquem: 1.em desprezo, ignorância ou humilhação ao servidor, que o isolem de contatos com seus superiores hierárquicos e com outros servidores, sujeitando-o a receber informações, atribuições, tarefas e outras atividades somente através de terceiros; 2. na sonegação de informações que sejam necessárias ao desempenho de suas funções ou úteis a sua vida funcional; 3. na divulgação de rumores e comentários maliciosos, bem como na prática de críticas reiteradas ou na de subestimação de esforços, que atinjam a dignidade do servidor; 4. na exposição do servidor a efeitos físicos ou mentais adversos, em prejuízo de seu desenvolvimento pessoal e profissional. AssAsséédio moral dio moral –– conceito conceito -- CodeCode dudu TravailTravail Article L1152-1. Aucun salarié ne doit subir les agissements répétés de harcèlementmoral qui ont pour objet ou pour effet une dégradation de ses conditions de travail susceptible de porter atteinte à ses droits et à sa dignité, d'altérer sa santé physique ou mentale ou de compromettre son avenir professionnel. AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– Elemento subjetivoElemento subjetivo “O assédio moral é o conjunto de práticas humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas, às quais são submetidos os trabalhadores no exercício de suas funções, usualmente quando há relação hierárquica, em que predominam condutas que ferem a dignidade humana, a fim de desestabilizar a vítima em seu ambiente de trabalho, razão pela qual necessária a demonstração de dolo por parte do causador.” (TRF 2ª R. – AC 2006.51.01.015789-0 – (488787) – Rel. Des. Fed. José Antonio Lisbôa Neiva – DJe 11.07.2012) “Nas relações de trabalho, o assédio moral configura-se como conduta abusiva do empregador ou de seus prepostos, mediante a qual fica exposto o obreiro, de forma reiterada, a situações vexatórias, humilhantes e constrangedoras, as quais atentam contra a sua dignidade e integridade psíquica. Resulta em danos materiais ou extrapatrimoniais (dano moral), sendo que este independe de prova, haja vista ser presumível. Desse modo, para provar a conduta ilícita do empregador que caracterize assédio moral, é necessário a presença dos três elementos essenciais para a sua configuração - O dano, o nexo causal entre este e a conduta abusiva do empregador, e o elemento anímico (o dolo).” (TRT 05ª R. – RO 0000941- 14.2010.5.05.0008 – 1ª T. – Rel. Des. Edilton Meireles – DJe 19.10.2011) AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– Elemento subjetivoElemento subjetivo “Indenização por dano moral. Desnecessidade de comprovação de dolo ou culpa. Imposição de prendas ao obreiro. Constitui ato lesivo à honra e boa fama do empregado a utilização, pelo empregador, de política para estímulo do trabalho com o objetivo de angariar maior lucro, através de meio consistente em assédio moral, impondo o empregado a comportamentos vexatórios e apelidos infamantes. Justa e criteriosa a indenização imposta que leva em conta a gravidade do ato danoso e a capacidade financeira do autor da lesão, de modo a atingir o valor pedagógico da punição.” (TRT 21ª R. – RO 00551-2008-004-21-00-0 – (77.560) – Rel. Des. Ronaldo Medeiros de Souza – DJRN 26.11.2008) Acórdão em consonância com a legislação e/ou a jurisprudência dos Estados Unidos, do Canadá, da Nova Zelândia, da Índia, de Portugal, da Itália, da Irlanda e da França, entre outros. AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– Elemento subjetivo Elemento subjetivo Art. 2087. Tutela delle conduzioni di lavoro L'imprenditore e tenuto ad adottare nell'esercizio dell'impresa le misure che, secondo la particolarità del lavoro, l'esperienza e la tecnica, sono necessarie a tutelare l'integrità fisica e la personalità morale dei prestatori di lavoro. "L'employeur, tenu d'une obligation de sécurité de résultat en matière de protection de la santé et de la sécurité des travailleurs, manque à cette obligation lorsqu’un salarié est vicitme sur le lieu de travail de violences physiques ou morales, exercées par l’un ou l’autre de ses salariés, quand bien même il aurait pris des mesures en vue de faire cesser ces agissements." (Cass. soc., 3 févr. 2010, n. 08- 40.144). AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão “Segundo a autora Marie-France Hirigoyen, o assédio moral no trabalho é qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude…) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. O assédio moral se configura pela utilização tática de ataques repetitivos sobre a figura de outrem, seja com o intuito de desestabilizá-lo emocionalmente, seja com o intuito de se conseguir alcançar determinados objetivos empresariais.” (TRT 03ª R. – RO 01301.2003.011.03.00.9 – 1ª T. – Relª Juíza Adriana Goulart de Sena – DJMG 20.08.2004) “ASSÉDIO MORAL - CONDUTA ILÍCITA DO EMPREGADOR - AUSÊNCIA DE REITERAÇÃO NO CURSO DO CONTRATO – NÃO CONFIGURAÇÃO. O uso de grosserias e palavras de baixo calão, em reunião de trabalho, não coaduna com um ambiente de trabalho sadio, no entanto, tal fato não tem o condão de caracterizar o assédio moral, pois o comportamento do empregador que configura o assédio tem que ser repetitivo e prolongado no decorrer do contrato de trabalho, além do que dirigido a um determinado indivíduo e não a uma coletividade. Não comprovado o alegado assédio é indevida a indenização por danos morais.” (TRT 24ª Região) AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão Palavras que impliquem humilhação AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão Determinação do cumprimento de metas em prazos inexequíveis AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão Críticas reiteradas e subestimação de esforços AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão Burnout AssAsséédio moral dio moral –– Requisitos Requisitos –– RepetiRepetiçção ão Perguntas indecorosas de cunho sexual AssAsséédio moral dio moral –– Modalidades Modalidades –– vertical e horizontal vertical e horizontal (descendente a ascendente)(descendente a ascendente) ASSÉDIO MORAL CARACTERIZAÇÃO. Esse comportamento ocorre não só entre chefes e subordinados, mas também na via contrária, e entre colegas de trabalho com vários objetivos, entre eles o de forçar a demissão da vítima, o seu pedido de aposentadoria precoce, uma licença para tratamento de saúde, uma remoção ou transferência. Não se confunde com outros conflitos que são esporádicos ou mesmo com más condições de trabalho, pois o assédio moral pressupõe o comportamento (ação ou omissão) por um período prolongado, premeditado, que desestabiliza psicologicamente a vítima. Se a hipótese dos autos revela violência psicológica intensa sobre o empregado, prolongada no tempo, que acabou por ocasionar, intencionalmente, dano psíquico (depressão e síndrome do pânico), marginalizando-o no ambiente de trabalho, procede a indenização por dano moral advindo do assédio em questão. (TRT 3ª Região. Processo n. 01292-2003-057-03-00-3 RO. Relatora Juíza Alice Monteiro de Barros. Data de Publicação 11/08/2004) AssAsséédio moral e sexual dio moral e sexual –– Prova Prova “ASSÉDIO MORAL – PROVA. Aquele que propositadamente pratica um ilícito, salvo por extrema ingenuidade, não o faz às claras. Busca, sempre, as trevas. Tal quadro obriga o julgador a se valer de circunstâncias indiciárias em quantidade suficiente para gerar uma presunção que o aproxime da verdade.” (TRT da 24ª Região, 1ª T. Processo nº 0000580-07.2012.5.24.0005-RO.1., DJe de 22 abr. 2013) Code of Federal Regulations - § 1604.11 – Sexual harassment (b) In determining whether alleged conduct constitutes sexual harassment, the Commission will look at the record as a whole and at the totality of the circumstances, such as the nature of the sexual advances and the context in which the alleged incidents occurred. The determination of the legality of a particular action will be made from the facts, on a case by case basis. Responsabilidade civil do empregador Responsabilidade civil do empregador Responsabilidade do comitente (vicarious liability) CC. Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causadopor outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. Code of Federal Regulations - § 1604.11 – Sexual harassment (d) With respect to conduct between fellow employees, an employer is responsible for acts of sexual harassment in the workplace where the employer (or its agents or supervisory employees) knows or should have known of the conduct, unless it can show that it took immediate and appropriate corrective action. AssAsséédio organizacional dio organizacional –– gestão por injgestão por injúúria ria RECURSO ORDINÁRIO – DANO MORAL – GESTÃO POR INJÚRIA – No campo das relações de trabalho, o empregador tem o dever de proteção em face do empregado. As normas internacionais cobrem esses direitos do trabalhador, impondo a fiscalização rigorosa do Estado sobre o comportamento que possa trazer prejuízo a sua saúde. O dano moral é aquele que causa lesão à esfera íntima da pessoa, aos seus valores, suas concepções e crenças, a sua integridade como ser humano. Essa ofensa traduz, em suma, uma violência aos direitos de personalidade do indivíduo. A gestão por injúria pode ser um dos elementos caracterizadores do assédio moral coletivo quando os dirigentes tirânicos também utilizam procedimentos perversos contra todos os empregados, indistintamente, para atingirem seus objetivos. Marie-France Hirigoyen leciona que o elemento diferenciador da gestão por injúria do assedio moral é a presença da intenção perversa de desestabilizar o empregado. Para ela, na gestão por injúria, os dirigentes podem estar conscientes ou não de suas ofensas, quando praticam comportamento despótico ao submeterem os empregados a uma pressão terrível ou os tratarem com violência, injuriando-os ou insultando-os, com total falta de respeito. Já o assédio moral caracteriza uma violência em pequenas doses visando a desestabilizar o outro, sendo o efeito acumulativo de micro traumatismos frequentes e repetidos o que constitui a agressão. (TRT 06ª R. – RO 0000129- 85.2011.5.06.0144 – 2ª T. – Relª Desª Eneida Melo Correia de Araújo – DJe 18.05.2012 – p. 158) O SUICÍDIO COMO ACIDENTE DE TRABALHO DocumentDocumentáários France rios France TTéélléécomcom HarassmentHarassment strategiesstrategies atat thethe workplace: workplace: TheThe case case ofof France France TTéélléécomcom http://www.youtube.com/watch?v=W4oxLwqM3D4 France Telecom, investigação aos suicídios - Toda A Verdade http://www.youtube.com/watch?v=VjucAvILBmY Responsabilidade trabalhista por assResponsabilidade trabalhista por asséédiodio «Attendu que pour accueillir cette demande, l'arrêt retient que, constituant un acte délibéré, le suicide perpétré aux temps et lieu de travail ne peut revêtir le caractère d'un accident du travail que s'il trouve sa cause dans des difficultés d'origine professionnelle, et que c'est à juste titre qu'en l'absence de tout élément de preuve de l'existence de difficultés professionnelles pouvant expliquer le geste de la victime, l'employeur a contesté la décision de prise en charge de ce suicide; Qu'en statuant ainsi, alors qu'André X... étant décédé au temps et au lieu de travail, il appartenait à l'employeur, dans ses rapports avec la caisse primaire, pour écarter la présomption d'imputabilité résultant de l'article L. 411-1 du code de la sécurité sociale, de prouver que ce décès avait une cause totalement étrangère au travail, la cour d'appel a violé le texte susvisé; PAR CES MOTIFS: CASSE ET ANNULE, dans toutes ses dispositions, l'arrêt rendu le 31 mai 2011, entre les parties.» (Cass. soc., juil.2012, 11-22134)
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