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Conceitos básicos sobre elétrica Tensão e Corrente Elétrica Nos fios existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres, que estão em constante movimento de forma desordenada. Para que esses elétrons livres passem a se movimentar de forma ordenada nos fios, é necessário que uma força os empurre. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (U). Esse movimento ordenado de elétrons nos fios provocado pela ação da tensão forma uma corrente de elétrons. Essa corrente é chamada de corrente elétrica. Tensão é a força que impulsiona os elétrons. Sua unidade de medida é o volt (v). Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons. Sua unidade de medida é o ampere (A). Potencia Elétrica Para haver potencia elétrica (P), é necessário haver tensão e corrente elétrica. Então, como a potencia e o produto da ação entre tensão e corrente elétrica, sua unidade de medida e o volt-ampere (VA). P (VA) = U (V) x I (A) Essa potencia é chamada de potencia aparente, que é composta por duas parcelas: potencia ativa e potencia reativa. A potencia ativa é a parcela transformada em: Potencia Mecânica; Potencia térmica; Potencia Luminosa. A unidade de medida da potencia ativa e o watt (W). A potencia reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessária para o funcionamento de motores, reatores e transformadores. A sua unidade de medida é o volt-ampere reativo (VAr). Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. Em áreas molhadas, as 3 primeiras tomadas devem ser consideradas com 600VA de potencia, e o restante com 100VA. Em áreas secas, todas com 100VA. Para estabelecer a quantidade mínima de pontos de iluminação, considerar um ponto de 100VA para ambientes até 6m², e acrescentar mais 60VA a cada 4m² acima dos 6m². Tomadas de uso especifico (TUE’s) são destinadas a equipamentos de uso constantes e fixos, como por exemplo, chuveiro, torneira elétrica, máquina de secar, máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, hidromassagens. Deve-se atribuir a carga do equipamento a tomada. DEMANDA DE ENERGIA DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA Observando o funcionamento de uma instalação elétrica residencial, comercial ou industrial, pode-se constatar que a potência elétrica consumida é variável a cada instante. Isto ocorre porque nem todas as cargas instaladas estão todas em funcionamento simultâneo. A potência total solicitada pela instalação da rede a cada instante será, portanto, função das cargas em operação e da potência elétrica absorvida por cada uma delas a cada instante (comentar refrigerador e motores em geral). -> Por isso, para realizar o dimensionamento dos condutores elétricos que alimentam os quadros de distribuição, os quadros terminais e seus respectivos dispositivos de proteção, não seria razoável nem tecnica nem economicamente a consideração da demanda como sendo a soma de todas as potências instaladas. Carga ou Potência Instalada É a soma de todas as potências nominais de todos os aparelhos elétricos pertencentes a uma instalação ou sistema. Demanda É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um aparelho ou por um sistema. Demanda Média de um Consumidor ou Sistema É a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de tempo determinado (15min, 30min) Demanda Máxima de um Consumidor ou Sistema É a maior de todas as demandas ocorridas em um período de tempo determinado; representa a maior média de todas as demandas verificadas em um dado período (1 dia, 1 semana, 1 mês, 1 ano) Potência de Alimentação, Potência de Demanda ou Provável Demanda É a demanda máxima da instalação. Este é o valor que será utilizado para o dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos de proteção; será utilizado também para classificar o tipo de consumidor e seu padrão de atendimento pela concessionária local Fator de Demanda É a razão entre a Demanda Máxima e a Potência Instalada FD = Dmáx / Pinst Curva diária de demanda As diversas demandas de uma instalação variam conforme a utilização instantânea de energia elétrica, de onde se pode traçar uma curva diária de demanda Pinst = valor fixo Demanda = varia a cada instante Dmax = valor máximo de demanda -> potência de alimentação, demanda total da instalação -> será utilizado como base de cálculo para o dimensionamento da entrada de serviço da instalação Os valores de demanda são influenciados por diversos fatores, dentre os quais a natureza da instalação (residencial, comercial, industrial, mista), o número de consumidores, a estação do ano, a região geográfica, a hora do dia, etc. NOTA: A demanda deverá sempre ser expressa em termos de potência absorvida da rede (normalmente expressa em VA ou kVA). Deve-se estar sempre atento ao FATOR DE POTÊNCIA das cargas, observando a relação entre potência aparente (VA) e potência ativa (W). Assim: S = P / cosj S2 = P2 + Q2 S = potência aparente (VA) P = potência ativa (W) Q = potência reativa (VAR) cosj = fator de potência Em instalações de residências e apartamentos, a maioria das cargas (iluminação incandescente e aparelhos de aquecimento) são puramente resistivas. Nestes casos, podemos considerar W = VA, pois o fator de potência é igual à unidade Critérios para a determinação do fator de demanda para residências individuais Provável demanda -> PD = g . P1 + P2 PD = provável demanda = potência de alimentação (em kW) g = fator de demanda (tabelado) P1 = soma das potências nominais de iluminação e TUGs (em kW) P2 = soma das TUEs (em kW) Legenda e Simbologia de instalações elétricas Para uma melhor compreensão, e como forma de facilitar a identificação dos componentes, equipamentos e outros elementos que possam ser utilizados nas instalações elétricas é utilizada uma simbologia gráfica que representa cada elemento da instalação. Com isso, o projetista pode dar início ao desenho do projeto elétrico na planta residencial ou industrial, utilizando-se de uma simbologia gráfica. Neste guia, a simbologia apresentada é a usualmente empregada pelos projetistas. Como ainda não existe um acordo comum a respeito delas, o projetista pode adotar uma simbologia própria identificando-a no projeto, através de uma legenda. ELETRODUTOS Funções · Proteção mecânica dos condutores · Proteção dos condutores contra ataques químicos da atmosfera ou ambientes agressivos · Proteção do meio contra os perigos de incêndio resultantes de eventuais superaquecimentos dos condutores ou arcos voltaicos · Proporcionar aos condutores um envoltório metálico aterrado (no caso de eletrodutos metálicos) para evitar perigos de choque elétrico Tipos · Não-metálicos: PVC (rígido e flexível corrugado), plástico com fibra de vidro, polipropileno, polietileno, fibrocimento · Metálicos: Aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de cobre espiralado Em instalações aparentes, o eletroduto de PVC rígido roscável é o mais utilizado, devendo as braçadeiras ser espaçadas conforme as distâncias mínimas estabelecidas pela NBR-5410/97 As dimensões internas dos eletrodutos devem permitir instalar e retirar facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos eletrodutos e acessórios. A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos eletrodutos não deverá ser superior a: · 53% no caso de um condutor ou cabo · 31% no caso de dois condutores ou cabos · 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos Não deve haver trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos) retilíneos de tubulação maiores que 15m; em trechos com curvas essa distância deve ser reduzida a 3m para cada curva de 90o (em casos especiais, se não for possível obedecer a este critério, utilizar bitola imediatamente superior à que seria utilizada · Entre 2 caixas, entre extremidades,entre extremidade e caixa, no máximo 3 curvas de 90o (ou seu equivalente até no máximo 270o); sob nenhuma hipótese prever curvas com deflexão superior a 90o · As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não devem reduzir efetivamente seu diâmetro interno DISJUNTORES · Elemento de comando (acionamento manual) e proteção (desligamento automático) de um circuito · Intercalado exclusivamente nos condutores FASE · Pode ser mono, bi ou tripolar (para circuitos mono, bi ou trifásicos) · Capacidades típicas: 10 A, 15 A, .... 150 A (~75kW @ 220V) · Características Fusível x Disjuntor · Fusível · Operação simples e segura: elemento fusível · Baixo custo · Não permite efetuar manobras · São unipolares -> podem causar danos a motores caso o circuito não possua proteção contra falta de fase · Não permite rearme do circuito após sua atuação, devendo ser substituído · É essencialmente uma proteção contra curto-circuito · Não é recomendável para proteção de sobrecorrentes leves e moderadas · Disjuntor · Atua pela ação de disparadores: lâmina bimetálica e bobina · Tipos mono e multipolar; os multipolares possibilitam proteção adequada, evitando a operação monofásica de motores trifásicos · Maior margem de escolha; alguns permitem ajuste dos disparadores · Podem ser religados após sua atuação, sem necessidade de substituição · Podem ser utilizados como dispositivos de manobra · Protegem contra subrecorrente e curto-circuito · Tem custo mais elevado · Circuitos de iluminação e TUGs: Icircuito < 70% da capacidade do disjuntor que protege o circuito · Circuitos de TUEs: Icircuito < 80% da capacidade do disjuntor que protege o circuito CAIXAS DE MEDIDORES CAIXA TIPO “E” CAIXA “K” CAIXA “H” CAIXA “L” CAIXA “M” CAIXA “N” TIPOS DE FORNECIMENTO Na Eletropaulo, o fornecimento é feito da seguinte forma: -até 12.000W – monofásico Fornecimento feito com um fase e um neutro -de 12.000W à 20.000W – bifásico fornecimento feito com duas fases e um neutro -acima de 20.000W – trifásico fornecimento feito com três fases e um neutro Conceitos sobre Projeto de Instalações Elétricas 1° - Ante-Projeto O ante-projeto serve para análise do cliente sobre tomadas, equipamentos e iluminação. Nele que locamos o quadro de luz, tomadas, equipamentos de uso especifico e pontos de tv, telefone, rede, etc. Os pontos de luz devem estar sempre centralizados no ambiente. Na maioria dos casos, coloca-se uma tomada de uso geral junto ao interruptor. Deve se considerar todos os possíveis equipamentos de cada ambiente. Locar o quadro sempre em lugar de fácil acesso e o mais próximo possível da entrada de energia. Evita-se colocar o quadro em áreas molhadas, como cozinha, banheiros e área de serviço. 2° Projeto Executivo Com a aprovação do ante-projeto, inicia-se o projeto executivo, onde é passado tubulações, fiação, é feito o diagrama (quadro de luz) e colocadas todas as notas pertinentes ao projeto. No projeto executivo são divididos os circuitos, sempre lembrando de separar circuitos de tomadas, iluminação e equipamentos específicos. O primeiro circuito destina-se a cozinha, por ser a área com maior quantidade de equipamentos, de uso mais constante. Considerar fio #4, e até 2.000W no circuito. Os demais circuitos de tug’s, fio #2,5 até 1.500w. Os de iluminação com fio #1,5 e até 1.000W. Os de tue’s, Deve-se sempre estar atento à melhor forma de passar as tubulações e fiação, quantidade de fios, diâmetro dos tubos, etc. Os tubos devem sempre estar desenhados a 30°, 45°, 60° e 90°. A fiação deve estar sempre com o terra, monofásicos e depois bifásicos, na ordem dos circuitos. Quando o tubo estiver na posição vertical no desenho, iniciar a denominação da fiação de baixo para cima, obedecendo a mesma sequencia. Deixar a fiação sempre de forma mais clara e visível possível, podendo puxar linha de indicação (multileader) quando se fizer necessário. Em tomadas de uso específico, sempre indicar ao lado do ponto qual o equipamento. Em casos de equipamentos que são necessários pontos de força (portão elétrico, aquecedores, boiler, etc.) indicar ao lado o nome do ponto e a potencia do mesmo. Evitar passar tubos pela parede com distancias maiores do que 1m entre os pontos. No executivo, é feito separado a planta de elétrica e de sinais (tv, telefone, interfones...). No projeto de sinais, além de locar o quadro específico e fazer a ligação dos pontos, também é feita a entrada de energia, fazendo a locação do poste de concreto, as caixas do medidor, caixa de tv e a caixa de telefone, o aterramento e a ligação até o quadro de luz e sinais. Para dimensionar a caixa e fazer a entrada de energia, antes é necessário fazer o diagrama. Para o diagrama, calcula-se as quantidades de circuitos, as cargas de cada circuito e a demanda. Nessa tabela, é colocado quantidade de tug’s, iluminação de acordo com a potencia de cada uma. A tabela calcula a carga total, demanda, disjuntor necessário. Feito a planilha, monta-se o diagrama. No diagrama (quadro de luz), colocar sempre os circuitos em sequencia, sempre primeiro os monofásicos, depois bifásicos e quando houver, por ultimo os trifásicos. JANTAR COZINHA ESTAR A.S. DEP. EMP. W.C. LAVABO GAS LIXO SOBE MU RE TA h= 1,0 0m JANTAR COZINHA ESTAR A.S. DEP. EMP. W.C. LAVABO GAS LIXO SOBE MU RE TA h= 1,0 0m JANTARCOZINHA ESTAR A.S. DEP. EMP. W.C. LAVABO GAS LIXO SOBE MU RE TA h= 1,0 0m 12345678 MU RE TA h= 1,0 0m POSTE PARTICULAR 0,08x0,08x5,00 m ELETRODO COPPERWELD 5/8" x 2.50m. ???????????????????????????????? CONCRETO