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AULA 1 – FUNDAMENTOS DA TRIBUTAÇÃO

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AULA 1 – FUNDAMENTOS 
DA TRIBUTAÇÃO
Rodrigo Capone
1. Evolução do Estado e o papel da tributação. 2.
Transição do Estado Liberal para o Estado do Bem-
estar Social (Welfare State). 3. Receitas financeiras do
Estado e a tributação. 4. O papel do Direito em um
Estado Democrático de Direito. 5. The Cost of Rights.
6. O dever fundamental de pagar tributos. 7.
Classificação doutrinária dos tributos. 7.1.
Vinculados e não vinculados. 7.2. Destinação
vinculada e não vinculada. 7.3. Fiscais e extrafiscais.
7.4. Direitos e indiretos.
CARGA TRIBUTÁRIA
É uma relação entre a soma da arrecadação federal,
estadual e municipal e o Produto Interno Bruto (PIB).
ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA
------------------------------------------
PIB
CARGA 
TRIBUTÁRIA =
CARGA TRIBUTÁRIA
Aproximadamente 33% do PIB.
União 68,26% 
Estados 23,37% 
Municípios 6,37%
Ø A existência de um Estado implica a busca de
recursos financeiros para sua manutenção.
Ø As mais primitivas formas de organização social já
relatavam alguma espécie de cobrança para os
gastos coletivos.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Na Antiguidade, os tributos não eram cobrados de
todos e era o preço da falta de liberdade.
Ø Na Idade Média, o contexto da tributação se altera,
tendo ganhado importância a ideia de consenso.
Não mais se tinha a tributação imposta contra a
vontade! No taxation without representation.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Magna Charta Libertatum, 1215.
12	– Nenhuma	“ajuda”	ou	“tributo	de	isenção	militar”	(2)	será	estabelecida	em	nosso	reino	sem	o	consentimento	geral,	
a	não	ser	para	o	resgate	de	nossa	pessoa,	para	fazer	cavaleiro	nosso	filho	primogênito,	e	para	casar	nossa	filha	
primogênita.	Para	estes	propósitos,	somente	poderá	ser	estabelecida	uma	ajuda	razoável.	De	igual	maneiro	se	
procederá	quanto	às	ajudas	da	cidade	de	Londres.	(...)
14	– Para	obter	o	consentimento	geral	acerca	do	levantamento	de	uma	“ajuda”	– exceto	nos	três	casos	especificados	
acima	– ou	de	uma	escudagem (2),	faremos	com	que	sejam	intimados,	individualmente	e	por	carta,	os	arcebispos,	
bispos,	abades,	condes	e	os	altos	barões	do	reino;	por	outro	lado,	faremos	com	que	sejam	intimados	coletivamente,	por	
meio	de	nossos	sheriffs e	meirinhos,	todos	aqueles	que	possuem	terras	diretamente	da	Coroa,	para	se	reunirem	num	
dia	fixado	(do	qual	deverão	ser	notificados	com	antecedência	mínima	de	quarenta	dias)	e	num	lugar	determinado.	Em	
todas	as	cartas	de	intimação	indicaremos	a	causa	da	mesma.	Quando	a	intimação	tiver	sido	feita,	proceder-ser-á à	
reunião	no	dia	marcado,	decidindo	se	a	matéria	estabelecida	para	a	mesma	de	acordo	com	a	resolução	de	quantos	
estiverem	presentes,	embora	não	tenham	comparecido	todos	os	que	foram	intimados.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Estado Patrimonial: as receitas eram auferidas por
conta do exercício das propriedades do Estado, que
era o senhor das terras.
Ø O Estado, valendo-se dos seus próprios meios,
obtém o que necessita para sua subsistência. O
Estado, enquanto agente econômico, gera a
riqueza que consome (receitas primárias).
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Estado Policial: Ocorre, aos poucos, uma transição
do Estado Patrimonial para o Estado Policial,
passando o Estado a ter características
intervencionistas.
Ø Deixa de ser mero agente econômico, valendo-se
de todos os meios ao seu dispor, incluindo-se aí o
tributo, para dirigir a economia.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Estado Fiscal: substitui o modelo de Estado de
Polícia, tendo como característica principal o seu
financiamento via tributos.
Ø O Estado não gera mais a sua riqueza, sendo o
particular a fonte (originária) de riquezas,
cabendo-lhe transferir uma parcela (por
derivação) ao Estado.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø A primeira fase do Estado Fiscal é uma fase com
feição minimalista, inspirada no liberalismo.
Portanto, ao Estado não cabia intervir na
economia. O direito à propriedade estava acima
de tudo! Era o que justificava a existência do
Estado: garanti-la!
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
“A relação entre propriedade e liberdade é extremamente evidente para 
o liberalismo. Se a finalidade da organização do Estado é a conservação 
da propriedade, pressupõe-se que o povo a tenha, motivo pelo qual o 
Estado não pode tirar do homem uma parte dela sem o seu 
consentimento.” (SCHOUERI, p. 34)
Ø Para Locke, os governos não têm como subsistir sem um
custo. Todos que fruem de sua proteção devem pagar
uma quota para a sua manutenção, sendo possível a
cobrança de tributos, porém, sendo necessário o
consenso para a sua cobrança.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Na economia, o liberalismo tem como forte precursor
Adam Smith, que propunha o funcionamento da
economia por si mesma, segundo suas próprias leis.
Ø Gournay: laissez faire *deixe fazer.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Smith alegava que com a plena liberdade econômica
alcançar-se-iam a harmonia e a justiça social, na teoria
conhecida como liberalismo econômico.
Ø A crença da mão invisível, afastando a intervenção
estatal na economia, defendendo-se a doutrina de que
a tributação deveria ter natureza meramente
arrecadatória, com efeito neutro. Liberdade de
concorrência isenta de intervenções estatais, estas
aptas a criar distúrbios econômicos.
Ø Leis naturais autorregulavam o mercado!
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø Assim, o Estado deveria ser neutro,
impossibilitado de adotar qualquer medida
capaz de desviar o rumo natural do mercado,
não podendo cobrar tributos protecionistas,
subvenções (benefícios fiscais), auxílios sociais
etc. (apenas tributos neutros poderiam ser
cobrados, mediante consenso).
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
Ø No Estado Fiscal, o tributo é o preço da liberdade!
Ø Preço da liberdade porque o Estado dá autonomia,
assegura os fatores de produção capital e trabalho,
garante a liberdade de exercício de profissão e liberdade
de propriedade, renunciando atuar como agente
econômico!
Ø Mas já que não obtém receitas pelo exercício de
atividades empresariais, necessita arrecadar, e o faz por
meio de tributos!
Ø Cobra tributos para poder se manter sem precisar atuar
como agente econômico!
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
§ Estado Fiscal Minimalista à Estado Social / Estado
Social Fiscal
§ A principal fonte de financiamento continua
sendo os tributos;
§ Mas o Estado deixar de ser mínimo;
§ O Estado avoluma-se e cresce a necessidade de
recursos!
§ A carga tributária agiganta-se para sustentar o
Estado Social!
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)
§ Em um Estado Social a tributação se legitima como
instrumento para o Estado atingir a sua finalidade.
§ A liberdade que se busca não é mais individual,
mas sim coletiva, alcançando também as camadas
mais desfavorecidas.
§ No Brasil: com as contribuições (art. 149 da CF),
que servem como instrumento para a atuação
positiva da União em áreas de interesse
constitucional.
1. Evolução do Estado e o papel da tributação
Os tributos através dos tempos (Schoueri)§ O mercado tende a beneficiar os detentores de capital, que
possuem mais força e possibilidade de escolher como o
jogo será jogado.
§ Com a derrocada do Estado Liberal, que se mostrou
incapaz de administrar os interesses sociais, já que o
mercado não se mostrou apto a se autorregular, o que foi
comprovado com sucessivas crises financeiras, o Estado foi
chamado a participar, de forma ativa, da vida dos
cidadãos, já que o mercado não mais merecia a confiança
do povo.
2. Transição do Estado Liberal para o Estado do Bem-estar 
Social (Welfare State).
§ Daí, tem-se um agigantamento do Estado, da
máquina estatal e dos seus custos para se manter e
prestar serviços à população, assegurando os
direitos de segunda geração (liberdades positivas
ou direitos sociais).
2. Transição do Estado Liberal para o Estado do Bem-estar 
Social (Welfare State).
§ Originárias ou de Direito Privado: atividades que
o Estado desempenha em razão da sua própria
natureza, por não serem geradas em nenhuma
situação estranha à própria atividade do Estado. O
Estado se envolve nas situações.
àNão há exercício da soberania do Estado.
à Explora o seu próprio patrimônio e cobra um
preço.
3. Receitas financeiras do Estado e a tributação.
§ Derivadas ou de Direito Público: o Estado exerce a
sua soberania para busca fora de seu domínio esses
recursos. São originárias da atividade de outrem, o
particular.
à Estado exerce a sua soberania.
à Tributos e multas.
3. Receitas financeiras do Estado e a tributação.
Poder e Direito. O que é poder? É a aptidão para
decidir e fazer valer essa decisão. É a aptidão para
realizar a vontade.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
E o Direito, o que é? Uma previsão do que deve ser,
funcionando como limite do poder, evitando que o
seu titular decida e ponha em prática tudo o que
deseja.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
O Direito é um sistema de limites. Sem ele, a vida em
sociedade seria igual à vida dos animais irracionais.
Enquanto estes resolvem os seus conflitos pelo poder,
nós, os humanos, geralmente resolvemos os nossos
conflitos pelo Direito, que é produto da razão.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
O Direito como limite de poder. Citação (p. 25) de Luis
Recaséns Siches:
“El Derecho es un término medio entre la anarquía y el
despotismo. El Derecho trata e crear y mantener un equilibrio
entre esas dos formas extremas de la vida social. Para evitar la
anarquía, el Derecho limita el poder de los individuos
particulares. Para evitar el despotismo el Derecho frena el
poder del gobierno, mediante unas normas generales de
conducta. En suma, el Derecho intenta reducir al mínimo la
posibilidad de abuso del poder, tanto por parte de los
particulares, como por parte del gobierno.”
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
Para que o mandar por parte do Governo não seja
ilimitado, seguindo determinados padrões, as
comunidades se organizam juridicamente e adotam
regras que limitam o poder dos governantes,
delimitando o que podem legitimamente fazer.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
Constituição como limite do poder estatal. A
finalidade precípua da Constituição é garantir a
liberdade, a dignidade e o bem-estar social, impondo
limitações aos governantes.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
Abuso de poder tributário estatal e revoluções. Conforme
leciona Hugo de Brito Machado, todas as revoluções que
derrubaram regimes absolutista, tiveram entre suas causas
(direta ou indireta) a inconformação com a cobrança de
tributos: Revolta dos Barões contra João-sem-terra e Magna
Charta Libertatum de 1215, Independência americana, Inconfidência
minieiras.
Mas não é por estarem insatisfeitos que defendem a anarquia:
diante da ausência total de poderes, os conflitos entre os
indivíduos se tornariam inviáveis a convivência, e seria
inevitável a prevalência dos mais fortes sobre os mais fracos.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
Tributação hoje: relação de poder x relação de direito.
4. O papel do Direito em um Estado Democrático de Direito.
Teoria Geral do Direito Tributário (Machado)
§ A ideia defendida pelos autores é de que a implementação dos
direitos previstos na Constituição da República é onerosa,
demandando recursos orçamentários, que por sua vez, são finitos.
§ Até mesmo as liberdades privas têm custos!
§ Exemplo: incêndio em New York em 1995.
§ Gasto aproximado de $1.1 – 2.9 milhões de dólares
§ Segurança pública.
5. The Cost of Rights.
The Cost of Rights (Stephen Holmes e Cass R. Sustein)
A percepção de que os direitos têm custos e a jurisprudência do STF (Rodolfo Tamanha)
§ Afirmam que os americanos (mas é algo que pode
ser aplicado no Brasil também) se esquecem que
direitos e liberdades individuais dependem,
vigorosamente, de um agir estatal.
§ Sem um governo efetivo, não seria possível usufruir
da propriedade privada do jeito que se faz nos dias
de hoje.
5. The Cost of Rights.
The Cost of Rights (Stephen Holmes e Cass R. Sustein)
A percepção de que os direitos têm custos e a jurisprudência do STF (Rodolfo Tamanha)
§ Direitos não podem ser protegidos ou implementados sem recursos e
suporte público.
§ Da mesma forma o acesso ao Judiciário, a estrutura administrativa do
Estado à disposição do indivíduo, todas são estruturas custeadas por
dinheiro arrecadado pelo Estado, em grande parte por meio de
tributos! Da mesma forma o acesso ao Judiciário, a estrutura
administrativa do Estado à disposição do indivíduo, todas são
estruturas custeadas por dinheiro arrecadado pelo Estado, em grande
parte por meio de tributos!
5. The Cost of Rights.
The Cost of Rights (Stephen Holmes e Cass R. Sustein)
A percepção de que os direitos têm custos e a jurisprudência do STF (Rodolfo Tamanha)
§ José Casalta Nabais (O dever fundamental de pagar impostos –
Almedina) e Leandro Paulsen.
§ O dever fundamental de pagar tributos e (Paulsen) de
colaborar com o Estado na administração e fiscalização.
6. O dever fundamental de pagar tributos.
7. Classificação doutrinária dos tributos.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
É importante definir qual o critério que está sendo
utilizado.
7.1 Da Contraprestação do Ente Tributante: Vinculados e 
não vinculados.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
Vinculados: o tributo é devido mediante uma contraprestação
estatal. Trata-se de um fato do Estado. Taxas e contribuições
de melhoria, já que é por um agir estatal que surge o dever de
pagar o tributo. ATIVIDADE ESTATAL
Não vinculados: o tributo é devido sem que haja uma
contraprestação estatal. É um fato do contribuinte. Por ele ter
praticado um ato que se enquadre na hipótese abstrata, torna-
se sujeito passivo da obrigação tributária. Impostos. OUTRA
COISA QUALQUER
7.2 Do Aspecto Financeiro da Hipótese de Incidência: fixos 
ou proporcionais.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
Fixos/quota fixa: a base do valor do tributo a ser pago é um
valor fixo, certo, pré-determinado. II quando se tem fixado um
valor para cada unidade do produto importado.
Proporcionais/variáveis: a fixação do valor do tributo leva em
consideração o valor da operação, variando conforme a maior
ou menor dimensão econômica do fato gerador. ISS que leva
em conta o preço do serviço (5% x preço do serviço).
A alíquota permanece invariável e uniforme, o que varia é a
base de cálculo!7.3 Da Onerosidade Atribuída ao Sujeito Passivo: regressivo 
e progressivo.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
Regressivo: cresce a onerosidade relativa em razão inversa da
capacidade contributiva do contribuinte.
Progressivo: cresce a onerosidade relativa em razão direta à
situação econômica do sujeito passivo.
7.4 Quanto à finalidade da tributação:
Fiscais e extrafiscais.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
a. Fiscais: a finalidade da tributação é a de arrecadar receitas financeiras
para os cofres públicos, destacando-se a questão arrecadatória ou fiscal, já
que visa prover recursos econômicos ao poder tributante.
b. Extrafiscais: a finalidade da tributação é outra, como intervir no
domínio econômico e social. São criados com o fim de estimular ou
desestimular determinado comportamento dos contribuintes, de realizar
determinada política econômica e social. A sua função é regulatória ou
extrafiscal.
à Tributos sobre o comércio exterior – II e IE = finalidade de regulação.
7.5 Quanto à seletividade dos tributos:
Seletivos e não seletivos.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
- Leva em consideração a essencialidade da coisa sobre a qual incide a
tributação.
a. Seletivos: alíquota mais alta para os produtos de luxo, supérfluos, e
uma alíquota mais baixa para os considerados de consumo básico,
essencial.
à Produtos da cesta básica, por exemplo.
à Na CF/88: IPI (será) e o ICMS (poderá ser)
b. Não seletivos: não se leva em consideração a essencialidade dos bens
e serviços, tributando-se da mesma forma, com a mesma alíquota.
7.6 Quanto à repercussão econômica dos tributos:
Direitos e indiretos.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
a. Diretos: o contribuinte não pode transferir o ônus do pagamento do 
tributo devido à um terceiro. É devido pela pessoa que é contribuinte 
tanto de direito (lei) como de fato (realidade).
à IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA etc.
b. Indiretos: o sujeito passivo, que deve de direito (conforme informa a 
lei), pode repassar a um terceiro, que passa a dever de fato, o encargo do 
pagamento do tributo. O primeiro é o contribuinte de direito, e o 
segundo, o de fato. Um recolhe o tributo pois a lei assim determina, mas 
repassa o encargo suportado ao outro.
à ICMS, ISS (em alguns casos), II, IE, IPI
à Costumam gravar o consumo de bens ou serviços
7.7 Quanto ao objeto do gravame tributário:
Renda, consumo e patrimônio.
Tributo: Conceito e classificação (Gassen)
a. Renda: a hipótese de incidência elege o ingresso de riqueza no 
patrimônio do contribuinte;
b. Consumo/circulação: o tributo elege o gasto da riqueza, o gasto do 
patrimônio;
c. Patrimônio: onera a riqueza já incorporada ao patrimônio do 
contribuinte.
FIM

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