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TRATAMENTO DAS IVAS

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TRATAMENTO DAS 
INFECÇOES DAS VIAS 
AÉREAS SUPERIORES
Gilmar Alves Zonzin
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
 Características: são consideradas como 
infecções respiratórias aquelas que atingem:
V.A.S.: nariz, faringe e ouvidos
V.A.M.: epiglote e laringe 
V.A.I.: traquéia, brônquios, bronquíolos
Pulmões: lobos pulmonares
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INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
 Etiologia: penetração de agentes infecciosos, 
tais como:
 Vírus (predominam, principalmente, nas V.A.S.)
 Estreptococcos β – hemolíticos do grupo A
 Estafilococcos
 Haemophilus influenzae
 Pneumococcos
 Outros
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PRINCIPAIS IVAS
 RINOFARINGITE (NASOFARINGITE)
 BRONQUITE AGUDA
 LARINGITE VIRAL AGUDA
 FARINGOAMIGDALITE
 SINUSITE (AGUDA, CRÔNICA)
 OTITE (AGUDA, CRÔNICA)
 RINO/NASOFARINGITE: resfriado comum, 
provocada por rinovírus, vírus sincicial 
respiratório (VSR), adenovírus e vírus 
influenza.
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: febre, espirros, 
calafrios, tosse, dores musculares e 
principalmente obstrução nasal.
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Rinofaringite aguda
 Doença infecciosa de vias aéreas 
superiores mais comum da infância
 Menores de 5 anos podem apresentar de 
5 a 12 episódios por ano
Pitrez PM, Pitrez JL. J Pediatr, 2003;79(Supl.1)
Rinofaringite aguda
 Transmissão
 Gotículas produzidas por tosse e espirros
 Contato de mãos contaminadas com a via 
aérea de indivíduos sadios
 Contágio
 Comunidades fechadas
• Creches
• Escolas 
• Domicílio 
Rinofaringite aguda
 Manifestações clínicas
 Dor de garganta
 Coriza
 Obstrução nasal
 Espirros
 Tosse seca
 Febre de intensidade variável (ou 
ausente)
Rinofaringite aguda
 Complicações
 Persistência da febre além de 72 
horas
 Recorrência de hipertermia
 Prostração mais acentuada
 Dificuldade respiratória
Rinofaringite aguda
 Complicações
 Otite média aguda e sinusite são as 
mais frequentes
 Pode desencadear crise asmática ou 
sibilância
 Pneumonia
Rinofaringite aguda
 Diagnóstico
 Clínico
 QUADROS RECORRENTES: Pensar 
em alergia respiratória (rinite alérgica)
RINOFARINGITE
 Tratamento: Sintomáticos de forma limitada 
 Antibióticos: não estão indicados
 Antiinflamatórios não hormonais:
- Prolongam o tempo de evolução
- Causam muitos efeitos colaterais
- Usar antitérmico se necessário
Antitussígenos: evitar
(Levodropropizina e Codeína) 
 Expectorantes e mucolíticos: não usar
 Vitamina C: não auxilia
 Imunoestimulante: Pelargonium sidoides
 Antihistamínicos
 Corticóide sistêmico
1 2 3 4 5 6 7d
%
80
60
40
20
Evolução natural da rinofaringite
Laringite viral aguda
 Doença essencialmente pediátrica
 Manifestações clínicas
 Pródromos de IVAS
• Coriza
• Obstrução nasal
• Tosse seca
• Febre baixa
 Evolução
• Tosse rouca
• Disfonia
• Afonia ou choro rouco
• Estridor inspiratório
Laringite viral aguda
Tratamento
 Casos leves
• Hidratação
• Umidificação do ambiente (controverso)
 Casos moderados a graves
• Nebulização com adrenalina (?)
• Corticóide sistêmico
Bronquite Aguda
Definição
 Inflamação das vias respiratórias
superiores, comumente após a
infecção das mesmas.
 A causa é, em geral, uma infecção
viral, embora, às vezes, pode evoluir
para infecção bacteriana secundária.
 O patógeno, raramente é identificado.
Bronquite Aguda
Sintomatologia
 Tosse, com ou sem febre, e/ou
produção de escarro.
 Nos doentes com DPOC, também
podem ocorrer hemoptise, dor
torácica, dispnéia, etc
 Diagnóstico clínico e o tratamento é
sintomático: antitérmicos,
ocasionalmente CS.
 Na evidência de infecção bacteriana,
macrolídeos.
Bronquite Aguda
Tratamento e Prognóstico
 Antibióticos de maior espectro
necessários para pacientes com
pneumopatias crônicas que evoluem
com infecção bacteriana.
 O prognóstico é excelente nos
pacientes sem pneumopatias, mas,
nos portadores de DPOC, pode levar
a consequências sérias.
 FARINGOAMIGDALITE: infecção das vias 
aéreas por estreptococcos -hemolíticos do 
grupo A (GABHS). 
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Faringoamigdalite aguda
 Outras etiologias
 Micoplasma e clamídia
 Epstein Barr 
 Citomegalovírus
 Difteria
 Haemófilos
 Outros vírus
Faringoamigdalite aguda
 Importância
 Complicações supurativas
 Reações não supurativas tardias
• Febre reumática
• Glomerulonefrite aguda
Faringoamigdalite aguda
 Manifestações clínicas
 Início súbito
 Febre alta
 Dor de garganta
 Prostração
 Cefaléia
 Calafrios
 Dor abdominal
 Vômitos 
Faringoamigdalite aguda
 Manifestações clínicas
 Orofaringe: 
• Hiperemia
• Aumento de amígdalas
• Exsudato amígdalas
• Petéquias no palato
 Adenite cervical bilateral
Faringoamigdalite aguda
 Manifestações clínicas
 Escarlatina
• Exantema macular, áspero e puntiforme
• Dobras flexoras avermelhadas (Sinal de Pastia)
• Palidez perioral (sinal de Filatov)
Faringoamigdalite aguda
 Complicações
 Adenite cervical
 Abcesso periamigdaliano
 Sepse
 Choque tóxico
 Otite média aguda
 Artrite reacional
 Febre reumática
 GNDA
Faringoamigdalite aguda
 Tratamento
 Medidas gerais
 Antimicrobianos: Encurtam a fase 
aguda e reduzem complicações
• Penicilinas 
• Macrolídeos
• Cefalosporinas
Sinusite aguda
 Infecção 
bacteriana nos 
seios paranasais
Duração menor 
que 30 dias
Sinusite aguda
 Agentes etiológicos mais comuns
 Streptococcus pneumoniae
 Haemophilus influenzae 
 Moraxella catarrhalis
Sinusite aguda
Fatores associados:
 Obstrução óstio sinusal
 Rinite alérgica
 Rinofaringite viral
 Tabagismo (ativo e passivo)
 Desvio de septo
 Corpo estranho
 Atividades de mergulho
Sinusite aguda
 Manifestações clínicas
 Início lento ou súbito
 Manifestações de IVAS por mais de 
10 dias
 Retorno dos sintomas após período 
de melhora
 Halitose
 Tosse diurna com piora à noite
Sinusite aguda
 Manifestações clínicas
• Cefaléia
• Edema palpebral
• Prostração
• Desconforto ou dor no local do seio 
afetado
• Espontâneo 
• Provocado 
Sinusite aguda
 Exame físico:
• Celulite orbitária: etmoidite
• Gotejamento purulento pós-nasal
Sinusite aguda
 Complicações
 Sinusite crônica
 Osteomielite maxilar
 Celulite periorbitária
 Meningite
Sinusite aguda
 Diagnóstico
Clínico
 Estudo radiológico geralmente desnecessário
• Nível hidroaéreo
• Opacificação completa da cavidade
• Espessamento parede lateral 
do seio maxilar maior que 4mm
 Tomografia 
 Endoscopia nasal
Sinusite aguda
 Tratamento
 Repouso 
 Analgésico e antitérmico
 Corticóide sistêmico e/ou tópico (nasal)
 Antihistamínicos (com ou sem 
descongestionante)
 Lavagem nasal
 Antimicrobianos (em média por 10 dias)
• Amoxacilina
• Cefuroxima ou amoxacilina com clavulanato
ou sulbactam
• Macrolídeos
• Quinolonas respiratórias
Sinusite Crônica
 Fatores associados
 Tratamento prolongado
 Cobertura antimicrobiana ampliada 
(gram – e anaeróbios) – amoxclav, 
associação de atb
 Possibilidade de infecção fúngica e 
necessidade de abordagem cirúrgica 
nos casos refratários
Otite média aguda
 Doença bacteriana mais prevalente na infância, pode ocorrer em 
adultos 
 75% crianças abaixo de 5 anos terão pelo menos um episódio
 Precedida por quadro viral
Otite média aguda
Otite média agudaDiagnóstico
Otoscopia
• Abaulamento
• Hiperemia
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
Agentes causadores: Streptococcus 
pneumoniae e Haemophilus influenzae
Fisiopatologia: congestão com edema na 
tuba auditiva resultante do acúmulo de 
secreções e penetração de 
microorganismos, após alergia ou infecção 
nas V.A.S.. 
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INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
 Manifestações clínicas:
Otite média aguda:
Otalgia após alguns dias de IVAS
Temperatura acima de 38ºC
Irritabilidade
Letargia, anorexia, vômitos e diarreia
Secreção purulenta (às vezes)
Dura em torno de 3 semanas
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Otite média aguda
Tratamento
Analgésicos
Soro fisiológico nasal
Antibióticos (amoxacilina, amoxclav)
Antihistamínicos
Corticóide sistêmico

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