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Aula 07 Produção de conteúdo (TV) Profa. Manuela Callou manu.callou30@gmail.com Comunicação Dirigida e Multimeios - UFAL 1 TV - Cenário Audiovisual A TV no Brasil foi inaugurada em setembro de 1950, conhecida como TV Tupi de São Paulo, canal 3. As imagens foram geradas em um estúdio, na Rua 7 de Abril, centro de São Paulo. O transmissor da RCA foi colocado no topo do edifício do Banco do Estado de São Paulo no inicio da Avenida São João. Comunicação Dirigida e Multimeios 2 Como não existiam aparelhos receptores no Brasil, Chateaubriand importou ilicitamente duzentos aparelhos e distribuiu pelos mais diversos cantos da cidade. O primeiro programa transmitido chamou-se TV na Taba, apresentado por Homero Silva, com participação de nomes como Lima Duarte e Hebe Camargo. O primeiro telejornal da TV Tupi, Imagens do Dia, foi ao ar dia 19 de setembro de 1950, na locução do radialista Ribeiro Filho. Comunicação Dirigida e Multimeios 3 Todos os programas eram realizados ao vivo na TV brasileira dos anos 1950, o videoteipe só surgiria anos depois. Os teleteatros ao vivo faziam muito sucesso, como o Grande Teatro Tupi. Nesta época surgiram as garotas-propaganda para apresentar os produtos dos patrocinadores e chegar finalmente aos comerciais no famoso intervalo dos reclames. Quando surgiram as novelas? Comunicação Dirigida e Multimeios 4 As novelas surgiram em dezembro de 1951, só que não eram diárias e sim passavam 2 vezes por semana. A 1ª novela brasileira, “Sua Vida” ficou famosa por ter acontecido o primeiro beijo na tv brasileira. Outras TVs também foram surgindo e contribuindo, cada vez mais, para uma programação diferenciada e criativa. Comunicação Dirigida e Multimeios 5 Qual é a essência da televisão? Veículo multisensorial: exige mais de um sentido para quem quer aproveitá-lo por completo (audição e visão). Meio dinâmico: imagens e sons estão em constante mudança. Oralidade: as pessoas falam com você por meio da TV. Comunicação Dirigida e Multimeios 6 O Jornalista de TV deve respeitar as características essenciais do veículo. Imagens são sempre aliadas e fundamentais para a construção da reportagem. Formato deve ser dinâmico para prender atenção do telespectador. Escrever para falar. Comunicação Dirigida e Multimeios 7 Algumas curiosidades da programação de televisão: Chaves (faturamento? audiência?) 11 de setembro de 2001 (ataque às torres gêmeas. Pica pau-alternativa, SBT) Qual a diferença entre o jornal impresso e a tv, com relação às vendas? Comunicação Dirigida e Multimeios 8 Jornal impresso (vende espaço) Jornal da tv (vende tempo) Comunicação Dirigida e Multimeios 9 Produção na TV: “Eu achava que, além da correção, de boa voz, do timbre bonito, os nossos telejornais ganhariam muito com a presença de apresentadores de boa aparência. Isso era parte de uma tática: a de fazer com que o nosso público de novela, predominantemente feminino, fosse atraído pelos nossos telejornais” (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho) AGORA Comunicação Dirigida e Multimeios 10 1) A participação da produção do telejornal começa no dia anterior, através de uma reunião de pauta, aberta a todos na redação. 2) Se algo importante acontecer durante a exibição do telejornal, o fato deve ser levado ao Editor-Chefe, que vai decidir se entrará ou não no ar. Obs: Nesse caso, reportagens de menor importância podem ser derrubadas para que o fato novo relevante seja exibido. 3) O produtor deve estar atento ao enfoque do noticiário de outras TVs Comunicação Dirigida e Multimeios 11 4) Verificar a produção dos programas anteriores é obrigação diária, pois vários temas podem ser aprofundados no telejornal seguinte. Não há limite de esgotamento a não ser aquele imposto pelo próprio assunto. 5) O produtor deve ter sempre em mente a realização e a organização de debates e mesas-redondas, pois se constitui em uma forma democrática de discussão. 6) O produtor deve estar atento aos artigos assinados de jornais e revistas. Os autores geralmente tem credibilidade e podem render entrevistas e reportagens para a TV. Comunicação Dirigida e Multimeios 12 7) O produtor deve cuidar para que o contato com pessoas, empresas ou entidades acusadas durante uma entrevista seja imediato. Ouvir todos os lados da notícia é a prioridade do bom jornalismo. 8) A utilização pela chefia de reportagem da palavra urgente faz com que qualquer coisa que esteja no ar seja interrompida para a informação. Para isso, é importante o máximo critério para afirmar que alguma intervenção é urgente. 9) A agenda de contatos deve estar sempre atualizada. Comunicação Dirigida e Multimeios 13 10) O produtor deve estar sempre em contato com outras fontes. Notícias interessantes podem surgir de uma conversa informal, mesmo nos bastidores da TV. 11) Em caso de mudança de pauta, deve-se ligar desmarcando a entrevista agendada com o convidado. Este é um ponto de honra, é melhor assumir com o entrevistado o cancelamento que deixá-lo esperando. 12) A gravação das entrevistas feitas durante o programa deve ser encaminhada ao editor. O produtor deve conversar com o editor sobre o trecho considerado mais importante. Comunicação Dirigida e Multimeios 14 13) Assuntos relacionados à saúde e beleza têm grande espaço na imprensa, principalmente quando se trata de novas descobertas, novos remédios e métodos que mexem com a vaidade das pessoas. Obs: Há necessidade de fazer distinção entre as verdades e as que não são idôneas. Algumas clínicas se encaixam no perfil de baixa credibilidade, principalmente aquelas que cuidam de cirurgia plástica, estética, obesidade, etc. Salvo exceção, é melhor procurar especialistas nas universidades ou entidades oficiais dessas categorias. Comunicação Dirigida e Multimeios 15 14) É importante anotar o nome do entrevistado e passar para o responsável pelo gerador de caracteres com antecedência. Cuidado com os nomes estrangeiros. 15) As vinhetas chamando reportagens ao vivo, ou início de programas, constituem o que se chama de enunciado. 16) Não se esqueça que para locações externas, é preciso conhecer o local, verificar o sol, listar as seqüências e relacionar as tomadas de cena. Comunicação Dirigida e Multimeios 16 17) Peça para que filmem primeiro as cenas externas e só depois as demais. 18) Não se esqueça que o trabalho em TV é coletivo. Todos devem ser informados dos passos da produção. 19) Não esqueça que a televisão é bidimensional, portanto, junto com a imagem vai o som. Esta avaliação é mais importante nas transmissões. 20) A conquista da audiência exige o esforço de todos, mas não é sacrificando o conteúdo do noticiário e os limites éticos do jornalismo que a emissora adquire credibilidade. Comunicação Dirigida e Multimeios 17 Fonte: BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo. Manual de telejornalismo: os segredos da notícia na TV. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. Comunicação Dirigida e Multimeios 18
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