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Aula 05 Produção de conteúdo Rádio

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Profa. Manuela Callou
manu.callou30@gmail.com
Comunicação Dirigida e Multimeios - UFAL
Rádio - “Os cenários no rádio não são vistos, e sim
sentidos”
 “A primeira transmissão de rádio no Brasil é tema de
controvérsia: alguns historiadores afirmam que ocorreu no
dia 06 de abril de 1919, no Recife, quando foi fundada a
Rádio Clube de Pernambuco, por Oscar Moreira Pinto.
 No entanto há relatos oficiais que afirmam que a primeira
locução aconteceu no dia 7 de setembro de 1922, durante a
exposição do centenário da Independência” (CÈSAR, 2009,
p. 44).
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 “A partir de 20 de abril de 1923, pudemos considerar as
transmissões de rádio no país uma realidade, porém
limitadas a uma emissora de cunho educativo.
 Depois da criação da primeira emissora oficial do Brasil,
muitas outras foram surgindo em todo o país, nas
modalidade de rádio clube: um grupo pagava uma
mensalidade para a manutenção do equipamento e o salário
dos funcionários. Esse modelo, adotado por Roquette Pinto,
tornou possível nossa radiodifusão.
Quando o rádio se tornou um meio de comunicação de
massa?
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 A partir da década de 30, com a introdução da rádio
comercial.
 Também foi nessa época que o Presidente Getúlio Vargas
sancionou uma lei autorizando a propaganda na rádio, que
então começou a se popularizar , voltando para o lazer e
para o entretenimento.
O que possibilitou o crescimento da rádio?
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 Foi justamente a elevação da quantidade de anúncios pagos
que fez com que a rádio crescesse.
 “No começo da década de 30, com o início da publicidade, o
veículo se consolidou, adquirindo prestígio entre a
população:
 primeiros programas humorísticos,
 musicais,
 transmissões esportivas,
 radiojornalismo e
 primeiras novelas
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Características da rádio
 Linguagem oral,
 penetração,
mobilidade,
baixo custo,
 Imediatismo,
 instantaneidade,
sensorialidade e
autonomia
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Linguagem radiofônica
“O rádio faz uso de uma única linguagem, a sonora, daí o
fato de trabalhar considerando-se um único sentido do
ouvinte: a audição” (CÈSAR, 2009, p. 129).
São 4 elementos da linguagem do rádio:
 a palavra
a música,
os efeitos sonoros e
o silêncio.
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A produção
“O programa de rádio está comprometido com o caráter
instantâneo da notícia, mas por sua característica, tem
espaço para mais reportagens, entrevistas, debates, etc.
(...) além dos assuntos do dia, a reportagem tem espaço
para notícias referente à esporte, comportamento, artes,
espetáculos, prestação de serviços, economia, meio
ambiente, política, etc. (BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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Produtor, âncora, assistente de produção, operador de áudio
e toda a redação devem estar integrados com o programa.
Muitas reportagens podem ser editadas para programas
subseqüentes. As elaboradas a partir da pauta, exclusivas,
que fogem do dia a dia, têm mais espaço para apresentação
por aprofundarem mais os assuntos.
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Ao estabelecer o programa de rádio jornal, devemos ter em
mente as seguintes orientações:
1. “O produtor deve eleger um tema mais importante para
iniciar o programa, um assunto que interesse ao ouvinte e
provoque impacto a ponto de sensibilizar a audiência, além
de estar comprometido com a instantaneidade da notícia.
2. A rotatividade da audiência nunca deve ser esquecida. Os
jornais de rádio devem ser repaginados a cada meia hora
com uma seqüência de assuntos que atraiam a atenção”
(BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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3. “O produtor deve estar atento ao enfoque do noticiário de
outras emissoras de rádio, TV e sites informativos.
4. Parte-se do princípio que o programa deve abordar o que
o ouvinte quer saber e não o que nós queremos dizer a ele.
O ouvinte é o cliente diário e a razão da existência da
emissora jornalística
5. Assuntos complexos devem ser brifados para o âncora
pela produção, ninguém é obrigado a entender de tudo”
(BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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6. “O âncora deve citar programas anteriores, referindo-se a
reportagens, participação de comentaristas,
correspondentes, repórteres.
7. Não se esqueça da interatividade. Ela é uma ferramenta
de trabalho, fonte de pauta, canal de comunicação com o
ouvinte e funciona como um ombudsman dos programas.
8. A participação dos repórteres deve ser prioridade na
programação, mas nem sempre a entrada pode ser ao vivo.
Se perceber que ele vai esperar muito, peça para gravar.
Deixar repórter esperando para entrar no ar dificulta a
produção e a central técnica” (BARBEIRO; LIMA, 2003, p.
70)
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9. “O produtor deve estar atento ao enfoque do noticiário de
outras emissoras de rádio, TV e sites informativos.
10. Parte-se do princípio que o programa deve abordar o
que o ouvinte quer saber e não o que nós queremos dizer a
ele. O ouvinte é o cliente diário e a razão da existência da
emissora jornalística
11. Assuntos complexos devem ser brifados para o âncora
pela produção, ninguém é obrigado a entender de tudo”
(BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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12.“Se o entrevistado disser algo relevante durante o
programa ao vivo, peça para o operador de áudio separar
um pequeno trecho para ser levado ao ar após o término da
entrevista. Isso chama atenção do ouvinte e dá um efeito
especial no programa.
13. É preciso ter cuidado com o excesso de vinhetas e
seções no programa. Elas truncam o noticiário e podem
espantar o ouvinte” (BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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14. O produtor deve se preparar para a falta de notícias nos
fins de semana e feriados. Entrevistas podem ser
agendadas com antecedência ou gravadas. Merecem
atenção especial a prestação de serviços (estradas,
aeroportos, meteorologia, lazer) e o esporte.
15. Notícias inéditas, urgentes, furos jornalísticos, podem
ser apresentadas como “Plantão”. É recomendável o uso de
vinheta característica para chamar atenção do ouvinte”
(BARBEIRO; LIMA, 2003, p. 68)
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Fonte:
BARBEIRO, Heródoto; LIMA, Paulo Rodolfo. Manual de
radialismo: produção, ética e internet. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
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