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GLOSSÁRIO DE TERMOS ECONÔMICOS

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FACULDADE FARIAS BRITO – Prof. Rodrigo Uchôa – 
Ordem Jurídica e Relações Econômicas 
Turma Noite (JUSII008) – 2016.1 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO DE TERMOS ECONÔMICOS – FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO (Texto 
adaptado pelo Professor) 
 
O que é economia? 
De origem grega, é uma junção de duas palavras: oikos e nómia. Oikos, 
que também está em ecologia, entendamos como casa. Nómia significa um 
conjunto de regras, de leis. Regras e leis, por sua vez, servem para organizar, 
regular, alguma coisa. Logo, temos: casa e conjunto de regras. 
Casa é patrimônio. Patrimônio é riqueza. Já conjunto de regras permite 
que as coisas sejam organizadas e, assim, administradas. 
Chegamos, assim, à noção de economia como a administração da 
riqueza. 
Mas, podemos ir além. O que seria, neste caso, administração? Uma 
boa resposta é organização da forma de produzir e distribuir. 
Logo, podemos entender economia como a forma pela qual se dá a 
produção e a distribuição da riqueza. 
É importante lembrar que é a produção que gera a riqueza. Por isso, a 
riqueza de um país é chamada de Produto Interno Bruto, o popular PIB. 
Para teorizar a produção e a distribuição de riqueza, diferentes cientistas 
econômicos lapidaram sua definição ao longo do tempo. 
A mais famosa e que serve largamente para definir economia hoje em 
dia foi dada por Lionel Robbins em 1932, para quem a economia são as formas 
pelas quais o comportamento humano lida com meios escassos. 
Por isso, desde Robbins a economia é amplamente entendida como a 
ciência da alocação dos recursos escassos. 
Alocação, neste sentido, pode ser entendida como o que produzir com 
os recursos disponíveis e como distribuir essa produção para provocarmos o 
maior bem estar possível. 
Destoando desta definição, John Maynard Keynes, em 1933, definiu a 
economia como uma economia monetária da produção. Como não poderia 
deixar de ser, nessa definição a economia continua sendo a produção e 
distribuição de riqueza. Contudo, Keynes entendia que o mais importante não 
era alocar recursos escassos, mas entender como fazer a moeda fluir do bolso 
do empresário para o processo produtivo, gerando emprego, renda e riqueza. 
Portanto, ao ouvirmos crescimento econômico ou política econômica, 
sabemos que estão se referindo ao crescimento da produção e da riqueza ou 
ao que o governo está fazendo para auxiliar a produção e distribuição de 
riqueza em um país. 
Ao mesmo tempo, vendo as diferentes definições dadas pelos teóricos 
ao termo economia, compreendemos por que os economistas divergem tanto 
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em suas análises sobre a situação econômica, o crescimento econômico ou 
sobre a política econômica. 
Eles só não divergem sobre a necessidade de crescer e distribuir a 
riqueza, pois isso é a economia. 
 
Problema fundamental da Economia 
A Ecoconomia estuda a relação que os homens têm entre si na 
produção dos bens e serviços à satisfação dos seus desejos. Ocorre que as 
necessidades humanas são ilimitadas, infinitas, uma vez que o ser humano 
nunca está satisfeito com o que possui e sempre aspira mais coisas. Por outro 
lado, os recursos ou fatores de produção que a sociedade conta para a 
fabricação de bens e serviços têm características finitas ou limitadas. 
Disso se extrai outro conceito da Economia: ciência que estuda a 
escassez ou ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção dos 
múltiplos bens que a sociedade deseja. 
 
Fatores de Produção 
São três as categorias dos fatores de produção: 
a) Recursos naturais ou terra (economia clássica); 
b) Mão de obra ou trabalho; 
c) Capital. 
Recursos naturais são os elementos da natureza suscetíveis de serem 
incorporados às atividades econômicas. Assim, um recurso mineral numa 
grande floresta cuja exploração seja inviável por não existir logística adequada 
não faz parte do estoque de recursos naturais, não sendo, pois, fator de 
produção da economia. 
 
O que é PIB? 
 
PIB ou Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços 
produzidos em país em um período de tempo. Por convenção mundial, 
considera-se a medição do PIB a cada ano (anualmente). 
O PIB é a riqueza que o capital, máquinas, equipamentos e 
trabalhadores criaram na forma produtos da agricultura, indústria e serviços. 
Quando os jornais dizem: "o PIB do Brasil cresceu 0,1% em 2014", eles 
estão dizendo que em 2014 a produção de riqueza foi 0,1% maior que 2013. 
Esse percentual do PIB é, na verdade, a comparação do montante calculado 
em moeda, descontando-se a inflação. 
Assim, calcula-se o crescimento real da riqueza e não apenas aumento 
de preços. 
O PIB não é todo do governo, dos empresários ou trabalhadores. Ele é 
distribuído de forma direta, o que envolve os empresários e os trabalhadores 
que participam da produção, ou indireta, como no caso do governo, que não 
participa da produção. 
A parte que vai para as mãos de empresários, trabalhadores, governo, é 
a renda, ou seja, uma parcela do que foi produzido. Então, tudo o que é 
produzido rende algo para alguém que é empregado na criação deste produto, 
com exceção dos impostos, que não são empregados, mas impostos. 
Por isso, sempre que você ouvir que o Brasil precisa crescer, saiba que 
isto quer dizer que o país precisa produzir mais e aumentar seu PIB. 
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Contudo, parte da riqueza é gerada por meios de produção estrangeiros 
e, assim, eles enviam a renda que recebem aos seus países de origem. 
Do mesmo jeito, fatores de produção brasileiros produzem no resto do 
mundo e enviam seus ganhos para cá. 
Caso se descontem do PIB as rendas enviada e recebida do exterior, 
subtraindo do PIB a primeira e somando a ele a segunda, tem-se outro 
conceito, o PNB, produto nacional (pois usaram-se fatores de produção 
nacionais, onde quer que seja feita a produção) bruto. 
Quando divide-se o PIB pela população, temos outro indicador, o PIB ou 
renda per capita, que apresenta, ainda que de forma pouco realista, a parte do 
PIB de cada cidadão, caso todos recebessem a mesma renda. 
 
O que é câmbio e política cambial? 
Taxa de câmbio é o preço pelo qual uma moeda de um país compra a 
moeda de outro país - ou, às vezes, até mesmo de um conjunto de países, 
como é o caso do Euro. 
Para reforçarmos o conceito, uma outra forma de lê-lo é: a taxa de 
câmbio é o valor pelo qual duas moedas nacionais são trocadas. 
E quem é que troca a moeda do país A pela moeda do país B? 
Ofertam moeda estrangeira: 
- exportadores, 
- investidores e turistas internacionais, 
- tomadores de crédito no exterior, 
- governos 
Demandam moeda estrangeiras: 
- importadores, 
- investidores e turistas nacionais, 
- credores nacionais de tomadores no exterior 
Um exportador, por exemplo, paga suas contas em reais e precisa 
converter a moeda em que vendeu por reais. 
Nós todos, quando vamos ao exterior, usamos a moeda do destino para 
consumirmos. Mesmo quando usamos cartões de débito ou crédito há, claro, 
troca de moeda. Mas, nestes casos, terceirizamos o serviço de conversão para 
a operadora do cartão e, claro, pagamos por ele. 
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Todas as trocas entre moedas nacionais ocorrem no mercado de 
câmbio. 
Tomemos o dólar como exemplo. O confronto entre a oferta e a 
demanda por dólares forma a taxa de câmbio. Logo, se entre hoje e amanhã o 
câmbio 'sobe' (desvaloriza) significa que a demanda por dólares foi maior que a 
sua oferta. Assim, o real perde valor ante o dólar e, por isso, dizemos que o 
câmbio se desvalorizou. 
A recíproca é o caso em que o câmbio 'cai', ou seja, quando o real se 
valoriza ante ao dólar.POLÍTICA CAMBIAL 
Ao irmos a uma casa de câmbio, corretora de valores ou a um banco 
demandar moeda estrangeira, vamos ao mercado cambial. 
Nele há um outro grande participante: o Estado. Por meio de sua 
autoridade cambial, na maioria dos casos o próprio banco central, o Estado 
atua no mercado de câmbio para realizar a política cambial. 
Ela pode acontecer por dois caminhos. 
Por um lado, o Estado regulamenta o funcionamento do mercado 
cambial. No Brasil, é a regra, por exemplo, do pagamento de IOF ao usarmos o 
cartão de crédito no exterior. 
Por outro lado, o Estado também pode vender e comprar dólares no 
mercado cambial, para buscar influenciar diretamente a taxa de câmbio. 
A política cambial tem vários objetivos, dos quais os governos escolhem 
os seus, de acordo com seus planos. Alguns deles: 
- estimular a competitividade internacional da produção local; 
- incentivar a importação de máquinas e equipamentos; 
- baratear as exportações da produção nacional; 
- controlar a inflação; 
- evitar que empresas endividadas em moeda estrangeira fragilizem 
muito seus balanços quando o câmbio se desvaloriza 
Cada governo opta como realiza sua política cambial, mas certo é que, 
se todos só incentivarem suas exportações forçando uma desvalorização 
cambial artificial, o resultado será uma guerra cambial. 
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Como o mundo é um só, é impossível que todos os países vendam mais 
ao exterior do que dele importam. Logo, é preciso que o comércio exterior 
funcione por competição não cambial. 
Faz sentido que países em desenvolvimento possam inicialmente 
usufruir de algumas ajudas, pois não possuem a tecnologia dos países 
desenvolvidos —não porque não quiseram tê-la, mas porque suas histórias são 
diferentes. 
Contudo, isso deve ter prazo, para que esses países tenham a pressão 
de saberem se organizar para se desenvolverem. 
 
 
- O que são finanças públicas e política fiscal? 
 
Qualquer país, independentemente do governo, oferta serviços públicos 
à população, que vão desde hospitais, escolas, e estradas, passando pelas 
Forças Armadas, até bolsas de estudo e serviços meteorológicos. 
Naturalmente, o Estado precisa pagar às pessoas que emprega nos 
serviços públicos, as empresas que executam os investimentos públicos e os 
fornecedores que permitem que os serviços sejam oferecidos, como as 
empresas de energia, água, comunicação. 
Para pagar por tudo isso, o Estado arrecada recursos. 
Conceito: Finanças Públicas são a Oferta de serviços públicos, 
arrecadação de recursos e gastos públicos. 
O modo pelo qual as finanças públicas são conduzidas, por sua vez, 
dependerá da política fiscal. 
Logo, as finanças públicas são a administração da arrecadação e 
dos gastos de recursos públicos. 
Em geral, a principal fonte de arrecadação de recursos públicos são os 
tributos — o caso do Brasil. 
Já os gastos públicos serão destinados a custear diversos serviços, que 
variam de país para país. 
O direcionamento da arrecadação e do gasto público dependerá, por um 
lado, das leis que regulam o que o Estado deve ofertar de serviço público e 
como ele deve partilhar os recursos com os outros entes da nação —Estado e 
municípios. 
Esses gastos vinculam-se a processos legislativos e, normalmente, não 
são facilmente alteráveis pelos governos. 
Por outro lado, parte do gasto também depende das políticas de governo 
(incluindo as emendas parlamentares no Brasil). Essas políticas dependem do 
modo pelo qual os governos, na margem de manobra que possuem, 
conseguem realizam os gastos livres, também chamados de discricionários. 
No Brasil, por exemplo, aproximadamente apenas 10% de recursos 
públicos estão fora dos gastos obrigatórios. 
Como quase todos os assuntos em economia, há diversas disputas 
teóricas sobre como a política fiscal deve se comportar. 
Contudo, em nível geral, ela percorrerá pelo menos um dos seguintes 
objetivos: 1) alocador, que é o Estado contribuindo para aumentar a eficiência 
do mercado; 2) estabilizador, que é a política fiscal objetivando evitar ciclos 
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recessivos na economia; e 3) distributivo, no qual o Estado promove a 
distribuição de recursos entre as classes sociais e/ou os setores da economia. 
Cada governo, a depender de seu matiz ideológico, direciona não 
apenas o objetivo da política fiscal para um ou mais destes fins, mas também 
as medidas que serão tomadas para que eles sejam atingidos. 
Isso explica por que existem adeptos de políticas de austeridade, como 
as praticadas por vários países da Europa pós-crise internacional, e 
proponentes de políticas contracíclicas, ou seja, que advogam aumentos de 
gastos em períodos de recessão e sua redução quando a economia estiver 
aquecida. 
Porém é consenso que o orçamento público deve ser bem organizado e 
transparente, pois os recursos dele são públicos e, portanto, não pertencem a 
um governo, mas ao País. 
Além disso, finanças públicas organizadas e equilibradas ao longo do 
tempo evitam que o Estado incorra em deficits (gastos maiores que as receitas) 
que aumentam o endividamento público e diminuem a capacidade de o Estado 
prover maiores e melhores serviços à população. 
O que é dívida pública e moratória? 
FÁBIO TERRA 
Dívida pública é uma obrigação de um país, por ter pego recursos 
emprestados. 
Porém, mesmo que um governo gaste menos do que arrecada, pode um 
país ainda ter dívida pública. Isso porque o Estado não pega emprestado só 
porque gastou mais do que tinha. Outras razões fazem surgir a dívida pública, 
como por exemplo o déficit público. 
O déficit público ocorre se o governo gasta mais do que arrecada. 
Embora o déficit seja de um governo, a dívida é do país, e estar "no vermelho" 
significa que o Estado não consegue pagar seus fornecedores e empregados, 
mas ainda assim precisa fazê-lo. 
Nesse caso, usando o Brasil como exemplo, o Tesouro Nacional emite 
um título público, e quem o compra passa recursos ao Tesouro, que os usa 
para cobrir o deficit público. 
Título público é o meio pelo qual o Estado pega emprestado, é um 
contrato de dívida entre o país e o comprador do título, que pode ser um banco, 
fundo de investimento, você etc. Pode ser também que, mesmo com recursos, 
o governo pegue emprestado para fazer uma obra e use o que ele tem 
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disponível para outras necessidades. Cria-se dívida pública, mesmo com 
disponibilidades. 
Duas formas de uso de dívida pública menos conhecidas do público, 
mas importantes, são as políticas monetária e cambial. A primeira cuida da 
moeda de um país evitando que a inflação corroa o poder de compra dela. 
A principal operação dessa política é chamada de mercado aberto —
confira Mercado Explica Inflação e Política Monetária— e usa dívida pública 
para regular a quantidade de moeda em circulação e, assim, controlar a 
inflação. 
Toda dívida paga juros, e a taxa Selic, definida pelo Banco Central, é 
paga nesse uso de dívida pública na política monetária. 
O governo não precisa estar no vermelho para fazer essa dívida. Mas, 
se os gastos desta política forem elevados, o governo pode entrar no vermelho, 
precisando emitir dívida nova para pagar os gastos da dívida usada para 
controlar a inflação. 
Na política cambial, o governo atua no mercado de câmbio para 
influenciar o preço do dólar em relação ao real. Faz isso para evitar mudanças 
bruscas do câmbio, que atrapalham as condições de mercado e a 
previsibilidade dos negócios. Para isso, o governo pode usar dívida pública e, 
também na política cambial, ela não dependerá do saldo do orçamento. Mas, 
tal qual a política monetária, a políticacambial poderá afetar o orçamento, a 
depender do custo ou ganho que dê ao país. 
Se o governo descumpre o pagamento de sua dívida e/ou dos juros, 
qualquer seja a razão que a gerou, ocorre a moratória. A moratória pode ser 
um calote, se o governo não paga mesmo tendo recursos, ou técnica, quando 
por alguma razão não há recursos para cumprir as obrigações mesmo 
querendo o país pagá-las. 
Ambas exigem renegociações com quem comprou os títulos públicos 
não honrados. Caso contrário, o país não mais conseguirá se financiar quando 
precisar. Afinal, quem emprestará ao muito duvidoso? 
- O que são inflação e política monetária? 
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A inflação é o aumento generalizado e contínuo dos preços. 
Generalizado porque, se apenas o preço do pão, da gasolina ou do tomate se 
elevarem, não há inflação. Contínuo porque, se o aumento é de curto período, 
um mês, trimestre ou semestre, também não se tem, de fato, um processo 
inflacionário. 
O IPCA, IGP-M, IGP-DI, siglas que sempre ouvimos, são indicadores 
estatísticos que apuram a variação no nível de preços entre um momento e 
outro do tempo, isso é, a taxa de inflação. 
A inflação tem três principais tipos: 
- inflação de demanda, quando há maior poder de compra (de 
demanda) do que oferta disponível; 
- inflação de custo (ou de oferta), em que os custos de produção de 
expandem e são repassados aos preços, elevando-os - esta é, por exemplo, a 
inflação causada pela desvalorização do câmbio; 
- inflação inercial, que é a remarcação de preços no presente por 
causa de inflação passada, presente em contratos de aluguel, mensalidades 
escolares ou no reajuste anual de medicamentos e tarifas de transporte 
público. 
A inflação tem vários efeitos ruins. O pior é ampliar a desigualdade, pois 
as classes média e alta poupam, acessam o sistema financeiro e aplicam 
recursos, defendendo-se da corrosão do poder de compra pela inflação. As 
classes pobres não acessam o sistema financeiro e, logo, não se protegem. 
Ademais, a inflação encurta o horizonte de tempo da economia, 
trazendo-a só ao curto prazo e desestimulando investimentos. 
Dentre vários, outro efeito nocivo, ocorrido recentemente no Brasil, é a 
necessidade de se trocar de moeda quando a corrosão do poder de compra é 
grande: por isso, de 1986 a 1994, o país teve 6 moedas —cruzeiro, cruzado, 
cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real e real. 
A inflação é controlada pelo Estado, por meio de seu Banco Central 
(BC), que é o emissor de moeda e zela pela qualidade da moeda que emite —
isto é, evita inflação. 
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O nome da ação do BC é política monetária e é esta política pública a 
responsável pela inflação. 
O BC cumpre suas funções usando quatro instrumentos: 
(i) as reservas compulsórias que ele define que bancos comerciais lhe 
repassem; 
(ii) a taxa de juros que ele cobra dos bancos que lhe pedem emprestado, 
isto é, a chamada janela de redesconto; 
(iii) regulamentações sobre quem pode e o quanto se pode emprestar e 
pegar emprestado; e 
(iv) a taxa de juros, o mais conhecido dos instrumentos do BC. 
É por isso que, quando se noticia que houve aumento da inflação, 
seguem-se anúncios sobre como o BC fará sua política monetária e em que 
patamar deixará sua taxa de juros. 
Se há inflação, os juros aumentarão, para que menos pessoas usem 
financiamento para consumir, reduzam-se os investimentos e a construção de 
casas, o que faz com que a economia esfrie, controlando-se o nível de preços. 
Por sinal, a taxa de juros do BC é chamada de taxa básica por ser a 
partir dela que os demais juros se formam. 
Em termos práticos, no Brasil vigora a política monetária ancorada no 
Regime de Metas de Inflação. 
Essas metas são estipuladas pelo Conselho Monetário Nacional e o 
Banco Central do Brasil é a instituição responsável (autoridade monetária) por 
empreender a política monetária para alcançar a meta estabelecida. 
Como toda política pública, a monetária tem custos, e é importante que o 
BC mantenha seus juros em um patamar que não onere muito as finanças 
públicas. 
Infelizmente, isso não depende apenas do BC, mas de como aqueles 
três fatores que causam inflação se comportam ao longo do tempo e de quanto 
o BC se antecipa à dinâmica da inflação. Quanto antes ele atuar, melhor. 
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