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ESTUDOS DE CASO E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
PARTE I – Responsabilidade Civil
1. João (17 anos), emancipado voluntariamente, envolve-se numa briga em uma casa noturna e pensando estar diante do carro de seu desafeto, quebra todos os vidros. Sem que soubesse, seus atos foram presenciados por um colega de Faculdade que, reprovando sua conduta informa ao proprietário – Sr. Pedro – o nome do causador do dano e onde poderia ser encontrado. Contando no dia seguinte pelo advogado do Sr. Pedro, João alega que não irá pagar o prejuízo, visto que não possui recursos para tal, estando desempregado. Na qualidade de advogado de Pedro, quais fundamentos você usaria para obter a respectiva reparação?
2. Rodrigo (9 anos) encontra-se sob a guarda da mãe, em razão da separação de seus pais. Certo dia, Rodrigo solta um balão no quintal da casa de sua avó, que vem cair, no terreno do vizinho, atingindo a moto de Júlio que incendeia resultando perda total. Quem responderá pelos danos causados, sabendo-se que o pai de Rodrigo para pensão regularmente e sua mãe não possui rendimentos próprios, contando apenas com aquele pensionamento do filho e um auxílio mensal que recebe de seus pais.
3. Caio é empregado da Taurus Administração e Serviços Ltda., empresa terceirizada pelo banco Sul S/A, onde trabalha como servente na Agência Icaraí. Ao final do expediente, distraindo-se com o jogo que ouvia pelo rádio, deixa cair no chão o laptop pessoal do gerente, que se esquecera de levar ao voltar para casa. Quem deverá indenizar o prejuízo, Caio ou a empresa Taurus?
4. Tício – ainda em contrato de experiência – eletricista da Empresa Energia Ltda., que presta serviços em domicílio, é enviado para atender uma antiga cliente de seu patrão. Confiando na empresa contratada, a cliente deixa-o trabalhando e vai ao mercado, oportunidade em que Tício furta dois relógios de ouro que se encontravam na gaveta da cômoda. Não utilizando os relógios com frequência, a cliente só percebe a falta após 20 dias, quando Tício já não mais trabalhava na empresa, tendo sido demitido por desídia. Como proceder diante dessa situação?
5. Pedro e Paulo, estudantes do Curso Beta, cuja sede se encontra instalada num prédio comercial em Niterói, ao subirem para o andar onde se localizam as salas de aula, quebraram o espelho do elevador em razão de brincadeiras físicas praticadas em seu interior. Quem responderá pelos danos junto ao condomínio?
6.Hospedado na Pousada Alvorada, Sr. Silva briga com sua esposa, mulher muito temperamental e agressiva, que irritada lhe atira um cinzeiro que toma direção da janela e cai na cabeça do Sr. Adroaldo, que passava na rua naquele instante.
7. Augusto, em visita a parentes no Rio de Janeiro, decide alugar um carro na 4 Rodas Rent-car para fazer alguns passeios turísticos. Durante um de seus passeios, não conhecendo as vias públicas da cidade, ingressa na contramão por uma rua sem sinalização e abalroa o veículo de César.
8. Desempregado e sem perspectiva de pagar seu débito de pagar seu débito com o cunhado, Pedro se desespera e pratica assalto Mercadinho Guloso. De posse do dinheiro Pedro procura seu cunhado Túlio, pagando-lhe a dívida, alegando ter recebido adiantamento por serviços para os quais fora contratado. Sedo reconhecido pelo comerciante alguns dias depois, Pedro [é preso em poder de parte do dinheiro. Sem seu depoimento Pedro confessa a prática do delito, relatando que metade do dinheiro roubado fora utilizado para pagar dívida com o cunhado Túlio, acrescentando que este não tinha conhecimento da origem do dinheiro. Ao ser chamado, Túlio relata que já não estava na posse do dinheiro, visto que com ele havia pagado algumas dívidas pessoais.
9.Sr. Justino,criado de cavalos na região de Friburgo, é surpreendido com a notícia de que um de seus animais havia fugido em direção à estrada. Saindo com seus empregados em busca do animal, chega à estrada e constata que um de seus cavalos provocara um acidente, próximo da Patrulha Rodoviária Federal. Foram envolvidos no acidente: Fábio – dono de uma Van que, desviando do animal, atinge um carro na pista contrária; Cristóvão – dono do outro veículo. Ambos sofreram leves lesões e tiveram seus carros bem avariados.
9.Clementina e Vilobaldo são contratados como empregados da Fazendo do Srt. Leôncio, que lhes cede uma casa para residir com o filho Tiago (4 anos). Na fazenda, havia dois cães de guarda que eram tratados pelo funcionário Ezequiel, responsável por prendê-los todas as manhãs e soltá-los, diariamente, às 8horas. Tiago, que muito gostava de animais, sempre acompanhava o trabalho de Ezequiel, o que fez com que os cães se acostumassem com o menino. Passados dois anos, por volta do horário em que os cães eram soltos, Tiago pede à mãe que o deixe brincar no campo, o que lhe foi permitido. Feliz, Tiago sai correndo pelo campo gritando pelos amigos, fazendo Tiago sai correndo pelo campo gritando pelos amigos, fazendo com que os cães, já soltos, se assustassem e o atacassem. Tiago é socorrido por Ezequiel que controla os animais evitando uma desgraça maior. 
10.O Sr. Leôncio socorre o menino, levando-o ao posto médico local – onde recebe dez pontos na cabeça, seis pontos no braço esquerdo e curativos em outros ferimentos menores – e compra os medicamentos prescritos. Passados 10 meses, Clementina e Vilobaldo resolvem deixar o emprego e se mudam para a cidade. Um ano depois é demandado pelos pais do menino, que reclamam indenização, alegando, fundamentadamente, responsabilidade por ato culposo do empregado Ezequiel.
 PARTE II - Direito das Relações de consumo 
1.José levou seu automóvel a uma concessionária para uma revisão. Seu veículo foi examinado, não houve elaboração de orçamento escrito, todavia, José foi informado, oralmente, quais os problemas que o carro apresentava, bem como os serviços que seriam prestados,dentre eles, o conserto do sistema de ar condicionado, que era original de fábrica. Dias depois, como ajustado, José retornou para buscar o veículo. Nessa oportunidade, tomou conhecimento que a concessionária consertou todos os defeitos do auto, mas, não tendo solucionado o problema do ar-condicionado – uma vez que era de fábrica -, teve de se valer dos serviços de terceiro para tanto. Ocorre, porém, que três dias depois, quando o veículo estava estacionado na garagem, ele incendiou-se. Apurou-se que o incêndio teve origem no sistema de ar condicionado, que passou a funcionar automaticamente.
2. João adquiriu uma piscina de fibra para instalá-la na fazenda. A instalação, por conta da empresa, ocorreu no dia 1º de fevereiro, sem a sua presença, e o administrador a encheu de água no dia seguinte, vindo a água a escoar integralmente em dois dias. O administrador notou que havia uma perfuração na fibra e aguardou a presença do fazendeiro para relatar-lhe. João, porém, retornou à fazenda apenas no dia 3 de junho, e só aí tomou conhecimento do problema. Ele dirigiu-se à empresa, mas ela não atendeu a seus reclamos. Tal empresa apresentou uma nota de serviço vistado pelo administrador da fazenda, na qual este reconhecia a execução dos serviços de instalação há mais de 120 dias, e com base nisso, em função da ocorrência do prazo decadencial verificado, disse que seu direito de reclamar havia caducado. 
3. Uma loja de produtos eletrônicos fez veicular nos jornais propaganda de vários produtos em oferta. Um deles era aparelho de som. Na publicidade, aparecia a foto do aparelho e, logo abaixo o preço, com as especificações (código, potência etc.) José interessou-se e foi à loja adquirir o produto. Lá chegando, constatou que o produto da foto era muito mais caro do que o preço anunciado. Procurou um vendedor e este lhe disse que o preço constante do anúncio referia-se a um produto mais simples, com menos potência. Além do que, disse, o aparelho da foto era melhor, pois tinha mais funções. 
4. Uma empresa da capital, fabricante de hardwares e softwares para micros, e que emprega cerca de 200 empregados,é uma grande consumidora de energia elétrica, gastando milhares de reais mensais com ela. Certo dia, fruto da necessidade, a empresa adquiriu um aparelho sofisticadíssimo que se mostrou capaz de reproduzir os softwares com grande economia de escala (supondo-se para este exercício que isso seja possível),o que permitiu que a empresa, inclusive, demitisse cerca de 30 empregados. A partir desse novo equipamento, passou a existir uma sobrecarga de energia elétrica trocasse a fiação, o que foi feito. Alguns dias após essa operação (troca de fiação), no entanto, uma sobrecarga de energia acabou por queimar o equipamento, causando grave prejuízo à empresa. 
5. João e mais cinco amigos foram comemorar seu aniversário numa casa noturna. Como cortesia, a casa o ofereceu canapés de camarão. No dia seguinte, todos eles passaram mal e foram internados com intoxicação alimentar. O PROCON compareceu ao bar, recolheu algumas unidades dos canapés para exame e constatou que os mesmos estavam impróprios para o consumo (deteriorados). Defendendo-se, a casa noturna diz que adquiriu os canapés da empresa “X” (mas não havia nenhuma indicação na embalagem apontando essa empresa como fabricante). Além disso, alegou não haver relação de consumo, uma vez que os canapés foram cortesia da casa.
6. Um usuário de cartão de crédito em determinado mês, tendo passado por graves problemas de saúde, acaba fazendo grandes despesas. Exatamente naquele mês até a data do vencimento, sua fatura não chega, mas o consumidor não se dá conta. Alguns dias após, o consumidor, que é Executivo de uma grande empresa, convida o dono da empresa para almoçar. Vão a um restaurante fino e, na hora da conta, o consumidor insiste em fazer o pagamento. Dá seu cartão de crédito. O maître volta à mesa, com sorriso maldoso no rosto, dizendo que o cartão não podia ser usado, porque estava bloqueado. O consumidor sentiu-se absoltamente envergonhado e constrangido e tentou pagar seu cartão e disse que aquele almoço era por sua conta. Posteriormente, irritado, o consumidor ligou para a administradora de cartões que disse que o bloqueio se deveu ao atraso. O consumidor encontrou a fatura enviada pelo correio e que o pagamento em dia era problema dele. Coincidentemente, um mês depois, o consumidor foi mandado embora, porque o chefe disse que contratara outro que lhe dava mais tranqüilidade.
7.Um consumidor adquire num supermercado uma caixa de iogurtes. Leva-os para casa e guarda-a na geladeira. Todos estão dentro do prazo de validade. Dois dias após, quando os iogurtes ainda estavam dentro do prazo de validade, os filhos menores do consumidor os tomam. Três horas depois, os dois menores são internados num hospital com infecção intestinal.
8.João adquiriu um automóvel novo, com air bag, e num determinado dia, com toda a família no veículo, estando em média velocidade, brecou levemente para passar em uma lombada,o air bag se auto-acionou, quase provocando um acidente. Nesse dia as conseqüências não foram maiores porque sua mulher, que estava ao Aldo, conseguiu ajudá-lo a controlar a direção. Uma semana depois, quando voltava para casa do trabalho, João chocou o veículo contra um posto de iluminação, exatamente naquele mesmo ponto. Testemunhas presenciais relataram que João vinha em velocidade, freou o auto na lombada e depois o veículo, descontrolado, chocou-se com o poste. Ao se aproximarem, viram o air bag acionado, mas não perceberam em que momento havia ocorrido o acionamento, pois viram o acidente por trás, há cerca de 100 metros do acidente. João alegando falha no funcionamento do dispositivo air bag, moveu ação contra a empresa fabricante do veículo, pleiteando reparação pelos danos patrimoniais e morais suportados, fulcrando sua pretensão no CDC – Código de Defesa do Consumidor.
9.João teve seu carro furtado dentro de um estacionamento particular. Proposta ação de indenização, o dono do estacionamento defendeu-se alegando não ter ocorrido, conforme aviso afixado na porta do estacionamento (“não nos responsabilizamos por furto ou roubo do veículo”). Alegou, ainda, que não teve culpa pelo furto, uma vez que todas as cautelas possíveis de segurança para evitar a entrada de estranhos foram tomadas.
10.Pedro adquiriu um veículo zero-quilômetro com garantia de um ano. Três anos depois, quando trafegava numa estrada, os freios não funcionavam e ele sofreu um grave acidente, ferindo-se seriamente, além de danos em outros veículos. O exame no auto determinou que o sistema de freios apresentava um defeito de fábrica, daí o desgaste e a inoperatividade causadora do fato.
11.Pedro Arcanjo contratou, junto a uma empresa, a feitura e instalação de armários para o apartamento. Os primeiros foram logo instalados. João Arcanjo observou que a madeira estava levemente empenada, todavia, como havia outros móveis para serem entregues e instalados, nada reclamou. A empresa, porém, negou-se a atendê-lo, alegando caducidade do direito de reclamar.
12.Uma empresa de assistência médica lança plano de saúde na praça oferecendo cirurgia estética. Veicula mensagem publicitária, comunicando o custo mensal do plano por mês (R$100,00), todavia coloca um asterisco com os dizeres “conforme cláusula contratual”. Se o consumidor pudesse examinar o contrato, veria que para ter direito a cirurgia estética teria de pagar o valor básico do plano (R$ 100,00), e mais um valor adicional de R$300,00 por mês, e isso está expresso em cláusula desse contrato.
13.A empresa “W” foi procurada por João para que realizasse sua festa de aniversário. A empresa apresentou-lhe dois contratos, um relativo à prestação de serviço e outro relativo à locação do salão. Tendo em conta que os dois contratos foram apresentados separadamente, João disse que queria contratar apenas os serviços, pois tinha um salão, que iria utilizar. A empresa disse que isso não era possível, pois a contratação dos serviços incluía obrigatoriamente o aluguel do outro salão, e de outro salão era 1/3 do cobrado pela empresa, mas não teve jeito.
14.Maria mandou fazer, na loja “X”, um sofá sob medida para sua sala, a ser entregue no prazo máximo de 30 dias. O orçamento feito por um vendedor da loja, especifica o valor (R$ 600,00), as medidas e o prazo de entrega (30 dias) O sofá foi pago à vista. Ocorre que a loja nega-se a entregar o produto, sob a alegação de que o preço constante do orçamento estava errado. A loja quer devolver o dinheiro. Maria quer o sofá.
15.João leva seu filho José de 14 anos de idade a um Parque de Diversões. Pagam os ingressos e divertem-se ambos em alguns brinquedos. Vão para a montanha-russa. N meio de uma descida, há uma parada súbita e os dois – junto das outras pessoas que lá estavam – são atirados longe. Sofrem vários danos físicos. João tem perfuração No estômago e José, na face. Ambos ficaram internados vários dias no hospital. João recuperou-se bem e José permaneceu com problema estético no rosto: uma grande cicatriz e um desvio no rosto.
16.Antígona e Romeu viviam sob União estável há dez anos. Dessa União tiveram cinco filhos. Durante este tempo, Antígona apenas trabalhou no lar e Romeu trabalhava em um banco. Comprou vários apartamentos e tinha investimentos na bolsa de valores. Ocorre que Romeu se apaixonou perdidamente, por Julieta e não mais quis conviver com Antígona. Propôs a separação, porém fez duas exigências: os filhos do casal ficariam com ele e não Antígona não teria direito a nada, pois, segundo ele, a antiga companheira não concorreu para fazer o patrimônio.
17.Maria foi ao salão de beleza e encontrou à sua disposição, vagas para estacionar seu veículo gratuitamente. Ao sair do salão, constatou que seu carro havia sido roubado. O gerente do salão negou-se indenizar o prejuízo, alegando que a vaga para estacionamento era simples cortesia da casa, tanto que nada cobravam. 
18.João Assis e Carlos Gregório vivem desde 2001 uma relação homo afetiva entre si. Construíram um patrimônio considerável, com o esforço mútuo. Ocorre que em maio de2008, João Assis faleceu. Para surpresa de Carlos Gregório, a família de João Assis pleiteou expulsou-o de casa e ameaçou ingressar em juízo para ficar com todo o patrimônio deixado pelo de cujus.
19.Maria Aparecida tinha uma consulta médica marcada em Salvador no dia 19 de setembro às 17h. Para ganhar tempo, comprou uma passagem de avião, cuja viagem seria efetivada no mesmo dia da consulta, saindo o avião às 12h30min. Ocorre que houve um mal tempo e o avião não pôde pousar por instrumento, por problemas no aeroporto. A companhia aérea ofereceu a viagem de ônibus aos passageiros, porém para não servia para Maria Aparecida, tendo em vista que chegaria em salvador, somente à noite, quando já não poderia ser atendida pelo médico. Ocorre que o médico só poderia atender um mês após aquela data, pois estava indo para a Inglaterra em viagem de estudo. Maria Aparecida realizou muitos gastos, além de seu estado de saúde ser agravado pelos transtornos que passou. Assim, resolveu acionar a empresa.
20.Manoel Gonçalves integraliza parte do capital de uma sociedade limitada em que entra como sócio, emitindo uma nota promissória a um banco. Antes de pagar a dívida, a firma vai à falência. Solucione.
 PARTE III - PROVAS PRÁTICAS DA OAB
DIREITO ADMINISTRATIVO
PEÇA PROFISSIONAL
A administração pública local desencadeou procedimento licitatório, na modalidade de tomada de preços, tendo por objeto a construção de uma ponte de 28 metros.
Na fase de habilitação, a comissão de licitação considerou a empresa X inabilitada, sob o fundamento de que a documentação apresentada seria insuficiente para comprovar sua capacidade técnico-operacional, dada a exigência de experiência anterior em construção de obras que, somadas, alcançassem 500 metros lineares de pontes ou viadutos. Inconformada com a incompatibilidade existente, nas normas do edital, entre o objeto da licitação e a exigência relativa à experiência, a empresa ajuizou ação cautelar, com pedido de liminar, com a finalidade de suspender a decisão que ensejou sua inabilitação e de participar das demais fases do certame, mormente por ter apresentado certidão de acervo técnico e atestado de acervo técnico, emitidos por órgãos oficiais, comprovando a experiência na construção de ponte com extensão de 100 metros. O juízo monocrático deferiu a liminar postulada, permitindo a participação da empresa nas demais fases, entendimento confirmado no julgamento de mérito da ação cautelar. No prazo legal, a empresa ajuizou a ação principal sob o rito ordinário, visando à obtenção de provimento jurisdicional que declarasse a nulidade da decisão administrativa que a inabilitara para o certame. O poder público apresentou contestação, ressaltando a necessidade de observância do princípio da vinculação ao instrumento convocatório e a afronta ao princípio da igualdade de tratamento entre os licitantes, sob o argumento de que eventual provimento que declarasse a nulidade da decisão administrativa privilegiaria a empresa autora em detrimento das demais, por permitir sua participação, não obstante a ausência de comprovação de sua capacidade técnica.
A autoridade julgadora julgou improcedente o pedido, destacando, para tanto, que a empresa não comprovara sua capacidade técnica para a realização da obra licitada e que, não obstante a Lei n.º 8.666/1993 tenha permitido a substituição dos certificados de registros cadastrais por documentos necessários à sua obtenção, a documentação apresentada pela autora não teria comprovado sua capacidade técnica para a obtenção do certificado relativo à experiência exigida no edital. Ao afastar a pretensão, aduziu, também, que eventual provimento jurisdicional em sentido contrário implicaria afronta ao princípio da isonomia e desrespeito ao edital. Segundo a autoridade, o acolhimento da pretensão significaria, desse modo, afronta ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, previsto nos arts. 3.º e 41 da Lei n.º 8.666/1993, bem como ao disposto no art. 22, § 2.º, do mesmo diploma legal, já que a empresa licitante teria deixado de apresentar documentação expressamente prevista no edital que rege o certame.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pela empresa inabilitada, redija a peça processual cabível, apresentando as questões de direito processual e de direito material indispensáveis à defesa dos interesses de sua cliente.
UnB/CESPE – OAB Direito Administrativo
Exame de Ordem 2009.2 Prova Prático-Profissional – 2 –
DIREITO CIVIL
PEÇA PROFISSIONAL
Vicente propôs, contra Hélder, ação de conhecimento pelo rito ordinário para a cobrança da quantia de R$ 125.000,00. O pedido foi julgado procedente e, após o exaurimento das vias recursais, a decisão transitou em julgado. Vicente, então, ingressou com pedido de cumprimento da sentença, o que ensejou a penhora de bem imóvel de propriedade do executado, avaliado em R$ 150.000,00. Intimado da penhora, Hélder ingressou, no prazo legal, com impugnação ao requerimento do cumprimento da sentença, sob a alegação de novação. A impugnação foi recebida no efeito suspensivo e, após regular processamento, foi julgado totalmente procedente o pedido do impugnante, extinguindo-se a execução. A referida decisão foi publicada, no órgão oficial, em uma quinta-feira, no dia 6 de setembro do ano de 200X.
Considerando a situação hipotética acima apresentada, na condição de advogado(a) contratado(a) por Vicente, elabore a peça processual cabível à defesa dos interesses de seu cliente. Se necessário, acrescente os dados eventualmente ausentes da situação hipotética, guardada a respectiva pertinência técnica. Date a peça no último dia do respectivo prazo.
UnB/CESPE – OAB Direito Civil
Exame de Ordem 2009.2 Prova Prático-Profissional – 1 –
DIREITO CONSTITUCIONAL
PEÇA PROFISSIONAL
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos.
UnB/CESPE – OAB Direito Constitucional
Exame de Ordem 2009.2 Prova Prático-Profissional – 1 –
DIREITO DO TRABALHO
PEÇA PROFISSIONAL
José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/5/2008, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 465,00. Em 19/6/2009, José afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/7/2009 e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de convocação, publicado em jornal de grandecirculação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe judicialmente o interesse.
UnB/CESPE – OAB Direito do Trabalho Exame de Ordem 2009.2 Prova Prático-Profissional
DIREITO ADMINISTRATIVO
PEÇA PROFISSIONAL
Foi expedido mandado de prisão preventiva contra Rubem, médico pertencente ao quadro de pessoal do
Ministério da Saúde. Por considerar ilegal a referida medida, Rubem furtou-se ao seu cumprimento e deixou de comparecer ao seu local de trabalho durante mais de quarenta dias consecutivos. Após esse período, tendo sido concedido habeas corpus em seu favor, o médico retornou ao exercício regular de suas funções laborais.
O ministro de Estado da Saúde instaurou processo administrativo disciplinar para apurar suposta irregularidade na conduta de Rubem, relativa a abandono de cargo. Na portaria de instauração do processo, optou-se pelo rito sumário, tendo sido designados para compor a comissão disciplinar, como membro e presidente, dois servidores federais estáveis ocupantes do cargo de agente administrativo, ambos com escolaridade de nível superior.
Foram indicadas, também, a autoria e a materialidade do fato tido como irregular. Três dias após a publicação da portaria, o servidor foi indiciado por violação ao art. 138, c/c com o art. 132, inciso II, ambos da Lei n.o 8.112/1990, e, posteriormente, citado para a apresentação de defesa no prazo de cinco dias.
Na peça de defesa, o advogado do servidor, em pedido administrativo, postulou a oitiva de testemunhas, aduzindo que estas comprovariam que a ausência do acusado ao local de trabalho fora motivada por seu entendimento de que a ordem de prisão seria ilegal e que, tão logo afastada a ordem, o médico retornara às suas atividades.
O presidente da comissão de processo administrativo disciplinar indeferiu o pedido de produção de prova testemunhal, considerando-o impertinente, sob o argumento de que o rito escolhido pela autoridade instauradora prevê instrução sumária, sem a possibilidade de produção de prova, nos termos do art. 133, inciso II, da Lei n.o 8.112/1990.
No relatório final, sugeriu-se a demissão do servidor, com fulcro nos artigos citados na peça de indiciação, tendo sido a sugestão acolhida pelo ministro da Saúde. A portaria de demissão por abandono de cargo, assinada há cinco meses, foi publicada no Diário Oficial da União há três meses.
Considerando a situação hipotética apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo servidor público demitido, redija a peça processual mais adequada ao caso, apresentando as questões de direito processual e material indispensáveis à defesa dos interesses de seu cliente.
UnB/CESPE – OAB Direito Administrativo
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
DIREITO CIVIL
PEÇA PROFISSIONAL
Ercília, ao parar diante de faixa de pedestre, na cidade de Patos de Minas – MG, teve seu veículo abalroado pelo automóvel conduzido por Otávio e, em razão do acidente, teve sua perna direita imputada. Por esse motivo, propôs, contra Otávio, ação de conhecimento pelo procedimento sumário, pleiteando indenização, no valor de R$ 10.000,00, pelos danos materiais suportados, referentes a despesas hospitalares e gastos com remédios, e indenização por danos morais, no valor de R$ 0.000,00, pela amputação sofrida. O processo foi distribuído para o juízo da 3.ª Vara Cível de Patos de Minas – MG.
Em contestação, Otávio postulou a extinção do processo sem resolução de mérito, sob o argumento de que Ercília propusera, havia um ano, ação idêntica perante a 2.ª Vara Cível de Patos de Minas – MG. Relatou Otávio que o referido processo aguardava apresentação de réplica. Na peça de defesa, Otávio requereu, também, que Ercília fosse condenada a lhe pagar indenização pelos prejuízos que suportou, sob a alegação de que ela teria parado o veículo, indevidamente, diante da faixa de pedestre, visto que, segundo relatou, não havia qualquer pessoa aguardando para atravessar a via. Otávio requereu, ainda, a produção de prova testemunhal.
Após a apresentação de réplica, o juiz proferiu sentença, julgando antecipadamente a lide, por entender que a matéria controvertida era exclusivamente de direito. Rejeitou o pedido de extinção do processo sem resolução de mérito e afirmou que o réu deveria ter formulado seu pleito indenizatório por meio de reconvenção, e não, na contestação apresentada. Ao final, julgou procedentes todos os pedidos apresentados na petição inicial, condenando o réu ao pagamento de R$ 15.000,00 a título de honorários advocatícios.
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Otávio, redija a peça processual cabível, abordando todas as questões processuais e de direito material necessárias à defesa de seu cliente. Considere que a sentença tenha sido publicada em 30/4/2009 (quinta-feira), sendo o dia 1.º de maio feriado nacional. A data da peça processual deve corresponder ao último dia do prazo para sua apresentação.
UnB/CESPE – OAB Direito Civil
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
DIREITO CONSTITUCIONAL
PEÇA PROFISSIONAL
A empresa pública Água Para Todos, criada para a produção dos materiais e a prestação dos serviços pertinentes à instalação de rede hidráulica no município X, é, atualmente, presidida por Moura, que tem estreita relação de amizade com Ferreira, prefeito do referido município.
Moura observou que grande parte da receita do município X decorria do imposto sobre serviços (ISS) recolhido pela empresa Água Para Todos. Assim, valendo-se desse fato e de sua grande amizade com o prefeito, pediu-lhe que, independentemente de aprovação em concurso público, nomeasse seu filho, Moura Júnior, para o cargo efetivo de analista administrativo da prefeitura municipal. O pedido foi atendido e Moura Júnior tomou posse, só comparecendo à prefeitura ao final de cada mês para assinar o ponto.
Em retribuição ao gesto de amizade, Moura determinou ao departamento de divulgação da empresa Água Para Todos, representado por Correa, que promovesse uma homenagem ao prefeito, em veículo de comunicação de massa, parabenizando-o por seu aniversário. A empresa Água Para Todos contratou uma produtora de mídia e um minuto em horário nobre na emissora de maior visibilidade local para a veiculação da propaganda.
No dia do aniversário do prefeito, a propaganda foi veiculada, mencionando as realizações da prefeitura municipal na gestão de Ferreira, tendo sido divulgada, ao final, a seguinte mensagem: "A Água Para Todos parabeniza o prefeito Ferreira pelo seu aniversário".
Tendo tomado conhecimento dos fatos, Durval, vereador e líder comunitário, resolveu tomar providências contra o que estava ocorrendo no município e, para tanto, procurou auxílio de profissional da advocacia.
Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) constituído(a) por Durval, redija a peça processual cabível para pleitear a declaração de nulidade do ato de nomeação de Moura Júnior, com o seu imediato afastamento do cargo, e do processo administrativo que culminou na contratação da propaganda, com a respectiva reparação do patrimônio público lesado.
UnB/CESPE – OAB Direito Constitucional
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
DIREITO EMPRESARIAL
PEÇA PROFISSIONAL
Jorge Luís e Ana Cláudia são casados no regime de comunhão parcial de bens desde 1979. Em 17/8/2005, sem que Ana Cláudia ficasse sabendo ou concordasse, Jorge Luís, em garantia de pagamento de contrato de compra e venda de um automóvel adquirido de Rui, avalizou nota promissória emitida por Laura, sua colega de trabalho comquem mantinha caso extraconjugal. O vencimento da nota promissória estava previsto para 17/9/2005. Vencida e não paga a nota promissória, o título foi regularmente apontado para protesto. Após inúmeras tentativas de recebimento amigável do valor, Rui promoveu, contra Laura e Jorge Luís, em 12/12/2008, a execução judicial do título, com fundamento nos artigos 566, 580, 585, inciso I, e 586 do CPC. Os réus foram regularmente citados e, não havendo pagamento, foram penhoradas duas salas comerciais de propriedade de Jorge Luís adquiridas na constância do seu casamento. Inconformada, Ana Cláudia procurou a assistência de profissional da advocacia, pretendendo alguma espécie de defesa, em seu exclusivo nome, para livrar os bens penhorados da constrição judicial, ou, ao menos, parte deles, visto que haviam sido adquiridos com o esforço comum do casal.
Em face dessa situação hipotética, redija, na condição de advogado(a) constituído(a) por Ana Cláudia, a peça processual adequada para a defesa dos interesses de sua cliente, apresentando, para tanto, todos os argumentos e fundamentos necessários.
UnB/CESPE – OAB Direito Empresarial
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
DIREITO PENAL
PEÇA PROFISSIONAL
Em 17/1/2010, Rodolfo T., brasileiro, divorciado, com 57 anos de idade, administrador de empresas,
importante dirigente do clube esportivo LX F.C., contratou profissional da advocacia para que adotasse as providências judiciais em face de conhecido jornalista e comentarista esportivo, Clóvis V., brasileiro, solteiro, com 38 anos de idade, que, a pretexto de criticar o fraco desempenho do time de futebol do LX F.C. no campeonato nacional em matéria esportiva divulgada por meio impresso e apresentada em programa televisivo, bem como no próprio blog pessoal do jornalista na Internet, passou, em diversas ocasiões, juntamente com Teodoro S., brasileiro, de 60 anos de idade, casado, jornalista, desafeto de Rodolfo T., a praticar reiteradas condutas com o firme propósito de ofender a honra do dirigente do clube. Foram ambos interpelados judicialmente e se recusaram a dar explicações acerca das ofensas, mantendo-se inertes.
Por três vezes afirmou, em meios de comunicação distintos, o comentarista Clóvis V., sabendo não serem verdadeiras as afirmações, que o dirigente "havia 'roubado' o clube LX F.C. e os torcedores, pois tinha se apropriado, indevidamente, de R$ 5 milhões pertencentes ao LX F.C., na condição de seu diretor-geral, quando da venda do jogador Y, ocorrida em 20/12/2008" e que "já teria gasto parte da fortuna 'roubada', com festas, bebidas, drogas e prostitutas". Tal afirmação foi proferida durante o programa de televisão Futebol da Hora, em 7/1/2010, às 21 h 30 m, no canal de televisão VX e publicado no blog do comentarista esportivo, na Internet, em 8/1/2010, no endereço eletrônico www.clovisv.futebol.xx. Tais declarações foram igualmente publicadas no jornal impresso Notícias do Futebol, de circulação nacional, na edição de 8/1/2010. Destaque-se que o canal de televisão VX e o jornal Notícias
do Futebol pertencem ao mesmo grupo econômico e têm como diretor-geral e redator-chefe Teodoro S., desafeto do dirigente Rodolfo T. Sabe-se que todas as notícias foram veiculadas por ordem direta e expressa de Teodoro S. Prosseguindo a empreitada ofensiva, o jornalista Clóvis V. disse, em 13/1/2010, em seu blog pessoal na Internet, que o dirigente não teria condições de gerir o clube porque seria "um burro, de capacidade intelectual inferior à de uma barata" e, por isso, "tinha levado o clube à falência", porém estava "com os bolsos cheios de dinheiro do clube e dos torcedores". Como se não bastasse, na última edição do blog, em 15/1/2010, afirmou que "o dirigente do clube está tão decadente que passou a sair com homens", por isso "a mulher o deixou".
Entre os documentos coletados pelo cliente e pelo escritório encontram-se a gravação, em DVD, do programa de televisão, com o dia e horário em que foi veiculado, bem como a edição do jornal impresso em que foi difundida a matéria sobre o assunto, além de cópias de páginas e registros extraídos da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista Clóvis V. Rodolfo T. tomou conhecimento da autoria e dos fatos no dia 15/1/2010, tendo todos eles ocorrido na cidade de São Paulo – SP, sede da emissora e da editora, além de domicílio de todos os envolvidos. Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) contratado(a) por Rodolfo T., redija a peça processual que atenda aos interesses de seu cliente, considerando recebida a pasta de atendimento do cliente devidamente instruída, com todos os documentos pertinentes, suficientes e necessários, procuração com poderes especiais e testemunhas.
UnB/CESPE – OAB Direito Penal
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
DIREITO DO TRABALHO
PEÇA PROFISSIONAL
Aldair procurou assistência de profissional da advocacia, relatando que fora contratado, em 1.º/10/2008, para trabalhar como frentista no Posto Régis e Irmãos, em Camboriú – SC, e imotivadamente demitido, em 26/2/2010, sem prévio aviso. Afirmou estar desempregado desde então. Relatou que recebia remuneração mensal no valor de R$ 650,00, equivalente ao piso da categoria, acrescido do adicional de periculosidade, legalmente previsto. Afirmou ter usufruído férias pelo primeiro período aquisitivo e acusou recebimento de décimos terceiros salários relativos a 2008 e 2009. Salientou o empregado que laborava de segunda a sexta-feira, das 22 h 00 min às 7 h 00 min, com uma hora de intervalo intrajornada. Informou, ainda, o trabalhador que, no dia de seu desligamento, o representante legal da empresa chamara-o, aos berros, de "moleque", sem qualquer motivo, na presença de diversos colegas de trabalho
e clientes. Relatou Aldair que tal conduta patronal o constrangera sobremaneira, alegando que, até então, nunca havia passado por tamanha vergonha e humilhação. Pontuou também que as verbas rescisórias não foram pagas, apesar de a CTPS ter sido devidamente anotada no ato de sua admissão e demissão. Informou que o posto fora fechado em 1.º/3/2010, estando seus proprietários em local incerto e não sabido.
Em face dessa situação hipotética, na condição de advogado(a) constituído(a) por Aldair, redija a peça processual cabível à defesa dos interesses de seu cliente, apresentando toda a matéria de fato e de direito pertinente ao caso.
UnB/CESPE – OAB Direito do Trabalho
Exame de Ordem 2009.3 Prova Prático-Profissional – página 1 de 11 –
EXAME DE ORDEM 02/2000
2ª FASE - D.P.J. DE 12.09.2000
PROVA SUBJETIVA REALIZADA EM 24.09.2000
DIREITO CIVIL
I - PEÇA PROFISSIONAL
Josefa da Silva, após a conclusão, ocorrida em 30.03.2000, do inventário de seu falecido esposo, Sr. Mévio da Silva, foi citada em 15.06.2000 pelo Juízo de Direito da 1a. Vara Especializada de Defesa do Consumidor, como se ainda ocupasse a posição de inventariante, para responder a ação de despejo cumulada com cobrança formulada por Caio Sampaio. O passamento ocorrera em 20.11.1998. A condição de réu atribuída ao espólio decorreu da circunstância de que o “de cujus” fora fiador na referida locação, iniciada em 01.01.1997. A mora do devedor correspondia ao período de outubro de 1998 até março de 2000, sendo, portanto, 16 (dezesseis) meses de atraso no valor mensal de R$200,00 (duzentos reais) já com os encargos incluídos. Vale observar, por fim, que o locador nos meses de outubro a dezembro de 1998 já tinha celebrado contrato de confissão de dívida direta e exclusivamente com o devedor permitindo-se-lhe o pagamento desses meses juntamente com o aluguel do mês de janeiro de 2000. Elabore a resposta cabível, deduzindo toda a matéria adequada à defesa dos interesses da Sra. Josefa da Silva.
DIREITO EMPRESARIAL
PEÇA PROFISSIONAL
Walter celebrou, com o banco Beta, contrato que estabelecia que a instituição financeira disponibilizaria R$ 20.000,00 em sua conta-corrente,por isso cobrando-lhe juros de 7% ao mês. Adicionalmente, o cliente deixou, com o banco, garantia consubstanciada em nota promissória assinada em branco, ou seja, sem nela terem sido lançados, na data da emissão, os demais elementos de formalização do valor do crédito, que permaneceram em aberto. Walter notou que, após um mês, o banco cobrou-lhe, lançando valor negativo em sua conta-corrente, o total de R$ 25.000,00, quantia que, por estar acima da soma do principal com a taxa de juros pactuada, ele se recusou a pagar. O banco apresentou ao cartório Alfa para protesto por falta de pagamento a nota promissória preenchida no valor de R$ 27.000,00, juntamente com a cópia do contrato. Constou, ainda, no verso do título de crédito, memória do cálculo utilizado para se chegar à quantia lançada no anverso, presentes naquela memória os seguintes itens, assim nomeados: a) valor do principal; b) reajuste monetário; c) comissão de permanência; d) multa contratual; e e) acréscimos moratórios e convencionais.
Walter, então, decidiu procurar um escritório de advocacia para ingressar com medida judicial opondo-se ao referido protesto, o qual, caso se concretize, poderá causar vultosos prejuízos em seus negócios empresariais, particularmente prejudicando sua participação em licitação privada na qual disputa contrato de R$ 2.000.000,00, a ocorrer em dez dias.
Considerando a situação hipotética apresentada acima, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Walter, redija a medida judicial mais apropriada, visando obstar o referido protesto, com os fundamentos de fato e de direito exigíveis ao caso.
UnB/CESPE – OAB Direito Empresarial
Exame de Ordem 2008.1 Prova Prático-Profissional
DIREITO PENAL
PEÇA PROFISSIONAL
Odilon Coutinho, brasileiro, com 71 anos de idade, residente e domiciliado em Rio Preto da Eva – AM, foi denunciado pelo Ministério Público, nos seguintes termos: “No dia 17 de setembro de 2007, por volta das 19 h 30 min, na cidade e comarca de Manaus – AM, o denunciado, Odilon Coutinho, juntamente com outro não identificado, imbuídos do propósito de assenhoreamento definitivo, quebraram a janela do prédio onde funciona agência dos Correios e de lá subtraíram quatro computadores da marca Lunation, no valor de R$ 5.980,00; 120 caixas de encomenda do tipo 3, no valor de R$ 540,00; e 200 caixas de encomenda do tipo 4, no valor de R$ 1.240,00 (cf. auto de avaliação indireta às fls.).
Assim agindo, incorreu o denunciado na prática do art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e IV, do Código Penal (CP), combinado com os arts. 29 e 69, todos do CP, motivo pelo qual é oferecida a presente denúncia, requerendo-se o processamento até final julgamento.” O magistrado recebeu a exordial em 1.º de outubro de 2007, acolhendo a imputação em seus termos. Após o interrogatório e a confissão de Odilon Coutinho, ocorridos em 7 de dezembro de 2007, na presença de advogado ad hoc, embora já houvesse advogado constituído não intimado para o ato, a instrução seguiu, fase em que o magistrado, alegando que o fato já estava suficientemente esclarecido, não permitiu a oitiva de uma testemunha arrolada, tempestivamente, pela defesa.
O policial Jediel Soares, responsável pelo monitoramento das conversas telefônicas de Odilon, foi inquirido em juízo, tendo esclarecido que, inicialmente, a escuta telefônica fora realizada “por conta”, segundo ele, porque havia diversas denúncias anônimas, na região de Manaus, acerca de um sujeito conhecido como Vovô, que invadia agências dos Correios com o propósito de subtrair caixas e embalagens para usá-las no tráfico de animais silvestres. Jediel e seu colega Nestor, nas diligências por eles efetuadas, suspeitaram da pessoa de Odilon, senhor de “longa barba branca”, e decidiram realizar a escuta telefônica. Superada a fase de alegações finais, apresentadas pelas partes em fevereiro de 2008, os autos foram conclusos para sentença, em março de 2008, tendo o magistrado, com base em toda a prova colhida, condenado o réu, de acordo com o art. 155, §§ 1.º e 4.º, incs. I e IV, do CP, à pena privativa de liberdade de 8 anos de reclusão (a pena-base foi fixada em 5 anos de reclusão), cumulada com 30 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo, cada dia. Fixou, ainda, para Odilon Coutinho, réu primário, o regime fechado de cumprimento de pena. O Ministério Público não interpôs recurso.
Em face da situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) constituído(a) de Odilon Coutinho, e supondo que, intimado(a) da sentença condenatória, você tenha manifestado seu desacordo em relação aos termos da referida decisão e que, em 13 de outubro de 2008, tenha sido intimado(a) a apresentar as razões de seu inconformismo, elabore a peça processual cabível, endereçando-a ao juízo competente, enfrentando todas as matérias pertinentes e datando o documento no último dia do prazo para apresentação
UnB/CESPE – OAB Direito Penal
Exame de Ordem 2008.2 Prova Prático-Profissional – 1 –

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