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Controle de Constitucionalidade Parte 3

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Controle Abstrato (Concentrado). 
 
STF: 
1) É possível o Ministro do STF invocar razões de foro íntimo para não participar do processo de controle abstra-
 to (Ex: ADI 3345); e
2) Pode haver impedimento de Ministro que oficiou na ADI:
a) como Procurador-Geral da República (Ex: ADI 4); e
b) como Advogado Geral da União (Ex: ADI 2231, ADI 2258, ADI 4125).
 
CF/88: 
 Art. 103. (...) 
§ 3º - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato nor-
mativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado .
 
STF: 
“ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO – CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE – ARTIGO 103, § 3º, 
DA CARTA DA REPÚBLICA. Ante a imperatividade do preceito constitucional, o papel da Advocacia-Geral da 
União é o de proteção à norma impugnada . (...)” (ADI 2433, Pleno, j. em 04/02/2015).
 Vide ainda: ADIs 3674, 3413, 2376, 3850, 3830, 2906, 4954, etc.
 
ADI. 
 
Disciplina legislativa: 
Artigos 97; 102, I, “a” e “p”, e § 2º; 103, incisos I a IX, e §§ 1º e 3º, todos da CF/88 (OBS: quanto à ADI estadual, 
 vide o art. 125, § 2º, da CF/88).
 
Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitu-
 cionalidade (e da ação declaratória de constitucionalidade) perante o Supremo Tribunal Federal. 
OBS : Há ADIs propostas, mas ainda não julgadas, contra a Lei nº 9.868/99 (ADIs 2231, 2154 e 2258).
 
Legitimação ativa para propositura de ADI (art. 103, I a IX, da CF/88, na redação da EC 45/2004, art. 2º da Lei 
9.868/99): 
 I - o Presidente da República;
 II - a Mesa do Senado Federal;
 III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
 IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
 V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
 VI - o Procurador-Geral da República;
 VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
 VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; e
 
 
 
 
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3 
 IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
 
Espécies de legitimados ativos da ADI: 
1) Legitimados universais: não necessitam comprovar pertinência temática .
2) Legitimados especiais: necessitam comprovar pertinência temática .
 
STF: 
A pertinência temática diz respeito a um “nexo de afinidade entre os objetivos institucionais da entidade que 
ajuíza a ação direta e o conteúdo material da norma por ela impugnada nessa sede processual” (Voto Min. Celso 
 de Mello, ADI-MC 1096, 16/03/1995, DJ 22/09/1995).
 
São legitimados universais :
 1) O Presidente da República;
 2) A Mesa do Senado Federal;
 3) A Mesa da Câmara dos Deputados;
 4) O Procurador-Geral da República;
 5) O Conselho Federal da OAB; e
 6) O Partido político com representação no Congresso Nacional (ADI 1096 MC, ADI 1396 MC, ADI 1407MC).
 
São legitimados especiais :
 1) O Governador de Estado ou do Distrito Federal (ADI-MC 2396, ADI 2656);
 2) A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e
3) A Confederação Sindical (ADI 1114) e a entidade de classe de âmbito nacional (ADI-MC 138, ADI 396, ADI 
 893).
OBS: Vide a respeito: ADI-MC 1096, 16/03/1995, DJ 22/09/1995. 
 
STF: 
“Agravo Regimental em Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Partido político. 3. Legitimidade ativa. Aferição 
no momento da sua propositura. 4. Perda superveniente de representação parlamentar. Não desqualifica-
ção para permanecer no pólo ativo da relação processual. 5. Objetividade e indisponibilidade da ação. 6. 
 Agravo provido.” (ADI-AgR-AgR 2618, rel. p/acórdão Min. Gilmar Mendes, j. em 12/08/2004)
 Vide ainda: ADI-QO 2054, rel. p/acórdão Min. Sepúlveda Pertence. j. em 20/03/2003.
 
 “Ação direta de inconstitucionalidade: legitimação ativa: ‘entidade de classe de âmbito nacional’ (...) revi-
são da jurisprudência do Supremo Tribunal. (...) 3. Nesse sentido, altera o Supremo Tribunal sua jurispru-
dência, de modo a admitir a legitimação das ‘associações de associações de classe’, de âmbito nacional, 
para a ação direta de inconstitucionalidade .” (ADI 3153 AgR, Pleno, j. em 12/08/2004)
 
Legitimados ativos e arguição de inconstitucionalidade no novo CPC (Lei nº 13.105/2015): 
 Art. 950. (...)
§ 2º. A parte legitimada à propositura das ações previstas no art. 103 da Constituição Federal poderá mani-
festar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação [no incidente de arguição de inconsti-
tucionalidade], no prazo previsto pelo regimento interno, sendo-lhe assegurado o direito de apresentar memori-
ais ou de requerer a juntada de documentos .
 
Objeto da ADI na CF/88: 
 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
 I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
 constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (redação da EC nº 3/1993)
 
CF/88: 
 Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
 I - emendas à Constituição;
 II - leis complementares;
 III - leis ordinárias;
 IV - leis delegadas;
 V - medidas provisórias;
 VI - decretos legislativos;
 VII - resoluções.
 
 
 
 
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4 
 “Notas tipológicas” necessárias, segundo o STF (ADI 2195 MC), para um ato normativo estatal ser objeto de con-
trole abstrato de constitucionalidade: 
a) coeficiente de generalidade abstrata (generalidade e abstração) ;
b) autonomia jurídica ; 
c) impessoalidade ; e 
d) coercibilidade .
 
STF: 
“(...) NORMAS ORÇAMENTÁRIAS. REVISÃO DE JURISPRUDÊNCIA. (...) Possibilidade de submissão das nor-
mas orçamentárias ao controle abstrato de constitucionalidade. (...)” (ADI-MC 4048, j. em 14/05/2008)
 
“(...) A lei não precisa de densidade normativa para se expor ao controle abstrato de constitucionalidade, 
devido a que se trata de ato de aplicação primária da Constituição. Para esse tipo de controle, exige-se densida-
de normativa apenas para o ato de natureza infralegal. Precedente: ADI 4.048-MC.” (ADI-MC 4049, j. em 
 05/11/2008)
 
Objeto (resumo). Cabe ADI em face de: 
 1) Emendas Constitucionais e de revisão;
 2) Leis complementares – Ainda que se trate de uma “lei de efeitos concretos”;
 3) Leis ordinárias – Ainda que se trate de uma “lei de efeitos concretos”;
 4) Leis de criação de municípios;
5) Leis promulgadas e publicadas, mas não vigentes (durante a vacatio legis );
6) Leis e atos normativos do Distrito Federal – Quando editados com base na competência estadual (não aqueles 
 com base na competência municipal);
 7) Leis delegadas (e Resoluções do Congresso Nacional que veiculam as delegações);
 8) Medidas provisórias (e leis de conversão);
 9) Decretos legislativos e resoluções – Quando veiculam normas gerais e abstratas;
 10) Resoluções do TSE – Quando veiculam normas gerais e abstratas, não quando respondem consultas;
 11) Resoluções do CNJ – Quando veiculam normas gerais e abstratas;
 12) Resoluções do CNMP – Quando veiculam normas gerais e abstratas;
13) Tratados Internacionais – Contra os atos que os incorporam ao direito positivo interno (Decretos Legislativos e 
 Decretos Presidenciais respectivos);
14) Decretos ou regulamentos autônomos – Quando previstos na constituição ou quando são abstratos e veiculam 
 atos normativos, ofendendo diretamente a Constituição;
15) Regimentos Internos de Tribunais do Poder Judiciário e de Casas Legislativas – Quando há violação direta à 
 constituição;
16) Pareceres da antiga Consultoria Geral da República – Desdeque posteriores à promulgação da CF/88, te-
 nham teor normativo e tenham sido aprovados pelo presidente da república;
17) Pareceres da AGU – Desde que tenham teor normativo e tenham sido aprovados pelo presidente da repúbli-
 ca;
 18) Convênios em matéria tributária firmados pelos Estados; e
19) Decisões proferidas em processos administrativos, quando a extensão dessas decisões as torne verdadeiros 
atos administrativos normativos genéricos (Ex: ADI 3202, Pleno, j. em 05/02/2014; ADI 1797 MC, Pleno, j. em 
 16/04/1998).
 
Objeto (resumo). Não cabe ADI em face de: 
 1) Normas originárias;
 2) Normas estrangeiras;
 3) Atos normativos privados;
 4) Convenções coletivas de trabalho;
 5) Leis e atos normativos municipais contestados em face da CF/88;
 6) Decretos meramente regulamentares, ou regulamentos comuns;
 7) Leis e atos normativos pré-constitucionais;
 8) Leis e atos normativos temporais quando sua eficácia já se exauriu;
 9) Leis e atos normativos revogados;
 10) Sentenças normativas da Justiça do Trabalho;
 11) Súmulas comuns e vinculantes;
 12) Atos regulamentares internos dos órgãos da Administração;
 13) Resoluções do TSE que respondem a consultas; e
 14) Resoluções do CONAMA.
 
 
 
 
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5 
ADI – aspectos processuais. 
Lei 9.868/99: 
 Art. 3°. A petição indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a 
cada uma das impugnações ;
II - o pedido , com suas especificações.
 
STF: 
“(...) NECESSIDADE DA VIGÊNCIA ATUAL, EM SEDE DE CONTROLE ABSTRATO, DO PARADIGMA CONS-
TITUCIONAL ALEGADAMENTE VIOLADO – SUPERVENIENTE MODIFICAÇÃO/SUPRESSÃO DO PARÂME-
TRO DE CONFRONTO E DO TEXTO DA NORMA ESTATAL IMPUGNADA – HIPÓTESE DE PREJUDICIALIDA-
DE (...).” (ADI 2971 AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno, j. em 06/11/2014)
 Vide ainda no STF: ADI 3404, ADI 15, ADI 396, ADI 2197, ADI 2670, ADI 2755, ADI 230; etc.
 
 “Ação Direta de Inconstitucionalidade. (...) Substancial alteração do parâmetro de controle. Não ocorrência 
de prejuízo. Superação da jurisprudência da Corte acerca da matéria. (...) A Lei estadual (...), por ser in-
constitucional ao tempo de sua edição, não poderia ser convalidada pela Emenda Constitucional nº 41/03. 
E, se a norma não foi convalidada, isso significa que a sua inconstitucionalidade persiste e é atual, ainda que 
se refira a dispositivos da Constituição Federal que não se encontram mais em vigor, alterados que foram 
 pela Emenda Constitucional nº 41/03. Superada a preliminar de prejudicialidade da ação, fixando o entendi-
mento de, analisada a situação concreta, não se assentar o prejuízo das ações em curso, para evitar situa-
ções em que uma lei que nasceu claramente inconstitucional volte a produzir, em tese, seus efeitos (...)” 
 (ADIs 2189 e 2158, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Pleno, j. em 15/09/2010). 
 Vide ainda: ADIs 1835, 94, 2158, 2189, 239, 1333 1835, 509; etc.
 
 “(...) A jurisprudência dessa Suprema Corte é pacífica quanto à prejudicialidade da ação direta de inconstitu-
cionalidade, por perda superveniente de objeto, quando sobrevém a revogação ou alteração substancial 
da norma questionada em sua constitucionalidade (...).” (ADI 4061 ED, Pleno, j. em 19/08/2015)
 Vide ainda: ADI 3; ADI 2352, ADI 2971 AgR, ADI 3341, ADI 1442, ADI 254 QO; ADI 2352.
 
“(...) A revogação da norma objeto de controle abstrato de constitucionalidade não gera a perda superve-
niente do interesse de agir, devendo a Ação Direta de Inconstitucionalidade prosseguir para regular as 
relações jurídicas afetadas pela norma impugnada. Precedentes do STF: ADI nº 3.306 (...) e ADI nº 3.232 (...).” 
 (ADI 3106 ED, Pleno, j. em 20/05/2015).
 
 “(...) 1. Viola a Constituição da República, notadamente o princípio democrático e o devido processo legislativo 
(arts. 1º, caput, parágrafo único, 2º, caput, 5º, caput, e LIV, CRFB), a prática da inserção, mediante emenda par-
lamentar no processo legislativo de conversão de medida provisória em lei, de matérias de conteúdo temático 
estranho ao objeto originário da medida provisória. 2. Em atenção ao princípio da segurança jurídica (art. 1º e 
5º, XXXVI, CRFB), mantém-se hígidas todas as leis de conversão fruto dessa prática promulgadas até a 
data do presente julgamento, inclusive aquela impugnada nesta ação. 3. Ação direta de inconstitucionalidade 
julgada improcedente por maioria de votos.” (ADI 5127, Rel. p/Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Pleno, j. em 
 15/10/2015).
 OBS: Vide ainda a ADI 4029, Rel. Min. Luiz Fux, Pleno, j. em 08/03/2012.
 
 “(...) as ações diretas de inconstitucionalidade possuem causa de pedir aberta. É dizer: ao julgar improce-
dentes ações dessa natureza, o Supremo Tribunal Federal afirma a integral constitucionalidade dos dispositivos 
 questionados (...)” (RE 372535 AgR-ED, 1ª Turma, j. em 09/10/2007).
 Vide ainda: ADI 3576, RE 343818.
 
 “(...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 1. QUESTÃO DE ORDEM: PEDIDO ÚNICO DE DECLA-
RAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DE LEI. IMPOSSIBILIDADE DE EXAMINAR A CONSTITU-
CIONALIDADE MATERIAL . (...)” (ADI 2182, Pleno, j. em 12/05/2010)
 Vide ainda: ADI-MC 2058, 02/08/2000.
 
Lei 9.868/99: 
 Art. 7º. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.
 
 
 
 
 
 
 
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6 
 Art. 7º (...) 
§ 2º. O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por 
despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros ór-
gãos ou entidades .
 
STF: 
“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS POR AMICUS 
CURIAE. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE. (...) 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é assente quanto ao 
não-cabimento de recursos interpostos por terceiros estranhos à relação processual nos processos objeti-
vos de controle de constitucionalidade. 2. Exceção apenas para impugnar decisão de não-admissibilidade de 
sua intervenção nos autos . (...)” (ADI-ED 3615, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, j. em 17/03/2008)
 
Novo CPC (Lei 13.105/2015): 
 Art. 138. (...)
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de re-
cursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do §3º.
 (...)
 § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.
 
STF: 
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTI-
TUCIONALIDADE POR OMISSÃO. OPOSIÇÃO DE EMBARGOS POR AMICUS CURIAE. IMPOSSIBILIDADE. 
(...) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. 1. O amicus curiae não possui legitimidade para a oposi-
ção de embargos de declaração em sede de ações de controle concentrado de constitucionalidade.” (ADO 
 6 ED, Rel. Min. EDSON FACHIN, Pleno, j. em 01/07/2016)
 
Lei 9.868/99: 
Art. 9º. (...) § 1º Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória 
insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, desig-
nar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência 
pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.
§ 2º. O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribu-
 nais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição.
 
STF: 
“(...) é possível, como se entendeu em precedentes desta Corte, utilizar-se do critério da conveniência, em lugar 
do periculum in mora, para a concessão de medida liminar, ainda quando o dispositivo impugnado já esteja em 
 vigor há anos.” (ADI-MC 2314)
 Vide ainda: ADI-MC 1087; ADI-MC 568; ADI-MC 3462; etc.
 
Lei9868/99: 
 Art. 11. (...)
§ 1º. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribu-
nal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa .
§ 2º. A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa 
manifestação em sentido contrário . 
 
Efeitos da concessão da cautelar da ADI: 
1) Comuns (regra geral) :
- Não-retroativos (ex-nunc );
- Gerais (erga omnes );
- Repristinatórios; e
- Vinculantes.
 
2) Excepcionais :
- Retroativos (ex-tunc) ou modulados para o futuro (pro futuro );
- Restritos; e
- Não-repristinatórios.
 
 
 
 
 
 
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7 
ADI – a decisão final. 
Lei 9.868/99: 
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será 
tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros .
 
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou 
da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate 
 de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. 
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitu-
cionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de 
aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da 
 decisão num ou noutro sentido. 
 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual 
ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improceden-
te eventual ação declaratória.
 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação 
direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não poden-
do, igualmente, ser objeto de ação rescisória .
 
Art. 28. (...) Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpre-
tação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia 
contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, 
 estadual e municipal.
 
Efeitos da decisão final da ADI: 
1) Comuns (regra geral) :
- Gerais (erga omnes );
- Retroativos (ex-tunc );
- Repristinatórios (quando a ADI é procedente ); e
- Vinculantes (EUA: binding effect ).
 
2) Excepcionais :
- Restritos (quórum de 2/3);
- Não retroativos (ex-nunc) ou modulados para o futuro (pro futuro ) – quórum de 2/3; e
- Não-repristinatórios.
 
Lei 9.868/99: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídi-
ca ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus 
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsi-
to em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado .
 
STF: 
“(...) parece bastante lógica a possibilidade de que, em sede de reclamação, o Tribunal analise a constituciona-
lidade de leis cujo teor é idêntico, ou mesmo semelhante, a outras leis que já foram objeto do controle 
concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. (...) Trata-se (...) de um poder ínsi-
to à própria competência do Tribunal de fiscalizar incidentalmente a constitucionalidade (...). Assim, em relação 
à lei de teor idêntico àquela que já foi objeto do controle de constitucionalidade no STF, poder-se-á, por meio da 
reclamação, impugnar a sua aplicação ou rejeição por parte da Administração ou do Judiciário, requerendo-se a 
declaração incidental de sua inconstitucionalidade, ou de sua constitucionalidade, conforme o caso.” (Rcl 4987, 
 decisão concessiva da cautelar do relator Min. Gilmar Mendes).
Vide ainda: Voto do Min. Gilmar Mendes na Rcl 3014; Decisão do Rel. Min. Gilmar Mendes na Rcl 5470 ).
 
 “(...) 2. A jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal não reconhece a possibilidade do mane-
jo de reclamação fundada na transcendência dos motivos determinantes. (...)” (Rcl 21756 AgR, Rel. Min. 
 EDSON FACHIN, 1ª Turma, j. em 23/02/2016).
 
 
 
 
 
 
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8 
CESPE – Juiz – TJ/DF 
No que se refere à ADPF, assinale a opção correta .
 
 a) (...)
 b) (...)
 c) (...)
d) As decisões definitivas de mérito produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, do dispositivo e 
dos fundamentos determinantes , à administração e aos órgãos do Poder Judiciário.
 e) (...)
 
Decisão final da ADI e outras ações subjetivas: 
1) Em andamento – essas ações não são paralisadas, mas suas soluções não poderão contrariar a decisão da 
ADI por força do efeito vinculante desta última, sob pena de reclamação ; e
2) Já julgadas em sentido contrário:
a) não cabe reclamação : 
- Súmula 734 do STF; 
- Rcl 2860 AgR; Rcl 19567 AgR; 
- Art. 988, § 5º, I, da Lei nº 13.105/2015 (novo CPC), na redação da Lei nº 13.256/2016.
 
b) cabe ação rescisória ?
- O STF, sob a égide do antigo CPC, afirmou com repercussão geral o cabimento da rescisória se ainda 
houver prazo :
 
STF: 
“(...) 4. Afirma-se, portanto, como tese de repercussão geral que a decisão do Supremo Tribunal Federal decla-
rando a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo [no controle abstrato e concentra-
do ] não produz a automática reforma ou rescisão das sentenças anteriores que tenham adotado entendi-
mento diferente; para que tal ocorra, será indispensável a interposição do recurso próprio ou, se for o caso, a 
propositura da ação rescisória própria, nos termos do art. 485, V, do CPC, observado o respectivo prazo 
decadencial (CPC, art. 495). Ressalva-se desse entendimento, quanto à indispensabilidade da ação rescisória, 
a questão relacionada à execução de efeitos futuros da sentença proferida em caso concreto sobre relações 
jurídicas de trato continuado [esse caso seria de aplicação dos artigos 741, parágrafo único, e 475-L, II e § 1º 
do antigo CPC, que estabeleciam a inexigibilidade do título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo de-
clarados inconstitucionais pelo STF] . (...)” (RE 730462, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Pleno, j. em 28/05/2015)
 
O Novo CPC (Lei nº 13.105/2015) veicula disposições que interferem nesse quadro, pois (art. 525, § 1º, III, e 
§§ 12 a 15; art. 535, III, e §§ 5º a 8º): 
a) passou a admitir expressamente a rescisória no caso de decisão superveniente do STF em sentido contrário 
não só no controle concentrado, como também no controle difuso ; e
b) fixou o início do prazo decadencial da ação rescisória na data do trânsito em julgado da nova decisão do 
STF .
OBS: Estes dispositivos se aplicam apenas a decisões transitadas em julgado após a vigência do Novo CPC 
(art. 1.057). 
 
STF: 
“CONSTITUCIONAL. (...) LEGITIMIDADE DA NORMA PROCESSUAL QUE INSTITUI HIPÓTESE DE INEXIGIBI-
LIDADE DE TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL EIVADO DE INCONSTITUCIONALIDADE QUALIFICADA (ART. 741, 
PARÁGRAFO ÚNICO E ART. 475-L, § 1º DO CPC/73; ART. 525, § 1º, III E §§ 12 E 14 E ART. 535, III, § 5º DO 
CPC/15). (...) 3. São constitucionais as disposições normativas do parágrafo único do art. 741 do CPC, do § 1º do 
art. 475-L, ambos do CPC/73, bem como os correspondentes dispositivos do CPC/15, o art. 525, § 1º, III e §§ 12 e 
14, o art. 535, § 5º. São dispositivos que, buscando harmonizar a garantia da coisa julgada com o primado da 
Constituição, vieram agregar ao sistema processual brasileiro um mecanismo com eficácia rescisória de senten-
ças revestidas devício de inconstitucionalidade qualificado, assim caracterizado nas hipóteses em que (a) a sen-
tença exequenda esteja fundada em norma reconhecidamente inconstitucional – seja por aplicar norma inconstitu-
cional, seja por aplicar norma em situação ou com um sentido inconstitucionais; ou (b) a sentença exequenda 
tenha deixado de aplicar norma reconhecidamente constitucional; e (c) desde que, em qualquer dos casos, o re-
 conhecimento dessa constitucionalidade ou a inconstitucionalidade tenha decorrido de julgamento do STF reali-
zado em data anterior ao trânsito em julgado da sentença exequenda. 4. Ação julgada improcedente.” (ADI 
 2418, Rel. Min. Teori Zavascki, Pleno, j. em 04/05/2016)

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