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DIREITO CONSTITUCIONAL Com a Professora: Nathalia Masson CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE MEDIDA CAUTELAR NO CONTROLE CONCENTRADO Medida Cautelar no controle concentrado - É cabível em todas as 4 ações do controle concentrado, tendo por fundamento constitucional o art. 102, I, p, CF. Os pressupostos para a concessão são os seguintes: a probabilidade do direito (FBI) e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (PIM); ver art. 300 do CPC. - Fundamentação legal: * ADI: arts. 10 e 11 da Lei 9.868/99 * ADC: art. 21 da Lei 9.868/99 * ADO: art. 12-F da Lei 9.868/99 * ADPF: art. 5º da Lei 9.882/99 Medida Cautelar em ADI - Se o STF não concede a cautelar em ADI, nada se altera no ordenamento jurídico: a norma continuará fruindo da presunção relativa de ser constitucional que ela já possuía. Vale dizer, a não concessão da MC em ADI não me permite concluir que o STF está reforçando a presunção de constitucionalidade da norma. Medida Cautelar em ADI - Por outro lado, se o STF conceder a MC em ADI, teremos: * A possibilidade de a Corte determinar a suspensão dos processos que tramitam no controle difuso e discutem a norma objeto da ADI (o intuito é evitar que decisões sejam prolatadas na via difusa e se apresentem, futuramente, como contraditórias diante da decisão definitiva do STF em sede de ADI). * A suspensão da validade da norma (e não apenas de sua eficácia). * Efeito repristinatório (art. 11, § 2° da Lei 9.868/99): se a norma objeto de ADI é suspensa por MC, a Lei anterior que havia sido revogada voltará a produzir seus efeitos, de forma tácita/automática (se não existe uma lei anterior, este efeito não se aplica). Medida Cautelar em ADI - Quanto aos efeitos da concessão da cautelar, temos: * “erga omnes” * vinculante * “ex nunc”, em regra (é possível que a decisão do STF possua efeitos retroativos) Medida Cautelar em ADI - Procedimento: * No recesso: decisão monocrática do relator, “ad referendum” do Tribunal Pleno. - Julgando indispensável, o relator ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de 3 dias, sendo facultada a sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma do Regimento do Tribunal (art. 10, §§ 1º e 2º). * Fora do recesso: decisão da maioria absoluta (6 Ministros), desde que o quórum especial do art. 22 (8 Ministros; 2/3) tenha sido respeitado. * Vale destacar que o STF já admitiu, fora do recesso, a concessão da MC em ADI pelo relator “ad referendum” do Tribunal Pleno, em situação de urgência qualificada (extrema urgência ou perigo de lesão grave). Medida Cautelar em ADI Obs. O comentário acima destacado mostra que em sede de ADI a autorização para o relator conceder monocraticamente a cautelar fora do período de recesso é jurisprudencial. Por outro lado, essa mesma possibilidade existe em sede de ADPF, no entanto, em razão de previsão expressa na lei (art. 5º, § 1º, da Lei nº 9.882/99). Art. 5º, § 1º, Lei nº 9.882/99: Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. Medida Cautelar em ADI Notícias STF Segunda-feira, 02 de maio de 2016 Suspenso crédito extraordinário para publicidade da Presidência da República O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5513, ajuizada pelo partido Solidariedade (SD), para suspender parcialmente a vigência da Medida Provisória (MP) 722/2016, apenas na parte em que abre crédito extraordinário em favor da Presidência da República, sob as rubricas Comunicação Institucional (R$ 85 milhões) e Publicidade de Utilidade Pública (R$ 15 milhões). A decisão será submetida a referendo pelo Plenário. Em uma análise preliminar, o relator afirmou que esses créditos desrespeitam o artigo 167, parágrafo 3º, da Constituição Federal. O dispositivo prevê que a abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Medida Cautelar em ADC - Art. 21, Lei nº 9868/99. - Os efeitos da concessão são os mesmos enunciados na MC em ADI. - No entanto, o impacto da concessão da medida é mais restrito: não teremos a suspensão da vigência da norma (com a consequente possibilidade da incidência do efeito repristinatório); teremos, somente, suspensão do julgamento dos processos que tramitam no controle difuso e discutem a norma que é objeto da ADC. - Nos termos do parágrafo único do art. 21 da Lei nº 9.868/99, a cautelar em ADC tem prazo de eficácia de 180 dias. Todavia, segundo o STF, este prazo pode ser prorrogado sucessivas vezes, em virtude do acúmulo de trabalho. Medida Cautelar em ADC Rcl. 11.042-SP, Rel. Min. Dias Toffoli: O Plenário deste Tribunal, ao resolver questões de ordem na referida ADC nº 18/DF, prorrogou a vigência da medida cautelar deferida por três vez, a saber: i) em 4/2/09, por 180 dias; ii) em 16/9/09, por 180 dias; iii) em 25/3/10 por mais 180 dias sendo esta a última prorrogação. Está no voto do Relator: “Proponho, senhor Presidente e Senhores Ministros, nesta terceira e última questão de ordem, a prorrogação, por 180 (cento e oitenta) dias, da eficácia da medida cautelar deferida nos autos da presente ADC 18/DF” (Relator o Ministro Celso de Mello, Tribunal Pleno, Dje de 18/6/10, grifos originais). Após o término do prazo de 180 dias, referente à última prorrogação, a medida cautelar deferida no sentido de suspender o julgamento das demandas que envolvessem a aplicação do art. 3º, § 2º, inciso I, da Lei nº 9.718/98 perdeu sua eficácia, não subsistindo qualquer decisão desta Suprema Corte dotada de efeito vinculante e eficácia erga omnes. - “Anteriormente à edição da Lei nº 12.063/2009 não se falava em cabimento de cautelar para a ADO. A lei trouxe, todavia, possibilidade expressa de concessão da medida no art. 12-F, o que pacificou o entendimento pelo cabimento tanto em se tratando de ADO por omissão total quanto em ADO por omissão parcial.” - “Segundo a lei, em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, desde que presentes pelo menos oito Ministros (quórum especial do art. 22, Lei nº 9.868/1999), poderá conceder medida cautelar após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, os quais deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.” Medida Cautelar em ADO Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 5ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 1239. - “A oitiva do Procurador-Geral da República, no prazo de três dias pode ser determinada pelo relator, quando ele julgar indispensável. Ademais, cumpre noticiar que no julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Supremo Tribunal.” - “Quanto aos efeitos, a medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal.” Medida Cautelar em ADO Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 5ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 1239-1240. - “O art. 5º da Lei nº 9.882/1999 autoriza a concessãode cautelar em ADPF, por maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal (6 Ministros). Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno, conforme se depreende da leitura do art. 5º, § 1º, da lei regulamentadora.” - “A lei informa, ainda, que o relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias (art. 5º, § 2º).” Medida Cautelar em ADPF Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 5ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 1239-1247. - “Com relação aos efeitos, diz a lei que a liminar poderá consistir na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o andamento dos processos ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada (art. 5º, § 3º).” - “Segundo a doutrina, esse efeito envolve diretamente a ADPF incidental, aquela proposta quando há uma relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal e estadual, incluídos os anteriores à Constituição.” Medida Cautelar em ADPF Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 5ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. 1239-1247. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS DAS AÇÕES DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF - Endereçamento - Preâmbulo/Qualificação - Do Objeto da Ação - Da Competência - Da Legitimidade - Requisito específico da peça, se houver - Do Direito - Da Medida Cautelar - Requerimentos e Pedidos - Valor da causa - Fechamento da peça TERMOS QUE O EXAMINADOR USOU PARA INDICAR QUE UMA AÇÃO DO CONTROLE CONCENTRADO DEVERIA SER ELABORADA VII EXAME (ADI) “(...) referida lei afrontaria a CRFB (...)” XIII EXAME (ADI) “(...) procura os seus serviços para impugnar o Decreto expedido pelo Presidente da República, salientando que o mesmo viola diretamente a Constituição (...)” XVI EXAME (ADI) “(...) o partido político “Para Frente Brasil” – PFB, representado unicamente por um Deputado Federal, procura os seus serviços para objetar contra a Lei Estadual, por entender que a norma estadual viola diretamente a Constituição Federal. (...)” XVII EXAME (ADI) “(...) por entender presente a violação de regras da CRFB (...)” TERMOS QUE O EXAMINADOR USOU PARA INDICAR QUE UMA AÇÃO DO CONTROLE CONCENTRADO DEVERIA SER ELABORADA XIX EXAME (ADO) “(...) pretende ajuizar, em nome do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação do art. 7º, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (...) elabore a peça processual judicial objetiva adequada (...)” XX (ADPF) “(...) O partido político, após o devido trâmite interno estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma municipal está em dissonância com a CRFB/88 e decide adotar providência judicial em relação ao tema. (...) utilizando-se do instrumento constitucional adequado, elabore a medida judicial de controle objetivo cabível (...)” LEGITIMIDADE NOS EXAMES PASSADOS VII EXAME (ADI) Confederação Nacional do Comércio (art. 103, IX, CF/88 C/C art. 2º, IX, Lei 9.868/99) XIII EXAME (ADI) Confederação Sindical dos Engenheiros (art. 103, IX, CF/88 C/C art. 2º, IX, Lei 9.868/99) XVI EXAME (ADI) “Partido político ‘Para Frente Brasil’ – PFB, representado unicamente por um Deputado Federal (...)” (art. 103, VIII, CF/88 C/C art. 2º, VIII, Lei 9.868/99) XVII EXAME (ADI) “O Partido Político ‘Z’, que possui apenas três representantes na Câmara dos Deputados (...)” (art. 103, VIII, CF/88 C/C art. 2º, VIII, Lei 9.868/99) XIX EXAME (ADO) “Determinado partido político, que possui dois Deputados Federais e dois Senadores em seus quadros (...)” (art. 103, VIII, CF/88 C/C art. 12-A, Lei 9.868/99) XX (ADPF) “Partido político Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional (...)” (art. 103, VIII, CF/88 C/C art. 2º, I, Lei 9.882/99) ESTRUTURA DAS PEÇAS ADI ADC ADO ADPF I – DO OBJETO DA AÇÃO I – DO OBJETO DA AÇÃO I – DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL I – DO OBJETO DA AÇÃO II – DA COMPETÊNCIA II – DA COMPETÊNCIA II – DA COMPETÊNCIA II – DA COMPETÊNCIA III – DA LEGITIMIDADE III – DA LEGITIMIDADE III – DA LEGITIMIDADE III – DA LEGITIMIDADE IV – DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL IV – DA SUBSIDIARIEDADE IV – DO DIREITO V – DO DIREITO IV – DO DIREITO V – DO DIREITO V – DA MEDIDA CAUTELAR VI – DA MEDIDA CAUTELAR V - DA MEDIDA CAUTELAR (se a omissão for parcial – art. 12-F, Lei nº 9.868/99) VI – DA MEDIDA CAUTELAR VI – REQUERIMENTOS E PEDIDOS VII – REQUERIMENTOS E PEDIDOS VI – REQUERIMENTOS E PEDIDOS VII – REQUERIMENTOS E PEDIDOS VALOR DA CAUSA VALOR DA CAUSA VALOR DA CAUSA VALOR DA CAUSA FECHAMENTO DA PEÇA FECHAMENTO DA PEÇA FECHAMENTO DA PEÇA FECHAMENTO DA PEÇA * Para a propositura válida de ADC, deve-se observar um requisito formal, qual seja, a comprovação de que existe uma controvérsia judicial relevante. * Isso significa que a norma deve ser objeto de diferentes decisões no Poder Judiciário, que sejam divergentes quanto à sua constitucionalidade. * Não é suficiente que exista controvérsia doutrinária e acadêmica acerca da constitucionalidade da norma. * Esse requisito é decorrência direta do Princípio da Presunção de Constitucionalidade das leis. Relevante controvérsia judicial em ADC * Todas as normas que ingressam no ordenamento são presumivelmente consideradas constitucionais (presunção relativa), e a ADC não é um instrumento de consulta. * Referida controvérsia será comprovada pelo legitimado ativo na petição inicial, por meio da juntada de decisões judiciais divergentes que acarretem grave incerteza e um estado de intranquilidade. * Enquanto a ADI pode ser proposta tão logo haja a promulgação/publicação da norma, a ADC só é cabível depois que o tempo passa e a controvérsia se instaura no Poder Judiciário. Relevante controvérsia judicial em ADC Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Endereçamento – Como escrever na petição inicial EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Esqueleto do preâmbulo/qualificação AUTOR, (qualificado), vem, perante V. Exa., pelo advogado (...) infra-firmado, (constituído pela procuração anexa), com fundamento no art. 102, I, a, CF/88 e nos dispositivos pertinentes da Lei 9.868/99, ajuizar a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (com pedido de medida cautelar) indicando como objeto de impugnação ___________ , ante os fundamentos jurídicos que seguem: Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Preâmbulo – Como escrever na petição inicial Partido Político ABC, com representação no Congresso Nacional, pessoa jurídica de Direito Privado, inscrito no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., com sede em..., por seu diretório Nacional, vem respeitosamente, por seu advogado (instrumento de mandato anexo), à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 102, I, a e p, da CF/88 e dispositivos pertinentes da Lei nº 9.868/99, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com pedido de medida cautelar, em face da Lei nº ..., editada pelo..., ante os fundamentos jurídicosque seguem: Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Competência – Como escrever na petição inicial Da Competência Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição Federal, sendo sua atribuição, nos termos do art. 102, I, a, da CF/88, processar e julgar originariamente a Ação Direta de Inconstitucionalidade, de Lei ou ato Normativo Federal, Estadual ou Distrital (no exercício da sua competência estadual) que seja contrário à Constituição Federal, bem como é competência da Corte Suprema processar e julgar o correspondente pedido de medida cautelar previsto no art. 102, I, p, CF/88. Destarte, revela-se inequívoca a competência desta Suprema Corte para o julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade Ativa – Capacidade postulatória - Os legitimados dos incisos I a VII do art. 103, CF/88, possuem capacidade postulatória. Art. 103, CF/88: Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade Ativa – Capacidade postulatória - Os legitimados dos incisos VIII e IX do art. 103, CF/88, não possuem capacidade postulatória (o advogado deverá subscrever a petição inicial). Art. 103, CF/88: Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade Ativa – Pertinência Temática - O STF dividiu os legitimados em 2 grupos: (i) universais ou neutros: não precisam comprovar a pertinência temática, vez que o interesse de agir é presumido. (ii) especiais ou interessados: são aqueles que devem demonstrar na petição inicial a pertinência temática. São os legitimados dos incisos IV, V e IX do artigo 103, CF/88. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade – Como escrever na petição inicial Se for legitimado universal Da Legitimidade A legitimidade ativa para atuar no controle concentrado de constitucionalidade foi entregue a um rol taxativo, hoje presente no art. 103 da CF/88. Em síntese, (identificar o legitimado) detém legitimidade para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, em razão do disposto no art. 103, (colocar o inciso), CF/88 e art. (colocar o artigo da lei específica). Tendo em vista que nossa Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que (identificar o legitimado) é um dos legitimados universais e esses possuem dentre as suas atribuições institucionais a de defender a ordem constitucional objetiva, o requisito da pertinência temática não precisa ser comprovado, afinal, o interesse de agir pode ser presumido. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade – Como escrever na petição inicial Se for legitimado especial Da Legitimidade A legitimidade ativa para atuar no controle concentrado de constitucionalidade foi entregue a um rol taxativo, hoje presente no art. 103 da CF/88. Em síntese, (identificar o legitimado) detém legitimidade para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, em razão do disposto no art. 103, (colocar o inciso), CF/88 e art. (colocar o artigo da lei específica). É sabido que a Suprema Corte possui entendimento no sentido de que (identificar o legitimado) somente poderá ajuizar as ações do controle concentrado se antes comprovar a pertinência temática, sendo esta a verdadeira projeção do interesse de agir. O Requisito da pertinência temática encontra-se plenamente atendido, uma vez que ... Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Da Legitimidade Passiva – Como escrever na petição inicial A legitimidade passiva é atribuída, nas (colocar o nome da ação), aos responsáveis pela (edição ou omissão) da lei ou ato normativo. Assim, em se tratando de lei ... , devem figurar no polo passivo... ADI nº 5212 ADI nº 4126 ADPF nº 372 Aspectos procedimentais - ADI Tópico: Do direito – Comprovação da inconstitucionalidade Confrontar objeto X Parâmetro Lei / Ato Normativo X Dispositivo(s) da CF/88 Aspectos procedimentais - ADI Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial A inconstitucionalidade (material/formal) da norma impugnada evidencia-se quando seu conteúdo/sua forma de elaboração mostra-se conflitante com o art. ... da CF/88 (ou com o princípio...). Isso porque ... Aspectos procedimentais - ADC Tópico: Do direito – Comprovação da constitucionalidade - Demonstrar que a lei ou ato normativo está em consonância com a CF/88. Aspectos procedimentais - ADC Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial Não merecem prosperar os argumentos utilizados pelos juízes/Tribunais, no sentido da inconstitucionalidade da norma objeto desta ação declaratória. Afinal, a norma está em perfeita e inequívoca harmonia com a CF/88, já que... Aspectos procedimentais - ADO Tópico: Do direito – Comprovação da inconstitucionalidade por omissão - Demonstrar que a norma constitucional de eficácia limitada (que depende de complementação normativa posterior para produzir todos os seus efeitos essenciais) não foi regulamentada, havendo, nesse sentido, uma omissão inconstitucional. Aspectos procedimentais - ADO Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial Tal como a ação direta de inconstitucionalidade genérica, o processo de controle abstrato da omissão não possui outra finalidade senão a de defender a ordem fundamental contra omissões que com ela sejam incompatíveis, no intuito, sobretudo, de tutelar a supremacia constitucional. Esta Corte Suprema firmou entendimento no sentido de que a norma constitucional “X” possui eficácia limitada, sendo portanto, dependente de regulamentação ulterior para produzir todos os seus efeitos essenciais. Aspectos procedimentais - ADO Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial Passados quase 30 anos da edição do texto constitucional de 1988, não se justifica a não confecção, até o presente momento, do dispositivo infraconstitucional regulamentador da matéria. Não se pode, portanto, negar o notório e indiscutível lapso temporal que comprova a inércia do ... (identificar o responsável pela edição da norma) em relação ao cumprimento do inequívoco comando constitucional de legislar. Aspectos procedimentais - ADO Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial Nada obstante existirem diversos projetos de lei em trâmite no Congresso Nacional, visando a regulamentação da norma constitucional “X”, a presente ação deve ser conhecida por esta Suprema Corte, que possui entendimento no sentido de que a omissão só é efetivamente sanada quando é produzida e promulgada a regulamentação normativa. Aspectosprocedimentais - ADPF Tópico: Do direito – Da norma impugnada - O objeto da arguição é regido pelo princípio da subsidiariedade, inscrito no art. 4º, § 1º, Lei 9882/99. Assim, a ADPF só será cabível se não houver nenhum outro meio eficaz de sanar a lesividade (em síntese: a ADPF só pode ser utilizada se a ADI ou a ADC não forem cabíveis). - Exemplos: * Leis / Atos normativos municipais ou distritais editados no exercício de competência legislativa municipal; * Normas pré-constitucionais (análise quanto à recepção); * Atos normativos secundários. Aspectos procedimentais - ADPF Tópico: Do direito – Como escrever na petição inicial Uma vez demonstrado o cumprimento dos pressupostos de admissibilidade da ADPF, impende, no mérito, expor as razões pelas quais o... (identificar o legitimado) postula a declaração, com eficácia geral e vinculante da não recepção pela CF/88 do dispositivo impugnado na presente ação. A Lei “A” contraria, inequivocadamente, os Preceitos Fundamentais inscritos nos artigos “X” e “Z” da CF/88. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Valor da causa – Identificação - Deve-se atribuir um valor a causa, visto que o art. 291 do CPC dispõe que a toda causa deverá ser conferido um valor certo, ainda que ela não possua conteúdo econômico imediatamente aferível. No caso das ações do controle concentrado, não há como mensurar um valor econômico específico para a ação, de forma que deva ser atribuído valor ínfimo, para efeitos fiscais. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Valor da causa – Como escrever na petição inicial Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos procedimentais. Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: Valor da causa COMO A FGV PONTUA O VALOR DA CAUSA EXAME PEÇA ESPELHO XX ADPF Valor da causa (0,10) XIX ADO Valor da causa (0,10) XVII ADI Não cobrou o valor da causa XVI ADI Não cobrou o valor da causa XIII ADI Não cobrou o valor da causa VII ADI Valor da causa: Para fins procedimentais. R$ xxxxx,xx (qualquer valor). (0,25) Aspectos procedimentais comuns: ADI/ADC/ADO/ADPF Tópico: fechamento da peça – Como escrever na petição inicial Termos em que pede deferimento. Local... Data... ADVOGADO... OAB... PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADI Lei nº 9.868/99: - Art. 3º, parágrafo único (documentos: a petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.) - Art. 6º (o relator pedirá informações aos órgãos ou autoridades das quais emanam a lei) - Art. 8º c/c art. 103, §§ 1º e 3º da CF/88 (oitiva do AGU e do PGR) - Art. 10 e 11 c/c art. 300 do CPC (pedido de liminar – escrever embaixo desse artigo o art. 300 do CPC, para lembrar dos requisitos da tutela de urgência da cautelar) Pedido principal: que a lei seja declarada inconstitucional PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADI Lei nº 9.868/99: - Art. 1º c/c art. 102, I, a, CF/88 (cabimento da ADI) - Art. 2º c/c art. 103 da CF/88 (traz os legitimados) - Art. 2º, IX c/c art. 7º, § 1º, da Lei nº 9.096/95 (a entidade de classe somente é considerada de âmbito nacional se estiver presente em, pelo menos, nove Estados da federação {um terço da federação} - STF na ADI 79-DF - por analogia lei dos partidos políticos {Lei nº 9.096/1995}) - Art. 4º, parágrafo único (cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial) - Art. 5º (não admite-se desistência) - Art. 7º, § 2º (possibilidade de participação do amicus curiae) - Art. 9º, § 1º (abertura da audiência pública) - Arts. 22 a 28 c/c art. 102, § 2º CF/88 (fala sobre a decisão proferida em ADI) CASO PRÁTICO O governo brasileiro, preocupado com os índices crescentes de ataques terroristas no mundo, vinculou-se à Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, convenção internacional, de âmbito multilateral, que estabelece restrições aos direitos dos presos condenados por crimes resultantes de atividades terroristas. O Presidente da República assinou o tratado e o enviou ao Congresso Nacional, conforme disposição do art. 49, I, da Constituição Federal, e não de acordo com o § 3º do art. 5º dessa Carta, e, em poucos meses, o Congresso Nacional aprovou o texto do tratado na forma de decreto legislativo. Após isso, o presidente da República editou decreto promulgando e ratificando o tratado. CASO PRÁTICO Já estando internamente em vigor o referido decreto, percebeu-se que vários juízes, em todo o território nacional, aplicavam plenamente o art. 22 do tratado, no qual se lê: “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. Visando impossibilitar, de algum modo, a aplicação do referido artigo, sob o argumento de sua inconstitucionalidade, o presidente de um partido político com representação no Congresso Nacional procurou, em nome do partido, os serviços advocatícios de um(a) profissional, ... CASO PRÁTICO ... pretendendo uma solução urgente e uniforme para o caso, de modo que, com apenas uma ação, sejam alcançados efeitos para todos os indivíduos no território brasileiro. Na qualidade de advogado(a) contratado(a) pelo partido político, redija a peça processual judicial objetiva mais adequada ao caso, de acordo com a jurisprudência majoritária do Supremo Tribunal Federal, atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade ativa e passiva; c) possibilidade de contestação judicial da constitucionalidade do referido tratado; d) requisitos formais da peça judicial proposta. CONSTRUINDO A PETIÇÃO Item 1: Ler, compreender e resumir o caso - Partido Político com representação no Congresso Nacional quer impossibilitar a aplicação do art. 22, do tratado com apenas uma ação, alcançado efeito para todos os indivíduos no território brasileiro. Item 2: Identificar o problema jurídico - O art. 22 do Tratado vai de encontro com o art. 5º, L, da CF/88, que preceitua ser direito das presas permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. CONSTRUINDO A PETIÇÃO Item 3: Identificar o legitimado ativo/passivo e reunir os dados informados pelo examinador - Legitimado ativo: Partido Político com representação no Congresso Nacional (art. 103, VIII, da CF e art. 2º, VIII, Lei nº 9.868/99) - Legitimado passivo: Presidente da República e Congresso Nacional Item 4: Definir a ação que soluciona o problema - ADI Item 5: Determinar o órgão competente - Supremo Tribunal Federal - art. 102, I, a, CF/88 ELABORAÇÃO DA PEÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARTIDO POLÍTICO, com representação no Congresso Nacional, pessoa jurídica de direito privado, por seu Diretório Nacional, inscrito no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., nº..., bairro..., cidade..., UF, CEP..., por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na Rua... (endereço completo), onde receberá as comunicações processuais (art. 77, V, CPC), vem à presença de Vossa Excelência, com supedâneo no art. 102, I, a e p da Constituição Federal, e Lei nº 9.868/99, propor AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com pedido de MEDIDA CAUTELAR, em face do art. 22, da Convenção sobre os Direitos Humanosdas Vítimas de Atividades Terroristas, que foi internalizada pelo Presidente da República e pelo Congresso Nacional por meio do Decreto..., pelos motivos a seguir expostos. ELABORAÇÃO DA PEÇA I – DO OBJETO DA AÇÃO O governo brasileiro, preocupado com os índices crescentes de ataques terroristas no mundo, vinculou-se à Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, convenção internacional, de âmbito multilateral, que estabelece restrições aos direitos dos presos condenados por crimes resultantes de atividades terroristas. O Presidente da República, após assinar o tratado, o enviou ao Congresso Nacional, que aprovou o texto do tratado na forma de decreto legislativo. Na sequência o Presidente da República editou decreto promulgando e ratificando referido tratado. O art. 22 do tratado preceitua que: “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. Esse artigo tem sido plenamente aplicado por vários juízes, em todo o território nacional. Referida norma, como será demonstrado no decorrer dessa petição, viola o conteúdo de dispositivo da Constituição Federal e, por esta razão, deverá ser declarada inconstitucional. ELABORAÇÃO DA PEÇA II – DA COMPETÊNCIA Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição Federal, sendo sua atribuição, nos termos do art. 102, I, a, CF/88, processar e julgar originariamente a Ação Direta de Inconstitucionalidade, de Lei ou ato Normativo Federal, Estadual ou Distrital (no exercício da sua competência estadual) que seja contrário à Constituição Federal, bem como é competência da Corte Suprema processar e julgar o correspondente pedido de medida cautelar previsto no art. 102, I, p, CF/88. Destarte, revela-se inequívoca a competência desta Suprema Corte para o julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade que visa impugnar o art. 22, da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas. ELABORAÇÃO DA PEÇA III – DA LEGITIMIDADE A legitimidade ativa para atuar no controle concentrado de constitucionalidade foi entregue a um rol taxativo, hoje presente no art. 103 da CF/88. Em síntese, o Partido Político com representação no Congresso Nacional detém legitimidade para ajuizar a presente ação direta de inconstitucionalidade, em razão do disposto no art. 103, VIII, da CF e do art. 2º, VIII, da Lei nº 9.868/99. Tendo em vista que nossa Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que o Partido Político com representação no Congresso Nacional é um dos legitimados universais e esses possuem dentre as suas atribuições institucionais a de defender a ordem constitucional objetiva, o requisito da pertinência temática não precisa ser comprovado, afinal, o interesse de agir pode ser presumido. ELABORAÇÃO DA PEÇA Vale ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a representação no Congresso Nacional se aufere no momento de propositura da ação, tornando-se irrelevante a modificação desse estado no decorrer do processo, que, aliás, em função de seus contornos objetivos, não admite desistência, conforme determina o art. 5º da Lei nº 9.868/99. A legitimidade passiva é atribuída, nas ações diretas de inconstitucionalidade, aos responsáveis pela edição da lei ou ato normativo. Assim, em se tratando de decreto de internalização de tratado internacional, devem figurar no polo passivo o Presidente da República e o Congresso Nacional. ELABORAÇÃO DA PEÇA IV – DO DIREITO Primeiramente, insta destacar que a Convenção sobre Direitos das Vítimas de Atividades Terroristas, embora compreenda uma convenção internacional sobre direitos humanos, tem status de norma supralegal, visto que foi integrada em nosso ordenamento jurídico pelo rito ordinário, estando, portanto, sujeita ao controle de constitucionalidade. Destaca-se também que o procedimento de incorporação dos tratados e convenções internacionais ao direito brasileiro é feito mediante dois procedimentos distintos, quais sejam: I) após a celebração do tratado ou convenção internacional, feito exclusivamente pelo Poder Executivo, conforme o art. 84, VIII, da CF, este o submete à aprovação do Congresso Nacional, o que é feito por intermédio de Decreto Legislativo; II) após a expedição do Decreto Legislativo, há a promulgação do Decreto Presidencial, a partir do qual o tratado ou convenção internacional adquire força normativa no direito positivo interno. ELABORAÇÃO DA PEÇA A inconstitucionalidade material evidencia-se quando o conteúdo do ato normativo entra em conflito com regras ou princípios estabelecidos na Constituição Federal. Tal inconstitucionalidade encontra-se presente no art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, visto que o referido dispositivo vai de encontro com o art. 5º, L, da CF. De acordo com o art. 5º, L, da CF, às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação. Nesse sentido, não há dúvida que o art. 22 da Convenção é inconstitucional, pois afronta dispositivo expresso na CF, ao dispor que “as presas condenadas por crimes resultantes de atividades de terrorismo, logo após darem à luz, deverão deixar seus filhos sob a responsabilidade de entidade pública de assistência social até que cumpram integralmente a pena”. ELABORAÇÃO DA PEÇA Comprovada está a inconstitucionalidade do art. 22 da Convenção, e, portanto, dos decretos legislativo e presidencial, cuja integração dá força e validade à convenção, diante do disposto no art. 5º, L, da CF. Por fim, demonstrada a inconstitucionalidade do art. 22 da Convenção sobre Direitos das Vítimas de Atividades Terroristas e dos decretos referenciados, deve-se admitir a presente ADI, para que no mérito seja julgada procedente, declarando-se a inconstitucionalidade do referido dispositivo, assim como dos decretos que o convalidaram. ELABORAÇÃO DA PEÇA V – DA MEDIDA CAUTELAR Em conformidade com o que preceitua o art. 102, I, p e os arts. 10 e 11 da Lei nº 9.868/99, é cabível medida cautelar em sede de ADI a fim de sustar os efeitos da norma legal impugnada (art. 22 da Convenção), diante de sua afronta ao art. 5.º, L, da CF. No caso, estão presentes os pressupostos legitimadores e autorizadores da concessão da medida – a saber, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, já que são relevantes os fundamentos do pedido, pois envolvem o exercício de um direito assegurado pela Constituição (direito da gestante presa de permanecer com seu filho durante o período de amamentação) que está sendo cerceado pela norma impugnada, bem como há o fundado receio de que, privando os recém-nascidos do contato materno, sobretudo na fase de amamentação, o dano seja irreparável. ELABORAÇÃO DA PEÇA Desse modo, deve ser suspensa de imediato a norma objeto da presente impugnação, bem como deve haver a determinação de que todos os processos que tramitam no controle difuso e tenham esta norma como objeto de discussão sejam igualmente suspensos. VI – REQUERIMENTOS E PEDIDOS Diante do exposto, requer-se que: a) seja concedida a medida cautelar, após intimação do Sr. Presidente da República e do Sr. Presidente do Congresso Nacional, no prazo de cinco dias, para se manifestarem, consoante estabelece o art. 10 da Lei nº 9.868/99, no sentido de suspender a vigência do art. 22 da Convenção sobre Direitos das Vítimas de Atividades Terrorista, até a decisão final da presente ação,bem como de suspender os processos que tramitam e que tenham referido art. 22 como objeto de discussão; ELABORAÇÃO DA PEÇA b) sejam intimados o Sr. Presidente da República e o Sr. Presidente do Congresso Nacional para, em 30 dias, prestarem as informações que julgarem necessárias, de acordo com o que prevê o art. 6º, da Lei nº 9.868/99; c) seja citado o Advogado-Geral da União, no prazo de 15 dias, após o prazo das informações, conforme o art. 103, § 3º, da CF/88 e o art. 8º da Lei nº 9.868/99; d) seja ouvido o Procurador-Geral da República, após a manifestação do AGU, também no prazo de 15 dias, conforme o art. 103, § 1º, da CF/88 e o art. 8º da Lei nº 9.868/99; e) seja determinada a juntada dos documentos, conforme o art. 3º, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99; ELABORAÇÃO DA PEÇA f) ao final, seja confirmada a liminar deferida, e no mérito seja julgada procedente a presente ADI, declarando-se a inconstitucionalidade do art. 22 da Convenção sobre os Direitos Humanos das Vítimas de Atividades Terroristas, suspendendo-se, definitivamente, a vigência dos atos normativos impugnados (Decreto Legislativo e Decreto Presidencial), que incorporaram referida Convenção ao direito interno. ELABORAÇÃO DA PEÇA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos procedimentais. Requer-se, ainda, que as intimações dos atos e termos da presente ação sejam feitas exclusiva e diretamente à pessoa do patrono constituído: Advogado... inscrito na OAB ... nº ..., com escritório na ..., nº ..., Município ..., Estado ..., CEP ... Termos em que pede deferimento. Local... Data... ADVOGADO... OAB... PEÇA COBRADA NO VII EXAME O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas punições administrativas e delegando ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Junior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a propositura da ação judicial constante do parecer. PEÇA COBRADA NO VII EXAME Gabarito comentado A ação referida no parecer, consoante jurisprudência assente, é a Ação Direta de Inconstitucionalidade. O autor será a Confederação Nacional do Comércio, legitimada pela norma do art. 103, IX, da CRFB, que deve comprovar a pertinência temática que está caracterizada nesse caso. Serão interessados o Governador do Estado e a Assembleia Legislativa estadual. A competência será do Supremo Tribunal Federal. O fundamento constitucional assente nesse caso é a violação da competência legislativa para o Direito Civil privativa da União Federal, pelo Congresso Nacional (CRFB, art. 22, I), pois ocorre violação ao direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII). Há necessidade de medida liminar vez que estão preenchidos os pressupostos legais. Os requisitos formais da peça são os previstos no art. 282, do CPC, ressaltando o requerimento de intervenção do Ministério Público e da Advocacia Geral da União. O fundamento legal para a cautela é o art. 10 da Lei n. 9868/99. PEÇA COBRADA NO XIII EXAME O Presidente da República editou o Decreto nº 5555, estabelecendo a obrigatoriedade, como exigência à obtenção do diploma de graduação em engenharia, de um elevado aproveitamento nas disciplinas do curso, e, para inscrição nos Conselhos Regionais, a conclusão de uma pós- graduação com carga horária mínima de 480 horas de aula. A medida tem por objetivo conferir maior controle sobre a formação do profissional, num momento de expansão das obras de infraestrutura no país. A Confederação Sindical dos Engenheiros, entidade que reúne 18 (dezoito) Federações de sindicatos em diferentes Estados, cada uma com ao menos 10 (dez) sindicatos, procura os seus serviços para impugnar o Decreto expedido pelo Presidente da República, salientando que o mesmo viola diretamente a Constituição, sendo certa a urgência na obtenção de um provimento judicial favorável, tendo em vista a aproximação do final de ano, época em que, tradicionalmente, são formados milhares de bacharéis em todo o território nacional. Considerando a hipótese acima, formule a peça adequada. PEÇA COBRADA NO XIII EXAME Gabarito comentado A peça a ser elaborada consiste em uma petição inicial de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), a qual terá, por objeto, o Decreto expedido pelo Presidente da República, e, como parâmetros, diversos dispositivos da Constituição da República. De início, deve-se destacar que os decretos do Chefe do Poder Executivo podem ser regulamentares ou autônomos. Na jurisprudência do STF, somente se admite a propositura de ação direta tendo por objeto decreto autônomo, aquele que inova autonomamente na ordem jurídica, e não o decreto que tenha por escopo regulamentar a lei. Isso porque o decreto regulamentar não possui autonomia normativa. Se o decreto apenas fere a lei, ou desborda dos limites regulamentares, abrir-se-á a via do controle de legalidade, e não do controle de constitucionalidade. Desse modo, o examinando deve destacar a autonomia normativa do Decreto em questão, tendo em vista a ausência de lei da qual decorra aquele ato normativo. PEÇA COBRADA NO XIII EXAME Gabarito comentado A competência para julgamento da Ação Direta é do Supremo Tribunal Federal, e para essa corte deve ser endereçada a petição inicial. Somente possuem legitimidade para propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade aqueles explicitados no rol do artigo 103 da Constituição. No caso em análise, a Confederação Sindical dos Engenheiros tem legitimidade com base no inciso IX do citado dispositivo: entidade de classe de âmbito nacional. Deve ser demonstrado o preenchimento dos requisitos constantes dos Artigos 533 a 535 da CLT (“as Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 Federações” e “é facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5, desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação”), uma vez que tais requisitos são exigidos pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. PEÇA COBRADA NO XIII EXAME Gabarito comentado Ainda em relação à legitimidade, o examinando deve identificar que o Supremo Tribunal Federal erigiu o requisito da pertinência temática – que se traduz na relação de congruência que necessariamente deve existir entre os objetivos estatutários ou as finalidades institucionais da entidade autora e o conteúdo material da norma questionada em sede de controle abstrato – à condição de pressuposto qualificador da própria legitimidade ativa ad causam para efeito de instauração do processo objetivo de fiscalização concentrada de constitucionalidade. O examinando deve demonstrar, assim, a pertinência temática, na medida em que a Confederação sindical atuará na defesa do interesse de uma classe diretamente atingida pelo decreto impugnado. O Presidente da República, que editou a norma impugnada, deve ser indicado no polo passivo da ação. O examinando deve formular pedido de concessão da medida cautelar, a fim de suspender a vigência do decreto cuja inconstitucionalidade arguiu. PEÇA COBRADA NO XIII EXAME Gabarito comentado Os pressupostos à concessão da medida são o fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro é demonstradopela direta e frontal violação às normas constitucionais que estabelecem o princípio da separação de poderes, o princípio da legalidade e a liberdade de exercício de profissão; o segundo, pela proximidade da conclusão do curso de milhares de bacharéis, que restarão impossibilitados de concluir o curso e/ou obter a inscrição nos Conselhos Regionais com base em exigência sem previsão legal. No mérito, o examinando deve demonstrar que o Decreto, a um só tempo, viola o princípio da separação de poderes (pois ingressa em atividade legislativa não autorizada pela Constituição, em violação à separação constitucional de funções entre cada um dos Poderes) e o princípio da legalidade (pois restringe direitos e disciplina matéria sujeita à lei em sentido formal). PEÇA COBRADA NO XIII EXAME Gabarito comentado O examinando deve demonstrar, ainda, que o Decreto viola o princípio da liberdade de exercício de atividades ou profissões, inscrito no artigo 5º, XIII da CRFB, que estabelece ser livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Por fim, deve ser apontada a violação ao princípio da razoabilidade/proporcionalidade, pois a medida prevista na lei, ainda que adequada à finalidade declarada, falha nos subprincípios da necessidade (que impõe a utilização, dentre as possíveis, da medida menos gravosa para atingir determinado objetivo) e da proporcionalidade em sentido estrito (que impõe a análise da relação custo-benefício da norma avaliada, de modo que o ônus imposto pela norma seja inferior ao benefício por ela engendrado, sob pena de inconstitucionalidade). O examinando deve formular, expressamente, pedido de concessão da medida cautelar (a fim de suspender a vigência e a eficácia do decreto impugnado, pena de restar consolidada a violação) e, ao final, pedido de declaração da inconstitucionalidade do Decreto. Deve ser requerida a oitiva do Ministério Público e da AGU. PEÇA COBRADA NO XVI EXAME A Assembleia Legislativa do Estado Y edita, em 1º de março de 2015, a Lei nº 8888, que estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de energia elétrica no território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos. Ressalta-se que não há qualquer Lei Complementar que autorize excepcionalmente ao Estado Y dispor sobre a questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários interessados. Há notícia também de que o Governador do Estado Y vetou integralmente o projeto de Lei Estadual, mas restou superado pela vontade da Assembleia Legislativa do Estado, que, ao final, promulgou a referida Lei. PEÇA COBRADA NO XVI EXAME Diante da relevância e da urgência da questão, o partido político “Para Frente Brasil” – PFB, representado unicamente por um Deputado Federal, procura os seus serviços para objetar contra a Lei Estadual, por entender que a norma estadual viola diretamente a Constituição Federal. Considerando os dados acima, formule a peça adequada, fazendo introito sobre a legitimidade ativa e observando que o partido entende ser urgente a questão. (Valor: 5,00) Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. PEÇA COBRADA NO XVI EXAME Gabarito comentado O enunciado indica que a peça adequada a ser redigida é a Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI a ser proposta perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, “a”, da Constituição Federal). A petição deve ser endereçada ao Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal. O objeto da referida ADI será a Lei Estadual atacada e terá como parâmetro diversos dispositivos constitucionais. O Partido Político possui legitimidade para propor a ADI (art. 103, VIII, da Constituição Federal) e deve figurar como autor da ação, pois é representado por Deputado Federal no Congresso Nacional. É considerado legitimado universal para propor ADI e não se sujeita ao exame da pertinência temática, pois seu papel institucional já o autoriza a promover tal ação em qualquer hipótese, conforme entendimento pacificado no STF: “Partido político. Ação direta. Legitimidade ativa. Inexigibilidade do vínculo de pertinência temática. Os partidos políticos, desde que possuam representação no Congresso Nacional, ... PEÇA COBRADA NO XVI EXAME ... podem, em sede de controle abstrato, arguir, perante o STF, a inconstitucionalidade de atos normativos federais, estaduais ou distritais, independentemente de seu conteúdo material, eis que não incide sobre as agremiações partidárias a restrição jurisprudencial derivada do vínculo de pertinência temática.” (ADI 1.407-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 7-3-1996, Plenário, DJ de 24-11-2000.) A Assembleia Legislativa do Estado deve ser indicada no polo passivo da ação e o Governador do Estado intimado a prestar informações sobre o processo legislativo. Os fundamentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade devem ser: a) Desencontro entre o dispositivo da legislação e estadual e o art. 21, XII, “b”, da Constituição Federal. A imposição, por meio de ato normativo estadual, da obrigação de remover, sem custo para o usuário, postes de sustentação da rede elétrica que estejam causando transtornos ou ... PEÇA COBRADA NO XVI EXAME ... impedimentos a particulares configuraria intervenção indevida do poder estadual em domínio da União para explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica. Trata-se de campo de distribuição constitucional de competência. É a denominada competência administrativa da União. b) Vulneração ao art. 22, IV, da Constituição Federal, pela lei estadual, pois a Carta da República reserva à União a competência privativa para dispor legislativamente sobre energia o que demarca primazia federal sobre o tema a e não abre espaço para a atuação dos Estados e dos Municípios. c) Afronta ao art. 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal pela lei estadual. A lei estadual ao dispor que a remoção dos postes fica a cargo da concessionária do serviço público, se imiscui na tarefa da União para definir, por meio de lei, ... PEÇA COBRADA NO XVI EXAME ... a política tarifária a ser observada na exploração deste serviço no que tange aos elementos definidores do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão, isto é, na ingerência na política tarifária do serviço público. O examinando deve formular pedido de concessão de medida cautelar, com amparo no art. 10, da Lei nº 9.868/99, a fim de suspender a vigência da lei estadual que entende ser inconstitucional. Os pressupostos da medida cautelar devem ser apontados, ou seja, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O primeiro demonstrado a partir da violação das normas constitucionais e o segundo porque a lei estadual criou, para as concessionárias de serviço público, uma obrigação de alto custo a ser prestada em hipóteses extremamente vagas para o proveito de interesses individuais. Trata-se, de norma estadual que instituiu verdadeiro direito potestativo, a ser exercido ao alvedrio pessoal de titulares de direito real sobre terrenos, ... PEÇA COBRADA NO XVI EXAME ... impondo-lhes encargos extraordinários, não previstos nos contratos de concessão celebrados com o poder concedente, e, com isso, alterou a matriz de custos da prestação do serviço e rompeu com os parâmetrosestipulados pela agência federal do setor elétrico para a remoção de postes de energia. No mérito, o examinando deve demonstrar que a Lei estadual fere dispositivos constitucionais, a repartição de competências, ao princípio da razoabilidade/proporcionalidade. Por derradeiro, o examinando deve formular, expressamente, pedido de concessão de medida cautelar e, ao final, pedido de declaração de inconstitucionalidade. Devem ser requeridas as oitivas do Advogado Geral da União, a fim de defender o ato normativo estadual e também do Ministério Público. PEÇA COBRADA NO XVII EXAME O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para que, na qualidade de advogado especialista em Direito Constitucional, se posicione sobre a possibilidade de ser obtida alguma medida judicial em face da Lei Estadual "Y", de janeiro de 2015, que contém 3 (três) artigos. De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei Estadual “Y”, o seu objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece, em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo 1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica retirada a autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência imediata da referida legislação. Elabore a peça adequada, considerando a narrativa acima. (Valor: 5,00) PEÇA COBRADA NO XVII EXAME Gabarito comentado ADI O examinando deverá elaborar uma petição inicial de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Lei nº 9868/1999). A petição deve ser direcionada ao Presidente do Supremo Tribunal Federal. A ação deve ser ajuizada pelo Partido Político “Z”, representado pelo presidente de sua Comissão Executiva Nacional. A legitimidade ativa decorre do fato de o Partido Político “Z” possuir representação no Congresso Nacional. O examinando deverá argumentar que a Lei Estadual “Y” afronta o disposto no art. 22, I e IV, da Constituição da República Federativa do Brasil [art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (...) IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; (grifos)]. Em relação à inconstitucionalidade material, o examinando deverá demonstrar a afronta ao princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, como também ao art. 1º, V (pluralismo político) ... PEÇA COBRADA NO XVII EXAME ... e ao art. 17, caput e § 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [(art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, (...) § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei (grifos)]. Deve ser pedida a medida cautelar, de modo a suspender a eficácia da Lei até que seja definitivamente julgada a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade. O examinando deve demonstrar que a tutela jurisdicional cautelar se faz necessária, pois estão suficientemente demonstrados os requisitos do fumus boni iuris, pela clareza dos vícios de inconstitucionalidade apontados, e do periculum in mora, isso em razão do constrangimento decorrente do impedimento ao exercício de atividade lícita e constitucional dos partidos políticos. PEÇA COBRADA NO XVII EXAME Deve ser formulado o pedido de declaração de inconstitucionalidade da Lei Estadual “Y”. Devem ser solicitadas informações ao Governador e à Assembleia Legislativa do Estado, órgãos responsáveis pela edição do ato normativo e ouvidos o Advogado Geral da União e o Procurador Geral da República. A petição deve ser datada e assinada pelo advogado. PEÇA COBRADA NO XVII EXAME Gabarito comentado Parecer O examinando deverá elaborar um parecer com o objetivo de responder à consulta formulada. O parecer deve possuir uma ementa que contenha as palavras chaves relacionadas à temática abordada. O relatório do parecer deve descrever a consulta formulada e a indicação do respectivo consulente. Na fundamentação do parecer, o examinando deve sustentar, em primeiro lugar, a inconstitucionalidade da Lei Estadual “Y”. Deve argumentar que a Lei Estadual “Y” afronta o disposto no art. 22, I e IV, da Constituição da República Federativa do Brasil [art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (...) IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; (grifos)], logo, padece de inconstitucionalidade formal. Em relação à inconstitucionalidade material, o examinando deverá demonstrar a afronta ao princípio da proporcionalidade ou razoabilidade, como também ao Art. 1º, V (pluralismo político) e ao art. 17, caput e § 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [(art. 17. É livre a criação, fusão, (...) PEÇA COBRADA NO XVII EXAME (...) incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, (...) § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei (grifos)]. Ainda na fundamentação, o examinando deve posicionar-se sobre o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade para a realização do controle concentrado de constitucionalidade da Lei Estadual “Y”, que deve ser ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal. Deve ser igualmente ressaltada a legitimidade ativa do Partido Político “Z”, representado pelo presidente de sua Comissão Executiva Nacional, por possuir representação no Congresso Nacional, tal qual dispõe o art. 103, VIII, da Constituição da República Federativa do Brasil e o art. 2º, VIII, da Lei nº 9.868, de 1999. Por fim, a fundamentação deve expor o cabimento da medida cautelar, de modo a suspender a eficácia da Lei até que seja definitivamente julgada a ação direta de inconstitucionalidade. O examinando deve demonstrar que a tutela jurisdicional cautelar se faz necessária, (...) PEÇA COBRADA NO XVII EXAME (...) pois estão suficientemente demonstrados os requisitos do fumus boni iuris, pela clareza dos vícios de inconstitucionalidade apontados, e do periculum in mora, isso em razão do constrangimento decorrente do impedimento ao exercício de atividade lícita e constitucional dos partidos políticos. Na conclusão do parecer, o examinando deve sustentar a inconstitucionalidade da Lei Estadual “Y” e a possibilidade de ser ajuizada a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, inclusive com a formulação do requerimento de media cautelar. O parecer deve ser datado e assinado pelo advogado, com indicação de sua inscrição na OAB. PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADC Lei nº 9.868/99: - Art. 14, parágrafo único (juntada de documentos) - Art. 6º (fazer remissão desse artigo: informações às autoridades que elaboraram a lei) - Art. 19 (trata do papel do PGR) - Art. 21 c/c art. 300 do CPC (medida de urgência) Pedido final: que a lei seja declarada constitucional. PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADC Lei nº 9.868/99: - Art. 13 c/c art. 102, I, a, 102, § 2º e 103, I a IX, todos da CF/88 (legitimidade e cabimento) - Art. 14,III (a existência de controvérsia judicial relevante) - Art. 16 (impossibilidade de desistência) CASO PRÁTICO Relevante controvérsia judicial repousa sobre dispositivos da Lei Complementar X, mais especificamente as alíneas “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”, “o”, “p” e “q”, introduzidas no art. 1º, I, da Lei Complementar Y, os quais estabelecem uma série de inelegibilidades. A LC “X” foi editada pelo Congresso Nacional em 2010 e, basicamente, visa tutelar a moralidade administrativa. No entanto, juízes e Tribunais têm julgado a lei inconstitucional, divergindo de outras posições também expressivas, ao argumento de que as hipóteses de inelegibilidade decorrem de rol taxativo, presente na Constituição Federal, de tal modo que a Lei infraconstitucional não está autorizada a regular a matéria. CASO PRÁTICO O PPD, Partido Político Democrático, devidamente representado no Congresso Nacional, pretende propor a medida judicial capaz de interromper os julgamentos em desfavor da norma, visando obter pronunciamento com efeito vinculante e erga omnes para declarar a constitucionalidade de todas as hipóteses de inelegibilidades trazidas pelas mencionadas alíneas. Na condição de advogado contratado pelo PPD, redija a peça processual judicial objetiva mais adequada, atentando- se para: a) competência do órgão julgador; b) legitimidade ativa e passiva; c) requisitos específicos da medida judicial proposta; d) pedidos. CONSTRUINDO A PETIÇÃO Item 1: Ler, compreender e resumir o caso - Acirradas discussões surgiram no cenário jurisprudencial sobre a Lei Complementar X. O PPD, Partido Político Democrático, devidamente representado no Congresso Nacional, pretende propor a medida judicial visando obter pronunciamento com efeito vinculante e erga omnes para declarar a constitucionalidade de todas as hipóteses de inelegibilidades trazidas pelas mencionadas alíneas. Item 2: Identificar o problema jurídico - Acirradas discussões surgiram no cenário jurisprudencial sobre a Lei Complementar X. CONSTRUINDO A PETIÇÃO Item 3: Identificar o legitimado ativo/passivo e reunir os dados informados pelo examinador - Legitimado ativo: PARTIDO POLÍTICO DEMOCRÁTICO – PPD com representação no Congresso Nacional (art. 103, VIII, da CF e art. 2º, VIII, Lei nº 9.868/99) - Responsável pela elaboração da norma: Congresso Nacional Item 4: Definir a ação que soluciona o problema - Ação declaratória de constitucionalidade - ADC (cuidado para não errar o nome da ação e colocar “ação direta de constitucionalidade”) Item 5: Determinar o órgão competente - Supremo Tribunal Federal - art. 102, I, a, CF/88 ELABORAÇÃO DA PEÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARTIDO POLÍTICO DEMOCRÁTICO – PPD, representado por seu Diretório Nacional, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ/MF sob o nº..., endereço eletrônico..., com sede na Rua..., nº..., bairro..., cidade ..., UF, CEP ..., por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na Rua... (endereço completo), onde receberá as comunicações processuais (art. 77, V, CPC), vem à presença de Vossa Excelência, com supedâneo no art. 102, I, a da Constituição Federal, e Lei nº 9.868/99, propor AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE, com pedido de MEDIDA CAUTELAR, em favor da Lei Complementar X, editada pelo Congresso Nacional, que inseriu as alíneas “c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”, “o”, “p” e “q”, no art. 1.º, inciso I, da Lei Complementar Y, cuja cópia integral segue acostada aos autos, pelos motivos a seguir expostos. ELABORAÇÃO DA PEÇA I – DO OBJETO DA AÇÃO Visando tutelar a moralidade administrativa, o Congresso Nacional editou, em 2010, a Lei Complementar X, que inseriu diversas alíneas (“c”, “d”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j”, “k”, “l”, “m”, “n”, “o”, “p” e “q”) no art. 1º, I da Lei Complementar Y, estabelecendo novas hipóteses de inelegibilidades. Desde então, acirradas discussões surgiram no cenário jurisprudencial, gerando incontestável controvérsia judicial. Muitos juízes e Tribunais têm julgado a lei inconstitucional ao argumento de que as hipóteses de inelegibilidade decorrem de rol taxativo, e não poderiam ser ampliadas por lei infraconstitucional. De outro lado, há expressiva parcela de juízes em defesa da norma, cenário que alimenta a insegurança jurídica e atenta contra a presunção de constitucionalidade da norma. ELABORAÇÃO DA PEÇA Referida norma, como será demonstrado no decorrer dessa petição, não viola o conteúdo de dispositivo da Constituição Federal e, por esta razão, deverá ser declarada constitucional. II – DA COMPETÊNCIA Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição Federal, sendo sua atribuição, nos termos do art. 102, I, a, da CF/88, processar e julgar originariamente a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, bem como é competência da Corte Suprema processar e julgar o correspondente pedido de medida cautelar previsto no art. 21, da Lei nº 9.868/99. Destarte, revela-se inequívoca a competência desta Suprema Corte para o julgamento da presente ação declaratória de constitucionalidade, que visa, em última análise, pôr fim à controvérsia judicial e tornar absoluta a ora relativa presunção de constitucionalidade da lei federal. ELABORAÇÃO DA PEÇA III – DA LEGITIMIDADE A legitimidade ativa para atuar no controle concentrado de constitucionalidade foi entregue a um rol taxativo, hoje presente no art. 103 da CF/88. Em síntese, o Partido Político com representação no Congresso Nacional detém legitimidade para ajuizar a presente ação declaratória de constitucionalidade, em razão do disposto no art. 103, VIII, da CF/88. Tendo em vista que nossa Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que o Partido Político com representação no Congresso Nacional é um dos legitimados universais e esses possuem dentre as suas atribuições institucionais a de defender a ordem constitucional objetiva, o requisito da pertinência temática não precisa ser comprovado, afinal, o interesse de agir pode ser presumido. ELABORAÇÃO DA PEÇA Vale ressaltar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a representação no Congresso Nacional se aufere no momento de propositura da ação, tornando- se irrelevante a modificação desse estado no decorrer do processo, que, aliás, em função de seus contornos objetivos, não admite desistência, conforme determina o art. 16º da Lei nº 9.868/99. Para parcela da doutrina, não há que se falar em legitimidade passiva da ação declaratória de constitucionalidade, especialmente porque não se qualifica a acusação por um ato ou omissão ilegais, inconstitucionais, dado que os responsáveis pela edição da lei ou ato normativo, em tese, afiguram-se tão interessados na declaração de constitucionalidade quanto o próprio autor, inexistindo a clássica oposição do processo civil, consistente na dedução de uma pretensão resistida pelo réu. ELABORAÇÃO DA PEÇA IV – DA RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL A Lei nº 9.868/99, em seu art. 14, III, incumbe o autor de demonstrar a existência de controvérsia judicial relevante, sob pena de sua ação sequer ser conhecida pela Excelsa Corte. In casu, juízes e Tribunais têm julgado a lei inconstitucional, divergindo de outras posições também expressivas (conforme documentos anexos), criando-se cenário que alimenta a insegurança jurídica e atenta contra a presunção de constitucionalidade da norma, cujo objetivo é, repita-se, tutelar um valor caríssimo ao Estado Democrático de Direito, a moralidade administrativa (art. 37 da CF).Estando, pois, comprovada a existência de controvérsia judicial relevante, esta ação declaratória de constitucionalidade deve ser conhecida pela Corte Suprema. ELABORAÇÃO DA PEÇA V – DO DIREITO Não merecem prosperar os argumentos utilizados pelos juízes e Tribunais, no sentido de que as hipóteses de inelegibilidade decorrem de rol taxativo, presente na Constituição Federal, de tal modo que a Lei infraconstitucional não está autorizada a regular a matéria. O art. 14, § 9º, da Constituição Federal diz claramente que Lei Complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade, além daqueles que ela própria prevê, em rol meramente exemplificativo. Confira-se: ELABORAÇÃO DA PEÇA Constituição Federal Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: (...) § 9.º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.º 4, de 1994) ELABORAÇÃO DA PEÇA É bem verdade que a Constituição Federal estatuiu a observância de Lei Complementar, hierarquicamente similar à lei ordinária, mas com processo de aprovação por maioria absoluta, isto é, exige-se a manifestação favorável de mais da metade dos membros da Casa legislativa para sua aprovação. Entretanto, como se nota, não é essa a discussão que se estabeleceu no judiciário. Mesmo com a observância de iniciativa, espécie legislativa, quórum de aprovação etc., discute-se a constitucionalidade de uma lei que observou expressa e estritamente todas as determinações constitucionais. Quer-se apontar um vício formal onde não há qualquer pecha de inconstitucionalidade. ELABORAÇÃO DA PEÇA Ademais, o objeto da presente ação busca tutelar a moralidade administrativa (art. 37, caput, CF/88), valor em desuso por boa parte dos que ocupam cargos eletivos e dizem representar a sociedade brasileira em defesa do interesse coletivo. A imposição de rigor no processo eleitoral, se de acordo com os princípios e normas constitucionais, se em defesa da moralidade e transparência, é certamente bem acolhida pela sociedade e pela Lei Maior, eis que, longe de inviabilizar a participação política, promove um filtro moral e avança contra muitos que fazem de suas prerrogativas funcionais privilégios, inadmitidos num sistema democrático e republicano (art. 1º, CF/88). ELABORAÇÃO DA PEÇA VI – DA MEDIDA CAUTELAR Estão presentes os pressupostos legitimadores da concessão da medida cautelar nesta ação. Há probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, afinal diversos juízes e Tribunais têm divergido fortemente acerca da constitucionalidade da lei, prolatando decisões contraditórias que colocam em risco a segurança jurídica e também a confiança no Poder Judiciário. Assim, deve ser a medida de urgência concedida, no intuito de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei objeto da presente ação declaratória. Portanto, pede-se a esta Excelsa Corte que, por decisão da maioria absoluta de seus membros, conceda, nos termos do art. 21, da Lei nº 9.868/99, a medida cautelar, fazendo-se publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias. ELABORAÇÃO DA PEÇA VII – REQUERIMENTOS E PEDIDOS Diante do exposto, requer-se que: a) concessão da medida cautelar para suspender os processos que envolvam a aplicação da lei ou ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo, de acordo com o que prevê o art. 21, da Lei nº 9.868/99; b) Intimação do Congresso Nacional para informações, conforme o art. 6º, da Lei nº 9.868/99; c) oitiva do Procurador-Geral da República, no prazo de 15 dias, conforme o art. 19 da Lei nº 9.868/99; d) a juntada da Lei que se pretende ver declarada constitucional, conforme o art. 14, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99; e) que ao final seja declarada a constitucionalidade da norma. ELABORAÇÃO DA PEÇA Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos procedimentais. Requer-se, ainda, que as intimações dos atos e termos da presente ação sejam feitas exclusiva e diretamente à pessoa do patrono constituído: Advogado... inscrito na OAB ... nº ..., com escritório na ..., nº ..., Município ..., Estado ..., CEP ... Termos em que pede deferimento. Local... Data... ADVOGADO... OAB... PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADPF Lei nº 9.882/99: - Art. 3º, parágrafo único (a petição inicial, acompanhada de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação) - Art. 5º, § 2º (o relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.) - Art. 5º, § 3º c/c art. 300, CPC (medida de urgência) - Art. 6º, caput (pedido de informações as autoridades responsáveis pela prática do ato) PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADPF Lei nº 9.882/99: - Art. 6º, § 1º (poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a arguição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria) - Art. 7º, parágrafo único (participação do PGR nas arguições que não houver formulado) - Pedido final: dependerá do objeto da ação PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADPF Lei nº 9.882/99: - Art. 1º c/c 102, § 1º, CF/88 (preceitos fundamentais: arts. 1º a 17, 34, VII, 37, caput, e o 60, § 4º, 170, 196, 205, 220, 225, CF/88; a separação e independência entre os Poderes; o princípio da igualdade; o princípio federativo; a garantia de continuidade dos serviços públicos; art. 167, VI e X, CF/88 (princípios e regras do sistema orçamentário); arts. 34, V e 158, III e IV, CF/88; 159, §§ 3º e 4º, CF/88; art. 160, CF/88 (o regime de repartição de receitas tributárias); art. 100, CF/88 (a garantia de pagamentos devidos pela Fazenda Pública em ordem cronológica de apresentação de precatórios) - Art. 2º, I c/c art. 103, I a IX, CF/88 (legitimidade) - Art. 3º, I a V (estrutura da ADPF: é preciso abrir um tópico para falar do preceito fundamental que foi violado, um tópico para falar sobre o objeto, um tópico para falar da natureza residual) - Art. 4º, § 1º (trata da natureza residual da ADPF) PRINCIPAIS ARTIGOS PARA CONSTRUÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL EM ADPF Lei nº 9.882/99: - Art. 6º, § 2º (poderão ser autorizadas, a critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo/ por analogia ao art. 7º, § 2º da Lei 9.868/99) - Art. 11 (modulação temporal dos efeitos) - Art. 12 (decisão irrecorrível) - Art. 13 (cabimento de reclamação ao descumprir a decisão proferida pelo STF) CASO PRÁTICO A Lei de Imprensa (Lei nº 5.250/67), formulada na época do Regime Militar, continua vigente, mesmo após a promulgação da atual Constituição da República. Tal legislação viola diversos princípios constitucionais, como, por exemplo,
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