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Análise de um Campo Magnético em uma Bobina variando a corrente elétrica Ana Luísa Zottis, Bernardo Cobalchini Lassen Jr e Eduardo Rezende Padilha Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil Neste experimento de laboratório tivemos como objetivo validar a previsão teórica que trata das relações entre o campo magnético de uma bobina onde passa uma corrente e o campo magnético de uma bússola, a partir de dados experimentais. Instituto de Física – UFRGS Novembro de 2017 INTRODUÇÃO Em física, definimos o campo magnético de forma bem análoga ao campo elétrico e gravitacional. Nesses dois casos definimos um campo gravitacional ou um campo elétrico como sendo a modificação no espaço em função da presença de massa ou de cargas elétricas. Analogamente, definimos o campo gravitacional como sendo a região do espaço onde um ímã manifesta sua ação. Usamos como unidade de campo magnético o símbolo T, denominado tesla. Uma bússola se baseia na combinação do magnetismo da sua agulha com o magnetismo da Terra. Como a agulha da bússola é magnética (um pequeno imã), com polo Norte e Sul, ela sofre a ação do campo magnético terrestre, qualquer que seja o local da superfície da Terra em que você se encontre. Quando ama bússola está sob a influência de outro campo magnético além do campo terrestre, a bússola vai se alinhar na direção do campo resultante do somatório dos dois campos existentes: o campo terrestre e o campo adicional, que é dado através da fórmula: (1) Além disso, temos também que o Campo magnético adicional é dado por: (2) APARATO EXPERIMENTAL Foi construída uma bobina com raio de __ cm, enrolando um fio com 23 voltas num pedaço de cano de PVC e prendendo-a com fita. Um circuito simples foi construído, envolvendo uma fonte, um voltímetro, a bobina e uma resistência (lâmpada). A bússola foi colocada a __ cm da bobina, sendo o conjunto bússola-bobina posicionado o mais distante possível da fonte (para evitar interferências). Afim de centralizar o centro da bússola com o eixo da espira, foi utilizado um suporte de madeira. Foi utilizada uma resistência evitar a sobrecarga dos fios e da fonte do circuito, de modo que pudéssemos controlar com que a corrente não ultrapassasse 400mA, feito através da incandescência da luz emitida pela lâmpada. Figura 1 – Exemplo de figura mostrando o circuito utilizado no experimento. O circuito foi montado através de uma fonte, onde foi controlada e modificada a corrente, de forma que a bússola variasse a sua angulação de 5 em 5 graus (precisão da bússola). A corrente foi monitorada através de um multímetro, ligado em série com o circuito. RESULTADOS Através do procedimento, que foi realizado três vezes, obtivemos 10 valores de corrente relacionados com cada angulação, dados pela tabela a seguir. Angulo (graus) Corrente (mA) Ângulo (graus) Corrente (mA) 5 9,4 5 23,56 10 48,9 10 42,7 15 67,7 15 67,4 20 92,9 20 90,5 25 111,3 25 113,4 30 142,9 30 140,3 35 169,1 35 166,5 40 204,6 40 205,7 45 252,8 45 252,5 50 294,4 50 305,3 55 372,5 55 383,5 Tabela 1 e 2 – Valores do ângulo apresentado pela bússola (em graus) e valores da corrente (em mA). Gráfico 1 – Equação referente aos dados da tabela 1, que relaciona a corrente (mA) e o ângulo (em graus). Gráfico 2 – Equação referente aos dados da tabela 2, que relaciona a corrente (mA) e o ângulo (em graus). Através do site https://www.ngdc.noaa.gov/ e das coordenadas do laboratório de física, encontramos o valor de 17.205,1 nT para o campo magnético local. Dessa forma, relacionamos os valores obtidos através da equação (1): Tabela 3 - Relação do ângulo com campo magnético dado pela equação (1) Analisando o cálculo do desvio padrão, dado através da fórmula Obtemos como desvio padrão 7,43438E-06 para o primeiro procedimento e 7,43438E-06 para o segundo, que foi calculado através de uma planilha do excel. DISCUSSÃO Segundo a teoria eletromagnética e a equação que relaciona o campo magnético com a corrente elétrica, estas duas grandezas são diretamente proporcionais. Ao analisarmos os resultados do experimento, podemos perceber que este está coerente, uma vez que, quando a corrente foi aumentada, a intensidade do campo magnético também aumentou. Apesar do bom resultado obtido no experimento, algumas situações ocasionaram um maior erro no resultado final, tais como: dificuldade em obter uma boa precisão entre o centro da bússola e o eixo da espira(muito pelo fato de termos utilizado uma régua pouco calibrada para fazer isso), alguns objetos interferindo no campo magnético da bússola e a instabilidade da corrente lida no multímetro. Para a próxima experiência, tomaremos algumas medidas para melhorar o desempenho do experimento. Um maior número de medidas e a realização do experimento longe de qualquer aparelho eletrônico e objetos metálicos nos ajudará a ter melhores resultados. CONTRIBUIÇÃO DE CADA AUTOR Todos integrantes montaram o experimento, escreveram a introdução, elaboraram e descreveram os gráficos em conjunto. REFERÊNCIAS [1] Raquel Giulian e Leonardo Albuquerque Heidemann, Física Geral Eletromagnetismo – Manual de Laboratório (Porto Alegre, 2016). [2] David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker, Fundamentos de Física, vol. 3 (LTC, São Paulo, 2009). [3] https://www.ngdc.noaa.gov/
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