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O SUS e a Reforma Psiquiátrica no Brasil

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O SUS e a Reforma Psiquiátrica no Brasil
DESAFIO
As novas formas de cuidar
Profa. Ana Márcia Cavalcanti
SOBRE A HISTÓRIA DA LOUCURA:
 O conhecimento sobre a historicidade dos fatos e fenômenos sociais é o caminho para explicitar as contradições e determinações presentes na trajetória da humanidade.
 A loucura sempre existiu, bem como o lugar para se tratar dos loucos: templos, domicílios e instituições, mas a instituição psiquiátrica, propriamente dita, é uma construção do século XVIII.
O doente mental, o excluído do convívio dos iguais, dos ditos normais, foi então afastado dos donos da razão, dos produtivos e dos que não ameaçavam a sociedade.
Tratar do doente mental foi então sinal de exclusão, de reclusão e asilamento.
Qual é o espaço destinado a loucura?
A NOSSA FORMAÇÃO?????
O que fazer ?
O que esperam de mim?
Como atuar em Saúde Mental?
Desafios da reforma psiquiátrica,
Os desafios da reforma psiquiátrica, apontam:
 Para a necessidade urgente da capacitação dos operadores,
 A utilização da atenção básica, 
 Particularmente a estratégia do Programa de Saúde da Família.
A adoção dos princípios da Reforma Psiquiátrica:
Serviço
Equipe
Articulação tratamento,
Reabilitação psicossocial; 
Clínica ampliada;
Projetos terapêuticos individualizados e construídos coletivamente, mediante abordagens inter/transdisciplinares;
Avaliação /reavaliação das práticas em curso
Premissas base das estratégias de Ação:
Achados sinalizam que:
Projetos de reforma não são
Homogêneos;
As práticas são executadas conforme a
concepção teórica dos trabalhadores de saúde mental.
Marcos políticos, teóricos e práticos da Reforma Psiquiátrica brasileira:
8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), 
1ª Conferência Nacional de Saúde Mental (1987),
 
2ª Conferência Nacional de Saúde Mental (1992),
 
3ª Conferência Nacional de Saúde Mental (2001).
Observa-se, na reforma psiquiátrica brasileira, nas
últimas décadas, intercalação de períodos de intensificação
das discussões e de surgimento de novos
serviços e programas, com períodos em que ocorreu
uma lentificação do processo.
Aspectos conceituais:
O termo desinstitucionalização 
Significa deslocar o centro da atenção a instituição para a comunidade,
distrito, território. Este termo tem sua origem no movimento italiano de reforma psiquiátrica.
O que é de fato desinstitucionalizar a Saúde Mental?
“Progressiva ‘devolução à comunidade’ da responsabilidade em relação aos seus doentes e aos seus conflitos”.
REFLEXOS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA SOBRE O CUIDADO COM DOENTES MENTAIS NA FAMÍLIA:
Os diferentes percursos da reforma psiquiátrica brasileira têm evidenciado a fragilidade do sistema de saúde para oferecer outro tipo de atendimento que não aquele centrado no leito hospitalar
Não são valorizadas as múltiplas determinações sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas, individuais e coletivas.
Valores que legitimam a reforma:
Não é mais aceitável estigmatizar, excluir e internar os loucos, também não se pode reduzir a reforma psiquiátrica à devolução destes às famílias, como se estas fossem, indistintamente, capazes de resolver a problemática da vida cotidiana acrescida das dificuldades geradas pela convivência, pela manutenção e pelo cuidado com o doente mental.
As faces da desinstitucionalização:
A desinstitucionalização como desospitalização, 
A desinstitucionalização como desassistência e, por último, 
A desinstitucionalização como desconstrução.

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