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A língua de sinais é universal? Não. É normal as pessoas, acreditarem que a língua de sinais é universal. No entanto, assim como cada país possui sua língua materna, e sua regionalização, com a língua de sinais não é diferente. Existem hoje línguas de sinais próprias nos, Estados Unidos – Língua americana de sinais (ASL), Língua espanhola de sinais (LSE), a Língua francesa de sinais (LSF), a Língua japonesa de sinais (JSL) e a língua brasileira de Sinais (Libras). Podemos acrescentar, no entanto que, existe uma língua denominada gestuno, que tem por objetivo intercionalizar os sinais capturando alguns sinais que existem em comum em todas elas, e de fácil compreensão. Hoje existem escolas que ensinam a língua mesmo não sendo considerada pelos surdos algo válido, pois ela de certa forma desconstitui a identidade da cultura surda e suas peculiaridades. A língua dos surdos e mimica ou um código secreto dos surdos? Não. A língua de sinais não pode ser considerada como mímica, pois, ela possui todas as características linguísticas como qualquer língua natural humana. Possuindo apenas um canal de comunicação distinto. A língua de sinais é o alfabeto manual ? Não. O alfabeto manual é utilizado para soletramento digital ou datilologia, de algumas palavras de forma manual. Não é considerada uma língua, e sim um código para representar as letras do alfabeto, ou até mesmo sinais de pontuação tais como; ponto, vírgula, ponto de interrogação, sinais matemáticos e etc. Importantíssimo enfatizar que além do alfabeto manual para o surdo, existe também o alfabeto para surdos-cegos. A única diferença é que além dos sinais, é necessário as mãos do interlocutor para tatear o sinal. Surdo, surdo-mudo ou deficiente auditivo? Surdo-mudo: Este termo, não é mais utilizado nos dias de hoje, pois a evolução dos estudos nos mostra tecnicamente que, as pessoas surdas podem falar se forem submetidas a técnicas especificas para oralização. Deficiente auditivo: É utilizado por uma pessoa que possui algum impedimento físico detectado ao nascimento, por alguma causa desconhecida ou por alguma fatalidade. Elas são chamadas desta forma, pois se desviam do padrão exibido pela maioria das pessoas. O impedimento da pessoa pode ser muitas vezes minimizado com a utilização de algum recurso externo, ou seja, o termo deficiente parte do principio de uma perda da normalidade da estrutura ou de uma função psicológica, fisiológica ou anatômica que pode ser temporária o permanente. Nesta definição pode-se incluir a ocorrência a perda de um membro, órgão ou tecido. Surdo: No caso da pessoa surda, o que existe é a perda auditiva. O implante coclear recupera a audição do surdo? As interverções cirurgicas como a implantação coclear, tem sido alvo discussões e divisões. O implante sem dúvida é uma cirugia muito invasiva e o sucesso de sua implantação depende de diversas variáiveis tais como: a idade do surdo, tempo de surdez, condições do nervo auditivo, quantidade de eletrodos implantados, situação da cóclea, trabalho fisioterápico, fonoaudiólogico e acompanhamento periódico com o médido para ativação e ajustes no dispositivo. Portanto, é subjetivo afirmar que com sucesso o implante atende nesta necessidade. A surdez compromete o desenvolvimento do individuo? Não. O surdo consegue se desenvolver assim como um ouvinte, caso seja inserido na sociedade. Não é a surdez que compromete o desenvolvimento do surdo, e sim a ausência de acesso a ela. Este assunto é muito sério, pois além de tornar o individuo solitário, é possível comprometer o desenvolvimento de sua capacidade mental e cognitiva. O surdo vive no silêncio absoluto? Não. A nossa percepção como ouvintes é que um lugar barulhento é aquele onde há muitas pessoas falando ou com o som muito auto. Para o surdo, o barulho ganha outra versão. Pois, várias pessoas utilizando sinais ao mesmo tempo para o surdo é a percepção de um lugar barulhento. O surdo precisa ser oralizado para se integrar na sociedade? Não. Mas, sabemos, no entanto que em uma sociedade majoritariamente ouvinte o fato de o surdo ser oralizado, facilita muito a sua inserção na sociedade. O intérprete é a voz do surdo?’ Não. O intérprete tem sido uma peça fundamental nas interações entre surdos e ouvintes. No entanto, essa afirmação traz como afirmação de que o surdo não é independente sobre seus pensamentos e reflexões ou até mesmo que a cultura surda não tem uma língua própria o que sabemos que não é uma realidade.
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