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Resenha do texto Educação, Globalização e Neoliberalismo: o Debate Precisa Continuar!

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SANTOS, Robinson dos; ANDRIOLI, Antônio Inácio. Educação, globalização e neoliberalismo: 
o debate precisa continuar! 2005. 
 
 
Resenha: Educação, Globalização e Neoliberalismo: o Debate Precisa 
Continuar! 
 
Helton Adelino da Silva Santos1 
Os autores SANTOS E ANDRIOLI eram no ano de publicação deste artigo, 
respectivamente, Doutorando em Filosofia e Doutorando em Ciências Sociais. Certamente, 
possuíam intelecto suficiente para gerenciar uma discussão sobre a educação no contexto 
sócio-político e econômico mundial. 
O termo globalização é apresentado no texto com uma tendência internacional do 
capitalismo, em que há também a adesão do neoliberalismo, e assim sendo, predomina a 
economia de mercado e mercado livre, sendo a maioria mercantilizado e privatizado. Em 
consequência, da adoção dessas tendências mundiais do capitalismo e do neoliberalismo há 
o avanço tecnológico e cientifico que proporciona ao ser humano romper fronteiras. 
No entanto, como resultado da adoção da globalização e do neoliberalismo pelos 
países, temos um crescente abismo entre ricos (minoria) e pobres (maioria). Enfim, é 
necessário falar que essa propensão mundial trouxe avanços significativos para a 
humanidade, mas, trouxe também em larga escala, perdas desastrosas, como por exemplo, 
aumento do desemprego e da geração de fome. 
Ao mesmo tempo, aumenta a distância entre países ricos e países pobres, tornando-
se este último dependente dos países ricos, sendo estes que possuem poder dominante na 
economia e na política. 
Em suma, as políticas educacionais são projetadas e implantadas, segundo os países 
que dominam a economia. Os discursos dos órgãos internacionais (criadas pelas principais 
nações do mundo, ou seja, aquelas que possuem mais riqueza), remetem uma fala voltada 
para a qualidade total na educação, e seus investimentos e benefícios são projetos e 
 
1 Licenciado em Letras Português pelo Instituto Federal de Alagoas, campus Maceió (IFAL). Possui pós-
graduação em Marketing pela Universidade de São Paulo (USP) e graduação em Relações Públicas pela 
Universidade Federal de Alagoas (UFAL). 
calculados semelhante ao processo que acontece nas empresas. 
De certo, a maioria dos investimentos da educação é feito pelos países ricos, e como 
estes visam o lucro, priorizam o preparo de pessoas para adentrar no mercado de trabalho; 
com isso, há o aumento na geração de riqueza. Quem não consegue se adequar as 
exigências do mercado são excluídas do processo produtivo, e isso leva essas pessoas 
“incapacitadas” a viver na zona de pobreza. 
Com a revolução tecnológico-científica, a centralidade do processo produtivo está no 
conhecimento, portanto, voltada essencialmente para a educação. No Brasil, as políticas 
sociais, econômicas e educacionais, se delineiam a medida da proposta existente no 
mercado mundial. Atualmente, a educação é oferecida como mercadoria e a escola tornou-
se mais uma empresa. O desafio é manter uma educação atualizada e de qualidade, mesmo 
que isso leve à segregação e a exclusão social. 
É importante salientar, que quando os autores fala da escola como uma empresa, ele 
não está apenas se referindo as escolas particulares, mas, sim a todas as escolas. Pois, o 
sistema de ensino e as políticas educacionais visam números de pessoas capacitadas para o 
mercado de trabalho, e quanto maior o número de pessoas tiver para oferecer, maior se 
torna a lucratividade, mesmo, que isso se torne um meio de exclusão social. 
A conjuntura das políticas educacionais no Brasil possui centralidade na hegemonia 
das ideias liberais sobre a sociedade, e a estratégia liberal é colocar a educação como 
prioridade: sendo alternativa de “ascensão social” e de “democratização das oportunidades”. 
Por outro lado, a escola continua sendo um espaço que favorece a reflexão crítica da 
realidade e de incidência sobre as vidas das pessoas. Apesar, de todas as controvérsias, o 
neoliberalismo na educação é visto como única opção para contribuir na acumulação de 
forças contrárias à dominação. 
Com efeito, os autores apresenta o pensamento liberalista que possui forte 
centralidade sobre o Brasil e o aponta neoliberalismo (filho do liberalismo) como necessário 
para o sistema de ensino, pois defende a liberdade do individuo. 
O neoliberalismo no que se refere à educação defende a escola básica, laica, 
universal, gratuita e obrigatória a todos. A proposta no Brasil é de formação geral e 
polivalente, visando mais mão-de-obra para o mercado de trabalho. 
Segundo o texto, é importante para os neoliberais, formar “vencedores” e 
“perdedores”, pois estes últimos, que são os trabalhadores desqualificados são como uma 
reserva, pois, a economia pode precisar deles. 
Através da política social e educacional posta em prática no Brasil, está se buscando 
menos Estado e mais mercado; as privatizações são uma prova disso. E as escolas de 
iniciativas privadas, não estão interessadas em promover cidadãos críticos, portanto, 
priorizam somente o lucro. 
Na maioria das vezes, são feitas alterações no sistema de ensino das escolas, 
somente para se adequar ao mercado. E, isso é aceito normalmente; percebe-se com isso a 
perca de autonomia da escola sobre seu sistema de ensino. 
O texto segue uma ordem cronológica de fatos, que fazem os argumentos dos 
autores tornarem-se compreensíveis e também possui uma escrita clara e objetiva. 
O estudo dos autores contribui para que possamos visualizar os efeitos dos interesses 
mercantilistas e do estado sobre a educação, fazendo com que os educadores e até mesmo 
os alunos adquiram visões mais criticas acerca do sistema de ensino e politicas educacionais, 
sobretudo sobre as ideias neoliberais.

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