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Ordem Monetária Internacional pós 73

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(DES) ORDEM MONETÁRIA INTERNACIONAL PÓS 73
AULA 14/05
ANOS 70/80
EICHENGREEN, B. A globalização do capital: uma história do sistema monetário internacional. São Paulo: Ed. 34, 2000.  (CAPÍTULO 5 pg. 194-202)
WACHTEL, J. P. Os mandarins do dinheiro. São Paulo: Nova Fronteira, 1988. (CAPÍTULO 6)
Dados do Banco Mundial (World dataBank)
RANDALL HENNING, C & DESTLER, I. M. From Neglect to Activism: American Politics and the 1985 Plaza Accord. Journal of Public Policy: 1988. 
KRUGMAN – ESTUDOS DE CASO (pág. 411-413 e pág. 415-416)
Efeitos do I Choque do petróleo 1973-1975
Condições macroeconômicas incomuns entre 1974 e 1975:
Elevou os preços dos produtos derivados do petróleo e os custos dos setores usuários de combustível  amento do preço do barril fez com que o nível de preços se elevassem;
Pressões inflacionárias mundiais vinham ocorrendo desde o final da década de 1960;
Expectativas de inflação pressionaram os preços das mercadorias para cima (especuladores armazenavam estoques de mercadorias que esperavam subida nos preços)  com o tempo os BC ficaram relutantes em combater essas pressões inflacionárias;
Combinação de produção estagnada e inflação elevada: Termo que expressa essas condições: estagflação 
Estagflação
Resultado de dois fatores:
Aumento nos preços das mercadorias  elevaram a inflação diretamente e diminuíram a demanda e oferta agregadas;
Expectativas de inflação futura;
Países que tinham iniciado a flutuação cambial em 1973:
s/ condições de desistir das trocas de gastos advinda das flutuações cambiais;
s/ condições de sobrecarregar a política monetária em defesa de taxa de câmbio fixa;
Taxas de câmbio fixas não tinha crédito naquele momento:
 países enfrentavam taxas de inflação diferentes e sofriam choques permanentes que alteravam permanentemente os custos de produção;
Ataques especulativos que tinham minado o sistema de taxa de câmbio fixas teriam minado a tentativa de fixar outra vez as paridades;
Como os países usaram seus instrumentos de política econômica para atingir novamente os equilíbrios interno e externo?
Recessão se aprofundou em 74 e 75 e os países partiram em direção de políticas fiscais e monetárias expansionistas
 Resultado a partir de meados de 1975: produção passou a se recuperar nos principais países industrializados  taxas de emprego não conseguiram voltar aos níveis anteriores à recessão;
EUA, por exemplo, afrouxou os controles de capital estabelecidos  empréstimos mais fáceis aos países menos desenvolvidos  força da demanda do mundo em desenvolvimento pelas exportações dos países industrializados ajudou a diminuir a gravidade da recessão entre 1974 e 1975
O dólar fraco (1976-1979)
A recuperação de 1975 se desacelerou no final de 1976 e o desemprego permanecia alto nos EUA;
Solução dos EUA: unir-se a gigantes industriais Alemanha e Japão para adoção conjunta de políticas expansionistas para retirar economia da recessão;
Até então EUA havia feito isso de forma isolada: diminui a taxa de desemprego, mas ressuscitaram a inflação e o déficit das transações correntes;
depreciação do dólar a partir de 1976  resultado da pouca confiança dos investidores internacionais no futuro do dólar devido lacuna crescente entre a taxa de inflação norte-americana e dos outros países;
II Choque do petróleo (1979-1980)
Suspenção das exportações de petróleo pelo Irã;
Economias importadoras de petróleo (países desenvolvidos em menos desenvolvidos) , assim como em 1974 e 1975, defrontaram-se novamente com a estagflação inflação mais alta e crescimento mais lento;
Reestabelecendo a confiança no dólar
Para reestabelecer a confiança no dólar o presidente, Jimmy Carter, indicou Paul Volcker para o FED;
Dólar permaneceu fraco no mercado de câmbio até 1979;
Reviravolta: Volcker anunciou o enrijecimento da política monetária norte-americano  controle mais restrito aos crescimento da oferta de moeda;
Resposta ao II Choque:
Crescimento monetário restringido na maioria dos países industrializados;
Medidas fiscais contracionistas de alguns países;
O TRIUNFO DO MONETARISMO
FED adotaria uma meta para a taxa de expansão da massa monetária, faria baixar essa taxa deixaria que acontecesse na economia o que tivesse que acontecer;
Aumento das taxas de juros: dólares poderiam ser conservados, pois geravam retornos substanciais;
Monetarismo anunciado por Paul substituiu a política keynesiana típica que vinha sendo adotada pelos seus predecessores;
O TRIUNFO DO MONETARISMO
Política Monetarista
Fixa a expansão da massa monetária;
Permite liberdade dos mercados;
Exige ajustamento da política governamental e dos agentes econômicos privados;
Exige que o governo e o setor privado se ajustem às autoridades monetárias;
O TRIUNFO DO MONETARISMO
Política Keynesiana
Fixa a taxa de juros e permite que a massa monetária cresça para ajustar-se ao setor privado da economia e aos objetivos da política governamental;
Exige que as autoridades monetárias se adaptem à política do governo e à evolução da economia provada;
O TRIUNFO DO MONETARISMO
“[..]conservem seus dólares porque eles geram uma taxa muito alta de retorno e acarretam um risco apenas limitado.”
“Sadomonetarismo”: “cada aumento de meio ponto percentual na taxa de juros faz subir em cerca de US$ 2,5 bilhões por ano o custo da dívida para os países que têm que pagá-las”;
Desinflação e recessão de 1981 -1983
Era Paul Volcker: o aumento de juros e a contração monetária  apreciação do US$
A desaceleração monetária convenceu o mercado cambial que o presidente do Fed cumpriria a promessa de acabar com a inflação no país;
Em 1980, Ronald Reagan foi eleito com uma proposta de plataforma anti-inflacionária  resultado: o valor do dólar aumentou;
Taxas de juros dos EUA dispararam no fim de 1979;
Desinflação e recessão de 1981 -1983
Resultados do Primeiro Mandato Reagan (1980-1984) e a Era Paul Volcker causaram impactos negativos para o mundo e para os EUA 
A Elevação da taxa de juros resultou na apreciação da moeda estadunidense: fez com que os investidores esperassem um dólar mais forte no futuro;
Bens americanos mais caros que os estrangeiros: perda da competitividade e diminuição da produção  a participação dos importados cresceu no país;
Dólar mais forte atrapalhava os países estrangeiros em sua luta contra inflação (aumento do preço das importações e estimulando demanda por salários mais elevados pelos trabalhadores);
Nos EUA: dólar mais forte acelerou o declínio da inflação;
Baixou a inflação dos EUA, em parte por exportar inflação para as economias estrangeiras  “efeito empobreça-seu-vizinho”
Europa e Japão 
Europeus e japoneses: maior importância à estabilidade da taxa de câmbio;
Tinham mais fé em intervenção e cooperação;
Taxas de juros elevadas e déficits orçamentários eram causas de desalinhamentos;
Desanimadora perspectiva econômica europeia: europessimismo  desemprego só aumentava;
Os europeus refugiaram-se no SME;
Os japoneses extraíram o máximo de sua melhoria de competitividade exportadora;
Desinflação e recessão de 1981 -1983
Reações para reverter a política econômica norte-americana e a valorização do dólar foram colocadas em prática
As pressões por uma reversão na política econômica começaram em 1985 quando a câmara aprovou a legislação que imporia 25,0% de sobretaxa de importação para países com grande superávit comercial com os EUA, entre eles Brasil, Coreia do Sul, Taiwan e, principalmente o Japão. Entretanto, a legislação não foi aprovada pelo Senado;
Reação dos bancos centrais estrangeiros: intervenção no mercado cambial para diminuir o aumento do dólar  vendendo dólar e comprado suas próprias moedas;
Solução multilateral: o Acordo de Plaza;
Acordo de Plaza e a tentativa de desvalorização do dólar
Acordo de Plaza (1985): ministros das Finanças e os presidentes dos Bancos Centrais dos países do G-5 concordaram em pressionar o dólar para baixo;
Tomar medidas coordenadas a fim de assegurar a estabilidade monetária e as taxasde câmbio adequadas;
Conter a valorização do dólar, que desde 1981, já atingira 60%;
Comunicado de Plaza: os cinco governos divulgaram uma declaração defendendo a valorização ordeira das outras moedas (referindo-se a desvalorização do dólar) e manifestando a disposição em cooperar para alcançar esse objetivo;
As Intenções do Acordo
Compromissos internacionais e individuais: 
Empenho com obrigações internacionais;
Compartilharam responsabilidades especiais para garantir a reciprocidade das suas políticas individuais;
Crescimento não inflacionário e abertura comercial: 
Comprometimento com políticas que promovessem crescimentos 
econômicos sem elevações de preços;
abertura dos mercados;
para assegurar a expansão contínua e equilibrada do comércio
As Intenções do Acordo
Reversão dos déficits no orçamento: 
Países com elevados déficits orçamentários: medidas imediatas foram adotadas para sua substancial redução;
Resistência ao protecionismo: 
Ministros e Bancos Centrais dos governos acordaram que era essencial resistir às pressões protecionistas;
 Reconhecida a importância de fornecer acesso aos seus mercados para as exportações dos países menos desenvolvidos, como uma razão adicional importante para evitar políticas protecionistas;
As Intenções do Acordo
Reforma financeira (Reafirmação da Declaração de Bonn (maio de 1985), que previa: 
crescimento sustentado do comércio, 
taxas de juros mais baixas, 
mercados abertos;
 financiamento em volume e condições adequadas a cada caso;
medidas essenciais para os países em desenvolvimento alcançarem um crescimento sólido e superar as suas dificuldades econômicas e financeiras;
Monitoramento: os países comprometeram-se a monitorar o progresso para alcançar a expansão sustentada não inflacionária e intensificar os esforços individuais e de cooperação para lograr os objetivos do acordo;
Resultados do Acordo
No dia da divulgação do comunicado de Plaza o dólar caiu 40% em relação ao iene e ao marco alemão e continuou a cair;
Em 1986 os europeus e japoneses começaram a se queixar do processo de “desvalorização do dólar”  tinha ido longe demais (desvalorização do dólar = valorização do iene);
Enquanto a moeda japonesa valorizou-se em 41,4%, a Libra 14,4%, o Marco Alemão 5,2% e o Franco 1,2%.
Dólar perdeu 40% do seu valor contra o iene em relação a 1985;
Governo japonês fez intervenções em defesa do dólar;
Resultados do Acordo
Em setembro de 1986: Acordo Bilateral entre Japão e EUA para estabilizar a taxa de câmbio  em troca da expansão fiscal japonesa, os norte-americanos se absteriam de procurar desvalorizar o dólar;
Do ponto de vista do comércio internacional, a balança comercial norte-americana que em 1987 apresentou déficit de US$ 152,0 bilhões fechou o ano de 1991 com déficit 79,0% menor, de US$ 31,0 bilhões;
Como não havia disposição para ajustar as políticas macroeconômicas nos EUA e na Europa, os efeitos foram limitados;
O Acordo de Louvre
O dólar declinou tão rapidamente que os Ministros das Finanças do G-7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA) se reuniram no Louvre, em fevereiro de 1987, tentando reverter tal trajetória;
 Discutiram ajustes fundamentais nas políticas;
Tinha em vista afirmar que a depreciação do dólar fora suficiente e que as taxas de câmbio eram coerentes com os fundamento econômicos subjacentes;
Ministros acordaram em estabilizar o dólar em torno de níveis correntes;
Bancos Centrais decidiram intervir, pois foram afetados;
Japoneses adotaram medidas adicionais de estímulo;
Alemães aceitaram cortes limitados nos impostos;
EUA decidiram promover mais ajustes nebulosos em suas política doméstica;
Moeda norte-americana disparou em meados de 1988 e em 1989;
Assim como no acordo de Plaza e no Acordo Bilateral entre Japão e EUA havia pouca disposição por parte dos EUA para levar adiante mudanças em suas políticas domésticas (fiscal principalmente);
Intervenções esterilizadas não apoiadas em compromisso de ajuste nas políticas domésticas tinham consequências transitória;
EUA, Japão e Alemanha não dispunham de uma trama de acordos interligados necessária para a efetiva implementação de uma política de ajustes;
Dólar voltou a cair na segunda metade de 1989 e os EUA assumiram vistas grossas relação ao câmbio;
George Bush e Bill Clinton: pouca disposição para executar políticas de ajuste visando deter a queda da moeda;
Dólar supervalorizado como em meados de 1980: ônus aos produtores de bens exportáveis que encontram dificuldades em competir internacionalmente;
Dólar subvalorizado como em meados de 1990: consumidores submetidos a inflação e preços mais elevados de produtos importados  resultando pouca motivação para oporem-se;
Resultado: pouca oposição doméstica ao declínio do dólar;
Nos outros países a subvalorização do dólar significava supervalorização da moeda nacional;
1992: baixo nível do dólar se tornou problema no Japão  lucro de produtores de bem comercializados reduzidos;
Problema também para a Europa;
Anos 80 e a América Latina: a década perdida
John Updike, num livro chamado The Coup, de 1978, descreveu uma conversa fictícia entre um assessor financeiro americano e um ambicioso empresário do Terceiro Mundo, na qual o assessor financeiro dizia que “a vantagem de se dever dinheiro é a melhor apólice de seguro que se pode comprar. Quanto mais o devedor deve, mais o credor investe para evitar que ele vá à falência. Vocês (Terceiro Mundo) correram um risco incrível, passando todos esses anos sem dever um tostão.”
Conselho perigoso que todo seguiram...
A crise da dívida
Impactos dos choques externos sobre o endividamento dos PMDs em 1981 e 1982;
“uma recessão de recicladores” é como o Economist descreveu a maneira pela qual a reciclagem de petrodólares dos anos 70 veio formar a austeridade global dos anos 80;
Poucos se interessavam em saber como os empréstimos eram usados: bastava um aperto de mãos;
Empréstimos a mutuários ineficientes, mas a poupança do mundo estava sendo mal investida em toda parte do mundo;
A crise da dívida
Vimos que o FED adotou uma política anti-inflacionária rígida em 1979, o que empurrou a economia mundial para recessão em 1981;
PMDs tinham dívidas expressas em dólares: houve um aumento imediato e espetacular nos encargos de juros que tinham que pagar  esse problema foi agravado pela apreciação acentuada do dólar no mercado de câmbio (elevou o valor dos encargos da dívida);
A crise da dívida
Problema da dívida exacerbado pelo uso dado aos recursos captados;
Recursos não foram usados para investimento em projetos produtivos;
Governos utilizaram em consumo corrente para ganhar mais popularidade na manutenção de empresas estatais ineficientes;
Recursos desapareceram nas mãos dos políticos e burocratas;
Em 1982: muitos países em desenvolvimento se viram impossibilitados de pagar o serviço de suas dívidas;
Início da Crise
Agosto de 1982: o segundo maior devedor entre os países em desenvolvimento, o México, anunciou moratória dos pagamentos de sua dívida;
Necessários novos empréstimos e um novo cronograma de desembolso;
Moratória mexicana foi um choque para os bancos internacionais, que descobriram que os outros PMDs enfrentavam problemas semelhantes;
Os maiores credores privados da América Latina perceberam semelhanças potenciais entre México e outros grandes devedores latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Venezuela);
Bancos americanos: bastantes expostos à dívida dos PMDs;
Em alguns bancos, a exposição superava o capital  índice de exposição do Citibank era de 1,7, por exemplo;
A Crise da Dívida
Para reduzir se riscos cortaram novos créditos e exigiram quitação de empréstimos anteriores, num primeiro momento;
Incapacidade geral dos países honrarem a dívida: inadimplência generalizada;
Como tinham esses bancos se colocado em tal situação de risco?
Avaliação inadequada dos impactos adversos da elevação da taxa de juros nos EUA;
Cálculo equivocado de risco dos países (presidentedo Citibank: “países não quebram”)  esqueceu-se que é verdade, mas nem sempre pagam dívidas;
Bancos relaxaram seus critérios de concessão de crédito na ânsia de lucrar com a reciclagem dos petrodólares;
A administração da crise da dívida dos anos 1980
 os governos dos países desenvolvidos e as instituições internacionais passaram a se envolver na administração da dívida;
Primeiro momento: os países industrializados tentaram persuadir os grande bancos a continuar emprestando  crédito coordenado seria a melhor garantia de que as dívidas anteriores seriam quitadas;
Solução do problema da dívida: impôs custos aos devedores na forma de austeridade e desemprego;
1987: Citibank, que liderava a concessão de empréstimos, deu início a um processo de reestruturação dos balanços dos bancos internacionais  realizou uma provisão de US$ 3bilhões (30% do total) para possíveis inadimplências;
Outros banco seguiram o exemplo do Citibank, reportando as perdas a seus acionistas;
Três etapas da administração coordenada da dívida
Apesar das etapas comuns, cada país foi objeto de tratamento específico:
Administração da crise: proposta de austeridade = combinar financiamento com ajustamento austero;
Governo dos EUA e o Banco para Compensações Internacionais ofereceram empréstimos de emergência a fim de evitar inadimplência;
FMI desempenhava papel-chave na renegociação da dívida e na reestruturação de acordos entre bancos e devedores: países obrigados a implementar medidas austera e reformas econômica;
FMI assumiu a liderança como emprestador;
Bancos comerciais participavam com relutância com medo dos riscos adicionais;
Não deixava de ser lucrativo: altas comissões obtidas durante as renegociações;
O FMI como xerife monetário internacional
Acordo de Contingências: FMI estendeu um “guarda-chuva” de segurança que é a chave para abrir uma renegociação da dívida entre os bancos privados e o país cujos pagamentos da dívida estão em atraso  reescalonamento;
Novos empréstimos cancelam as dívidas anteriores, mas com um preço pra o devedor (taxas de juros mais elevadas sobre os novos empréstimos e as despesas de renegociação que deveriam ser pagas adiantadamente aos bancos);
FMI vê a dívida como um problema de má gestão econômica: país gasta mais que ganha;
O FMI como xerife monetário internacional
Regime de austeridade para os mais de 40 PMDs sujeitos à sua supervisão:
Desvalorização da moeda para desestimular as importações e estimular as exportações;
Cortes de gastos do governo (programas sócias, principalmente);
Redução da taxa de aumento da massa monetária;
 política trabalhista rígida: que reduza a taxa de aumento dos salários;
 liberalização dos preços;
Eliminação de restrições contra investimentos estrangeiros;
Estimular poupança e desestimular consumo;
O FMI como xerife monetário internacional
O diretor-geral do Fundo na época negava que a estratégia fosse de austeridade econômica;
Uma vez que um país acostuma recorrer ao FMI, dificilmente larga o hábito;
Mais de 15 países assinaram, cada um deles, 10 ou mais Acordos de Contingências com o Fundo;
Todo o devedor que toma empréstimos do FMI recebe ordens de reduzir suas importações e expandir suas exportações, ao mesmo tempo que reduz seu poder aquisitivo  quem vai comprar as exportações se a procura foi reduzida em todo mundo?
O FMI como xerife monetário internacional
Para refinanciar os empréstimos existentes os países foram obrigados a aceitar condições muito mais rigorosas;
Tiveram que permitir que o Fundo Monetário Internacional (FMI) entrasse no jogo introduzindo medidas de austeridade e reformas nacionais;
As mais notáveis: o abandono das políticas de industrialização em favor do capitalismo de livre mercado e a privatização de suas indústrias e gigantes estatais;
Três etapas da administração coordenada da dívida
2) Plano Backer (outubro de 1985) 
pretendia aumentar o financiamento (não o logrou);
Propôs políticas de ajustamento de curto prazo;
Propôs reformas estruturais de sentido liberalizante, que, implementadas no México, pouco resultado trouxeram;
Dificuldades econômicas decorrentes dos ajustamentos do FMI;
Secretário do Tesouro norte-americano lançou um plano trienal para promover o crescimento em 15 das maiores nações devedoras, envolvendo liberalização das economias (privatizações, abertura comercial, cortes nas despesas do governo) e a injeção de novos empréstimos externos (US$ 20 bilhões concedidos por bancos comerciais e US$ 10 bilhões por instituições multilaterais);
Resultado decepcionante: empréstimos dos bancos não alcançaram a escala desejada e houve má administração dos PMDs;
Três etapas da administração coordenada da dívida
3)Plano Brady (fevereiro de 1989)
Ampliou o suporte dos acordo do Plano Backer;
 no interim governos ocidentais e bancos já haviam acordado que a redução da dívida era parte da solução do problema;
Apoio à redução, mesmo que limitada, da dívida;
Troca das dívidas bancárias pendentes por títulos garantidos pelo Tesouro dos EUA (“bradies”);
Três etapas da administração coordenada da dívida
O presidente Bush lançou em 10 de março de 1989, o Plano Brady, em homenagem ao secretário do Tesouro Norte Americano, Nicholas Brady;
O plano teve uma aceitação quase compulsória;
Visava um desconto da dívida para os países em desenvolvimento através da recompra direta dos títulos pelo país devedor;
Isso tornaria possível a substituição da dívida velha por novos bônus que seriam distribuídos para o mercado (securitização), tendo os organismos multilaterais (Fundo Monetário Internacional) para garantir uma eventual inadimplência dos países em desenvolvimento;
Três etapas da administração coordenada da dívida
Para estimular a adesão dos credores, os bônus contam com a garantia integral ou parcial de pagamento do principal e dos juros;
O Plano Brady se diferencia dos demais, pois o desconto foi feito caso a caso, respeitando o que cada país poderia pagar;
 Foi estruturado para privilegiar as forças do mercado internacional;
 Os países ricos viram também que o mais importante não era simplesmente o que desejavam receber, mas também o que se poderia pagar;
A inversão do padrão
1970 à 1982: países em desenvolvimento eram receptores líquidos de fluxos internacionais de capitais  novos empréstimos excediam amortizações e pagamento de juros;
Com o início da crise em 1982: padrão inverteu-se e ocorreram substanciais transferências líquidas dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos  ao custo da recessão;
Em meados de 1980, os empréstimos em eurodólares feito aos PMDs eram uma pequena fração do que tinham sido antes;
Do comunismo ao capitalismo
Capitalismo prosperava;
Comunismo desmoronava: queda do muro de Berlin (1989) marcou o início do fim do império soviético;
As duas Alemanhas se reunificaram, e Hungria, Polônia e República Tcheca transformaram-se em economias de mercado;
Países do leste europeu e seus mercados de ações emergentes tornaram-se imãs e atraíram investidores em busca de retornos superiores aos percebíveis nos caros e valorizados mercados ocidentais
Transição da Rússia para a democracia e o capitalismo de mercado: turbulenta e instável;
Apoio aos reformadores russos: pacote financeiro e alimentar de emergência, montado pelo G7 em agosto de 1991, representou alívio vital;
Criou-se na Rússia um mercado de ações e um sistema bancário privado;
Rússia se tornou tomadora de empréstimos aceitável nos mercados internacionais de capital, por um certo tempo;
Estudo de Caso
Crise Argentina e o Socorro ao FMI
O que levou o presidente da Argentina, Maurício Macri, a recorrer ao FMI?
Explique as linhas de crédito do FMI. 
Qual o tipo de acordo financeiro pedido pelo governo argentino? Nesse acordo o FMI fez exigências? Se sim, quais?
O que levou o presidente da Argentina, Maurício Macri, a recorrer ao FMI?
Volatilidade argentina: herança do governo anterior e cenário não favorável  tropeços internos e cenário externo;O valor do peso vem despencando e a Argentina não consegue “domar” o dólar;
Na última terça-feira (08/05) o peso desvalorizou mais de 5% em relação ao dólar  moeda americana chegou a quase 24 pesos;
Argentina tentou resolver essa escalada do dólar subindo juros de 22% para 40%, mas isso não acalmou o mercado e a fuga de capital continua;
Argentinos temem que o aumento do dólar e das taxas de juros seja transferido para os preços, alimentando a inflação que pelo terceiro ano consecutivo ficará acima da meta (estimativa BC: 15%  índice passará dos 22%);
Macri pediu para que as petroleiras congelassem, os preços por 2 meses e apelou aos bancos para que coloquem dólares no mercado na tentativa de frear a alta;
Nos primeiros quatro meses do ano: seca severa  aumentou o preço dos alimentos e baixou expectativas de receitas com exportação de grãos;
Impopular aumento tarifário, mudanças na leis trabalhistas, reforma da previdência, aumento de juros, demissão de funcionários públicos;
Explique as linhas de crédito do FMI
 FCL
Linha foi criada 2009 como parte de uma grande reforma da estrutura de empréstimos do Fundo;
projetado para fins de prevenção de crises;
fornece a flexibilidade de utilizar a linha de crédito a qualquer momento;
desembolsos não são condicionados ao cumprimento de metas políticas, como nos programas tradicionais apoiados pelo FMI  
acesso flexível é justificado pelos fundamentos muito fortes dos países que se qualificam para esta linha, o que dá confiança de que suas políticas econômicas permanecerão fortes.
 
Explique as linhas de crédito do FMI
SBA (Acordo de crédito contingente ou acordo stand-by)
É a política mais comum de empréstimos do FMI;
É utilizada desde 1952 por países com problemas de curto prazo na balança de pagamentos;
Essa política envolve apenas o financiamento direto de 12 a 18 meses;
O prazo de pagamento vai de três a cinco anos;
ESF: (Programa de Contenção de choques externos) 
É usado para conter crises e/ou conflitos temporários vinculados a outros países e que influenciam no comércio, flutuações no preço de commodities, desastres naturais;
Duram de 1 a 2 anos;
Tem foco apenas nas causas do choque. 
Explique as linhas de crédito do FMI
EFF (Programa de Financiamento Ampliado) 
Usado para solucionar problemas de médio prazo, destinados àqueles países que possuem problemas estruturais no balanço de pagamentos;
 Procura-se resolver os problemas através de reformas e privatizações;
Seu prazo vai de 3 a 5 anos;
SRF (Programa de Financiamento de Reserva Suplementar)
utilizado para solucionar problemas de curto prazo de mais difícil resolução, como a perda de confiança no mercado ou ataques especulativos;
Esses empréstimos são pagos em um prazo de até dois anos; 
Explique as linhas de crédito do FMI
PRGF: Programa de Financiamento para Redução da Pobreza e Desenvolvimento 
Destinado a países pobres, com prazo de 5,5 a 10 anos;
 Assistência Emergencial 
auxilia países que sofreram catástrofes naturais ou foram palco de conflitos militares e ficaram economicamente desestabilizados;
Qual o tipo de acordo financeiro pedido pelo governo argentino? Nesse acordo o FMI fez exigências? Se sim, quais?
O pedido do governo é por um acordo financeiro do tipo “stand-by”, que é o clássico empréstimo usado para socorrer países com problemas em sua balança de pagamentos. 
A Argentina já recorreu a essa modalidade de financiamento no início dos anos 2000, quando da crise financeira do país. 
A ideia inicial do ministério era recorrer a uma linha de crédito flexível, que é usada como garantia para outras operações e não necessariamente precisa ser sacada.
Mas, para se qualificar para esse tipo de financiamento, o país precisa ter indicadores econômicos sólidos, como inflação estável e boas finanças públicas, áreas em que a Argentina patina.
Qual o tipo de acordo financeiro pedido pelo governo argentino? Nesse acordo o FMI fez exigências? Se sim, quais?
Exigências: Como o “stand by” é um valor maior e juros maiores, exige que assuma compromissos como
limites ao gasto público (pode reduzir investimentos ou cortar reajustes ao funcionalismo);
Reformas na previdência;
Privatização de empresas e serviços públicos; 
No passado: impôs metas para a redução da dívida pública (inclusive em nível estadual) e a reforma do setor público (incluiu a privatização de rodovias e o aumento das tarifas de luz e gás);
Foram critérios que revoltaram a população argentina, pelo corte de subsídios a províncias pobres e pela diminuição do poder de compra em meio a uma severa crise;

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