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Blocos Regionais Anos de 1970, 1980 e 1990: fortalecimento de blocos comerciais regionais; No fim da década de 1980 com exceção de 3 (Japão, Hong Kong, Coréia do Sul), todos os demais 130 países da Organização Mundial do Comércio pertenciam a pelo menos um pacto regional; Acordo norte-americano de Livre Comércio (Nafta - 1994): assinado entre EUA, Canadá e México visando reduzir barreiras comerciais; Mercado Comum do Sul (Mercosul - 1991): área de livre comércio e com tarifas comuns entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai + países associados (Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru) e países observadores (Nova Zelândia e México) objetivavam o estabelecimento de economias mais produtivas e dinâmicas mediante a expansão dos mercados; a promoção de um desenvolvimento socioeconômico harmonioso e equilibrado por meio do uso efetivo de recursos humanos e naturais; Série de conferências promovidas pela Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) a partir de 1993: intercâmbio regional e desenvolvimento na Ásia; O regionalismo avançou muito mais na Europa: por várias décadas lutou para transformar-se numa única entidade político-econômica; A União Monetária Europeia e o Euro INTRODUÇÃO UME: um grande passo em direção à integração política e econômica europeia; UME: estágio final da criação do mercado único europeu substituiu as moedas nacionais por uma moeda única – o euro; Moeda única = estabilidade cambial entre os participantes + política monetária comum; Esse processo de moeda única precisa de um novo conjunto de instituições (um banco central europeu) e de regras fiscais comuns; Cronograma da UME: fixou 1º de janeiro de 1999 para o lançamento do euro; 2002 para o desaparecimento das moedas nacionais na zona do euro (“eurolândia”); O caminho para a União Econômica e Monetária Europeia O Tratado de Roma: a criação da CEE Em 1957 o Tratado de Roma criou a Comunidade Econômica Europeia (CEE); O termos CEE vigorou de 57 a 67: denominação original da UE; Não havia cláusulas relativas à união monetária; O Tratado incluía a criação de uma união aduaneira liberação de mercadorias pela alfândega para a entrada no país (em caso de importação) ou sua saída (em caso de exportação) Eliminava as barreiras comerciais entre os seis países-membros; Harmonizava as tarifas em relação aos países não-membros; A cúpula da Haia e o Relatório Werner O progresso do Tratado foi tanto que 12 anos mais tarde, na Cúpula da Haia, em dezembro de 1969, os países membros acordaram um objetivo mais ambicioso; O acordo tinha como objetivo a completa união econômica e financeira até 1980 (Um pouco otimista demais como se viu mais tarde); Criou-se um Comitê, presidido pelo primeiro-ministro de Luxemburgo, Pierre Werner para planejar esse processo de união; Em 1970: publicação do Relatório Werner com um plano para alcançar a completa união econômica e monetária agenda ambiciosa demais foi derrotada; A cúpula da Haia e o Relatório Werner Essa agenda ambiciosa foi derrotada pelos seguintes fatos Desvalorização do dólar em agosto de 1971: anunciou um período de instabilidade monetária, instabilidade de preços e instabilidade das taxas de juros; A operacionalização do esquema proposto se tornou impossível; O resultado foi um novo sistema de taxas de câmbio quase-fixas entre os membros da CEE; A Serpente: 1972-1979 Ao invés de chegar à uma União Monetária Europeia chegou à “Serpente” acordos para restringir as flutuações das taxas de câmbio entre as moedas da CEE; As moedas europeias foram autorizadas a deslizar, como serpentes, no máximo +- 1,125% entre elas e +- 2,25% em relação ao dólar americano “Serpente Túnel”; Tornou-se simplesmente “Serpente” quando o dólar passou a flutuar, em março de 1973; A Serpente: 1972-1979 Fundo Europeu de Cooperação Monetária: os membros da “Serpente” criaram Linhas de Financiamento de Curto-Prazo e de Curtíssimo Prazo colocou créditos à disposição de países de moeda fraca; O Fundo Europeu de Cooperação Monetária se estabeleceu para monitorar as políticas monetária europeias; supervisionar operações das linhas de crédito; autorizar realinhamentos; A Serpente: 1972-1979 O Sistema se defrontou com dificuldade e teve uma trajetória tortuosa; Várias adesões, saídas e novas adesões ao sistema: Grã-Bretanha: retirou-se em 1972, 6 semanas após ter aderido; Itália saiu em 1973 e França em 1976 (precisou adotar medidas fiscais expansionistas), deixando a Alemanha como membro dominante; A Serpente: 1972-1979 Resultados (Eichengreen): Não assegurou uma estabilidade cambial em nível regional; As taxas intraeuropeias foram estabilizadas por períodos limitados, mas os esforços para mantê-los dentro das bandas estreitas foram frustrados; Países se envolveram em uma série de realinhamentos e diversos foram compelidos a abandonar inteiramente a Serpente; A Serpente: 1972-1979 Por que registraram-se tantos problemas durante a Serpente? Conjuntura Econômica: marcada pelos choques do petróleo e turbulência no mercado das commodities (preços dispararam) ambiente não propício para ancorar o câmbio; Diferente países europeus dependem em proporções diversas do petróleo importado e de matérias-primas efeito sentido assimetricamente: alguns registraram maior desemprego, alguns sob pressões mais intensa para tomarem medidas expansionistas desencontros interromperam a tendência ascendente do comércio europeu A Serpente: 1972-1979 Ausência de coesão política: autoridades de diferentes países tinham pontos de vista diversos sobre como reagir corretamente às turbulências; Presença insuficiente de uma autoridade controladora: pré-condições políticas e institucionais para a harmonização das políticas monetária e fiscal continuavam imaturas O Fundo Monetário de Cooperação Europeia detinha pouca autoridade; Não havia instituição regional análoga ao FMI para monitorar as políticas e pressionar implementação e ajustes --> países de moeda forte nunca ficavam seguros se os países de moeda fraca promoveriam ajustes em suas políticas; A Serpente: 1972-1979 Em 1977, o novo presidente da Comissão Europeia, Roy Jenkins, ressuscitou a ideia de união monetária; A Alemanha, que estava ansiosa para proteger o marco da crescente instabilidade do dólar americano, apoiou a ideia; Despertou apoio dos políticos europeus: desejavam criar um quadro estável para a condução do comércio europeu; Sistema Monetário Europeu (1979) Os franceses procuraram corrigir essas deficiências mediante a criação do SME (primeiro passo rumo à unificação europeia); Desejava-se criar uma “zona de estabilidade monetária” para Reduzir a inflação (a anual variava de 2,7% na Alemanha e 12,1% na Itália; Promover estabilidade monetária; Promover crescimento e prosperidade (instabilidade cambial criava obstáculos aos fluxos de comércio e investimentos); Promover convergência gradual das políticas econômicas dentro da Comunidade (convergência = integração econômica – mercado único); Sistema Monetário Europeu (1979) Entrou em vigor em março de 1979; Tinha 4 aspectos principais: Mecanismo cambial (associação de moedas mais preso e rígido as taxas de câmbio eram mutuamente atreladas graças a um conjunto completo de arranjos se mantinha as taxas de câmbio dentro de margens de flutuação específicas (quem cumpria isso pertencia ao mecanismo de taxa de câmbio); Unidade monetária europeia: cesta ponderada de moedas da União Europeia moeda europeia antes de 1999; Instrumentos de financiamento; Fundo Monetário Europeu (substituiu o moribundo Fundo Monetário de Cooperação Europeia) (era uma válvula de segurança: provisões generosas para estender crédito dos membros com moeda forte para os membros com moeda fraca se o franco francês se depreciasse muito o BC alemão emprestaria marcos ao banco da França, que poderia trocá-los por francos no mercado de câmbio) Sistema Monetário Europeu (1979) Todas as moedas dos países membros do SME estavamligadas, por uma taxa central, à unidade monetária europeia; As taxas de mercado poderiam flutuar +-2,5% em relação a taxa central; Alguns países conseguiam negociar bandas de +-6%: Itália; Mecanismos complexos foram criados para manter as moedas dentro das faixas permitidas; Se algum problema se mostrasse persistente: realinhamento da taxa central seria o recurso de última instância; 1979-1992: ocorreram 37 realinhamentos; Janeiro de 1987 - agosto de 1992: nenhum realinhamento; Sistema Monetário Europeu (1979) 1992: no contexto de nenhum realinhamento aconteceu a assinatura do Tratado de Maastricht, que visava a criação de uma moeda única europeia; Pressupunha-se que a estabilidade do mecanismo cambial e a convergência das taxas de inflação e de juros entre os países membros da UME continuariam; Crise do Sistema Monetário Europeu (1979) Crise do sistema (1992-93) Essa calmaria teve fim em 1992: choques econômicos causados pela reunificação das Alemanhas Ocidental e Oriental em 1990 geraram pressões macroeconômicas assimétricas na Alemanha e seus principais parceiros do SME; A unificação alemã: expansão e inflação mais alta; O banco central alemão, Bundesbank, resistiu a essa inflação por meio de taxas de juros muito mais altas; Crise do Sistema Monetário Europeu (1979) Crise do sistema (1992-93) Outros países do SME não estavam sofrendo essa expansão (Itália, França, Reino Unido): equipararam-se as taxas alemãs para manter estável o preço de suas moedas em relação a Alemanha empurrou a economia pra uma recessão ao fazer isso; Conflitos de políticas entre Alemanha e os seus parceiros, a partir de setembro de 1992, resultou numa série de ataques especulativos nas paridades de câmbio do SMI; Agosto de 1993: pressões especulativas gerou uma ampliação da bandas de flutuação de +/- 2,25% para +/- 15%; Crise do Sistema Monetário Europeu (1979) Crise do Mecanismo Cambial (1992-93) Verão de 1992: 12 membros da CE adotavam o mecanismo cambial e 4 países não-membros tinham ancorado suas moedas na unidade monetária europeia; Setembro de 1992: pressão especulativa 2 moedas importantes, a libra esterlina e a lira, abandonaram o mecanismo cambial e outras foram desvalorizadas turbulência até primavera de 1993; Crise do Sistema Monetário Europeu (1979) Causas da Crise do Mecanismo Cambial (1992-93) segundo FMI Taxas de inflação relativamente elevadas de alguns países; Falta de realinhamentos compensatórios a parir de 1987; Percepção dos mercados financeiros da inconsistência entre declínio das taxas de juros (necessário para amenizar níveis deprimidos das atividades econômicas europeias) e tendência ascendente das taxas alemãs (necessária para conter a pressão inflacionária da unificação); Sobrevalorização das paridades cambiais oficiais (lira, libra esterlina, escudo, peseta e coroa sueca) Crise do Sistema Monetário Europeu (1979) Causas da Crise do Mecanismo Cambial (1992-93) segundo CEE Especuladores internacionais: “aids da economia mundial” 1993 em diante: mecanismo cambial se tornou mais livre e menos rígido; A União Econômica e Monetária Europeia Tratado de Maastricht e a União econômica e monetária europeia Em 1989 o presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, na Cúpula de Madri, recomentou a transição em 3 estágios para uma meta: a União Econômica e Monetária moedas nacionais substituídas por uma moeda única, administrada por um banco central que operaria em nome de todos os membros da UE; As propostas da Cúpula foram a base do Tratado de Maastricht (1992); Reino Unido e Dinamarca: não estavam preparados para assumir compromisso de participação do Estágio 3 adiaram a adesão à moeda; A União Econômica e Monetária Europeia Três estágios para atingir a União Econômica e Monetária Europeia: Estágio de Estabilização (1979-1993): estabilização das taxas de câmbio por meio do mecanismo cambial (processo interrompido pela crise 1992-93); Estágio de Convergência (1994 -1998): convergência econômica rumo à obtenção de um conjunto comum de “critérios de convergência”. Criação de um quadro institucional para atender exigências econômicas, políticas e administrativas da UME Estágio da Moeda Única (1 de janeiro de 1999): introdução de uma moeda única, inicialmente mediante um conjunto de taxas de câmbio fixas; a partir de 2002, na forma de uma nova moeda única denominada euro; A União Econômica e Monetária Europeia Critérios de convergência e novas instituições Uma união monetária implica abdicar de 2 instrumentos de gestão econômica e ajuste econômico nacional: Taxa de juros; Taxa de câmbio; Moeda única = única taxa de juros determinada pelo banco central europeu e não há possibilidades de desvalorizar a moeda para restaurar a competitividade; Pra a UME funcione: essencial que as economias e políticas econômica dos membros cheguem a um certo grau de convergência antes de iniciar o processo de união; A União Econômica e Monetária Europeia Critérios de convergência Inflação não superior a 1,5% acima da inflação média dos 3 países membros com menores taxas de inflação; Taxa de juros não superior a 2% acima da média dos 3 países membros com menos taxas de inflação; Dívida publica no máximo 60% do PIB; Déficit público no máximo 3% do PIB; Participar do mecanismo cambial há pelo menos 2 anos; Banco central independente; A União Econômica e Monetária Europeia Evolução institucional programada pelo estágio 2 Comitê Monetário: monitora o desempenho orçamentário dos estados-membros e seu progresso rumo aos critérios de convergência; Instituto Monetário Europeu: embrião do Banco Central Europeu, sediado em Frankfurt e inaugurado em 1994; A União Econômica e Monetária Europeia Evolução institucional programada do estágio 3 Banco Central Europeu: substituiu o Instituto Monetário Europeu em 1998. Garantem independência e oferecem salvaguardas para pressões no sentido de manipular a política monetária com objetivos políticos; Sistema Europeu de Bancos Centrais: formado pelo Banco Central Europeu e pelos bancos centrais dos países membros . Objetivo: manter a estabilidade de preços (definida como uma variação dos preços ao consumidor não superior a 2%); Define e implementa a política monetária da UE; Conduz operações cambiais; Guarda e administra as reservas oficiais dos países membros; Promove operação efetiva dos sistemas de pagamentos; Supervisiona instituições de crédito e a estabilidade do sistema financeiro; A União Econômica e Monetária Europeia Adoção do Euro Em dezembro de 1995, foi anunciado no Encontro do Conselho Europeu de Madri, que a nova moeda europeia se chamaria euro; Estabeleceram uma agenda para a adoção do euro: Fase A (maio de 1998): apresentação dos países que participariam do lançamento da UME; Fase B (1º de janeiro de 1999):lançamento da UME com o bloqueio irrevogável das taxas de conversão das moedas participantes em relação ao euro e a delegação das responsabilidades sobre a política monetária cambial única ao Sistema Europeu de Bancos Centrais; Fase C (1º de janeiro de 2002): extensão da moeda única para todos os meios de pagamento, completando o processo de adoção da moeda única. Moedas nacionais seriam abolidas e o euro se tornaria o único meio de pagamento legal na área da UME; A União Econômica e Monetária Europeia Euro entrou em vigor em 1º de janeiro de 1999; 11 dos 15 membros da União Europeia aderiram à moeda europeia única inovação monetária mais importante desde a criação do dólar americano, em 1792; Grécia ficou longe de alcançar os critérios de contingência e só entrou para zona do euro em 2001; Dinamarca, Suécia, Reino Unido: respeitavam os critérios de adesão, mas preferiram adiar a adesão do euro; Período de lançamento do euro: período de baixo crescimento econômico e altos níveis de desemprego em algumas economias “centrais” europeias (Alemanha, Itália, França); A União Econômica e Monetária Europeia Com uma inflação relativamentereduzida o BCE diminuiu as taxas de juros em dezembro de 1998 e, novamente em abril de 1999 buscava estimular a atividade econômica; Mas algumas economias periféricas da EU (França, Finlândia, Irlanda) já estavam crescendo cortes resultaram um estímulo à inflação de ativos; Países que entraram para a zona do euro posteriormente: Eslovênia: 2007; Chipre e Malta: 2008; Eslováquia: 2011; Letônia: 2014; Lituânia: 2015;
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