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Mercados Financeiros Globais

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Mercados Financeiros Globais
Mercados Financeiros Globais
Anos 1980 e 1990: surgimento de um grande mercado financeiro global, que tinha diversas dimensões
Mercado cambial;
Empréstimos bancários internacionais;
Títulos de longo prazo e de médio prazo;
Negociação de ações e derivativos;
Mercados Financeiros Globais
Estima-se que o mercado global e capitais expandiu-se de US$5 trilhões, em 1980, para US$ 35 trilhões, em 1992;
Ritmo de crescimento duas vezes e meia mais acelerado do que a taxa de crescimento das economias da OCDE;
O grosso do financiamento dos mercados internacionais é constituído por empréstimos dos bancos internacionais;
Mercados Financeiros Globais
O desenvolvimento do mercado global foi resultado da expansão das transações bancárias internacionais e de alguns outros fatores:
Liberalização dos fluxos internacionais de capital;
Desregulamentação dos mercados financeiros;
Revolução na tecnologia das comunicações;
Inovações financeiras;
Liberalização dos fluxos internacionais de capital
Remoção dos controles sobre movimentos financeiros transfronteiriços;
Surgimento do mercado de euromoedas nos anos 50 marcou a retomada dos fluxos financeiros transfronteiriços, inicialmente na forma de empréstimos bancários;
Nos anos 60: os controles de capital, imposto para canalizar as poupanças domésticas para o investimento interno, foram sendo progressivamente minados pela expansão dos euromercados;
Liberalização dos fluxos internacionais de capital
Por volta de 1973, EUA, Canadá, Alemanha, Suíça aboliram suas restrições;
Pressionados pelas forças de mercado que tornaram os controles ineficazes (exceto para incentivar os aplicadores internacionais a buscar locais menos regulamentados), outros países acompanharam o movimento: 
O Reino Unido abandonou os controles em 1979;
O Japão em 1980;
França e Itália em 1990;
Espanha e Portugal em 1992;
Liberalização dos fluxos internacionais de capital
Os mercados financeiros globais receberam um impulso adicional em dezembro de 1997: representantes de 102 países assinaram o acordo sobre serviços financeiros da OMC;
signatários se comprometeram a abrir seus setores bancário, de seguros e de títulos para a concorrência externa (em graus variados) e a submeter os serviços financeiros às regras e disciplina do comércio amparado;
Liberalização dos fluxos internacionais de capital
Esse acordo entrou em vigor em 1999 envolveu cerca de 
US$ 38 trilhões de empréstimos bancários internacionais;
US$ 18 trilhões em ativos financeiros globais;
US$ 2,5 trilhões em prêmios de seguros;
“um triunfo do saudável sistema multilateral para a economia mundial”
 representante comercial da União Europeia, Leon Brittan
Desregulamentação dos mercados financeiros
Remoção das barreiras aos fluxos internacionais foi acompanhada pelo desmantelamento das restrições internas às atividade financeiras  DESREGULAMENTAÇÃO;
Marcos desse processo:
1º de maio de 1975 (mayday): quando a Bolsa de Valores de Nova York aboliu a cobrança de comissões mínimas fixas;
Outubro de 1986 (Big Bang): quando Londres fez o mesmo e reviu as regras de propriedade de empresa de corretagem (visou permitir a combinação de negócios de corretagem, títulos e ações e market makers e bancários;
Revolução na tecnologia das comunicações e inovações financeiras
Tecnologia, na forma de computadores e telecomunicações, aumentou a velocidade dos fluxos internacionais de informações e de finanças;
Tecnologia ampliou o escopo de investimento e de negócios mundiais;
Inovações Financeiras
O dinamismo das inovações financeira criou oportunidades e novos negócios;
Principal inovação do século XX: proliferação dos derivativos financeiros (são usados para controlar os riscos decorrentes da posse de ativos);
Revolução na tecnologia das comunicações e inovações financeiras
A securititização: substituição dos tradicionais empréstimos bancários pela emissão de títulos negociáveis por empresas aumentou a quantidade e variedade dos ativos financeiros negociáveis;
Governos e mercados globais
Instrumentos de gestão econômica do governos foram enfraquecidos pela liberalização, desregulamentação e avanço dos mercados financeiros globais;
Instrumentos de gestão econômica do governos:
Taxa de juros;
Gastos públicos;
Tributação;
Controles de crédito;
Controles de capital;
 políticas de renda;
Taxas de câmbio;
Governos e mercados globais
Expansão maciça de fluxos financeiros internacionais: transformou a relação entre governos e mercados monetários internacionais;
A soberania econômica nacional foi erodida pelos mercado financeiros globais;
Governos têm sua margem de escolhas de políticas e prioridades econômicas restringida pela necessidade de agradar aos mercados financeiros;
Se os mercados financeiros perdem confiança em um país, as consequências são sérias? Crise cambial, elevação das taxas de juros, fuga de capitais, desmoronamento do mercado de ações, desemprego;
Governos e mercados globais
O assessor do presidente Bill Clinton deu a seguinte declaração:
“achava que se houvesse reencarnação, gostaria de voltar presidente ou papa, mas agora quero estar no mercado de títulos, você pode assustar todo mundo”
O poder dos mercados globais
A força “bruta” dos mercados financeiros globais foi demonstrada repetidas vezes:
A crise do mecanismo cambial europeu, em 1992-93;
A crise do peso mexicano, em 1994-95;
As crises do Leste asiático, da Rússia e da América Latina;
O poder dos mercados globais
Cada episódio de turbulência financeira gera denúncias contra especuladores e leva os governos a um maior controle sobre o poder dos mercados por meio de 
uma maior coordenação internacional de políticas econômicas, 
pela reintrodução dos controles de capitais, 
pela criação de um imposto sobre movimentação financeira, 
pelo fortalecimento das instituições existentes, 
pela criação de instituições multilaterais;
O poder dos mercados globais
Ideia por trás dessas propostas: os mercados financeiros não deveriam ter maior influência sobre a política econômica do que os governos democraticamente eleitos;
Por outro lado, a história da gestão econômica por parte dos governos pós-guerra deixa muito a desejar;
Disciplina externa dos mercados financeiros: impõe aos políticos saudável rigor, limitando suas tendências à irresponsabilidade e ao abuso de poder;
Mercados financeiros: mecanismos para formar preços ao capital e aloca-lo com objetivos mais produtivos;
Punir o desperdício público (com empréstimo onerosos): propulsiona a redefinição de trajetórias;
A nova arquitetura das finanças globais
Críticas à reação do FMI às crises financeira do final dos anos 90;
Na Ásia: acusado de forçar uma excessiva elevação da taxa de juros, desencadeando uma recessão que afetou toda região;
A resposta do FMI: afirmou lamentar não ter exigido antes e com maior ênfase um aperto monetário;
Uns criticavam o FMI por colocar demasiada ênfase na reforma estrutural, enquanto outros reclamaram de sua insuficiência;
A nova arquitetura das finanças globais
Na Rússia e no Brasil: as tentativas de sustentar o valor da moeda forma mal sucedidas, e o FMI criticado por tentar adiar o inevitável  Afirmação do FMI foi de que pelo menos tentou, mas que os fluxos de capital eram muito volumosos para que pudesse desempenhar de modo efetivo seu papel de emprestador de última instância;
Se o mundo deseja um emprestador de última instância efetivo, deveria criar um que tivesse recursos compatíveis com os grandes fluxos financeiros globais;
A nova arquitetura das finanças globais
Qual a dimensão deve ter o cofre global?
Como deveria ser estruturado?
Como resolver o problema de risco moral (possibilidade de proteção pode incentivar a irresponsabilidade)?
Há necessidade ou não de um controle dos fluxos de capital?
Como o setor privado pode desempenhar um papel maior nas crises financeiras?
Como os bancos e detentores de títulos podem ser mobilizados para envolver-se mais deperto com os governos e o FMI?
A nova arquitetura das finanças globais
O mundo está repleto de novos mecanismo de combate às crises;
Mercados globais chegaram para ficar e estão se tornando cada vez maiores;
Os fluxo financeiros globais tomam um escopo e uma escala sem precedentes, crescendo sem remorsos;

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