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Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo 1859- introdução de coelhos em Victoria, Austrália 1950- vírus do mixoma. Primeira epidemia: 99,8% Segunda epidemia: 90% Terceira epidemia: 40- 60% Coevolução e Mutualismo As populações que interagem evoluem em resposta uma à outra. A susceptibilidade dos coelhos europeus na Austrália à introdução do vírus do mixoma declinou depois da primeira epidemia. Coevolução e Mutualismo Coevolução é o processo no qual as populações de duas ou mais espécies interagem e cada uma pode evoluir em resposta àquelas características da outra que afetam o seu ajustamento evolutivo Coevolução e Mutualismo A coevolução é a evolução interdependente de espécies que interagem ecologicamente. As interações podem ser antagonistas (consumidor- recurso, competição) ou cooperativa (mutualismo). Por ser cada espécie numa dupla coevoluída um componente importante do outro, as mudanças em uma selecionam respostas adaptativas na outra, e vice-versa. Coevolução e Mutualismo Os agentes cuja influência tem constituído essas adaptações são biológicos – eles são característicos de organismos vivos. Seus efeitos diferem daqueles de fatores físicos no ambiente de duas formas. Fatores biológicos estimulam respostas evolutivas mútuas nos atributos das populações que interagem. Os agentes biológicos promovem a diversidade de adaptações em vez de promover a similaridade. Coevolução e Mutualismo Os antagonistas evoluem em resposta um ao outro 1964 – Paul Ehrlich e Peter Raven notaram que grupos intimamente aparentados de borboletas tendiam a se alimentar de espécies intimamente aparentadas de plantas hospedeiras Coevolução e Mutualismo A especificidade taxonômica de algumas relações predador-presa sugere uma longa história evolutiva Borboleta Heliconius Coevolução e Mutualismo Passiflora Coevolução e Mutualismo As evidências de mudanças evolutivas nos sistemas consumidor-recurso têm sido obtidas em estudos de laboratório de interações hospedeiro-parasitóide. Após períodos de co-ocorrência, as taxas de ataque parasitóide decresceram e as populações de hospedeiros cresceram, aparentemente seguindo a seleção por defesas de hospedeiro aprimoradas contra os parasitóides. Coevolução e Mutualismo 1960: Série de experimentos de David Pimentel. Estágio pupal da mosca doméstica como hospedeiro e a vespa Nasonia vitripennis como parasitóide. Em gaiola de população permitiu-se que Nasonia parasitasse uma população de moscas, a qual foi mantida em quantidade constante por reposição de um estoque que não tinha sido exposto à vespa. Coevolução e Mutualismo Estudos de Pimentel de coevolução utilizaram um sistema parasitóide- hospedeiro. A vespa Nasonia, um parasitóide de mosca doméstica, é mostrada aqui depositando ovos em uma pupa de mosca Coevolução e Mutualismo O experimento clássico de Pimentel testado para uma resposta evolutiva do hospedeiro em relação a um parasitóide. A diferença nos tamanhos das populações ao fim do experimento entre o sistema no qual o hospedeiro não podia evoluir e o sistema no qual ele podia evoluir indicou a eficiência da resposta evolutiva do hospedeiro Coevolução e Mutualismo Resultado: A taxa reprodutiva das vespas na gaiola que permitiu a evolução caiu de 135 para 39 filhotes por fêmea, e a longevidade diminuiu de 7 para 4 dias. A população parasitóide média também diminuiu (1900 vespas adultas contra 3700 no sistema sem evolução) e o tamanho da população foi mais proximamente constante do que na gaiola sem evolução. Este resultado sugere que as moscas desenvolveram resistência aos parasitóides quando submetidas àquele intenso parasitismo. Coevolução e Mutualismo As mudanças populacionais no sistema parasitóide- hospedeiro de Pimentel reforçaram a conclusão de que as populações evoluem em resposta uma à outra. Coevolução e Mutualismo As moscas domésticas e as vespas parasitóides foram colocadas juntas em gaiolas populacionais de 30 células. Em uma gaiola (a), a população de mosca não tinha experiência anterior com a vespa; na outra (b), a população de mosca tinha sido previamente exposta ao parasitismo da vespa. Coevolução e Mutualismo Em uma gaiola (a), a população de mosca não tinha experiência anterior com a vespa; na outra (b), a população de mosca tinha sido previamente exposta ao parasitismo da vespa. Os números de moscas e vespas por célula, bem como o padrão do ciclo populacional, diferiram entre as duas gaiolas Coevolução e Mutualismo Estudos nos patógenos de plantações revelaram uma base genética simples para virulência e resistência que determina os resultados das interações parasita-hospedeiro. Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo A seleção para defesas da presa cresce em proporção à taxa de predação, e a seleção para eficiência de predador diminui conforme a taxa de predação aumenta, logo o predador e a presa podem atingir um estado estacionário evolutivo em algum nível intermediário de predação. Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Os experimentos sobre competição entre espécies de moscas revelaram reversões de capacidades competitivas ao longo de dezenas de gerações. Testando as populações contra controles não selecionados, os investigadores confirmaram mudanças genéticas nas populações competidoras. Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Pode-se testar se a competição pode resultar em divergência evolutiva na natureza através da comparação dos atributos ecológicos (ou morfológicos relacionados) de uma população na presença ou na ausência de um competidor. Quando os dois diferem, o padrão é denominado de caractere. Coevolução e Mutualismo O deslocamento de caractere é divergência de populações competidoras ao longo do tempo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Os mutualismos são relações que beneficiam ambas as partes. Ele pode ser classificado como: Trófico Defensivo Dispersivo Coevolução e Mutualismo No mutualismo trófico, cada parceiro é especializado para proporcionar um nutriente limitante diferente. Coevolução e Mutualismo Nos liquens, as algas fotossintetizadoras se juntam aos fungos que podem obter nutrientes de substratos difíceis como cascas e superfícies rochosas Coevolução e Mutualismo No mutualismo defensivo, um parceiro proporciona proteção ou remove herbívoros ou parasitas, normalmente em troca de alimento. Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo Coevolução e Mutualismo O mutualismo dispersivo é uma interação planta-animal na qual o animal dispersa o pólen ou as sementes durante a coleta ou processamento do alimento que a planta supre. Coevolução e Mutualismo A estrutura das flores e dos frutoslimita a diversidade de animais que executam essa função para uma espécie particular de planta, dessa forma aumentando a eficiência da transferência de pólen e a probabilidade de que as sementes atingirão locais adequados para germinação e crescimento. Coevolução e Mutualismo Mutualismo dispersivo: Polinização Coevolução e Mutualismo Mutualismo dispersivo: dispersão de sementes As sementes de muitas espécies de plantas são amplamente distribuídas pelos animais, freqüentemente em habitats adequados para sua germinação e crescimento. Coevolução e Mutualismo A análise das vias biossintetizadoras de compostos secundários mostrou que as plantas podem desenvolver defesas químicas crescentemente tóxicas em resposta à pressão dos herbívoros. Coevolução e Mutualismo Quando as variações nestas vias e uma resistência de insetos aos químicos são sobrepostas às relações taxonômicas em cada grupo, pode-se inferir a história evolutiva de uma interação planta-inseto. Coevolução e Mutualismo A interação entre a mariposa-da-iúca e as iúcas é um mutualismo obrigatório no qual a mariposa poliniza a planta, mas sua larva consome as sementes em desenvolvimento. Coevolução e Mutualismo Tanto a mariposa como a iúca têm especializações que promovem esta relação, mas as análises filogenéticas mostram que algumas adaptações da mariposa estão presentes em parentes próximos que não são mutualistas das iúcas. Tais atributos são chamados de pré-adaptação.
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