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Cais Mauá

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Igreja de Nossa Senhora do Rosário e 	Comment by Renata Valentini: Aleph :^) tô pensando em fazer uma linha do tempo diagramada numa A3 pra explicar a construção da Igreja e as modificações dela, em forma de texto, mas com as linhas de chamada datadas, pra não deixar todo o trabalho como texto corrido e tal..	Comment by Aleph Tonera: acho massa! ficaria no estilo do slide? se precisar que faça eu posso
São Benedito dos Homens Pretos + Eixo da Escadaria
Autor: 
Edificação: Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito dos Homens Pretos
Rua: Marechal Guilherme - Centro - Florianópolis
Data de construção:1787-1830
Arquiteto ou projetista:
Construtores: escravos, ex-escravos 
Proprietário: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos 
Fotos:
Croquis:
Configuração do núcleo fundacional da Vila De Nossa Senhora do Desterro	Comment by Renata Valentini: Isso! amanhã no estágio acho q consigo fazer, qqer coisa te aviso.. o teu primeiro slide tb ficou mt bom, podias fazer algo tipo aquilo, ficou mt bonito	Comment by Aleph Tonera: ahauha ah valeu, mas daí eu faço ou vc faz? pra mim tanto faz. eu vou tar em casa, é fácil de eu fazer. pra ti no estágio talvez seja menos prático né
A história sobre a colonização da “Póvoa de Desterro” e consequente fundação do núcleo da atual cidade de Florianópolis têm relação intrínseca com a edificação de templos religiosos, locais aos quais se atribuíam funções sociais e políticas. Segundo Dendia (2008) 
“Com a colonização e a vinda do Francisco Dias Velho, bandeirante paulista, nasce a primeira capelinha da então ‘Vila do Desterro’ situada no topo de uma pequena colina, começando a crescer a partir desta as pequenas moradias de pau-a-pique [...] Desse modo, a pequena capelinha foi o ponto de partida para o crescimento da Cidade”. A partir daí surgiram as primeiras ruas e o Largo da Matriz, embrião do que seria o núcleo central da ilha de Desterro. No século seguinte, mais precisamente no ano de 1738, após a fundação da capitania de Santa Catarina, o Brigadeiro José da Silva Paes aporta na ilha e dá início ao processo de colonização de forma efetiva, o qual, influenciado pelos Jesuítas, tinha como princípios o estabelecimento de uma Igreja matriz, que veio a ocupar, anos mais tarde, o lugar da capela de Nossa Sra. do Desterro, onde, dadas as condições geográficas favoráveis, pode-se aplicar a configuração dos elementos pertinentes ao urbanismo português - em que se observam uma igreja, uma praça e o mar em um mesmo eixo. 
Deste processo data o surgimento das Irmandades - associações de caráter religioso que congrega pessoas com idênticos propósitos ou objetivos comuns - na ilha, que, com o decorrer do tempo, começaram a construção de suas própria igrejas, sendo uma delas, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
Breve histórico sobre a Irmandade
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos foi fundada antes de 1750, por escravos, ex-escravos e alguns homens brancos humildes. Os cultos religiosos eram realizados no alto da antiga vila de Nossa Senhora do Desterro, numa pequena capela. Tal confraria constituía-se em espaços de autonomia das populações de origem africana, tendo em vista que diversos espaços “públicos” da vila, incluindo as igrejas, não permitiam a entrada da população negra. Conforme Paulino Cardoso (2008, p. 261), citado por Simão (2010, p. 12) “as irmandades foram concebidas como lugar normativo, de assimilação de valores culturais da sociedade colonial, estes lugares de exercício de um catolicismo leigo e popular, também, foram transformados em espaços de sociabilidade e de invenção de visões de liberdade.”	Comment by Renata Valentini: então, eu pensei em fazer a prancha pra ir escrevendo junto sobre as modificações da igreja e tal, coisa simples, não devo levar mt tempo pra terminar. e se tu se sentir a vontade cê pode tentar fazer uma prancha como aquele slide q cê fez, q fala sobre a vinda do brigadeiro e td mais e o restante a gente vai diagramando como der kk	Comment by Aleph Tonera: Oie! hehe Claro, tranquilo (:
O culto à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos foi sendo identificado com a população de origem africana, escravos e libertos. Alguns autores defendem que a presença dos negros nas Irmandades do Rosário deu-se em função da seletividade das demais confrarias. A participação nestas instituições religiosas da época só era permitida se o indivíduo satisfizesse inúmeros critérios de seleção, além da contribuição financeira exigida, que afastava os mais desprovidos. A devoção à Nossa Senhora do Rosário entre os escravos está associada também ao fato de que as orações eram mais simples, como a ave maria e o pai nosso, e por isso, segundo MEGALE (1980. p.296) “o terço passou então a constituir, a liturgia dos pobres, e dos que não sabiam ler nem escrever.”
A Irmandade do Rosário era conhecida por manifestar suas práticas devocionais através de festividades, que representavam momentos de sociabilidade, conexão cultural e de encontro. Festejar significava também relembrar tradições e memórias da confraria. “As práticas realizadas pela Irmandade do Rosário e São Benedito, o folgar, o dançar, o cantar, a partir de performances de origens africanas, instrumentalizadas por uma banda contratada para o cortejo, pelas ruas da cidade até a chegada à capela, exprimiam o imprevisível no quotidiano.” (RASCKE. 2016, p.75) 
Igreja
(linha do tempo) No mesmo local da atual Igreja havia uma pequena e rústica capela construída em meados do século XVIII, que era utilizada como templo da Irmandade. Entretanto, a capela foi parcialmente destruída em 1777 com a invasão espanhola. Apesar da situação da antiga capela, a Irmandade já possuía a intenção de construir uma nova Igreja dois anos antes. Assim, em 1787, a Irmandade recebeu a licença para a construção da Igreja, apresentada pelo tesoureiro José dos Santos. Apesar do nome do tesoureiro estar vinculado à apresentação do projeto da Igreja, não há registros que confirmem a autoria do projeto.
A construção da Igreja do Rosário deu-se em torno da antiga capela, que foi demolida somente no fim da construção, em 1830, para que a Irmandade não ficasse sem templo. A partir da documentação encontrada acerca da Igreja, foi possível perceber a dificuldade com a qual ela foi construída. A Irmandade levou mais de quarenta anos para finalizar a Igreja, através de recursos recebidos por doações. Segundo Souza (1980, p. 157) “em 28 de Março de 1824, o Coadjutor Francisco da Silveira Dutra, dá licença para o tesoureiro, Sargento-mor Francisco Luiz do Livramento, vender dois escravos da Irmandade para, com o dinheiro, poder terminar as obras do adro, torre e outras coisas mais da Igreja”, não sendo estes os únicos escravos a serem vendidos em “prol” da Igreja.
Já no início da década de 1980, a Irmandade enviava um ofício ao governo solicitando auxílio para evitar o desabamento da Igreja. A partir deste período, diversas modificações foram feitas na Igreja, como a conclusão da escadaria que dá acesso à Igreja em 1906, a construção da segunda sacristia em 1911 e as instalações hidráulicas e elétricas em 1912. A construção da escola Lauro Muller em 1912 - localizada no terreno à esquerda da Igreja - provocou a alteração do acesso à sacristia, que antes era feito pela lateral do edifício, e desde então passou a ser feito pela rua Santos Dumont. As grades de ferro que antes cercavam a Praça XV de Novembro, passaram a cercar a Igreja em 1919. Em 1927 substituíram o antigo assoalho de madeira pelos atuais ladrilhos da Igreja. Ao lado direito da Igreja, em 1948, foi construída a casa do zelador e uma gruta de pedra para a imagem de Nossa Senhora de Lourdes.
Maria Teresinha Agostinho ocupa hoje o cargo de provedora da Igreja, que até então era ocupado por homens. 
Caráter arquitetônico / artístico / técnico
A Igreja construída por escravos na antiga Rua do Rosário, atual Rua Marechal Guilherme,
carrega as marcas da influência portuguesa. Caracterizada por sua singeleza e assimetria, a Igreja do Rosário possui características barrocas e neoclássicas. Enquadrada por cunhais, a fachada frontal é composta por um frontão triangular com cimalhas evolutas, e uma grimpa lateral com uma cruz de ferro em seu pináculo. O interior da Igreja é bastante singelo, mas carregado de imagens e alfaias de grande valor artístico em sua nave única separada do altar-mor por um arco cruzeiro. 
A fachada frontal da Igreja comunica-se com a Rua Marechal Guilherme através de uma escadaria, enquanto a fachada que dá acesso à sacristia é voltada para a Rua Santos Dumont. A lateral da edificação é limitada por um muro que a separa da construção vizinha, com aproximadamente 1,40 metros na fachada lateral esquerda e 2,00 metros na fachada lateral direita. A torre sineira possui uma janela em arco pleno, aberta, para receber o sino, e outra janela mais abaixo em arco abatido. Sob o frontão, pode-se observar três janelas, em arco abatido, guarnecidas por guarda-corpos entalhados. A portada que dá acesso à escadaria é encimada por uma verga e ornamentada por uma sobreverga, em arco abatido. 
De acordo com o Livro Tombo I (1745-2006), os materiais utilizados na construção da Igreja foram: pedras, tijolos, areia, cal, barro, entre outros. Os tijolos foram utilizados somente na torre sineira, enquanto o restante foi construído em pedra. A cobertura segundo Dendia (2008, p.65) foi feita de estrutura de madeira e telhas tipo capa canal - as quais foram trocadas, em 1936, por telhas francesas. As diversas pinturas, feitas à base de cal, estão expostas em uma prospecção no interior da Igreja, deixando rastros das modificações realizadas ao longo dos anos. As obras tornaram-se constantes desde o fim do século XIX, visto que eram feitas aos poucos em função dos escassos recursos da Irmandade.
Inserção Urbana:
Situada em um terreno elevado num dos pontos mais altos da antiga vila de Nossa Senhora do Desterro, a Igreja é considerada até hoje como um marco referencial. No século XIX, o artista Victor Meirelles colocou seu cavalete no adro da Igreja do Rosário, segundo Mário César Coelho, e pintou a vista da baía sul, entre a antiga Matriz (atual Catedral) e a Igreja São Francisco. A pintura demonstra a importância do eixo visual da antiga Rua do Livramento (atual Trajano), os arruamentos delimitados pelas casas geminadas, além da posição das Igrejas e sua relação com o mar.
“Vista Parcial da Cidade de Nossa Senhora do Desterro – Atual Florianópolis, Victor Meirelles de Lima"
	O entorno da Igreja concentrou, durante o séc. XIX uma série de cortiços e casebres caracterizando uma área que ficou popularmente conhecida como Cidade Nova, ocupada por pessoas humildes, provavelmente negros e mestiços pobres, descendentes dos escravos que fundaram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos e que lá ergueram a Igreja de mesmo nome no século XVIII (Santos 2009) e que foi alvo de medidas higienistas no período entre o fim do séc. XIX e o início do XX, mudando o caráter da área - que se mantém até hoje - com a implantação de edificações institucionais. 
A transformação das práticas tidas como católicas por meio de elementos africanos era uma resistência ao catolicismo romanizado e às modernizações da cidade (RASCKE. 2016). As medidas higienistas e as remodelações na cidade e na Igreja neste período expulsaram dos centros não apenas os modos de vida incoerentes com a República, mas tentaram retirar também as práticas festivas celebradas por populações excluídas, pobres e de origem africana. Tendo em vista o histórico de ocupação da população humilde - espaço firmado e caracterizado pela população negra - no entorno da Igreja , este espaço possui até hoje um caráter de representatividade muito forte na memória urbana, de pertencimento dos negros no centro da cidade.
Eixo Rua Trajano (antiga Rua do Livramento)
Consolidada ao longo da história como importante logradouro comercial do centro de Florianópolis, a rua Trajano - inicialmente chamada de rua do Livramento, em homenagem à Nossa Sra. do Livramento - foi assim nomeada em 1874 e presta homenagem, segundo Cabral (1979), a “um catarinense que se distinguiu como construtor naval, Trajano Augusto de Carvalho”. Constitui um eixo visual perpendicular às ruas principais do centro histórico da cidade - que se dispuseram de forma paralela à orla, prioritariamente - ligando a escadaria que leva à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos ao Largo da Alfândega, de forma alternativa ao eixo formado pela Igreja Matriz (Catedral) e o mar - do qual a Praça XV era restrita a homens brancos e com algum nível social estabelecido. Ao longo dos anos, pode-se acompanhar o impacto da verticalização causada pelo predatismo do mercado imobiliário sobre a região central da cidade, cada vez mais valorizada, e que gera contrastes visíveis entre as edificações históricas que nela permanecem e os edifícios corporativos e arranha-céus, além de ter obstruído quase totalmente a vista que se podia obter da Baía Sul a partir da escadaria da Igreja. No séc. XX, junto de algumas outras ruas, a Trajano foi transformada em calçadão - salvo trecho entre a rua Tenente Silveira e a rua Vidal Ramos, que recentemente tornou-se via compartilhada entre carros de descarga e pedestres -, como forma de garantir e estimular a apropriação do espaço urbano do centro histórico, de forma peadonal. [0: ironicamente, o nome “Trajano” (sem sobrenome) concedido à rua pode ser confundido com o de Trajano Margarida, intelectual escritor, negro, filho de escravos nascido no fim do séc. XIX e pouco reconhecido na cidade pela sua contribuição cultural à sua época, supostamente pela discriminação étnica. O fato de a rua ter se tornado o eixo representativo que é hoje e a sua conexão direta com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e dos Homens pretos dá margem para esta “interpretação alternativa” dentro do seu contexto social urbano.]
Tombamento
Como forma de conter o avanço das apropriações do mercado imobiliário e seus novos padrões tipológicos de edificações, o IPUF, em 1986, decide através do decreto nº 270/86 definir conjuntos urbanos históricos a serem preservados, como forma de protegê-los e garantir sua essência e ambientação no tecido urbano. O Conjunto VII, denominado Nossa Sra. do Rosário, tem a igreja como núcleo e abrange edificações e logradouros em seu entorno imediato, como a escola Lauro Müller, a escadaria da rua trajano e os casarios nela presentes. De acordo com o documento que relata a definição do conjunto, uma das justificativas para o tombamento do conjunto é a importância agregada ao eixo visual formado pela igreja e a rua Trajano, estando assegurada a relação de destaque pertinente a igreja através da preservação destes casarios próximos; por fim, cita-se que “a rua Trajano é um eixo histórico importante de função comercial”; “o conjunto apresenta unidades ecléticas de considerável valor arquitetônico e, em seu eixo visual, um importantíssimo monumento histórico tombado a nível municipal”; “considerou-se que a definição de ‘eixo visual’ não se restringe apenas à questão de ‘enxergar’, mas também se refere à ambientação histórica que o circunda”. A Igreja também é tombada em instância estadual pelo decreto nº 1341 de 17 de dezembro de 1975
Escadaria hoje
Controle social e ocupação cultural desenvolvidos neste espaço
ligados à ancestralidade africana
Com data de documentação mais antiga encontrada como 1823 e sem fontes de informação concretas sobre sua construção - mas reformada pela última vez em 1995, por ocasião dos (então) 269 anos da cidade (IPUF) - a escadaria do Rosário, hoje, exerce um papel importante de ponto de reunião de grupos sociais ligados à luta por igualdade étnica, de questões de gênero e sexualidade. Palco de eventos e movimentos de ocupação ligados à ancestralidade africana que acontecem regularmente - como as procissões
da Irmandade de Nossa Sra. do Rosário, a Feira Afro-Artesanal e o Projeto Samba de Terreiro -, coroado pela Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, o espaço se configura como local de vivência de memória urbana, cultural, de representatividade, visibilidade e resgate da história de pertencimento dos negros ao centro da cidade, influenciada pela trajetória do seu entorno, relacionada às camadas sociais marginalizadas da Vila do Desterro e da Cidade de Florianópolis. A escadaria, mais que um espaço de intervenção artística e religiosa, é um núcleo de resistência e visibilidade que contrasta com a opressão dos edifícios institucionais e comerciais modernistas que predam o tecido urbanístico do entorno, e que constitui importante recorte da arquitetura e do urbanismo do centro de Florianópolis, construído e legitimado por aqueles que não estiveram à luz da historiografia apreciada pelo senso comum.	Comment by Renata Valentini: <3
Referências
SIMÃO, Maristela dos Santos. As Irmandades de Nossa Senhora do Rosário e os Africanos no Brasil do Século XVIII. 108 f. Curso de Mestrado em História, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, 2010.
DARIELE GOMES (FlorianÓpolis). Notícias do Dia (Ed.). Feira Afro-Artesanal na Escadaria do Rosário evidencia a cultura negra, em Florianópolis. 2017. Disponível em: <https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/feira-afro-artesanal-na-escadaria-do-rosario-em-florianopolis-evidencia-a-cultura-negra>. Acesso em: 23 jun. 2018.
RASCKE, Karla Leandro. Práticas festivo-religiosas na Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, Florianópolis (inícios do XX). Sankofa: Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana, São Paulo, v. 7, n. 14, p.62-88, dez. 2014.
LIMA, Débora da Rosa Rodrigues; MACHADO, Marcelo; SALLES, Sandra Makowjecky. As Igrejas e Capelas de Florianópolis: Séculos XVIII e XIX. Florianópolis: Udesc, 1994.
MEGALE, Nilza Botelho. Invocações da Virgem Maria no Brasil. História, Folclore e Iconografia. Petrópolis, Ed. Vozes, 1980.
DENDIA, Ruth Cristina Sanabria. IGREJAS TOMBADAS DO SÉCULO XVIII EM FLORIANÓPOLIS: Aspectos históricos, construtivos e diagnósticos de problemas patológicos nas suas fachadas. 2008. 204 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
http://www.velhobruxo.tns.ufsc.br/Albuma05.htm
8635104-4357-1-PB.pdf
268890.pdf
Jean Baptiste Debret obra
http://calendariofloripa.com/board/70-1-0-7680

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