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011 Plano de Aula 11 Sociologia Jurídica

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Plano	de	Aula:	DIREITOS	HUMANOS
SOCIOLOGIA	JURÍDICA	-	CCJ0269
Título
DIREITOS	HUMANOS
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
11
Tema
DIREITOS	HUMANOS
Objetivos
Objetivo	1	?	Reconhecer	que	os	movimentos	sociais	são	o	resultado	de	um
longo	processo	histórico	de	lutas.
	
Objetivo	3?	Identificar	as	diversas	dimensões	de	direitos	fundamentais
constantes	da	Constituição	de	1988.
	
Objetivo	3	?	Perceber	a	distinção	entre	a	validade	e	eficácia	dos	Direitos
Humanos
Estrutura	do	Conteúdo
Observação	 importante:	 Antes	 desta	 aula,	 você	 deve	 ter	 lido	 a	 UNIDADE	 IV	 ?
MUDANCA	SOCIAL	E	DIREITO,	tópico	Direito	Humanos	no	Brasil,	da	página	XX	até
a	 página	 XX,	 do	 livro	 texto	 Livro	 didático	 de	 Sociologia	 Jurídica	 e	 Judiciária,
Solange	 Ferreira	 de	Moura	 [organizador].	 Rio	 de	 Janeiro:	 Editora	Universidade
Estácio	de	Sá,	1ª.	Ed.	2015.
ESTRUTURA	DO	CONTEÚDO	DESTA	AULA
DIREITOS	HUMANOS	NO	BRASIL
As	gerações/dimensões	de	Direito	Humanos
Direitos	Humanos	em	crise?
	
UM	ESBOÇO	CONCEITUAL	DOS	TÓPICOS	RELACIONADOS:
Este	conteúdo	deverá	ser	trabalhado	ao	longo	da	aula	da	semana,	cabendo
ao	professor	a	dosagem	do	conteúdo,	de	acordo	com	as	condições	objetivas	e
subjetivas	de	cada	turma.
Segue,	a	seguir,	uma	sugestão	de	leitura	de	caráter	complementar	ao	texto	do
livro	didático:
DIREITOS	HUMANOS	NO	BRASIL
As	gerações/dimensões	de	Direito	Humanos
Os	 direitos	 humanos	 são	 inegavelmente	 o	 resultado	 de	 um	 longo	 processo
histórico	de	 lutas	e	de	resistência	a	opressão,	que	deita	suas	raízes	desde	o
Cristianismo,	 do	 Medievo,	 com	 a	 afirmação	 da	 defesa	 da	 igualdade	 entre	 os
homens	numa	mesma	dignidade,	fruto	da	condição	de	igualdade	e	semelhança
ao	 próprio	 Criador,	 responsável	 último	 pela	 criação	 de	 um	 ordenamento
normativo	cuja	aspiração	maior	era	o	ideal	de	justiça.
É	 importante	demarcar	que	a	 teoria	do	direito	natural	desenvolvida	por	Hugo
Grócio,	Samuel	Pufendorf,	Thomasius,	Wolff,	entre	outros,	ajudam	a	construir	o
ideário	de	ser	o	homem	possuidor	de	direitos	que	são	anteriores	a	qualquer	lei
humana.
O	Bill	of	Rights	de	1689,	ou	Declaração	de	Direitos,	assinado	por	Guilherme	III	-
determina,	 entre	 outras	 coisas,	 a	 liberdade,	 a	 vida	 e	 a	 propriedade	 privada,
assegurando	o	poder	da	burguesia	na	Inglaterra,	é	um	documento	importante
para	a	garantia	dos	direitos	dos	não	nobres.
Além	 disso,	 temos	 que	 lembrar	 o	 processo	 de	 independência	 das	 Treze
Colônias	 (Estados	 Unidos)	 em	 1776	 ?	 	 que	 inaugurou	 o,	 como
constitucionalismo,	 como	 também	 a	 Revolução	 Francesa	 	 e	 	 	 Declaração	 dos
Direitos	 do	 Homem	 e	 do	 Cidadão,	 de	 1789	 ?	 proclamando	 a	 liberdades	 e	 os
direitos	fundamentais	do	homem.
No	 entanto,	 é	 de	 admitir-se	 que	 sobre	 a	 construção	 histórica	 dos	 direitos
humanos	 o	 evento	 mais	 importante,	 situa-se	 no	 século	 XX;	 compreende	 o
período	 1945-1948,	 quando	 os	 aliados	 abrem	 os	 portões	 dos	 campos	 de
concentração	 nazistas	 e	 tomam	 consciência	 dos	 crimes	 e	 dos	 horrores
praticados	 contra	milhões	 de	 seres	 humanos	 (judeus,	 comunistas,	 ciganos	 e
homossexuais)	durante	a	2ª	Guerra	Mundial,	sob	a	égide	e	o	 rigor	do	Estado
de	Direito	alemão.	A	experiência	nazifascista	não	poderia	se	repetir.
A	 criação	 da	 Organização	 das	 Nações	 Unidas	 (ONU)	 tinha	 como	 um	 norte	 o
estabelecimento	e	a	manutenção	da	paz	mundial	e	tendo	a	tutela	dos	direitos
humanos	 como	 proposta,	 a	 consagração	 dos	 direitos	 fundamentais	 do
Homem,	 considerados	 como	 irrenunciáveis	 e	 inalienáveis.	 É	 aí	 que,	 pela
primeira	 vez,	 os	 direitos	 humanos	 foram	 posicionados	 acima	 dos	 Estados,
exigindo	 a	 submissão	 destes.	 A	 Carta	 das	 Nações	 Unidas,	 assinada	 a	 20	 de
junho	 de	 1945,	 revela	 o	 comprometimento	 dos	 povos?	 em	 preservar	 as
gerações	 futuras	 do	 flagelo	 da	 guerra;	 proclamar	 a	 fé	 nos	 direitos
fundamentais	 do	 Homem,	 na	 dignidade	 e	 valor	 da	 pessoa	 humana,	 na
igualdade	 de	 direitos	 entre	 homens	 e	 mulheres,	 assim	 como	 das	 nações,
grande	 e	 pequenas;	 em	 promover	 o	 progresso	 social	 e	 instaurar	 melhores
condições	de	vida	numa	maior	liberdade?.
Aqui	 no	 Brasil,	 a	 despeito	 de	 presentes	 em	 outras	 constituições,	 será	 a
Constituição	 de	 1988	 que	 irá	 contemplar	 o	 conjunto	 das	 diversas
gerações/dimensões	desses	direitos.
Os	 direitos	 humanos	 estão	 consolidados	 na	 Constituição	 da	 República
Federativa	do	Brasil	de	1988,	no	título	que	trata	dos	princípios	 fundamentais,
no	título	sobre	os	direitos	e	garantias	 fundamentais	e	por	último	no	art.	225,
sobre	 o	 meio	 ambiente,	 sem	 eliminar	 outros	 artigos	 que	 possam	 conter
matéria	dos	direitos	fundamentais.
Segundo	 Ignácio	 Mendez	 Kersten	 (2015),	 ?Pode-se	 classificar	 os	 direitos
fundamentais	 conforme	adota	Manoel	Gonçalves	 Ferreira	 Filho	 em	 individuais,
coletivos,	de	grupos	e	difusos.
Os	 direitos	 individuais	 têm	 como	 sujeito	 ativo	 um	 indivíduo	 humano,	 esse	 ser
quando	verificar	que	teve	a	supressão,	ou	melhor,	quando	houver	perturbação
de	seu	direito	por	autoridade	pública,	ou	outra	que	atue	em	lugar	da	pública,
poderá	 impetrar	 habeas	 corpus	 (art.	 5°	 LXVII	 CF/88)	 quando	 verificar	 que	 há
impedimento	no	seu	direito	de	livre	circulação	(ir	e	vir	?	e	ficar),	habeas	data,
quando	 houver	 necessidade	 de	 retificação	 de	 registro	 ou	 para	 que	 seja
prestada	 informação	 que	 sobre	 ele	 constem	 nos	 bancos	 de	 dados	 (art.	 5°,
LXXII,	 a,	 b	 CF/88).	 O	 sujeito	 individual	 poderá	 ainda	 solicitar	 a	 providência	 da
segurança	 (art.	5°,	LXIX	CF/88)	quando	a	perturbação	de	seu	direito	 líquido	e
certo	não	for	de	matéria	do	habeas	corpus	nem	do	habeas	data.
Os	direitos	coletivos	são	aqueles	que	envolvem	a	coletividade	como	um	todo,
uma	 sociedade.	 Por	 essa	 natureza	 quando	 há	 a	 turbação	 de	 algum	 direito
fundamental	 é	 dever	 do	Ministério	 Público	 promover	 a	 ação	 cabível,	 uma	 vez
que	 esse	 órgão	 é	 o	 responsável	 pela	 defesa	 dos	 interesses	 da	 coletividade.
Dessa	 forma,	 o	 Ministério	 Público	 poderá	 promover	 ação	 civil	 pública	 para
defesa	do	patrimônio	público	e	 social,	 do	meio	ambiente	e	 outros	 interesses
conforme	 art	 129,	 III,	 não	 sendo	 vedado	 à	 interposição	 desse	 remédio	 por
outras	 pessoas	 segundo	 o	 §1º	 do	 mesmo	 artigo.	 	 A	 constituição	 vigente	 foi
inovadora	ao	permitir	a	proposição	de	mandado	de	segurança	coletivo	(art.	5º,
LXX	CF/88)	 por	 partido	 político	 com	 representação	 no	Congresso	Nacional	 ou
por	qualquer	organização	não-governamental	constituída	há	mais	de	um	ano.
Direitos	de	grupos	são	direitos	individuais	?homogêneos,	assim	entendidos	os
decorrentes	 de	 origem	 comum?	 (art.	 81,	 parágrafo	 único,	 III,	 do	 Código	 de
Defesa	do	Consumidor).
E	 por	 fim,	 os	 direitos	 difusos	 são	 aqueles	 conforme	 o	 Código	 de	 Defesa	 do
Consumidor	 define	 em	 sendo	 ?transindividuais	 de	 natureza	 indivisível,	 de	 que
sejam	 titulares	pessoas	 indeterminadas	e	 ligadas	por	circunstâncias	de	 fato?
(art.	81,	parágrafo	único,	I	do	Código	de	Defesa	do	Consumidor).
Há,	todavia,	que	se	falar	em	direito-garantia,	ou	nos	remédios	constitucionais
a	cerca	da	ação	popular	 (art.	5º	LXXIII	CF/88)	a	qual	poderá	ser	proposta	por
qualquer	 cidadão	 nacional	 desde	 que	 no	 uso	 de	 sua	 plena	 cidadania	 para
defesa	do	meio	ambiente	adequado	contra	ato	lesivo	da	autoridade	pública.
E,	por	último,	há	o	mandado	de	injunção	(art.	5º,	LXXI	CF/88),	modalidade	esta
que	 é	 recente	 no	 direito	 pátrio.	 Este	 remédio	 constitucional	 será	 proposto
sempre	 que	 a	 falta	 de	 norma	 regulamentadora	 torne	 inviável	 o	 exercício	 dos
direitos	 fundamentais.	 Entretanto,	 o	 mandado	 de	 injunção	 não	 tem	 sido
utilizado	e	na	verdade	não	haveria	necessidade	de	sua	existência,	uma	vez	que
o	 legislador	 constitucional	 assegurou	 a	 aplicaçãoimediata	 dos	 direitos	 e
garantias	 fundamentais.	 Então,	 a	 autoridade	pública	não	poderia	 se	 escusar
de	 cumprir	 com	 a	 tutela	 dos	 direitos	 humanos	 assegurados,	 pois	 estes	 não
mais	possuem	caráter	de	normas	programáticas.	 Portanto,	 quando	não	há	o
cumprimento	público	de	um	direito	essencial	o	cidadão	pode	usar	dos	direitos-
garantias	 (como	 o	 habeas	 corpus	 ou	 data,	 mandado	 de	 segurança,	 ação
popular	 ou	 civil	 pública)	 sempre	 que	 houver	 a	 supressão	 de	 um	 direito
elementar	ao	homem.
É	preciso	fazer	uma	consideração	especial	sobre	o	habeas	corpus	com	relação
a	 prisão	 civil	 do	 depositário	 infiel,	 matéria	 essa	 assegurada
constitucionalmente	 (art.5º,	 LXVII)	 e	 regulamentada	 pele	 decreto-lei	 n°	 911
(01.10.1969).	Essa	matéria	 tem	sido	controversa	na	Suprema	Corte	brasileira
em	vista	da	adesão	do	Brasil	à	Convenção	Americana	sobre	Direitos	Humanos
(22.11.1969),	 a	 qual	 entrou	 em	 vigor	 no	 plano	 interno	 pela	 aprovação	 do
Congresso	 Nacional	 pelo	 Decreto	 Legislativo	 nº	 27	 (26.05.1992)?.	 (Disponível
em	 http://www.ambito-	 juridico.com.br/site/index.php?
n_link=artigos_leitura_pdf&artigo_id=339,	acesso	em	27	jun	2015)
Direitos	Humanos	em	crise?
Para	Villey	 (2007,	p.	162)	a	grande	contradição	dos	direitos	humanos	seria	o
fato	de	que	tanto	servem	aos	ideais	das	classes	obreiras	quanto	aos	patrões,
mas	nunca	 simultaneamente	a	 todas	as	partes.	 ?O	problema	com	os	direitos
humanos	é	que	ninguém	poderia	 tirar	partido	deles	 senão	em	detrimento	de
alguns	homens?.
Na	medida	em	que	os	direitos	humanos	estão	atrelados	a	uma	tradição	liberal,
partem	de	uma	concepção	individualista	e	formal	nos	aspectos	relacionados	à
igualdade	de	uma	sociedade	 liberal-burguesa	que	entende	as	pessoas	 como
átomos	 associais,	 isolados,	 apropriadores	 e	 consumidores	 que	 usam	 os
direitos	 para	 proteger	 seus	 interesses	 em	 vez	 de	 pensar	 no	 bem	 comum.
Objetivamente,	os	direitos	econômicos	e	sociais	se	revelam	mais	como	normas
programáticas,	 verdadeiras	 aspirações	 e	 esperanças,	 e	 não	 como	 direitos	 ?
sujeitos	 a	 julgamento?	 que	 possam	 ser	 levados	 aos	 tribunais	 e	 executados.
Eles	 são	 direitos	 de	 grupo	 ou	 classe,	 enquanto	 que	 a	 tradição	 dos	 direitos
humanos	está	preocupada	com	direitos	individuais	e
Dentre	os	diversos	fatores	que	contribuem	para	que	se	considere	a	crise	dos
direitos	humanos	Douzinas,	(2009,	p.156),	aponta	que	um	deles	é	a	apreensão
de	seu	discurso	tanto	pelo	poder	público	quanto	pelo	privado.	Na	medida	em
que	 governos,	 instituições	 internacionais,	 juristas	 e	 diplomatas	 se	 apoderam
dos	 direitos	 humanos,	 estes	 têm	 todo	 seu	 poder	 contido	 e	 sua	 finalidade
destruída.	 O	 autor	 não	 nega	 que	 a	 institucionalização	 dos	 direitos	 humanos
seja	 útil,	 mas	 atenta	 para	 o	 fato	 de	 que	 a	 sua	 reprodução	 em	 códigos,
tratados	 e	 convenções	 é	 uma	 forma	 dos	 governos,	 seus	maiores	 violadores,
serenarem	sua	consciência	coletiva	de	maneira	pública.	(HOGEMANN,	2015)
Aplicação	Prática	Teórica
Os	conhecimentos	apreendidos	serão	de	fundamental	importância	para	a
reflexão	teórica,	envolvendo	a	compreensão	necessária	de	que	o	direito,	para
ser	entendido	e	estudado	como	fenômeno	cultural	e	humano,	precisa	ser
tomado	como	sistema	disciplinador	de	relações	de	poder,	a	partir	da
metodologia	utilizada	em	sala	com	a	aplicação	dos	casos	concretos,	a	saber:	
CASO	CONCRETO
Leia	os	dois	textos	abaixo	e,	a	seguir,	responda	o	que	se	pede:
Punks	matam	skinhead	na	Rua	Augusta
São	Paulo	-	Intolerância.	Esse	é	o	provável	motivo	que	levou	à	morte	o
operador	de	scanner	Ricardo	Sutanis	Cardoso,	de	22	anos,	na	madrugada
deste	sábado.	Um	grupo	de	punks	o	cercou	na	Rua	Augusta,	altura	do	nº
1036,	no	Centro.	Sem	chance	de	reação,	o	rapaz	levou	facadas	nas	costas	e
golpes	de	barra	de	ferro	na	nuca	[...]	O	adestrador	de	cães	Alírio	Sutanis
Cardoso	Júnior,	de	36	anos,	irmão	de	Ricardo,	revelou	que	o	irmão,	há	pouco
tempo,	integrava	um	grupo	de	skinheads	nacionalistas.	[...]
"Um	dos	rapazes	que	socorreu	meu	irmão	disse	que	eram	punks,	entraram
num	carro	e	sumiram.	Que	ironia:	o	Ricardo	estava	agonizando	e	quem	se
prontificou	a	tentar	salvá-lo	era	um	homossexual.	Os	skinheads	não	toleram
gays"	ressalta.	(Disponível	em	<http://oglobo.globo.com>.	Acesso	em:	03	nov.
2007)
Declaração	Universal	dos	Direitos	Humanos,	1948	-Artigo	2º
I)	Todo	o	homem	tem	capacidade	para	gozar	os	direitos	e	as	liberdades
estabelecidos	nesta	Declaração	sem	distinção	de	qualquer	espécie,	seja	de
raça,	cor,	sexo,	língua,	religião,	opinião	política	ou	de	outra	natureza,	origem
nacional	ou	social,	riqueza,	nascimento,	ou	qualquer	outra	condição.
A	Declaração	Universal	dos	Direitos	Humanos	foi	redigida	em	1948,	portanto,
após	o	fim	da	Segunda	Guerra	Mundial,	época	em	que	o	mundo	assistiu
estarrecido	às	atrocidades	cometidas	pelo	nazismo	e	o	fascismo,	portanto
este	documento	foi	elaborado	numa	conjuntura	sócio-política	bastante	diversa
do	momento	atual.	Contudo,	as	conexões	entre	o	passado	e	o	presente	estão
constantemente	a	nos	cercar	e,	por	vezes,	a	nos	assaltar.
Tendo	em	conta	as	noções	de	validade	e	de	eficácia	da	norma,	elabore	um
texto	coerente	e	sucinto,	levando	em	conta:
-	a	relação	da	Declaração	Universal	dos	Direitos	Humanos	com	o	contexto
histórico	no	qual	ela	foi	redigida.
-	a	conexão	entre	as	preocupações	explicitadas	na	Declaração	de	1948,	em
seu	respectivo	momento	histórico,	e	as	características	do	episódio	relatado	no
artigo	d?O	Globo.
A	resposta	desta	questão	deverá	ter,	no	mínimo,	08	linhas	e,	no	máximo,	13
linhas.
QUESTOES	OBJETIVAS
1.	No	que	se	refere	às	dimensões	de	direitos	humanos,	é	correto	afirmar:
a)	A	primeira	dimensão	diz	respeito	aos	direitos	que	gravitam	em	torno	da
liberdade	e	surgiram	com	o	Estado	Liberal	Burguês.
b)	A	segunda	dimensão	diz	respeito	aos	direitos	exclusivamente	políticos,	ou
seja,	aos	direitos	de	participação	política,	sendo	que	a	terceira	dimensão
abriga	os	direitos	sociais.
c)	A	terceira	dimensão	diz	respeito	aos	direitos	de	liberdade,	em	especial,	ao
de	não	ser	privado	arbitrariamente	em	sua	liberdade	e	surgiram	a	partir	do
final	da	2ª	Guerra	Mundial.
d)	A	primeira	dimensão	diz	respeito	aos	direitos	sociais	e	surgiram	a	partir	da
derrocada	do	liberalismo	e	coincidem	com	os	Estados	Totalitários.
e)	A	primeira	e	a	segunda	dimensões	de	direitos	fundamentais	surgem
somente	ao	final	da	1ª		Guerra	Mundial	e	estão	atreladas	ao	surgimento	dos
movimentos	totalitários,	em	especial,	ao	nazismo.
2.	Assinale	a	alternativa	correta	em	matéria	de	Direitos	Humanos.
a)	A	proteção	aos	Direitos	Humanos,	no	Estado	brasileiro,	está	limitada	às
relações	de	trabalho.
b)	O	sistema	jurídico	brasileiro	não	incorporou	nenhuma	norma	internacional
de	Direitos	Humanos
c)	A	prevalência	dos	direitos	humanos	como	vetor	de	política	internacional	não
obriga	sua	observância	nas	relações	domésticas.
d)		Pelo	fato	de	o	Brasil	não	ter	participado	na	Segunda	Guerra	Mundial,	a
Declaração	Universal	dos	Direitos	Humanos	não	teve	reflexo	no	sistema	jurídico
interno.
e)	A	Constituição	de	1988	estabelece	a	prevalência	dos	direitos	humanos
como	princípio	do	Estado	brasileiro	em	suas	relações	nacionais	e
internacionais.

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