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JGCB - Julho de 2006 - Prancha * FUNDAMENTOS EM MOTORES VOLTADO PARA APLICAÇÃO EMS José Guilherme Coelho Baêta José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * SUMÁRIO Cap. 1 – Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Cap. 2 – Parâmetros indicados, parâmetros efetivos e parâmetros de atrito Cap. 3 – Consumo horário, consumo específico, A/F, e F/A Cap. 4 – Determinação das eficiências de conversão, combustão e eficiência térmica Cap. 5 – Termodinâmica aplicada (Ciclos ideais, reais) Cap. 6 – Análise da combustão e transferência de calor a partir de dados experimentais Cap.7 – Método de calibração e ajuste de softwares de controle motor José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * PARÂMETROS E CÁLCULOS DE GEOMETRIA DO MOTOR Definição dos critérios iniciais para o projeto: Faixa de operação e desempenho requerido; Consumo de combustível / custos; Custos de desenvolvimento e construção; Confiabilidade, durabilidade e manutenção e impacto sobre os custos de operação. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais - Volume da câmara de combustão - Volume deslocado - Diâmetro do cilindro - Curso do pistão - Comprimento da biela - Raio da manivela - Altura do pino pistão ao centro virabrequim - Ângulo virabrequim José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Relação volumétrica de compressão - Volume deslocado - Volume da câmara de combustão A definição da relação volumétrica de compressão deve levar em consideração a geometria dos demais componentes (turbulência), o combustível utilizado, a maximização da eficiência térmica nos regimes de operação do motor mais solicitados (De acordo com a aplicação). Impacta diretamente sobre o ângulo da pressão máxima de combustão (avanço em MBT ou LDI). José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Relação curso / diamêtro - Diâmetro do cilindro - Curso do pistão =1 (Quadrado) >1 (Super-quadrado) <1 (Sub-quadrado) Valores típicos - Motores SI pequenos e médios de 0,8 a 1,2 - Motores CI grandes 0,5 Impacta diretamente no tamanho do motor, na eficiência térmica, no atrito, resistência e materiais, no torque disponível, na faixa de velocidade de operação e blow-by. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Relação biela / manivela - Comprimento da biela - Raio da manivela Valores típicos - Motores SI pequenos e médios de 3 a 4. - Motores CI grandes 5 a 9. Impacta diretamente no tamanho do motor, no atrito, resistência e materiais, no torque disponível, na faixa de velocidade de operação, balanceamento do conjunto (forças alternadas e centrifugas). José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo volume instantâneo - Volume instantâneo Determinação do diagrama P x V ou indicado. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo da área superficial da câmara / ângulo virabrequim - Área superficial instantânea - Área superficial volume morto - Área superficial do pistão Determinação da taxa de transferência de calor por ciclo em cada regime de operação Impacta diretamente na eficiência térmica e possibilita a otimização do nível de turbulência no interior da câmara de combustão José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo da velocidade média do pistão - Velocidade média do pistão - Freqüência de rotação Determinação da pressão média motorizada em cada regime de operação Impacta na vedação, atrito, fluidodinâmica dos gases e inércia do trem de força José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo da velocidade instantânea do pistão - Velocidade instantânea do pistão - Freqüência de rotação Determinação das acelerações e carregamentos instantâneos Impacta no dimensionamento do trem de força e das relações geométricas José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo e análise 1-) Plote as curvas x , variando R de 3 a 4 com intervalo de 0,1 e de 10 em 10 graus. Discuta os resultados. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação do trabalho ou torque e da potência indicada = pressão no interior do cilindro = diferencial de volume O trabalho líquido leva em consideração o trabalho do ciclo O trabalho bruto leva em consideração apenas o trabalho de compressão e expansão José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação do torque e potência efetiva = potência indicada bruta ou líquida = trabalho indicado bruto ou líquido = número de voltas do virabrequim para cada tempo motor A potência indicada é essencial para a determinação da potência de atrito José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação do trabalho ou torque e potência efetiva = Torque efetivo = Distância de aplicação da força = Força aplicada à célula de carga O torque é definido como a medida da capacidade do motor produzir trabalho e a potência é a taxa em que este trabalho é realizado. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação PME Enquanto o torque é uma medida da capacidade do motor realizar trabalho, isso depende do tamanho do motor. Uma medida mais abrangente do desempenho de um motor é a PME levando em consideração o volume deslocado por ciclo. ou , Qualidade da PME = José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da PMM e da , ou A pressão média motorizada é caracterizada pela soma do atrito mecânico das partes móveis, dos acessórios e do bombeamento do fluido de trabalho. A eficiência mecânica leva em consideração a razão da potência efetiva ou da PME pela potência indicada ou PMEI. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da PMM e da 11:1 12,5:1 15:1 José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da PMM e da Correlação de Barnes-Moss Correlação de Bishop Correlação de Chen-Flynn Correlação de Farinha José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da PMM e da José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da eficiência volumétrica = Massa de ar admitido = Densidade do ar admitido = Consumo horário de combustível = Densidade de referência = Relação ar/combustível José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação do SFC e da eficiência de conversão do combustível = Vazão mássica de combustível = Poder calorífico inferior Energia total disponível do combustível A eficiência de conversão do combustível não depende apenas do SFC, mas também do PCI José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da eficiência de combustão e eficiência térmica = Calor bruto liberado da combustão CUIDADO SE ESTÃO CALCULANDO EFICIÊNCIAS INDICADAS OU EFETIVAS E SE O TRABALHO INDICADO É BRUTO OU LÍQUIDO = Potência (i - indicada ou ef - efetiva) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da eficiência energética global e detalhamento do cálculo desempenho A Potência específica mede diretamente o sucesso do projeto independente do tamanho do motor José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da relação estequiométrica de misturas Petróleo 83% a 87% de carbono em massa 11% a 14% de hidrogênio em massa Para fins de simplificação do cálculo da equação de equilíbrio, a fração do ar que não é oxigênio é considerada como sendo nitrogênio, sendo que para cada mol de oxigênio tem-se então 3,76 moles de nitrogênio. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da relação estequiométrica de misturas Gasolina Considerando que a massa molecular do ar, Mar, é 29 kg/mol, e a da gasolina, Mgas, é 111 kg/mol, tem-se: José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da relação estequiométrica de misturas Álcool etílico Considerando que a massa molecular do ar, Mar, é 29 kg/mol, e a do álcool etílico, Malc, é 46 kg/mol, tem-se: José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da relação estequiométrica de misturas GMV Considerando que a massa molecular do ar, Mar, é 29 kg/mol, a do metano, Mmet , é 16 kg/mol, tem-se: José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação da relação estequiométrica de misturas Gasohol (25% E100 vv) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Determinação do consumo de combustível através dos mínimos quadrados José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo e análise 2-) Baseado nos arquivos de dados para o E94 com a relação volumétrica de compressão de 11:1 e de 15:1 calcule e mostre graficamente: a-) A PMM experimental e compare com a correlação de Barnes-Moss, explique as diferenças entre 11:1 e 15:1. b-) A eficiência mecânica, a eficiência volumétrica e a eficiência energética global, discuta as diferenças encontradas e aponte as causas. Conclua sobre a eficiência térmica e de combustão para ambos os casos. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Cálculo e análise 3-) Baseado no arquivo relativo aos dados brutos de consumo aquisitados para o E94 faça: Trate os dados experimentais relativos ao cálculo do consumo de combustível, aplique a metodologia “Spike” e determine o consumo para todos regimes de rotação, trace o gráfico de consumo horário deste motor. 4-) Balancear a equação da combustão estequiométrica para 40% de álcool etílico na gasolina C (gasohol) e calcular o valor da mistura estequiométrica. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Fatores que afetam o desempenho - Análise global José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Fatores que afetam o desempenho - Análise global José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Parâmetros e cálculos de geometria de motores à combustão interna Relações geométricas fundamentais Fator lambda para obtenção do torque ótimo Os fatores ótimos dependem das características físicas do motor Valores usuais (GNV) λ = 0,97; A/F = 16,7 (E25) λ = 0,88; A/F = 11,6 (E94) λ = 0,92; A/F = 8,3 José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo de Carnot Máquina térmica ideal Processos: 1-2 expansão isotérmica 2-3 expansão isentrópica 3-4 compressão isotérmica 4-1 compressão isentrópica W Q José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Processos de compressão e expansão Isentrópico (entropia constante, n = γ = cp/cv) Isotérmico (temperatura constante, n = 1) Isobárico (pressão constante, n = 0) Isocórico (volume constante, n = -∞) Politrópico (real) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto (queima a volume constante) Motores de ignição a centelha Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isocórica 3-4 expansão isentrópica 4-1 expansão isocórica 1-0 exaustão isobárica José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Diesel (queima a pressão constante) Motores de ignição por compressão Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isobárica 3-4 expansão isentrópica 4-1 expansão isocórica 1-0 exaustão isobárica José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Misto (Sabathé ou Sieliger) Motores Otto e Diesel Processos: 0-1 admissão isobárica 1-2 compressão isentrópica 2-3 queima isocórica 3-4 queima isobárica 4-5 expansão isentrópica 5-1 expansão isocórica 1-0 exaustão isobárica José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos Para ciclos com a mesma razão de compressão, o ciclo mais eficiente é o ciclo Otto (quant. calor menor, maior expansão) γ = 1,3 rc = 12 Q/(cvT) = 8,525 José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos Para ciclos Otto e Diesel com a mesma pressão máxima de operação, o ciclo mais eficiente é o ciclo Diesel (quant. calor menor, maior expansão) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Comparação entre ciclos A taxa de compressão do ciclo Otto é limitada pela detonação do combustível Para o ciclo de Diesel e Sabathé foi considerado um valor de α = β = 2 José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Outros ciclos Ciclo Stirling (Motor de combustão externa) 1-2 e 3-4 são processos isotérmicos Ciclo Brayton (Turbina a gás) ciclo aberto (4-1) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Ciclo indicado para o motor FIRE FLEX 1.3 8V, queimando E94, com taxa de compressão de 11:1, ECU Motec M4 a 2500 rpm José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Diferenças: A – Perda de calor pelas paredes B – Queima finita C – Abertura antecipada da válvula de exaustão D – Perdas de bombeamento Plena carga Carga parcial José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Efeito da abertura das válvulas de admissão e exaustão Efeito do avanço de ignição José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Outros ciclo Otto ideais Considerando carga parcial Considerando uso de um sobrecarregador (turbo ou compressor) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Otto real Curva de pressão no cilindro em um ciclo do motor de ignição por centelha José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Ciclo Diesel real Diferenças: A – Perda de calor pelas paredes B – Queima finita (tipo Sabathé) C – Abertura antecipada da válvula de exaustão D – Perdas de bombeamento José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Velocidade média de rotação (rpm) Massa de ar na admissão ideal (kg) - é a massa máxima que poderia ser admitida no cilindro (r0.Vd). Eficiência volumétrica (%) - definida como a massa de ar admitida no motor pela massa de ar na admissão ideal. Massa de ar admitida no motor no ciclo (kg) Vazão mássica ideal de admissão (kg/h) Vazão mássica média admitida (kg/h) Massa de gás retida no cilindro no final do ciclo (kg) Eficiência de retenção (hex) (Trapping efficiency) (%) - definida como a massa de ar retida no cilindro pela massa de ar admitida no cilindro. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Razão estequiométrica ar/combustível, em massa Razão ar/combustível, em massa - é a razão entre a massa total de ar admitida e massa total de combustível injetada. Fator lambda Razão de compressão volumétrica Razão de compressão efetiva - é a pressão máxima atingida dentro do cilindro durante um ciclo sem combustão. Pressão atmosférica (Pa) Pressão máxima no cilindro no ciclo (Pa) Pressão média no cilindro no ciclo (Pa) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Pressão média efetiva (PME) (Pa) - é a pressão média que deveria ser exercida sobre o pistão durante a fase de expansão para que fosse gerado o mesmo torque médio. A equação que a define é, para motores de quatro tempos: Torque máximo indicado em um ciclo (N.m) – é o torque máximo sem considerar as perdas de atrito (indicado) Torque médio indicado em um ciclo (tid)(N.m) Potência média indicada desenvolvida no ciclo (Pid) (kW) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Poder calorífico inferior do combustível (PCI) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura estequiométrica combustível/oxigênio com o sinal trocado, nas condições padrão de temperatura e pressão e considerando a combustão completa gerando apenas CO2(g) e H2O(g). Calor padrão de combustão do combustível (Dhc0) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura combustível/ar, nas condições padrão de temperatura e pressão e considerando a composição de equilíbrio para os gases de combustão. Calor de combustão do combustível (Dhc) (J/kg) - é definido como o calor de combustão da mistura combustível/ar, nas condições locais de temperatura e pressão e considerando a composição de equilíbrio para os gases de combustão. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Energia ideal disponível na combustão (DHc0) (J) – é a energia calculada multiplicando o PCI pela massa de combustível admitida. Energia total disponível na combustão (DHc) (J) – é a energia é calculada multiplicando o calor de combustão do combustível (Dhc) pela massa de combustível admitida. Energia total perdida para o sistema de resfriamento (Ql) (J) Eficiência da combustão (hb) (%) - é definida como a razão entre a energia total disponível na combustão pela energia ideal disponível na combustão José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência térmica padrão (ht0) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pela energia ideal disponível na combustão Eficiência térmica termodinâmica (ht) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pela energia total disponível na combustão José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência exergética (hex) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil pelo trabalho útil máximo obtido pela análise de ciclo baseada na 2ª Lei da Termodinâmica, (Gallo, 1990) onde, Mad é a massa de mistura admitida no ciclo, exig é a disponibilidade dos gases na ignição, ex720º é a disponibilidade dos gases no fim do ciclo e é a temperatura média do gás dentro do cilindro. José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Ciclos termodinâmicos Índices de eficiência Eficiência térmica ideal (hti) (%) - é definida como a razão entre o trabalho útil e o calor liberado na combustão, definidos pelo ciclo Otto ideal Consumo de combustível (kg/h) Consumo específico combustível (kg/kW/h) Temperatura média de exaustão (K) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento experimental Instalar um sensor de pressão piezocapacitivo (resposta rápida) com faixa de medição adequada (0 a 150 bar) Ajustar o condicionador de sinal, tipo integrador de carga Ajustar a aquisição da pressão para uma freqüência para no mínimo 14400 amostras em 2 ciclos de rotação (0,05º de resolução angular da posição do virabrequim) Sensor na vela de ignição - AVL José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento experimental Aquisitar o sinal do sensor de rotação e de fase (se instalado) com uma freqüência mínima de 10 amostras por sinal do dente da roda fônica (Nrpm*10) juntamente com o sinal de pressão (se existir o sensor de fase a taxa de aquisição pode se reduzida para Nrpm*3) Reduzir a filtragem de ruído a um mínimo necessário sem cortar freqüências de detonação (20-40 kHz) Aquisitar o sinal de zero do sensor e a pressão atmosférica, temperatura e umidade local Aquisitar o sinal para o motor rodando somente com o motor de partida José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento experimental Aquisitar o sinal para o motor rodando sem queima no cilindro instrumentado Aquisitar o sinal para o motor com queima O tempos de aquisição deve ser suficiente para adquirir no mínimo 10 ciclos de pressão (10*2*60/Nrpm) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Ler do arquivo de aquisição os dados: tempo, pulsos do sensor da roda fônica e pressão Converter a coluna de dados de pressão de Volts para Pascal de acordo com o ganho do sistema de aquisição e corrigir a tendência (“offset”) Quadrar em 0 e 5 volts (TTL) o sinal de pulso detectando o ponto de passagem por zero do sinal Localizar os pulsos mais largos, referentes à falta de dois dentes na roda fônica José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Localizar o primeiro PMS de compressão do cilindro 1 pela curva de pressão versus tempo Calcular a posição angular entre 0 e 720 graus baseado nos pulsos TTL da roda fônica e pela posição do PMS do cilindro 1. Observar que se deve usar Zero graus para o início da aspiração e não o PMS de compressão que faria a curva de pressão ficar partida no primeiro terço Determinar a curva Pressão versus Ângulo do Virabrequim (Teta), mais representativa, ou seja, a curva cuja pressão máxima é a mais próxima da média de todas as pressões máximas medidas José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Criar uma tabela como os seguintes dados: Índice, Tempo (s), Teta (graus), Teta (rad), Velocidade Angular (rad/s), Velocidade Angular (rpm), Pressão (Pa), DPressãoDTeta (Pa/rad), DPressãoDTempo (Pa/s) Onde, as derivadas de teta e da pressão são calculadas numericamente A velocidade angular permite verificar a magnitude da variação da rotação ao longo de um único ciclo José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Calcular para cada Teta o valor do Volume no cilindro e sua derivada, usando as equações: Vcc é o volume fixo da câmara de combustão D é o diâmetro do cilindro Lb é a distância entre centros da biela Rb é o raio do virabrequim (centro a centro) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Construir o diagrama indicador, ln(Pressão) versus ln(Volume). A fase de aspiração ficará sem muita definição devido a grande faixa de medição do sensor A Taxa Aparente de Liberação de Calor versus Teta é determinada por: é a razão de calores específicos do gás (1,4) José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração A Fração Queimada da Mistura versus Teta é determinada pela seguinte seqüência: Calcular a taxa de variação da fração queimada em função de teta, entre os ângulos da ignição (ig) e o de fim de queima (b), usando : José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração A Velocidade de Queima do Combustível é determinada pelo seguinte processo. Calcular o volume da fração queimada versus o tempo, usando : O raio da chama (rb) é calculado interpolando numa tabela de volume da fração queimada (Vb) em função do raio de chama e ângulo do virabrequim José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração A velocidade de queima (Vch) é a derivada numérica do raio de chama em função do tempo, portanto, é importante conservar a base de tempo (coluna de tempo) durante todo o processo de depuração José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração É possível calcular o fator de turbulência na velocidade de queima (ft) desde que sejam conhecidas: a velocidade de queima laminar da mistura (Vl) em função do fator lambda, a pressão e temperatura médias da mistura no final da compressão e o tipo de combustível A temperatura média do gás pode ser obtida por: Média do gás queimado e do gás não-queimado Gás não-queimado José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Não existem dados confiáveis sobre a combustão do etanol e de suas misturas com gasolina A linha da gasolina C foi calculada por média ponderada de composição etanol / isooctano José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Depuração de medições de pressão no cilindro (ciclo Otto) Procedimento de depuração Fazer uma análise FFT (transformada rápida de Fourier) do sinal de pressão versus tempo e do sinal de rotação versus tempo para levantar freqüências importantes no funcionamento do motor José Eduardo Mautone Barros JGCB - Julho de 2006 - Prancha * Bibliografia Barros, J. E. M. Estudo de motores de combustão interna aplicando análise orientada a objetos. Belo Horizonte: Tese de Doutorado, Engenharia Mecânica, UFMG, 2003. Ferguson, C. R., Internal combustion engines: applied thermosciences. New York, John Wiley & Sons, 1986. Giacosa, D. Motori Endotermici. Milano: Hoepli, 15ª ed., 2000. Heywood, J. B. Internal combustion engine fundamentals. New York: McGraw-Hill, 1988. Oates, G. C. Aerothermodynamics of gas turbine and rocket propulsion. AIAA Education Series. Washington, DC: AIAA, 1988. Wark, K. Thermodynamics. New York: McGraw-Hill, 1977. José Eduardo Mautone Barros
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