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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP – CAMPUS ii MARCOS ALMEIDA DANTAS DE SOUZA JHONATHAN JÚNIOR PINHEIRO DOS SANTOS ALEXANDRE FERRAREZE DIAS MASCARENHAS ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DIREITO DAS SUCESSÕES SANTOS 2017 MARCOS ALMEIDA DANTAS DE SOUZA RA. T108GB3 JHONATHAN JÚNIOR PINHEIRO DOS SANTOS RA.B64JAA1 ALEXANDRE FERRAREZE DIAS MASCARENHAS RA. B928352 ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA DIREITO DAS SUCESSÕES Atividade, apresentada a Universidade Paulista - UNIP, como parte das exigências para a obtenção de notas semestrais. Santos, 23 de novembro de 2017. FICHA TÉCNICA CONCEITOS JURÍDICOS Carlos Roberto Gonçalves – p.10 - 12 LEGISLAÇÃO UTILIZADA Arts. 1.658, 1.789, 1.829, 1.832, 1.845, 1.846 e 1.849 do C.C RESUMO O presente trabalho tem como objetivo fomentar estratégias que permitam ao aluno construir conhecimento com autonomia e atuação em equipe, para desenvolver habilidades de pesquisa, seleção e consolidação de informações, comunicação de ideias, debate em grupo e apreensão de saberes específicos de sua área de formação profissional. ABSTRACT This work aims to promote strategies that allow students to construct knowledge with team autonomy and performance, to develop research skills, selection and consolidation of information, communication of ideas, group discussion and seizure of specific knowledge of their area of training professional. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo expor o estudo em torno da sucessão testamentária. Com a apresentação de um caso a ser resolvido, os alunos tiveram que demonstrar conhecimento acerca da matéria para apresentar uma resolução. Este tipo de trabalho estimula o raciocínio jurídico e a capacidade de debate para a resolução de casos em concreto. Abaixo segue a apresentação do caso proposto sucedida pelo Parecer Jurídico que expõe a resolução do caso proposto. Esse é o breve introito. CAPÍTULO I 1.CASO APRESENTADO Suares Rocha Porto é casado e tem três filhos com sua esposa, Sarina Rocha Porto, todos maiores de idade. Recentemente, ele descobriu que tem um tumor cancerígeno em estado muito grave, deve sofrer uma cirurgia bastante séria e com grande risco de morte. Ele resolveu contar para a família que tem um outro filho, que mora em outra cidade, cuja mãe já é falecida e que no momento está com 14 anos. Também decidiu que seu patrimônio, uma casa, um carro e um apartamento pequeno, será dividido da seguinte forma: casa e carro em partes iguais para Sarina e os filhos maiores; e o apartamento pequeno ficará inteiramente para o filho menor, porque ele não conviveu com o pai e, por isso, deve ser compensado de alguma maneira. Suares pretende fazer um testamento deixando sua intenção formalizada, para não haver problema após a sua morte. Os filhos maiores de Suares e Sarina não estão muito convencidos de que a intenção do pai seja a melhor solução. Eles procuram o escritório de advocacia do qual o grupo é sócio e pedem um parecer. CAPÍTULO II 2. PARECER JURÍDICO. TESTAMENTO E SUCESSÃO PARECER JURÍDICO EMENTA TESTAMENTO. SUCESSÃO. ART. 1829 CÓDIGO CIVIL. A sucessão testamentária é de pouca aplicação prática no Brasil, pois além do brasileiro não ter um vasto patrimônio para dispor, a sucessão legítima comtempla, justamente, as pessoas que, em regra, serão comtempladas pelo autor da herança, o que por fim dispensa e desestimula o testamento. RELATÓRIO Com efeito, o cerne do presente parecer versa sobre consulta formulada pelos filhos de Suares e Sarina, tendo como caso, Suares Rocha Porto, casado com três filhos e sua esposa, Sarina Rocha Porto, todos maiores de idade. Recentemente, ele descobriu que tem um tumor cancerígeno em estado muito grave, deve sofrer uma cirurgia bastante séria e com grande risco de morte. Ele resolveu contar para a família que tem outro filho, que mora em outra cidade, cuja mãe já é falecida e que no momento está com 14 anos. Também decidiu que seu patrimônio, uma casa, um carro e um apartamento pequeno, serão divididos da seguinte forma: casa e carro em partes iguais para Sarina e os filhos maiores; e o apartamento pequeno ficará inteiramente para o filho menor, porque ele não conviveu com o pai e, por isso, deve ser compensado de alguma maneira. Suares pretende fazer um testamento deixando sua intenção formalizada, para não haver problema após a sua morte. “É o relatório. Passamos a opinar”. FUNDAMENTAÇÃO Iniciando nossa análise, abordaremos por primeiramente que, no caso apresentado pelos filhos e esposa de Suares é possível entender que os bens relatados são de propriedade de ambos os cônjuges. Então deverá ser respeitada a ordem de sucessão legítima e da meação. Senão vejamos: Art. 1.829 – A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. Já o artigo 1.846 deixa de forma indireta a garantia da meação ao cônjuge sobrevivente. Art. 1.846 – Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. Assim, torna-se possível de afirmar que o testador poderá apenas dispor de 50% (cinquenta por cento) de sua cota parte. Nesta senda, o artigo 1.845 ainda traz os herdeiros necessários, bem como, o art. 1.789 regulariza o que o testador poderá dispor. Art. 1.845 – São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Art. 1.789 – Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Comisso, o testador deve respeitar a parte correspondente a meação, podendo dispor em testamento de 50% (cinquenta por cento) dos bens e de forma livre de 25% (vinte e cinco por cento), ou seja, apenas metade de sua cota parte poderá ser doada a quem ele quiser, inclusive ao filho que foi concebido fora da constância do casamento, mais a outra metade obrigatoriamente deve ser dividia entre os herdeiros necessários. E mesmo o filho que receber em forma de doação os 25% (vinte e cinco por cento) ainda terá seu direito a legítima: Art. 1.849 – O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima. Outrossim, destarte, ainda é de direito do cônjuge a quinhão igual ao dos que sucedem por cabeça; Art. 1.832 – Em concorrência com os descendentes caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Portanto, conforme os dispositivos alhures, chegamos ao entendimento de que o testador deve deixar 1/5 (um quinto) para cada de sua cota parte, fora os 50% (cinquenta por cento) que ele pode dispor como quiser. CONCLUSÃO. Pelo exposto, respondendo o questionamento formulado na consulta, opino no sentido de que o testador não poderá deixar em testamento o apartamento para seu filho concebido fora do casamento, uma vez que ele não respeitou os herdeiros necessários, assim sendo, deve garantir a meação a sua esposa, na qual 50% (cinquenta por cento) dos bens são garantidos a ela. E de sua parte ele poderá dispor de forma livre de 50% (cinquenta por cento), porque os outros 50% (cinquenta por cento) são garantidos aos herdeiros necessários, onde entram nesse caso sua esposa e os 04 (quatro) filhos. Com tudo se ele deixar em testamento os 50% (cinquenta por cento)dasua cota parte mais 1/5 (um quinto)da sua herança e não for o valor em Reais correspondente ao valor do imóvel ele não poderá deixar o apartamento para seu filho menor de idade. É o parecer, sub censura. Santos, 23 de novembro de 2017. CONCLUSÃO O presente trabalho apresentou um estudo acerca da sucessão testamentária. Na extensa seara do direito civil, concordamos que o testamento pode ser considerado como negócio jurídico causa mortis, pelo qual o titular dispõe de seu patrimônio de acordo com sua vontade para depois de sua morte. Sendo, portanto, uma doação pós-morte. Ressalte-se, contudo, que no testamento pode conter outras declarações de vontade, como reconhecimento de filho, nomeação de tutor, deserdação, dentre outras. Óbvio que a sucessão testamentária contem pressupostos ao atendimento das formalidades legais, a capacidade testamentária ativa e passiva e o respeito ao limite da legítima. Por derradeiro, o presente concluiu que o limite da legítima diz respeito aos 50% reservados aos herdeiros necessários, assim sendo, deixando claro que o testador deve deixar 1/5 (um quinto) para cada de sua cota parte, fora os 50% (cinquenta por cento) que ele pode dispor como quiser. BIBLIOGRAFIA Gonçalves, Carlos Roberto. (Direito civil brasileiro, volume 6: direito de família/Carlos Roberto Gonçalves. — 9. ed. —São Paulo : Saraiva,2012). Gonçalves, Carlos Roberto. (Direito civil brasileiro, volume 7: direito das sucessões/Carlos Roberto Gonçalves. — 6. ed. —São Paulo : Saraiva,2012). Entendimentos Jurisprudenciais. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/.
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