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Introdução ao Recurso 1
Introdução ao Recurso
Created
Tags Processual Civil II
Conceito
Início da fase recursal;
Objetiva a revisão do ato impugnado;
(…) meio de impugnação de decisões judiciais, voluntário, 
interno ao processo em que se forma o ato judicial atacado, 
apto a obter a sua reforma, anulação ou o seu 
aprimoramento.  MARINONI, p. 1 do material disponibilizado 
no classroom. 
NEVES (p. 750 determina que estas são as cinco características essenciais 
do recurso:
a) Voluntariedade;
b) Expressa previsão em lei federal;
c) Desenvolvimento do próprio processo no qual a decisão impugnada foi 
proferida;
March 24, 2024 331 PM
Introdução ao Recurso 2
d) Manejável pelas partes, terceiros prejudicados e Ministério Público; 
e) Com o objetivo de reformar, anular, integrar ou esclarecer decisão 
judicial.
Para que o recurso seja caracterizado, basta que exista a possibilidade de 
revisão do ato judicial, de maneira interna ao processo e por iniciativa 
voluntária do interessado. 
Importante recordar que a identidade de processo não 
significa necessariamente a identidade de autos, 
considerando-se que o recurso pode se desenvolver em 
autos próprios – por exemplo, agravo de instrumento –, 
mas continuará a fazer parte do mesmo processo no qual 
a decisão impugnada foi proferida.  NEVES, p. 1542. 
Sucedâneos recursais → demais formas de impugnação da decisão judicial 
que não se encaixam no conceito de recurso. 
Ex. Mandado de segurança, reclamação, ação rescisória, incidente de 
inconstitucionalidade, etc.
Os Sucedâneos Recursais podem ser classificados como:
a) Sucedâneos Recursais Internos → desenvolvem-se dentro do próprio 
processo no qual a decisão foi proferida;
b) Sucedâneos Recursais Externos → desenvolvem-se num processo 
diferente daquele no qual a decisão impugnada foi proferida
Quando a sentença proferida for prejudicial à União, aos Estados, ao DF, 
e/ou aos Municípios, estará sujeita ao reexame necessário → seus efeitos 
ficarão suspensos até que seja confirmada pelo tribunal. NEVES (p. 753 
entende que, na realidade, o reexame necessários impede a geração do 
trânsito em julgado, e não a eficácia da sentença.
Introdução ao Recurso 3
⚖ CPC  Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não 
produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a 
sentença:
I  proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público;
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação 
no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, 
se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a 
remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação 
ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e 
líquido inferior a:
I  1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas 
autarquias e fundações de direito público;
II  500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito 
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público 
e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III  100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios 
e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a 
sentença estiver fundada em:
I  súmula de tribunal superior;
II  acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo 
Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos 
repetitivos;
III  entendimento firmado em incidente de resolução de 
demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV  entendimento coincidente com orientação vinculante firmada 
no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em 
manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Introdução ao Recurso 4
Este reexame também será necessário quando houver sentença de 
procedência proferidas em embargos do executado opostos contra a 
execução de dívida ativa. 
⚖ CPC  Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não 
produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a 
sentença:
II  que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à 
execução fiscal.
A doutrina entende que o reexame necessário não possui natureza 
recursal  Quintino sinaliza que, por conta da ausência de voluntariedade, 
esse recurso obrigatório não é visto como um recurso. 
Registre-se que, apesar de não poder ser considerado 
uma espécie de recurso, aplica-se ao reexame 
necessário um instituto tipicamente recursal: a proibição 
da reformatio in pejus. Dessa forma, a Fazenda Pública 
não poderá ter sua situação no processo piorada em 
decorrência do julgamento do reexame necessário, sendo 
que, na pior das hipóteses para a Fazenda Pública, sua 
situação manter-se-á inalterada.  NEVES, p. 754. 
Se o recurso não é interposto, o juiz deve ordenar, de ofício ou a 
requerimento, a remessa dos autos ao tribunal ou, em caso negativo, o 
tribunal deve avocá-los;
Correição Parcial
Natureza Administrativa → não é um tipo de recurso;
Trata-se de instrumento cabível diante da inversão da 
ordem na prática dos atos procedimentais, gerando como 
consequência uma confusão procedimental.  NEVES, p. 
1547.
Introdução ao Recurso 5
Pedido de Reconsideração
Construção jurisprudencial → não está previsto em lei;
Não possui natureza recursal;
Não interrompe nem suspende o prazo recursal;
Embargos Infringentes → espécie de pedido de reconsideração da 
sentença, mas com natureza recursal. 
⚖ LEF  Art. 34  Das sentenças de primeira instância proferidas 
em execuções de valor igual ou inferior a 50 (cinquenta) 
Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional  ORTN, só se 
admitirão embargos infringentes e de declaração.
Impugnação e Embargos à Execução
Durante o cumprimento de sentença, o executado pode realizar sua 
defesa por meio da impugnação, a qual é entendida como um incidente 
processual;
Caso as alegações sejam acolhidas, a sentença será anulada.
Reforma → error in judicando. Gera nova decisão;
Invalidação → error in procedendo. Causa Madura. 
O despacho não admite recurso. 
⚖ CPC  Art. 1.001. Dos despachos não cabe recurso.
A decisão que põe fim a execução é sentença → cabe apelação;
Legitimidade para impetrar recurso:
a) Parte que sucumbiu;
b) Terceiro prejudicado;
c) MP. 
Introdução ao Recurso 6
⚖ CPC  Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, 
pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou 
como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade 
de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação 
judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa 
discutir em juízo como substituto processual.
Decisões interlocutórias são agraváveis; 
A interposição de embargos declaratórios gera efeito interruptivo. 
Classificação
Quanto à Finalidade
Recursos Ordinários → visam à justiça de decisão. Direcionam-se à 
interpretação e à aplicação do direito no caso concreto. Voltam-se para 
o direito subjetivo.
Ex. Apelação e Agravo de Instrumento.
Sempre que o objetivo do legislador não consistir em 
preservar o ordenamento jurídico, ou ainda, o direito 
objetivo, mas proteger o interesse particular da parte 
(direito subjetivo) no caso concreto, o recurso será 
classificado como ordinário. (… É evidente que, 
nesses casos, também se obterá uma preservação do 
direito objetivo por meio de uma melhor aplicação da 
lei, mas essa é uma mera consequência do provimento 
do recurso, cuja existência se justifica na proteção do 
direito subjetivo da parte.  NEVES, p. 1556. 
Recursos Extraordinários/Excepcionais → voltam-se para a unidade 
do direito, para a interpretação do direito a partir do caso concreto. 
Introdução ao Recurso 7
Voltam-se para o direito objetivo (a lei).
Ex. Recurso Extraordinário, Recurso Especial, Agravo em RecursoExtraordinário ou em Recurso Especial, Embargos de Divergência.
Essa espécie de recurso é prevista no ordenamento 
processual com o objetivo de viabilizar no caso 
concreto uma melhor aplicação da lei federal e 
constitucional, permitindo que por meio deles se 
preservem tais normas legais. O objetivo, como se 
nota, não é a proteção do direito subjetivo da parte no 
caso concreto, mas a proteção do direito objetivo, 
entendendo-se a sua preservação como significativa 
para toda a sociedade, e não só para a parte 
sucumbente.  NEVES, p. 1555.
Quanto à Abrangência
Recursos Totais → abrangem toda a decisão recorrida;
Recursos Parciais → abrangem somente alguns capítulos ou parcelas 
da decisão. 
São chamados de recursos totais os recursos que têm 
por objeto a integralidade da parcela da decisão que 
tenha gerado sucumbência à parte recorrente, enquanto 
os recursos parciais são aqueles nos quais somente uma 
parcela da decisão que gerou a sucumbência da parte 
recorrente é objeto do recurso. Utilizando-se a ideia de 
capítulos de sentença, que pode na verdade ser aplicada 
para qualquer espécie de decisão, o recurso total é 
aquele que impugna a totalidade dos capítulos da decisão 
que geraram sucumbência à parte, enquanto o recurso 
parcial é aquele no qual somente um, ou alguns dos 
capítulos que geraram sucumbência são objeto do 
Introdução ao Recurso 8
recurso, havendo no caso concreto capítulo que, apesar 
de gerar sucumbência à parte, não é objeto de 
impugnação.  NEVES, p. 1557. 
💡 Tantum devolutum quantum appellatum.
Quanto à Autonomia
Recurso Autônomo → recurso principal oferecido por uma das partes; 
Recurso Adesivo → nos casos de sucumbência recíproca, uma das 
partes pode beneficiar-se do recurso interposto por seu adversário, 
contrapondo-se a ele a favor do seu próprio interesse. 
⚖ CPC  Art. 997. Cada parte interporá o recurso 
independentemente, no prazo e com observância das 
exigências legais.
§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por 
qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso 
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste 
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no 
tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o 
seguinte:
I  será dirigido ao órgão perante o qual o recurso 
independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe 
para responder;
II  será admissível na apelação, no recurso extraordinário e 
no recurso especial;
III  não será conhecido, se houver desistência do recurso 
principal ou se for ele considerado inadmissível.
Recurso independente é aquele oferecido pela parte 
dentro do prazo recursal sem importar a postura 
Introdução ao Recurso 9
adotada pela parte contrária diante da decisão 
impugnada. Recurso subordinado é aquele interposto 
no prazo de contrarrazões de recurso apresentado 
pela parte contrária, motivado não pela vontade 
originária de impugnar a decisão, mas como 
contraposição ao recurso oferecido pela outra parte. O 
recurso independente condiciona-se exclusivamente 
ao preenchimento de seus próprios pressupostos de 
admissibilidade para que seja decidido no mérito, 
enquanto o recurso subordinado está condicionado ao 
conhecimento do recurso independente e ao 
preenchimento de seus próprios pressupostos de 
admissibilidade para que seja decidido no mérito. - 
NEVES, p. 1557.
Assim, por exemplo, sendo vencidos autor e réu, 
relativamente a certa sentença e interposta a apelação 
no prazo regular (quinze dias) apenas pelo autor, 
poderá o réu, no prazo que tem para apresentar as 
contrarrazões, oferecer também apelação adesiva, em 
que apresentará seus motivos para a reforma (ou 
anulação) da sentença em seu próprio benefício. - 
MARINONI. p. 3. 
Se a parte desiste do recurso principal, o recurso adesivo “morreˮ 
junto;
Quanto às custas no caso de desistência do recurso principal:
a) Parte autora do recurso principal fica devendo custas;
b) Parte autora do recurso adesivo não deve custas → considera-se, 
neste caso, que o recurso nem foi conhecido, podendo-se, inclusive, 
pensar em pedir as custas de volta caso tenham sido pagas. 
Introdução ao Recurso 10
⚖ CPC  Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a 
anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do 
recurso.
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a 
análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido 
reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos.
⚖ CPC  Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da 
aceitação da outra parte.
Quanto à Fundamentação Recursal
Em decorrência do princípio da dialeticidade, todo o 
recurso deverá ser devidamente fundamentado, expondo 
o recorrente os motivos pelos quais ataca a decisão 
impugnada e justificando seu pedido de anulação, 
reforma, esclarecimento ou integração.  NEVES, p. 1556.
Recursos de Fundamentação Vinculada → a fundamentação do 
recurso está vinculada às matérias expressamente previstas em lei. 
Suas espécies são:
a) Recurso Especial;
b) Recurso Extraordinário;
c) Embargos de Declaração. 
Recursos de Fundamentação Livre → o recorrente dispõe de uma 
gama de matérias que podem ser alegadas na sua fundamentação 
recursal, devendo respeitar os limites objetivos da demanda. 
Efeitos Recursais
Efeito Obstativo/Impeditivo
Introdução ao Recurso 11
Entende-se que o ingresso de qualquer recurso impede a preclusão 
temporal e, por conseguinte, o trânsito em julgado;
De qualquer maneira, qualquer que seja a corrente 
doutrinária adotada, é uníssono o entendimento de que, 
durante o trâmite recursal, não é possível falar em 
preclusão da decisão impugnada, afastando-se no caso 
concreto durante esse lapso temporal o trânsito em 
julgado e eventualmente a coisa julgada material (decisão 
de mérito). Em razão de tal efeito do recurso, não se 
admite uma execução definitiva enquanto pendente 
recurso de julgamento, porque inexiste nesse caso o 
necessário trânsito em julgado a permitir tal espécie de 
execução.  NEVES, p. 1563. 
Só acontece se o recurso for admitido pelo Tribunal (juízo ad quem).
Efeito Devolutivo
Este efeito prevê que, após prolatar a decisão impugnada, o órgão 
prolator devolve o processo para o órgão julgador; 
(…) sendo o recurso julgado pelo mesmo órgão prolator 
da decisão (por exemplo, embargos de declaração), 
haverá efeito devolutivo? Apesar de importante corrente 
doutrinária entender que somente haverá efeito 
devolutivo em recursos dirigidos a outro órgão 
jurisdicional, diferente daquele que prolatou a decisão, 
não parece ser tal requisito exigido para a configuração 
do efeito devolutivo. O essencial desse efeito é tão 
somente a transferência de matéria decidida para que 
seja novamente analisada e decidida, pouco importando 
qual o órgão jurisdicional que fará tal reexame.  NEVES, 
p. 1563. 
Introdução ao Recurso 12
⚖ CPC  Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento 
da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal 
todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que 
não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo 
impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e 
o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal 
o conhecimento dos demais.
Divide-se em:
a) Devolutivo Horizontal ou Em Extensão → o Tribunal só examina 
aquela matéria que foi impugnada pela parte.
💡 Tantum devolutum quantum apellatum.
b) Devolutivo Vertical ou Em Profundidade → o Tribunal, desde que se 
atenha ao pedido formulado pelo recorrente, pode examinar todos os 
fundamentos do pedido. 
Efeito Suspensivo
O efeito suspensivo diz respeito à impossibilidade de a 
decisão impugnada gerar efeitos enquanto não for 
julgado o recurso interposto.  NEVES, p. 1566.
É a recorribilidade que suspende a eficácia da decisão, e não o recurso 
em si; 
Havendo aprevisão em lei de recurso a ser "recebido 
com efeito suspensivo ,ˮ a decisão recorrível por tal 
recurso já surge no mundo jurídico ineficaz, não sendo 
a interposição do recurso que gera tal suspensão, mas 
Introdução ao Recurso 13
a previsão legal de efeito suspensivo.  NEVES, p. 
1568. 
Caso o recurso previsto em lei não tenha a previsão de efeito 
suspensivo, a decisão, ao ser prolatada, já gera efeitos;
Efeito Suspensivo Próprio → aquele que está previsto em lei, que não 
depende de nada para ser gerado. Neste caso, a decisão que recebe o 
recurso possui efeitos ex tunc;
Efeito Suspensivo Impróprio → aquele que está previsto no caso 
concreto, que será gerado se preenchidos certos requisitos. Neste 
caso, a decisão que recebe o recurso possui efeitos ex nunc;
⚖ CPC  Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, 
salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser 
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus 
efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível 
reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do 
recurso.
O p. ú. do art. 995 traz os critérios para conceder o efeito suspensivo 
do recurso no caso concreto, a saber:
a) Risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, gerado pelo 
geração imediata de efeitos da decisão;
b) Ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso;
c) NEVES (p. 1569 salienta que, ainda que não esteja previsto 
expressamente, o pedido expresso do recorrente também é um 
requisito para a concessão de efeito suspensivo pelo relator. 
Introdução ao Recurso 14
⚖ CPC  Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir 
efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I  homologa divisão ou demarcação de terras;
II  condena a pagar alimentos;
III  extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os 
embargos do executado;
IV  julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V  confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI  decreta a interdição.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser 
suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade 
de provimento do recurso ou se, sendo relevante a 
fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação.
Como se pode notar da leitura do dispositivo legal, a 
concessão de efeito suspensivo não está exclusivamente 
condicionada aos requisitos da tutela de urgência, como 
ocorre no art. 995, parágrafo único, do Novo CPC, mas 
também aos requisitos da tutela de evidência, já que 
basta ao apelante provar a probabilidade de provimento 
do recurso para que o efeito suspensivo seja concedido. - 
NEVES, p. 1569. 
Quanto aos recursos extraordinários e especiais, tem-se que:
a) Se compreendidos entre a publicação da decisão de admissão do 
recurso e sua distribuição, o pedido de efeito suspensivo deve ser 
formulado por meio de simples requerimento, com peça destinada ao 
Tribunal Superior Respectivo; 
b) Se já distribuído, o pedido de efeito suspensivo deve ser formulado 
por meio de simples requerimento, com peça destinada ao relator; 
Introdução ao Recurso 15
c) Se compreendidos entre a interposição do recurso e a publicação da 
decisão de admissão do recurso, o pedido de efeito suspensivo deve 
ser formulado por meio de simples requerimento, com peça destinada 
ao presidente ou vice-presidente do Tribunal recorrido.
⚖ CPC  Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso 
especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão 
interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do 
tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I  a exposição do fato e do direito;
II  a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III  as razões do pedido de reforma ou de invalidação da 
decisão recorrida.
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso 
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por 
requerimento dirigido:
I  ao tribunal superior respectivo, no período compreendido 
entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua 
distribuição, ficando o relator designado para seu exame 
prevento para julgá-lo; 
II  ao relator, se já distribuído o recurso;
III  ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, 
no período compreendido entre a interposição do recurso e a 
publicação da decisão de admissão do recurso, assim como 
no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 
1.037 .
A apelação pode ou não possuir efeito suspensivo.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1037
Introdução ao Recurso 16
⚖ CPC  Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a 
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a 
sentença que:
I  homologa divisão ou demarcação de terras;
II  condena a pagar alimentos;
III  extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes 
os embargos do executado;
IV  julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V  confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI  decreta a interdição
⚖ CPC  Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a 
decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, 
não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em 
preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a 
decisão final, ou nas contrarrazões.
Efeito Translativo
Por efeito translativo entende-se a possibilidade de o 
tribunal conhecer determinadas matérias de ofício no 
julgamento do recurso. Tradicionalmente associado às 
matérias de ordem pública (processuais e materiais), 
também se aplica o princípio ora analisado àquelas 
matérias que, apesar de não serem propriamente de 
ordem pública, contam com expressa previsão legal no 
sentido de poderem ser conhecidas de ofício pelo juiz. É 
o caso, por exemplo, da prescrição, que, apesar de não 
ser uma matéria de ordem pública - afinal, pode ser 
Introdução ao Recurso 17
objeto de renúncia nos termos do art. 191 do CC , pode 
ser conhecida de ofício no julgamento de recurso em 
razão da previsão contida nos arts. 332, § 1° e 487, 
parágrafo único, ambos do Novo CPC.  NEVES, p. 1572. 
Efeito Expansivo
Será gerado o efeito expansivo sempre que o julgamento 
do recurso ensejar decisão mais abrangente do que a 
matéria impugnada - ou ainda quando atingir sujeitos que 
não participaram como partes no recurso, apesar de 
serem partes na demanda.  NEVES, p. 1575. 
Efeito Expansivo Objetivo → a decisão atinge matéria mais abrangente 
que a impugnada. Divide-se em:
a) Efeito Expansivo Objetivo Interno → o julgamento do recurso atinge 
capítulos que até então não tinham sido impugnados na decisão 
recorrida; 
b) Efeito Expansivo Objetivo Externo → o julgamento do recurso atinge 
outros atos processuais que não a decisão recorrida. Ocorre com os 
recursos que não têm efeito suspensivo.
Aline pediu a produção de uma prova pericial em 
primeiro grau de jurisdição, pedido indeferido pelo 
juiz, tendo Aline interposto agravo de instrumento 
contra essa decisão, Como o recurso não tem efeito 
suspensivo, houve o julgamento antecipado da lide, 
em decisão devidamente recorrida por apelação. 
Durante o trâmite da apelação, o agravo de 
instrumento foi provido, determinando-se que Aline 
tinha o direito à produção da prova pericial. Nesse 
caso, pelo efeito expansivo objetivo externo do 
recurso, a sentença será anulada como 
Introdução ao Recurso 18
consequência o provimento do agravo.  NEVES, p. 
1576. 
Efeito Expansivo Subjetivo → o recurso atinge um sujeito processualque não fazia parte do recurso.
⚖ CPC  Art. 1.005. O recurso interposto por um dos 
litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos 
os seus interesses.
Significa dizer que, havendo um litisconsórcio, nem 
todos os litisconsortes recorrem, e ainda assim o 
recurso beneficia a todos. Na aplicação desse 
princípio, a doutrina majoritária interpreta o art. 1.005 
do Novo CPC, que determina o aproveitamento do 
recurso pelos litisconsortes que não recorreram, nos 
termos do art. 117 do Novo CPC. Dessa forma, limita-se 
ao litisconsórcio unitário a aplicação do efeito 
expansivo subjetivo, ou, como prefere parcela da 
doutrina, da dimensão subjetiva do recurso.  NEVES, 
p. 1576. 
Efeito Substitutivo
⚖ CPC  Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a 
decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso.
Efeito Regressivo
Faz com que, por meio do recurso, a causa volte ao juízo que prolatou a 
decisão para ser conhecida. 
Ex. Sentença de indeferimento da petição inicial.
Efeito Diferido
Introdução ao Recurso 19
O conhecimento do recurso depende de recurso a ser interposto contra 
outra decisão ou contra a mesma decisão.
Ex. Recurso Adesivo → só será julgado se o recurso principal for 
conhecido e julgado em seu mérito.

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