Buscar

Livro de Resumos hipertexto2013

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 248 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 248 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 248 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

#Hipertexto2013 l 1
Catalogação na publiCação (Cip)
FiCha CatalográFiCa produzida pelo editor exeCutivo
X3
Xavier, Antônio Carlos.
 Aprendizagem móvel dentro e fora da escola: livro de resumos. 5º Simpósio Hipertexto 
e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias / Antônio 
Carlos Xavier; Alex Sandro Gomes [orgs.]. - Recife: Pipa Comunicação, 2013.
 248p.
 
 ISBN 978-85-66530-25-4
 1. Educação. 2. Tecnologias. 3. Aprendizagem móvel. 4. Escola. 5. Hipertexto. I. Título.
370 CDD
37 CDUc.pc:
16/13ajns
antonio CarloS xavier e alex Sandro gomeS
(.ORGS)
pipa ComuniCação
RECIFE - 2013
Recife. Outubro, 2013 © Este livro poderá sofrer ajustes.
5º SimpóSio hipertexto e teCnologiaS na eduCação 
1º Colóquio internaCional de eduCação Com teCnologiaS
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola Entidades organizadoras
Núcleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional (NETHE/UFPE) 
Grupo Ciências Cognitivas e Tecnologia Educacional (CCTE/UFPE) 
Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPE)
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Computação (Cin/UFPE)
apoiadoreS
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Pró-Reitoria de Pesquisa e 
Pós-Graduação (Propesq/UFPE); Pró-Reitoria de Extensão (Proext/ UFPE); 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); 
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco 
(FACEPE); Editora Universitária (UFPE); Departamento de Letras (UFPE); 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Secretaria de Ciência e 
Tecnologia (SECTEC/PE); Porto Digital; Pipa Comunicação; Redutech; 
Associação Brasileira de Estudos de Hipertexto e Tecnologia Educacional 
(ABEHTE).
equipe de organização
Prof. Dr. Antonio Carlos Xavier – Coordenador – Nehte/UFPE
Prof. Dr. Alex Sandro Gomes – Coordenador – CCTE/UFPE
Profa. Dra. Fatiha Parahyba – Letras/UFPE
Profa. Dra. Joice Armani Galli – Nehte/UFPE
Profa. Dra. Simone Aubin – Nehte/UFPE
Profa. Ms. Simone Reis – Nehte/UFPE
Prof. Ms. Luis Carlos de Castro – Nehte/UFPE
Karla Vidal - Pipa Comunicação
Augusto Noronha - Pipa Comunicação
marCa, divulgação e ComuniCação geral
Pipa Comunicação
ComiSSão CientíFiCa
Prof. Dr. Alberto Poza (UFPE); Profª. Drª. Ana Beatriz Gomes (EDUMATEC/UFPE); 
Prof. Dr. Artur Stamford da Silva (UFPE); Profª. Drª. Evandra Grigolleto (UFPE); 
Profª. Drª. Fabiana Komesu (Unesp/SP); Prof. Dr. Lafayette Batista Melo (IFET/
PB); Prof. Dr. Lourival Holanda (UFPE); Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes (Uniso/
SP); Prof. Dr. Paulo Gileno Cysneiros (UFPE); Prof. Dr. Sébastien Joachin (UFPE/
UEPB); Profª. Drª. Vera Menezes (UFMG).
Capa, projeto gráFiCo e diagramação
Karla Vidal e Augusto Noronha 
(Pipa Comunicação - www.pipacomunicacao.net)So
br
e 
o 
ev
en
to
apresentação
Mais uma vez com muita satisfação nos dirigimos aos participantes do 5º Simpósio de 
hipertexto e tecnologias educacionais para anunciar-lhes as atrações deste evento, que já faz 
parte do calendário de atividades acadêmicas brasileiras. Este ano o Simpósio recebe o reforço 
do 1º Colóquio internacional de educação com tecnologias.
O tema central desta edição é Aprendizagem móvel dentro e fora da escola. E para 
nos ajudar a pensar como utilizar as mídias móveis para “alavancar” a educação brasileira, 
convidamos renomados pesquisadores nacionais e internacionais sobre a temática. Estudiosos 
experientes vindos dos Estados Unidos da América, França e Portugal e pensadores brasileiros 
estarão reunidos proferindo conferências, debatendo em mesas-redondas e lecionando oficinas 
nos dois grande eventos simultâneos. 
Professores e estudantes vindos de 24 Estados da Federação, somando um total de mais de 
600 apresentadores expondo 435 trabalhos acadêmicos no total, buscarão encontrar modelos 
de integração das novas tecnologias ao cotidiano escolar que estejam “antenados” com as 
expectativas dos aprendizes do século XXI.
Complementando à programação científica, os 10 melhores trabalhos classificados 
no Prêmio Artes digitais e Tecnologias Educacionais poderão ser conhecidos pelo público 
ao visitarem os stands em que os trabalhos estarão expostos. Os dois primeiros vencedores 
receberam a hospedagem para os três dias do evento por conta do Simpósio, bem como 
um valor em dinheiro. O objetivo do Prêmio é desvelar virtuoses do mundo digital seja no 
desenvolvimento de aplicativos pedagógicos, seja na criação de formas fruídas e estéticas de 
bom gosto sobre suporte digital.
Mais de 150 pessoas estarão trabalhando para fazer deste evento um grande acontecimento 
científico, artístico e cultural para todos os que vierem participar.
Ao final do evento, será divulgado o ganhador do Troféu Luiz Antonio Marcuschi para 
o melhor trabalho de Iniciação Científica aos estudantes apresentadores de pôsteres digitais. 
Logo após a premiação, haverá o sorteio de brindes, entre eles um Ipad Mini. Fechando em 
grande estilo o evento, os congressistas terão o privilégio de participar do show acústico de um 
dos maiores nomes da cultura musical nordestina e brasileira, o forrozeiro Maciel Melo.
Como você pode já percebeu, sua presença e a programação preparada farão deste evento 
novamente um verdadeiro sucesso em todos os aspectos.
Seja bem-vindo!
antonio Carlos xavier e alex Sandro gomes
Cordenadores
tá no Facebook? Então curta e faça check-in!
 simposiohipertexto 
vai tuítar? use a hashtag:
 #hipertexto2013 #hipertexto2013
#Hipertexto2013 l 7
Síntese
Programa
13/11/2013
7h às 9h – Credenciamento e entrega de material (Cecon/UFPE)
9h – Cerimônia de Abertura – Mesa com autoridades acadêmicas (Cecon/UFPE)
9h15 – Conferência de Abertura – JIM LENGEL – NEW YORK – EUA (Cecon/UFPE)
10h – Coquetel de abertura e Lançamento de Livros (Cecon/UFPE)
10h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
12h30 – Almoço
13h30 às 15h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
15h30 às 17h – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE)
15h30 às 17h – Mesas-Redondas (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
17h às 18h – Conferência – LUCIANO MEIRA – UFPE (Cecon/UFPE)
18h às 19h30 – Oficinas (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE)
14/11/2013
8h às 9h40 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
9h40 às 11h20 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
11h20 às 11h30 – Intervalo para café e visita à Feira de Livros
11h30 às 12h30 – Conferência – ANA AMÉLIA CARVALHO – PORTUGAL (Cecon/UFPE)
12h30 – Almoço
13h30 às 15h30 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
15h30 às 17h – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE)
15h30 às 17h – Mesas-Redondas (Cecon/UFPE, BC/UFPE e NIATE/UFPE)
17h às 18h – Conferência – STEPHANE SIMONIAN – LYON II – FRANÇA (Cecon/UFPE)
18h às 19h30 – Oficinas (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE)
15/11/2013
8h às 9h20 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE)
9h20 às 10h40 – Sessões de Comunicação Oral (Cecon/UFPE e NIATE/UFPE)
11h às 12h – Conferência – JOSÉ MANUEL MORAN – USP – SÃO PAULO (Cecon/UFPE)
12h – Premiações, sorteios e show de encerramento (Cecon/UFPE)
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
8 l #Hipertexto2013
Conferências
#Hipertexto2013 l 9
ConFerênCiaS
Educação 3.0
JamES G. LEnGEL, HunTEr CoLLEGE, CiTy univErSiTy of nEw york
Para entender a educação de hoje, nós precisamos olhar para o passado da história. Há 150 
anos, pessoas trabalhavam sobre a terra, ao ar livre, com ferramentas produzidas manualmente 
e em pequenos grupos. Elas não viajavam muito. O trabalho quase não mudava de geração 
para geração. Filhas faziam o mesmo trabalho de suas mães e de suas avós e suas mães antes 
delas. Com as mesmas ferramentas. Elas conversavamenquanto trabalhavam. O mesmo valia 
para os filhos e pais e avôs. Grupos de trabalho incluíam jovens e velhos. A tecnologia para o 
trabalho mudava lentamente. Quando as ferramentas quebravam, as pessoas podiam consertá-
las. Podemos chamar isso de Ambiente de Trabalho 1.0. Agora, vamos olhar para as escolas 
daquela época. Os estudantes aprendiam na terra, ao ar livre, em pequenos grupos. Eles não 
viajavam muito. Usavam simples ferramentas produzidas manualmente. O trabalho em grupo 
incluía jovens e velhos. Pais e avós frequentavam a mesma escola e aprendiam as mesmas coisas. 
Nós podemos chamar isso de Educação 1.0. Educação e trabalho se correspondiam. A escola 
produzia os tipos de cidadãos necessários para o mundo ao seu redor. Alguém que pudesse 
trabalhar em um pequeno grupo, com ferramentas manuais, executando uma variedade de 
tarefas a cada dia, com uma visão clara do mundo exterior, e um pequeno círculo de conexões. 
Quinze anos depois, o trabalho mudou. As pessoas foram trabalhar em fábricas, com ferramentas 
mecânicas. Elas trabalhavam em grandes grupos, mas sozinhas em suas máquinas. Todos faziam 
a mesma coisa e ao mesmo tempo, durante todo o dia. Eles não podiam conversar. Usavam 
papel e lápis e ficavam sentados em suas mesas. Eles não eram felizes e eram supervisionados 
de perto. Vamos chamar isso de Ambiente de Trabalho 2.0. Esse novo trabalho exigia um 
novo conjunto de habilidades e um novo tipo de cidadão. E então as escolas mudaram para 
acompanhar as necessidades da nova economia industrial. Estudantes se formavam em grandes 
grupos, com a mesma idade. Eles ficavam em lugares fechados e trabalhavam de acordo com o 
relógio. Usavam ferramentas mecânicas, lápis e papel. Todos faziam a mesma coisa e ao mesmo 
tempo e eram supervisionados de perto. Vamos chamar isso de Educação 2.0. Novamente, 
educação correspondia a trabalho. Em ambos os locais as pessoas trabalhavam sozinhas, mas 
em grandes grupos. Elas usavam ferramentas mecânicas, faziam a mesma coisa durante todo o 
dia, e tinham uma pequena conexão com o mundo exterior. Agora, vamos olhar para o trabalho 
de hoje, no ambiente 3.0, muito diferente das fábricas. A maioria das pessoas, atualmente, 
trabalha em pequenos grupos. Elas resolvem problemas juntas. Usam ferramentas digitais. Elas 
apresentam novas ideias para o outro. Robôs fazem trabalhos mecânicos. Elas trabalham com 
problemas que ninguém tinha visto antes. Elas devem recorrer à química, matemática, biologia, 
história e literatura para solucionar problemas. Elas devem reunir informações de várias fontes, a 
maior parte na rede de relacionamentos, chegando a muitos formatos diferentes. Elas devem ser 
multitarefas. Elas conversam umas com as outras. E usam ferramentas digitais para comunicação. 
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
10 l #Hipertexto2013
Trabalham com um amplo círculo de pessoas, de todo o mundo. Vamos chamar isso de Ambiente 
de Trabalho 3.0. Agora, vamos levar a nossa câmera para dentro das escolas de hoje em dia 
para ver se a educação mudou para encontrar a nova economia. O que nós vemos? Estudantes 
em grandes grupos, utilizando papel e lápis como ferramentas. Todos eles fazendo a mesma 
coisa e ao mesmo tempo. Eles aproveitam as poucas conexões com o mundo exterior. E são 
supervisionados de perto. Eles fazem as mesmas coisas durante todo o dia. Não conversam entre 
si. Não são felizes. O que está errado? A educação não evoluiu para acompanhar as necessidades 
do mundo ao seu redor. Os trabalhos de hoje em dia demandam pessoas que possam trabalhar 
em pequenos grupos para resolverem problemas, utilizando ferramentas digitais, preparados 
para realizar muitas diferentes tarefas durante o dia, sem supervisão próxima, e com um vasto 
círculo de conexões. As escolas não estão fazendo isso. Elas não inventaram a Educação 3.0. Ainda 
estão fazendo a Educação 2.0. A questão de hoje para nós é: “Como deve ser a Educação 3.0 para 
desenvolvermos crianças e cidadãos que necessitamos formar para hoje e para amanhã?”. Qual 
é o seu sonho de Educação 3.0?
Ensinar na Era Mobile-Learning
ana améLia CarvaLHo (univErSidadE dE Coimbra, PorTuGaL)
Os nossos alunos usam dispositivos móveis em qualquer lugar e a qualquer hora e os docentes 
não podem estar alheios a essa realidade. Rentabilizar esses dispositivos móveis é uma forma 
de os motivar para aprender. São apresentados exemplos e estudos sobre a utilização de 
ferramentas da Web 2.0 e de recursos online acessíveis a todos e que podem contribuir para 
fomentar a aprendizagem. Reconhece-se o esforço que os professores estão a fazer para se 
adaptarem à evolução tecnológica, dado a maioria pertencer a uma geração que foi educada 
através de livros e de manuais. Por fim, apresentam-se dados de um projeto sobre jogos que os 
alunos portugueses jogam em dispositivos móveis, refletindo-se sobre as suas preferências e 
implicações para aprender.
France-Brésil : une situation différente, des 
problématiques communes
STEPHanE Simonian – Lyon ii – franÇa
La thématique de ce colloque me semble centrale : « l’apprentissage mobile à l’intérieur et à 
l’extérieur de l’école ». En effet, au-delà même des caractéristiques techniques des outils (tablette 
numérique, Tableau numérique interactif, smatphone), l’utilisation de ces outils hors des murs 
de l’école et leur tentative d’intégration dans le secteur éducatif et formation pose le problème 
de la mobilité des savoirs. Si un contenu numérique est considéré comme un savoir accessible à 
partir d’une connexion Internet et d’une multitude de supports (ordinateur, téléphone, etc.), le 
savoir devient mobile (comme le précisait déjà Pierre Levy en 1997) car le détenteur, le référent, 
n’est plus l’enseignant mais un contenu numérique dont l’auteur est parfois non identifié. Le 
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 11
savoir est mobile car il se déplace des enseignants vers individus qui construisent des savoirs 
en créant des pages html, des blogs, en interagissant sur les réseaux sociaux, pour trouver des 
consensus sur leurs idées, leurs points de vue, leurs expériences. Le savoir est mobile car il n’est 
plus enclavé, détenteur de processus spécifique à la communauté scientifique. Il est un construit 
social, intercuturel, qui pose de nombreuses difficultés quant au statut même du contenu 
numérique. Peut-on considérer un contenu sur un moteur de recherche comme google ou sur 
wikipédia comme un savoir ? Enfin, le savoir est mobile car les outils techniques le permettent 
: le lien hypertexte en est un exemple saisissant : l’hypertexte se détache du « papier » par 
son adaptabilité à la requête de l’utilisateur, ainsi que par les multiples chemins qu’il offre en 
constituant un réseau. Ceci favorise un approfondissement dans la recherche d’information mais 
aussi dans la construction d’un parcours personnel et social : Au plus des liens sont consultés, au 
plus la pertinence s’élève. Ainsi, la pertinence d’un lien est avant tout une construction collective 
(un réseau sémantique) liée à des démarches personnelles. Lorsque vous cliquez sur un lien 
hypertexte, vous activez un réseau lié à votre processus de pensée (association d’idées) et 
contextualisez votre recherche. Vous donnez ainsi du sens à ce que vous cherchez et à la requête 
formulée car seul vous pouvez donner du sens. Si vous trouvez le document ou l’information 
que vous cherchez c’est que d’autres internautes ont donné le même sens que vous. Vous avez 
donc participé et renforcé un réseau sémantique en parcourant ou cheminant d’hypertexte en 
hypertexte. Vous faites donc partie d’un réseau sémantique à chaque fois que vous naviguez 
sur Internet mais cette participation reste anonyme (aucun d’entre nous ne sait qui fait partie 
de ce réseau sémantique). La faille du réseau qui en estdonc aussi sa force est que cheminer ne 
signifie pas obligatoirement accéder à l’information ou aux documents recherchés. Dans cette 
perspective les résultats des recherches, dont nous parleront ultérieurement, montrent que les 
performances des individus lors de la recherche d’information, la localisation d’information, 
mais aussi la mémorisation, l’application d’une formule ou théorie, sont davantage élevées dans 
une structuration séquentielle – proche du livre ou de l’audiovisuel, que dans une structuration 
non-linéaire symbolisée l’hypertexte. Il semblerait même qu’une non linéarité non contrainte 
augmente la fracture sociale entre des individus ayant des connaissances élevées en lecture, 
écriture et, dans le cas de la recherche d’information, des connaissances élevées sur ce qu’il 
cherche. Ainsi l’hypertexte et plus largement le numérique pose un double problématique:
•	 celui de la fracture numérique et donc de la fracture sociale dont une des missions de 
l’école est précisément de la réduire.
•	 celui du conflit pédagogique entre des savoirs construits hors de l’école et ceux 
construits dans l’école par l’utilisation de ces objets.
Pour traiter ces deux points, je me baserai sur l’article de Sorj Bernardo et Remold Juli (2005) publié 
en 2005 qui me conduit à penser qu’entre la Fance et le Brésil, la situation est différente mais les 
problématiques sont communes : Cet article s’intitule publié dans la revue Revue Education et 
sociétés, s’intitule : « La fracture numérique et l’éducation au Brésil : dedans et dehors de l’école ».
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
12 l #Hipertexto2013
A falência da aula e a reinvenção da escola
LuCiano mEira (ufPE)
Os contextos interacionais e de circulação de conteúdos na escola de ensino médio são 
naturalmente complexos, pois resultam da articulação de diferentes dimensões, incluindo as 
formas próprias de participação social e engajamento cognitivo dos jovens, a história cultural da 
instituição escolar e a experiência singular dos educadores, a atualização cotidiana de currículos 
e práticas didáticas, além de muitas outras condições emergentes. O sucesso ou fracasso da 
articulação destas diferentes dimensões depende fortemente das metáforas e premissas 
educacionais que regulam e direcionam estrategicamente os espaços físicos e simbólicos da 
escola. Possivelmente, devem falir todos os modelos de educação escolar baseados em metáforas 
de “transmissão do conhecimento”, “absorção de informação, “retenção da aprendizagem”, 
“seriação” como forma de hierarquizar conteúdos e “controle” como forma de hierarquizar 
pessoas ou papeis na sala de aula. A aula baseada nestas metáforas é restritiva e desinteressante 
aos propósitos de alunos e professores: a aula como metáfora faliu. O centro e a periferia das 
manifestações mais autênticas e legítimas da juventude hoje se espelham na cultura de mídias, 
em arranjos sociais construídos nas redes sociais virtuais, na mobilidade da comunicação, na 
diversão como forma de aprendizagem. Mas, ao subtrairmos a cultura de mídias, criamos uma 
escola alheia aos propósitos dos jovens e cega às suas formas de engajamento social e modos 
singularizantes de aprendizagem. Pretendo neste debate propor uma visão estratégica que pode 
colaborar para a reinvenção da escola, a partir da criação de cenários imersivos de aprendizagem 
centrados na ludicidade, nos contextos comunicativos próprios das redes sociais, e enriquecidos 
pela virtualização do conhecimento através de nuvens de aplicativos, organizadas de tal forma a 
produzir dados que geram inteligência educacional para a escola.
Novas metodologias para aprendizagem com tecnologias 
móveis
JoSé manuEL moran (uSP)
Pensar as tecnologias móveis a partir de uma nova ecologia da aprendizagem, propondo 
metodologias muito mais centradas no aluno, em desafios, na personalização e colaboração, 
adaptados para professores em diferentes fases de apropriação tecno-pedagógica.
#Hipertexto2013 l 13
meSaS
APRENDIZAGEM MÓVEL E AFFORDANCES SOCIAIS E EDUCACIONAIS
mEdiaÇão: PauLo GiLEno CySnEiroS (ufPE)
A LEiturA sócio-iNtErAtivA No curso dE LEtrAs-FrANcês EAd 
dA uFPE
JoiCE armani GaLLi (ufPE)
Ao longo dos tempos, a sociedade contemporânea, tipicamente grafocêntrica, tem atribuído 
de forma progressiva maior importância à competência leitora. Assim, a leitura socio-interativa 
tem se tornado um elemento decisivo para a constituição do sujeito enquanto ator social da 
linguagem. Acrescente-se a tal constatação, o fato de que a leitura é condição sine qua non 
para o entendimento linguístico em um mundo globalizado, cujas demandas do conhecimento 
digital são intrínsecas à formação de todo e qualquer cidadão. Nesse sentido, o presente trabalho 
discorrerá sobre a importância da leitura socio-interativa proposta por Galli (2004), à luz de 
Cicurel (1991 e 2011) no ensino a distância do curso de Letras-Francês da UFPE. Perspectivado 
sob o caráter social do processo de letramento digital, a aprendizagem desta língua estrangeira 
(LE) incide fundamentalmente sobre três resultados para a pesquisa acadêmico-científica. 
Primeiramente, renova o conceito de leitura em pesquisa, situado em relação ao contexto 
histórico, político e de poder, repercutindo em linhas investigativas de cunho eminentemente 
qualitativo. Renova-se igualmente pela dimensão pedagógica multidimensional atribuída ao 
desenvolvimento de um EAD em LE e, por fim, traz elementos relevantes para o letramento 
digital, particularmente para a competência leitora em francês, foco do presente debate. 
trAdução E tEcNoLogiA: rEFLExõEs soBrE A AtividAdE 
trAdutóriA
faTiHa dECHiCHa ParaHyba (ufPE)
 
A inserção das diferentes ferramentas de tradução constitui, atualmente, uma mudança de 
paradigma na atividade tradutória. Diante desse novo cenário, o trabalho discute, por um lado, 
o potencial dos novos recursos e aquilo que eles representam para a tradução, tanto em termos 
de tornar a atividade mais célere, quanto em relação à resolução dos problemas de tradução. Por 
outro lado, o trabalho apresenta algumas reflexões sobre essa nova realidade considerando que, 
o tradutor, além de sua capacidade cognitiva e sua capacidade discursiva nas línguas materna 
e estrangeira(s), lida com outra dimensão: a variedade de ‘recursos externos’ (Alves et al. 2000). 
Ademais, os saberes sobre a tradução, bem como os procedimentos de tradução (Barbosa, 
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
14 l #Hipertexto2013
2004), passam por transformações, tendo em vista que as novas ferramentas desempenham um 
papel importante na tomada de decisão do tradutor, com vistas à resolução de determinados 
problemas de tradução. Nesse sentido, é necessário incorporar o uso dos novos recursos na 
formação do tradutor, de forma a capacitá-lo a fazer destes um uso consciente e ético.
APRENDIZAGEM MÓVEL: 
DESAFIOS POLÍTICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS
mEdiaÇão: maria JoSé Luna (ufPE)
APLicAtivos digitAis PArA ENsiNo dE iNgLês
vEra mEnEzES (ufmG)
O iTunes (http://www.itunes.com) disponibiliza para usuários de I-pads e I-phones uma enorme 
quantidade de aplicativos para aprendizagem de inglês. Alguns são gratuitos, outros são pagos 
ou semi-gratuitos e outros são meras propagandas de cursos pagos. Após selecionar e analisar 
alguns desses aplicativos, farei uma síntese sobre as características gerais de aplicativos utilizados 
para o ensino de (1) vocabulário, (2) gramática, (3) leitura, (4) compreensão oral, (5) escrita e (6) 
pronúncia. Em seguida farei uma descrição mais detalhada de 6 desses recursos digitais gratuitos 
considerados de boa qualidade. Os critérios de análise serão os seguintes: gratuidade ou semi-
gratuidade; público a que se destina; nível de ensino;tipo de atividade; conceito de língua(gem), 
qualidade da instrução; qualidade do insumo linguístico.
PoLíticAs PArA MoBiLidAdE digitAL NAs EscoLAs
rodriGo CamarGo araGão (uESC)
Apresento um panorama das políticas públicas para mobilidade digital nas escolas. Partirei do 
cenário global com algumas experiências reunidas pela UNESCO (2012). Logo após, apresento 
como o governo federal está lidando com o tema nos âmbitos da infra-estrutura, produção 
de conteúdos didáticos, distribuição de equipamentos, formação de professores e avaliação 
de impactos de projetos que tratam de tecnologias. Focalizarei em contraste alguns casos em 
curso no país de governos municipais e estaduais. A partir do panorama apresentado, reflito 
sobre os potenciais e limites de lidarmos com estas políticas dentro da situação atual do país 
e as estratégias que podem ser usadas para lidar com os desafios que teremos à medida que a 
sociedade se torna cada dia mais móvel e com maior acesso aos dispositivos e sua conectividade. 
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 15
APrENdizAgEM MóvEL, rEdEs NEurossociAis E coNstrução dE 
coNhEciMENto
rafaEL vETromiLLE-CaSTro (ufPEL)
A partir da ideia de rede neurossocial, um desdobramento proposto a partir do conceito de 
rede neural, pretende-se discutir as condições para construção de conhecimento dentro e fora 
do contexto escolar, com ou sem uso de tecnologias da informação e da comunicação (TIC). É 
objetivo também debater as implicações dos dispositivos móveis na aprendizagem e nas ações 
docentes e discentes, como possivelmente também nas políticas educacionais.
(EM)REDADOS: ENSINANDO E APRENDENDO INGLÊS NA ERA DA 
CONECTIVIDADE
mEdiaÇão: kyria finardi (abEHTE/ufES)
o ENsiNo-APrENdizAgEM dE grAMáticA MEdiAdo PELo 
coMPutAdor: PErcEPçõEs dos ALuNos soBrE uMA ABordAgEM 
híBridA
GiCELE vErGinE viEira PrEbianCa (ifC); marLi fáTima viCk viEira
Apesar da incorporação massiva de recursos tecnológicos no ensino-aprendizagem de língua 
estrangeira (L2) na atualidade, pouca atenção tem sido dada ao ensino-aprendizagem de 
gramática mediado pelo computador (BATURAY; DALOGLU; YILDIRIM, 2010). Devido ao fato 
de alunos nativos digitais serem cada vez mais comuns nas escolas, acredita-se na importância 
de conduzir estudos que investiguem o uso que esses alunos fazem dos recursos tecnológicos 
providos pela Internet para aprender Inglês, em especial suas percepções a respeito de 
atividades implementadas na plataforma Moodle. Portanto, o objetivo desta fala é relatar o 
nível de satisfação de estudantes de L2 em relação a uma abordagem híbrida de ensino que 
combinou instrução gramatical face a face e instrução gramatical mediada pelo computador em 
aulas de Inglês para alunos do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico na modalidade integrada. 
Vinte e sete alunos participaram do estudo. Os dados foram coletados por meio de questionários 
aproximadamente trinta dias após o início da instrução gramatical híbrida. Os resultados 
apontam para uma postura positiva dos alunos em relação à abordagem híbrida. Porém, 
indicam diferentes preferências dos mesmos quanto à utilização dos recursos tecnológicos para 
aprendizagem de Inglês. Provavelmente, isto se deve ao perfil heterogêneo dos aprendizes e 
suas áreas de interesse.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
16 l #Hipertexto2013
A ABordAgEM híBridA No ENsiNo-APrENdizAgEM dE 
vocABuLário EM L2
GiSELE Luz CardoSo (ifSC/GaSPar)
A abordagem híbrida no processo de ensino-aprendizagem tem atraído a atenção de 
pesquisadores de aquisição de vocabulário em L2, os quais entendem que para o ensino de L2 
ser bem sucedido, aprendizes e professores precisam combinar duas abordagens diferentes, mas 
complementares: Aprendizagem de Línguas Assistida pelo Computador (CALL) e a interação face 
a face (NEUMEIER, 2005). Esta fala apresentará os resultados de um estudo sobre as impressões de 
alunos de um curso de Inglês para fins específicos (ESP) sobre a metodologia híbrida de ensino-
aprendizagem de vocabulário em L2. Os dados foram coletados através de: questionários online, 
postagens nos fórums do Moodle, uma entrevista e autoavaliações dos estudantes. O estudo 
produziu resultados positivos. Os participantes apreciaram as oportunidades de executarem as 
atividades no Moodle, de terem acesso imediato a dicionários online e sites de busca e relataram 
estarem conscientes do processo de aprendizagem através da metodologia empregada. Eles 
também tinham consciência de que as atividades tradicionais impressas contribuíam para o 
processo de aprendizado deles. O ambiente híbrido de aprendizagem favoreceu a aquisição de 
vocabulário. Os resultados sugerem que a abordagem híbrida em um curso de ESP é bem aceita 
pelos alunos e contribui para a aquisição de vocabulário em L2
 
APrENdizAgEM dE LíNguA EstrANgEirA: AuLAs quE NuNcA 
tErMiNAM
raquEL CaroLina Souza fErraz d’ELy (ufSC)
A educação a distância tem sido concebida como modalidade de ensino e aprendizagem que se 
constitui em lócus de formação de professores e que se caracteriza pela inovação ao promover 
mediações em ambiente virtual de ensino e aprendizagem (Belonni, 2005), ainda que o conceito 
de inovação não deva estar unicamente atrelado ao uso de ferramentas tecnológicas (Hernández, 
2000). Com o intuito de oferecer aos alunos do Curso de Letras- Inglês da Universidade Federal de 
Santa Catarina a oportunidade de ensino e aprendizagem on-line, e desta maneira visar a inclusão 
dos alunos nessa modalidade, como também desenvolver sua autonomia, 20% da disciplina LLE 
7416 – Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira foi ministrada a distancia por meio de 
fóruns de discussão, tarefas , e questionários disponibilizados na plataforma Moodle. De acordo 
com a voz dos alunos e sua participação nas atividades propostas o ambiente virtual pode-
se afirmar que o ambiente virtual serviu de fator motivacional para os alunos e foi percebido 
como oportunidade frutífera de aprendizagem. De qualquer forma, a pouca participação em 
atividades não mandatórias sinaliza desafios em relação a construir dinâmicas que levem à 
autonomia como também a conscientização do uso da tecnologia para fins pedagógicos.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 17
APRENDIZAGEM COM APLICATIVOS DIGITAIS NA ESCOLA 3.0
mEdiaÇão: EdiLSon fErnandES (ufPE)
MoBiLE LEArNiNg
Jim LEnGEL (nova iorquE - Eua)
We’ll examine a Day in the Life of a university student armed with a mobile device, and compare 
that with what you are doing now in your school. Then we will analyze how mobile devices can 
change the landscape of learning, and what you need to to do encourage this trend.
 
APLicAtivos EducAcioNAis: tEoriA E PráticA
anTonio CarLoS XaviEr (ufPE)
É inegável a avalanche de aplicativos computacionais que vivenciamos atualmente. O 
barateamento dos equipamentos informáticos e do acesso à internet por banda larga, 3G 
e 4G em conexão sem fio, bem como a popularização dos dispositivos móveis têm levado os 
desenvolvedores de programas a criarem uma multiplicidade de softwares compactos para 
oferecer soluções às mais diversas necessidades da sociedade. Produzidos para diferentes setores 
como serviço, lazer e entretenimento, eles também chegaram à educação. Porém, o que deve 
ter um aplicativo para ser considerado educativo? Quais os critérios pedagógicos mínimos para 
o professor adotar um aplicativo como ferramenta pedagógica? Saber quais as características, 
as concepções de ensino/aprendizagem e o efetivo potencial pedagógico que constituem 
tais aplicativos ditos educacionais são requisitos fundamentais para nortear a escolha e o uso 
de tais equipamentos de aprendizagem na escola. Este trabalho tem como objetivo principal 
apresentar diretrizes e critérios pedagógicos queorientem o professor a selecionar aplicativos 
para dispositivos móveis que despertem o interesse do estudante e promovam a aprendizagem 
de modo inovador.
 
APrENdizAgEM coM APLicAtivos digitAis NA EscoLA 3.0
aLEX Sandro GomES (ufPE)
A aprendizagem na escola ocorre aninhada em um complexo contexto social e histórico. Uma 
das formas de simplificar a análise desse contexto de relações é pelo referencial da didática. 
Atividades didáticas serão sempre mediadas por artefatos culturais. O que se discute nesta 
mesa é a apropriação de artefatos digitais na prática profissional de professores. Nesta mesa, 
formularemos perguntas e apresentaremos uma agenda de pesquisa acerca do entendimento 
dos fenômenos didáticos, como estes são transformados qualitativamente pela incorporação de 
aplicativos digitais e quais as implicações para o design de novos produtos e para a formação de 
professores.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
18 l #Hipertexto2013
MÍDIAS MÓVEIS NA FORMAÇÃO DOCENTE E NO
 DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
mEdiaÇão: SimonE dE CamPoS rEiS (ufPE)
iNtErAção E PrEsENçA EM EAd
JoSé CarLoS GonÇaLvES (uff)
A percepção da ausência ou distância do professor/tutor pode levar a sentimentos de 
isolamento, frustração, ansiedade, perda da identidade e rejeição, e consequentes cenários 
de abandono, evasão, insucesso nas tarefas e atividades. Como evitar ou minimizar a 
distância física, social e psicológica do professor/tutor, na interação em AVA, agravada 
por dificuldades operacionais no uso da tecnologia e operacionalização do sistema? Em 
perspectiva sociolinguística interacional (Ribeiro e Garcez, 2002), investiga-se a natureza da 
comunicação em interação nas comunidades de aprendizagem, suas categorias descritivas 
e funções na interação professor/alunos. Discutem-se os conceitos de distância (Tori, 2010), 
tipos de distância, variáveis e consequências. Enfocam-se os conceitos de presença (Gonçalves 
2013), tipos de presença, e os fatores que determinam graus de presença e resultados para a 
interação. Como unidades de análise, investigam-se enquadres, alinhamentos, estruturas de 
expectativas e de participação e pistas de contextualização que sinalizam o significado das 
mensagens para os participantes em interações de um curso de Português Instrumental EaD. 
O artigo sugere as tecnologias leves da escuta atenta, re-enquadre da tarefa pedagógica e 
estratégias de aproximação para a diminuição da distância e a otimização da presença, visando 
à autonomia do aprendiz e à transformação dos AVA em comunidades de aprendizagem. 
MídiAs MóvEis NA ForMAção docENtE E No dEsENvoLviMENto 
ProFissioNAL
ana bEaTriz GomES CarvaLHo (ufPE)
O uso de mídias móveis no contexto da aprendizagem pressupõe mudanças na percepção do 
uso das tecnologias digitais. Da mesma forma que “Um Computador por Aluno” propõe uma 
revolução no modelo de inclusão digital na perspectiva 1:1, o uso das mídias móveis possibilita 
a inovação a partir do próprio conceito que está agregado aos softwares, gadgets, apps etc., 
permitindo uma interação mais fluida, imediata e compartilhada, com foco no uso intensificado 
da comunicação em rede. É necessário discutir a apropriação tecnológica que está associada ao 
processo de internalização, transformação e apropriação participativa proposto (ROGOFF, 1995; 
BAR et al., 2005; BUZATO, 2010), uma vez que a interação social é a forma pela qual os indivíduos 
adaptam, modificam e dão novo significado ao uso das tecnologias e ao mesmo tempo são 
transformados por elas. Assim, não basta fornecer o conhecimento específico dos dispositivos 
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 19
tecnológicos, é necessário pensar ainda durante o processo de formação em como todos os 
dispositivos poderão ser apropriados e utilizados no trabalho, especificamente no contexto da 
consolidação da cultura digital e no processo de formação docente.
EducAção E cidAdEs iNtELigENtEs
kiEv Gama (Cin/ufPE)
O conceito que vem sendo chamado de Cidades Inteligentes (Smart Cities) é uma tendência 
mundial que diz respeito ao uso de soluções intensivas de Tecnologia de Comunicação e 
Informação como instrumentos para tornar cidades mais inteligentes, otimizando certos 
aspectos da vida urbana. Esta necessidade é oriunda do crescente aumento populacional 
urbano, que tem trazido grandes desafios para os gestores de cidades. Problemas relacionados 
ao tráfego, segurança, educação, saúde, consumo de água e energia, dentre outros, têm sido 
cada vez mais difíceis de serem administrados. Especificamente, como a educação se insere no 
contexto de uma cidade inteligente? Graças ao uso de tecnologia, já pudemos extrapolar as 
fronteiras das salas de aulas, por exemplo, através do uso da Internet para o ensino à distância. 
Discutiremos os potenciais para se explorar a tecnologia de várias formas, visando mudar os 
paradigmas do aprendizado e se adaptar a este novo cenário de cidades inteligentes.
APRENDIZAGEM MÓVEL E JOGOS EDUCACIONAIS NA ESCOLA
mEdiaÇão: SianE GóiS (ufPE)
PodcAstiNg E Jogos: rENtABiLizAr o cELuLAr PArA APrENdEr
ana améLia CarvaLHo (univErSidadE dE Coimbra, PorTuGaL)
Apresentam-se pesquisas realizadas em Portugal sobre podcasting nos diferentes níveis de 
ensino, comentando-se as reações dos professores e dos alunos. Salienta-se a pertinência da 
utilização de jogos no ensino para aprender os conteúdos escolares, apresentando-se exemplos. 
Dá-se particular destaque à utilização do celular como ferramenta de aprendizagem.
MoBiLE LEArNiNg: ExPLorANdo PotENciALidAdEs EM sALA dE 
LíNguA iNgLEsA
GiSELda doS SanToS CoSTa (ifPi)
 Nenhum outro empreendimento na história mundial tem causado tanta mudança, num espaço 
de tempo tão curto, como o uso da tecnologia móvel em geral, e do celular, em particular. De 
acordo com os estudos de Feldmann (2005), as tecnologias móveis não são um fenômeno 
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
20 l #Hipertexto2013
recente. Os jornais, as revistas, o rádio e outras mídias já eram móveis. No entanto, o que é 
novo é a possibilidade de, através do celular, chegarmos diretamente a uma pessoa e não a 
um local. Estamos vivendo em um contexto da computação ubíqua, no qual os celulares 
estão incorporados em nossas atividades diárias, de modo que nós, inconscientemente, 
aproveitamos suas comodidades digitais como estratégias para alcançar certos benefícios em 
nossa vida real. Então, por que não tirarmos proveito desta situação? Por que não explorarmos 
as potencialidades deste dispositivo no ensino-aprendizagem de línguas? Como a tecnologia 
móvel tornou-se onipresente na vida cotidiana e no mundo do trabalho, sua incorporação na 
educação é inevitável. Sabemos que a maioria das tecnologias utilizadas em sala de aula não 
foram originalmente projetadas para uso educacional, entretanto, podem ser reaproveitadas 
se o professor tiver consciência e competência em práticas pedagógicas com tecnologia. 
Aprendizagem móvel ou m-learning não é uma tecnologia, mas a tecnologia ajuda o m-learning 
acontecer. Nesse sentido, o objetivo desta comunicação é apresentar alguns affordances que 
emergiram da interação do aluno com o celular e que potencializaram o desenvolvimento 
de algumas habilidades linguísticas no ensino-aprendizagem de língua inglesa como língua 
estrangeira, no Instituto Federal do Piaui. Esperamos, com essa fala, ajudar os professores a 
implementar soluções criativas em suas práticas linguístico-pedagógicas.
APrENdizAgEM MóvEL E Jogos EducAcioNAis NA EscoLA
JoSé manuEL moran (uSP)
Na educação presencial e a distância cresce a importância da aprendizagem ativa, por atividades 
e desafios. Hoje temos várias formas interessantes de aprender por jogos e desafios, competitivose cooperativos, individuais e em grupo, que motivam os alunos e permitem o equilíbrio entre 
aprendizagem personalizada e em grupo.
CENáRIOS FUTUROS DA EDUCAÇÃO qUE O RECIFE PRECISA
mEdiaÇão: rEGina CELi (ufPE)
andré rEGiS (vErEador do rECifE)
SuSana LEaL (obSErvaTório do rECifE)
anTônio PauLo rESEndE (ufPE)
No debate promovido serão apresentados os Indicadores de Educação do Observatório do 
Recife, movimento da sociedade civil que reúne setores empresariais, acadêmicos, movimentos 
sociais e cidadãos, mobilizados com o intuito de selecionar, propor e monitorar indicadores da 
cidade do Recife na busca da melhoria dos níveis de vida de todos os que habitam a capital 
pernambucana. Aberto a contribuições múltiplas, o ODR não tem destaque para lideranças 
individuais nem direcionamento político-partidário ou privilégio de grupos específicos.
#Hipertexto2013 l 21
coMuNicAçõEs coordENAdAs
LÍNGUA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO: 
NOVOS DESAFIOS, MÚLTIPLOS OLHARES
CoordEnaÇão: bEnEdiTo GomES bEzErra (uPE)
Nesta sessão, serão apresentados trabalhos que, a partir de diferentes perspectivas teóricas, 
discutem questões cujo foco se coloca ora na língua portuguesa, ora nos processos de ensino-
aprendizagem e letramento em diversos níveis de formação escolar, tendo como fio condutor 
a relação com as tecnologias de informação e comunicação. No primeiro trabalho, Benedito 
Gomes Bezerra problematiza o discurso científico sobre a língua e a linguagem em uso na 
internet, especialmente nos contextos de redes sociais, com base na análise de um corpus de 
artigos publicados em periódicos nacionais. Em seguida, Amanda Cavalcante de Oliveira Lêdo 
discute as práticas de letramento subjacentes a um evento de letramento típico da educação 
a distância, tendo como objeto um curso de letras nessa modalidade. O terceiro trabalho, de 
Emmanuella Farias de Almeida Barros, apresenta uma pesquisa sobre o papel de um blog 
educacional em mediar atividades de leitura e escrita de alunos do ensino fundamental. Por 
fim, o quarto trabalho, de Débora Amorim Gomes da Costa Maciel, examina o modo como as 
propostas curriculares de universidades brasileiras contribuem para uma formação docente 
apta a atender às demandas de uso e interação com as novas tecnologias de informação e 
comunicação.
o discurso AcAdêMico soBrE LíNguA E LiNguAgEM NA iNtErNEt
bEnEdiTo GomES bEzErra (uPE)
O desenvolvimento crescente das tecnologias digitais de informação e comunicação tem 
trazido como consequência inelutável a instauração de novas práticas discursivas. No contexto 
brasileiro, a internet, particularmente, tem sido frequentemente considerada como criadora 
e veiculadora de uma linguagem própria que não poucas vezes é vista como uma ameaça à 
integridade da língua portuguesa. A partir de uma concepção de língua como atividade 
interacional complexa e heterogênea, variada e variável, meu objetivo, neste trabalho, é refletir 
criticamente sobre possíveis sentidos construídos pelo discurso científico manifesto acerca da 
língua e da linguagem na/da internet. Para os propósitos do trabalho, analisei um corpus de 
05 artigos científicos publicados nos últimos 10 anos, aleatoriamente colhidos em periódicos 
envolvendo as áreas de letras, educação e comunicação. A análise foi orientada principalmente 
para as referências a língua e linguagem, vistas como reveladoras das concepções dos autores 
sobre as práticas discursivas no ambiente digital. Entre os achados mais salientes, destacam-
se temores sobre a decadência da língua e prognósticos de uma possível interferência da 
“linguagem da internet” sobre a escrita em situações formais, além de diversos equívocos na 
descrição da modalidade de uso da língua rotulada como “internetês”, especialmente no que 
toca à relação fala e escrita.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
22 l #Hipertexto2013
EducAção E tEcNoLogiA: o quE ProPõE o currícuLo PArA A 
ForMAção docENtE?
bEnEdiTo GomES bEzErra (uPE)
débora amorim GomES da CoSTa maCiEL (uPE)
O trabalho examina o modo como as propostas curriculares de universidades brasileiras 
contribuem para uma formação docente apta a atender às demandas de uso e interação com 
as novas tecnologias de informação e comunicação. Analisa ementários de componentes 
curriculares do curso de licenciatura em Pedagogia, cujo objetivo é a formação docente para o 
uso das Tecnologias na Educação. Dialoga com o Plano Nacional de Educação (PNE, 2011-2020), 
com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia, documentos norteadores 
da formação docente no século XXI, e com teóricos que discutem e problematizam o uso das 
ferramentas tecnológicas na prática docente (PERRENOUD, 2000; ALAVA, 2002; CATAPAN, 2003; 
XAVIER 2007; UMBELINA, 2012). A pesquisa sinaliza que as disciplinas tecem uma formação 
baseada na discussão a respeito da Ciência, tecnologia, sociedade e cultura; da Prática pedagógica; 
da Modalidade de ensino e do Ensino da técnica. Revela, também uma compreensão de que há 
um novo modo de ser, de saber e de apreender dos sujeitos.
LíNguA PortuguEsA E o BLog EducAcioNAL: LEiturA E EscritA 
MEdiAdAs PELAs NovAs tEcNoLogiAs
EmmanuELLa fariaS dE aLmEida barroS (ufPE)
Atualmente, se espera que o sujeito após alguns anos de escolarização possa utilizar o seu 
conhecimento acerca do código grafofônico em práticas sociais diversas, e, não apenas dominar 
as técnicas simples de ler e escrever. Para tanto, é investigado aqui como o hipertexto, a partir 
do uso do Blog em sala de aula, pode contribuir com o letramento de crianças, utilizando o 
computador não apenas como um instrumento a mais, e sim explorando todas as ferramentas 
que são oferecidas, de modo à contemplar estudos gramaticais mais dinâmicos. A pesquisa foi 
realizada no município de Garanhuns – PE, em uma instituição privada, com o processo analítico 
direcionado as aulas de Língua Portuguesa, em uma turma de sétimo ano. Diante disso, a pesquisa 
em questão voltou-se, principalmente para a base conceitual de Soares (2008), Marcuschi 
(2000), Lévy (1996). Os resultados indicaram que o blog pode contribuir com o letramento, pois 
os educandos podem explorar outras formas de ler e escrever em um suporte mais interativo e 
atual, bem como auxiliar no estudo de conteúdos específicos dessa disciplina.
PráticAs E EvENtos dE LEtrAMENto NA EducAção A distÂNciA
amanda CavaLCanTE dE oLivEira Lêdo (ufPE)
Considerando a necessidade de investigar a questão do letramento em cursos de nível superior, 
o presente trabalho tem por objetivo analisar as práticas e os eventos de letramento ocorridos 
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 23
no Ambiente Virtual de um curso de Letras a Distância. Teoricamente, estamos baseados em 
uma perspectiva social do letramento, conforme proposta dos Novos Estudos sobre Letramento 
(STREET, 2007; 2010; BARTON; HAMILTON, 2005), a partir dos quais discutiremos os conceitos de 
práticas e eventos de letramento. Metodologicamente, analisaremos, pautados nas categorias 
propostas por Hamilton (2000), os elementos visíveis e não visíveis que compõem as práticas 
e os eventos de letramento dos quais os estudantes participam no AVA, partindo dos dados 
obtidos pela descrição do AVA realizada pela pesquisadora e pela descrição das atividades 
diárias realizadas por um dos estudantes no ambiente. Os resultados preliminares sugerem uma 
diversidade de eventos de letramento, que apresentam os elementos previstos por Hamilton e 
estão permeados por práticas específicas do ambiente acadêmico.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
24 l #Hipertexto2013
PRáTICAS PEDAGÓGICAS INTERACIONAIS EM AMBIENTES DE FÓRUM, 
CHAT E ELABORAÇÃO DIGITAL DE ATIVIDADES
CoordEnaÇão: riTa dE CáSSiaSouTo maior SiquEira Lima (ufaL)
Esta sessão propõe refletir sobre situações de ensino/aprendizagem em ambientes virtuais 
ou na perspectiva dos Novos Letramentos, analisando práticas linguístico-discursivas próprias 
desses contextos e apresentando as implicações pedagógicas desses processos interativos. 
Cristiano Lessa de Oliveira analisa uma situação de ensino/aprendizagem, através do Gênero 
Digital Fórum Eletrônico (FE), em contexto da Educação a Distância, observando não só os traços 
constitutivos desse gênero digital como também o fazer colaborativo nesse ambiente. Poliana 
Pimentel apresenta análise de aulas de Língua Inglesa na perspectiva dos Novos Letramentos, 
com uma proposta de atividade com o gênero propaganda, utilizando diversos recursos digitais. 
Antônio Lima, também no contexto de Educação a Distância, trata das simetrias das interações, 
analisando o uso do fórum para ressaltar sua importância como instrumento para promoção 
de aprendizagem. Por fim, Rita Souto Maior analisa uma aula de Língua Portuguesa, ofertada 
por meio do Chat, observando a configuração de Ethos Especular dos sujeitos envolvidos e as 
estratégias linguístico-discursivas envolvidas nesse momento interacional que promovem o 
monitoramento de papeis sociais. Esses estudos redirecionam o olhar para as práticas reflexivas 
de ensino que extrapolam a mera perspectiva de transmissão de conhecimento, deslocando o 
processo para a noção de construção coletiva e atualização do saber.
ENsiNo-APrENdizAgEM AtrAvÉs dE chAt: oBsErvANdo o Ethos 
EsPEcuLAr dAs EstrAtÉgiAs dE MoNitorAMENto iNtErAcioNAL
riTa dE CáSSia SouTo maior SiquEira Lima (ufaL)
Consideramos que os conflitos ocorridos nas ações de sala de aula, observados em análises 
de microcenas, implicam ações linguístico-discursivas reveladoras de ethos especular (SOUTO 
MAIOR, 2009, 2011, 2012) dos sujeitos envolvidos. No âmbito da Linguística Aplicada, este estudo 
objetiva analisar situações interacionais de ratificação de imagens entre professora e alunos 
em contexto de aula de Língua Portuguesa, no curso de Ciências Sociais, por meio do Chat. De 
cunho qualitativo (CHIZZZOTTI, 2001), algumas questões de pesquisa nortearão a discussão, 
como: quais marcas linguístico-discursivas são mais comuns nos conflitos interacionais neste 
ambiente? O que essas marcas revelam do ethos dos sujeitos envolvidos? O conflito entre 
imagens pode manifestar-se de diversas formas e, no processo interativo, a ratificação, dada pelo 
professor, consiste em estabelecer interlocução com o aluno “como falante legítimo, que tem 
fácil acesso ao piso conversacional, que é ouvido com atenção e cujas contribuições são bem 
recebidas, aprovadas, expandidas e aproveitadas no curso da interação” (BORTONI-RICARDO & 
DETTONI, 2001, p. 81). Observamos que, pela configuração social do Ethos especular, observada 
através das atuações nos eventos linguísticos, os sujeitos envolvidos engajam-se numa sucessão 
de estratégias de monitoramento de língua e desvelamento de papeis assimétricos.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 25
o huMor E os Estudos soBrE os Novos LEtrAMENtos No 
gêNEro ProPAgANdA coM rEcursos digitAis
PoLiana PimEnTEL SiLva (ufaL)
Calcado nos preceitos teóricos da Linguística Aplicada, a presente pesquisa tem como objetivo 
analisar o humor (BAKHTIN, 2010; BERGSON, 2004; MINOIS 2008) durante as atividades 
desenvolvidas nas aulas de inglês aliado aos estudos sobre os Novos Letramentos (GEE, 2008; 
LANKSHEAR & KNOBEL, 2006). Tendo mente a importância dos aspectos sociais abordados pelo 
viés do humor, analisaremos o gênero propaganda como uma proposta de atividade utilizando 
diversos recursos digitais disponíveis. No âmbito das pesquisas qualitativas e com base nas 
referências metodológicas da pesquisa-ação (BARBIER, 2007) a pesquisa foi realizada em uma 
turma de inglês do 9º ano em uma escola pública do município da Barra de Santo Antônio (AL). 
Portanto, a temática desse trabalho transita em torno do estudo da linguagem e dos seus variados 
conceitos e do reflexo desses conceitos no ensino e aprendizagem do inglês. No final desse 
estudo, mais do que expor teorias e métodos, pretendemos suscitar possibilidades pedagógicas 
que norteiem o ensino de língua estrangeira dentro de práticas educacionais, na qual os 
aprendizes possam estar envolvidos em contextos que reclamem trocas de conhecimentos e 
valores sociais.
ELEMENtos coNstitutivos do gêNEro digitAL FóruM 
ELEtrÔNico: o FAzEr coLABorAtivo E os trAços hiPErtExtuAis
CriSTiano LESSa dE oLivEira (ifaL)
Neste estudo, analiso o Gênero Digital Fórum Eletrônico (FE) em contexto de ensino-aprendizagem 
na Educação a Distância, considerando não somente seus traços hipertextuais, mas também o 
fazer colaborativo presente na sua elaboração. Assim, entendo o FE como um ambiente propício 
a reflexões, bem como um espaço destinado a discussões em torno de temas propostos por seus 
usuários. É um local que serve à argumentação, sendo de natureza assíncrona, permitindo o envio 
de mensagens on-line. O corpus é constituído por um FE, usado na disciplina Fundamentos da 
Linguística, do Curso de Letras/Português, do Instituto Federal de Alagoas, tendo como suporte 
de aprendizagem a plataforma Moodle. Aponto como traços constitutivos do referido Gênero 
Digital a aprendizagem colaborativa, tendo como principais características a responsabilidade 
individual, a interdependência positiva, a habilidade de colaboração, a interação e a avaliação. 
Com relação aos elementos hipertextuais, constato os seguintes traços: a intertextualidade, 
a multissemiose e os hiperlinks, sendo estes últimos considerados dispositivos digitais que 
permitem ao hiperleitor navegar na Web, deslocando-se virtualmente por uma infinidade de 
páginas. Portanto, considero importante o FE, pois, através de seu uso, os alunos poderão se 
aprofundar no tema, refletindo sobre suas respostas e as respostas dos outros, num contínuo 
processo interativo.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
26 l #Hipertexto2013
AÇÕES DIGITAIS EM DIFERENTES SALAS DE AULA BRASILEIRAS
CoordEnaÇão: núbio dELannE fErraz mafra (uEL)
A velocidade dos avanços das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) no 
cotidiano social é infinita e reconhecidamente maior que a capacidade da escola em lidar 
com estes mesmos avanços. Em aulas de língua materna e estrangeira na educação básica, os 
padecimentos não são menores. Os avanços constatados na familiaridade do professor com 
as NTIC têm sido importantes, porém insuficientes para uma renovação dos procedimentos 
didático-pedagógicos. Além disso, as recentes demandas do letramento digital desafiam estas 
aulas para além de paradigmas estritamente linguísticos. Esta sessão coordenada se insere neste 
contexto de ações digitais no âmbito do ensino de línguas, com o olhar voltado para diferentes 
realidades do nosso país. Mafra analisa teses e dissertações produzidas sobre este assunto na 
última década no Brasil em programas de Letras/Linguística. Um trabalho desenvolvido com 
diferentes tecnologias digitais em escola técnica de Floriano (PI) é apresentado por Batista Júnior. 
Acri reflete sobre os resultados do desenvolvimento de escrita colaborativa em Google Docs 
em Rolândia (PR), junto a alunos de ensino médio público. Já Paixão analisa as possibilidades 
de ações didático-pedagógicas com redes sociais no ensino de línguas, a partir de pesquisa 
desenvolvida com discentes de cidades paranaenses do chamado Norte Pioneiro.
ProJEto dE PEsquisA LEdiNt: LEtrAMENto digitAL EM PEsquisAs 
dE iNtErvENção
núbio dELannE fErraz mafra (uEL)
Não obstante o reconhecimento da presença na escola de novas tecnologias de informação e 
comunicação (NTIC), e dos problemas a ela associados, constatamos (MAFRA; MOREIRA, 2012) 
a faltade capacitação dos professores para o uso pedagógico das NTIC. Ou seja: “reflexões” 
sobre a presença da tecnologia em sala de aula continuam importantes, mas definitivamente 
não são suficientes. Ações mais propositivas, ainda que não menos reflexivas, colocam-se na 
contemporaneidade como uma inadiável agenda para todos que pensam o ensino em suas 
diferentes articulações. Nesta empreitada que se impõe, a academia e a pesquisa – em nosso 
caso, sob o viés da Linguística Aplicada – precisam se fazer parceiros do chão da sala de aula. 
Tendo em vista uma primeira análise das teses e dissertações produzidas no Brasil sobre 
o assunto, entre 2000 e 2010 (MAFRA; COSCARELLI, 2013), pretendemos apresentar nesta 
comunicação os resultados parciais do projeto de pesquisa “LEDINT – Letramento digital nas 
aulas de Língua Portuguesa: teorias e práticas em pesquisas de intervenção” (Grupo de Pesquisa 
FELIP), buscando discutir a noção de pesquisa de intervenção, no âmbito do letramento digital 
em aulas de língua portuguesa, permeando teses e dissertações produzidas na última década, 
em diálogo com as concepções de linguagem e de aprendizagem.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 27
LEtrAMENto digitAL E EscritA coLABorAtivA: NívEis dE 
iNtErAção No googLE docs
marCELo CriSTiano aCri (núCLEo rEGionaL dE EduCaÇão - Londrina)
Apresentam-se aqui resultados de uma pesquisa de mestrado realizada em um colégio 
público da cidade de Rolândia-PR, em que 25 alunos foram convidados a elaborar um blog 
jornalístico escolar. O foco foi o desenvolvimento da escrita colaborativa através da utilização 
do processador de textos oferecido pelo Google Docs e foram analisadas as intervenções e 
os níveis de interação entre os alunos. A pesquisa, caracterizada como pesquisa-intervenção, 
baseia-se em Lemos (2002), Primo (2003, 2005), Chartier (1999) e Ribeiro (2008; 2009; 2012), 
para tratar da interatividade, escrita colaborativa e hipertextualidade; em Vigotski (2007), para 
tratar da aprendizagem; Bakhtin (2006; 2010), da interação verbal; Soares (2003), Kleiman (1995), 
Coscarelli (2007) e Ribeiro (2009), sobre letramento, multiletramento e letramento digital. 
Realizamos oficinas para apresentar a ferramenta digital. Em seguida, os alunos escolheram 
os temas e iniciaram a produção escrita. Segundo nossas hipóteses, a utilização da tecnologia 
digital estimularia e potencializaria a produção escrita, o discurso seria aprimorado por meio 
da multimidiação e desenvolver-se-ia uma leitura mais crítica e baseada na confiabilidade 
das referências devido ao fato de lidarem com fontes de informação virtuais e construírem 
hipertextualidade.
rEdEs sociAis dA iNtErNEt E o ENsiNo dE LíNguAs
SErGio vaLE da PaiXão (ifPr)
Com o avanço da tecnologia dos últimos anos e a consideração de um novo perfil de alunos que 
chegam a escola nessa era digital, há uma certa exigência para que os recursos tecnológicos, bem 
como os espaços utilizados para a comunicação virtual façam parte dos instrumentos didáticos 
para o ensino nas disciplinas que compõem o currículo escolar. A dinamicidade, característica 
da língua, permite-nos afirmar que tais recursos tecnológicos são extremamente bem vindos 
ao ensino. O uso de recursos linguísticos presentes nas esferas digitais de comunicação têm se 
mostrado uma importante ferramenta para que professores possam melhorar e proporcionar 
o letramento aos alunos, como nos apontam os pressupostos teóricos advindos de Kleiman, 
(1995; 1998), Soares, (2000; 2002; 2004.), e estudos sobre o letramento digital como os trabalhos 
de Xavier, (2005); Araújo; Dieb, (2009); Coscarelli; Ribeiro, (2012). Nesse sentido, apresentaremos 
em nossa comunicação, discussões teóricas e possibilidades de trabalhos escolares para o ensino 
de línguas utilizando-se das redes sociais da internet e dos recursos disponíveis na tecnologia 
atual. Tal apresentação é um recorte de nossa dissertação de mestrado e que representa nossa 
particular prática de trabalho com língua portuguesa e inglesa na educação básica de ensino 
mediadas pelas TICs.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
28 l #Hipertexto2013
Ação LEgAL - tEcNoLogiAs digitAis E cidAdANiA PArA A 
Aquisição dE coMPEtêNciAs LiNguísticAs No ENsiNo MÉdio 
ProFissioNALizANtE
JoSé ribamar LoPES baTiSTa Júnior (ufPi)
A vivência social que garante o exercício da cidadania é um dos objetivos da escola. Desenvolver 
a argumentatividade, contribuindo significativamente para a melhoria do espaço social tem 
sido um desafio. Segundo Barton (2007) esse domínio passa pela construção de pontes de 
significado, entre a escola e a sociedade. Em 2013, no Colégio Técnico de Floriano, propomos 
às turmas de terceiro ano dos cursos de Agropecuária e Informática o projeto Ação Legal. Os 
grupos selecionariam temas sociais considerados por eles um problema a ser enfrentado, como 
a doação de sangue e de órgãos; obesidade; gravidez na adolescência; meio ambiente. Para 
a militância na causa, o grupo construiria um calendário de atividades de divulgação, com 
elaboração de fanpages, cartazes, folders, vídeos, manifestações de conscientização, camisetas, 
palestras e exposições, que se desmembrariam ao longo do período letivo. Realizamos oficinas 
e minicursos sobre conhecimentos jurídico/legal, redação oficial, causas sociais e meios de 
mobilização de massas – redes sociais, internet e suas ferramentas para muni-los de ferramentas 
técnicas para a atuação cidadã. Ao longo da atividade pudemos diagnosticar a importância da 
interação escola/sociedade e do uso das tecnologias digitais para a formação crítica bem como 
para o enriquecimento do debate e amadurecimento das habilidades argumentativas.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 29
WEBAULA NO FORMATO DE E-BOOK: A EXPERIÊNCIA DO IFCE
CoordEnaÇão: nukáCia mEyrE SiLva araúJo (uECE)
Esta sessão apresentará uma experiência de criação e desenvolvimento de uma ferramenta 
de ensino: o e-book interativo. Esse material educacional digital (MED) foi desenvolvido para 
o curso de Licenciatura em Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Instituto Federal 
de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Considerando-se os diversos profissionais 
que trabalharam na construção, o processo será descrito a partir de quatro olhares diferentes: 
a) a diretoria de Educação a Distância e Núcleo de Tecnologias Educacionais do IFCE discutirão 
os motivos da mudança do antigo formato de webaulas em slide para o e-book; b) a equipe 
design instrucional apresentará um resultado de pesquisa em que alunos opinam sobre cada 
uma das versões de MEDs já desenvolvidas pela Diretoria de Educação a Distância; c) a equipe 
de revisão analisará o processo de escrita hipertextual do e-book; e d) a equipe de diagramação 
refletirá sobre o papel do diagramador web para a efetivação dessa proposta de MED interativo 
e hipertextual. A sessão traz uma grande contribuição para avançarmos ainda mais nos estudos 
sobre a produção de MEDs, em especial de e-books didáticos, pois apresenta uma abordagem 
geral da criação e desenvolvimento, sob a perspectiva de toda a equipe multidisciplinar 
envolvida no processo.
Produção tExtuAL do E-BooK: dEscrição do ProcEsso dE 
EscritA
nukáCia mEyrE SiLva araúJo (uECE)
débora LibEraTo arruda HiSSa (ifCE)
Neste trabalho, descreveremos o processo de escrita do gênero webaula no formato de 
e-book desenvolvido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). 
Apresentaremos as etapas do planejamento da produção textual, desde a concepção do texto 
no formato impresso, até a versão final do e-book em que se incluem recursos hipertextuais 
e em que se fazem as adequações de linguagem e inserções de recursos, como links, áudio e 
vídeo. Traçaremos um panorama dasvárias atividades interdependentes, que são necessárias 
para que seja produzida uma webaula em formato e-book, além do perfil da equipe pedagógica 
responsável pela produção, dando ênfase ao professor especialista no conteúdo informacional 
da webaula, o professor conteudista. Analisaremos a distribuição das diferentes funções e tarefas 
entre os sujeitos produtores do texto (conteudista, designer instrucional, revisor, diagramador, 
pesquisador iconográfico), a fim de discutirmos as implicações desse processo de produção 
coletiva de um texto que se materializará em um gênero hipertextual. O propósito de escrita 
dos produtores do e-book é desenvolver um texto que seja eficiente no que diz respeito ao 
ensino-aprendizagem dos alunos de EaD e que atenda às exigências de currículos acadêmicos 
de graduação e especialização previamente traçados pela instituição de ensino superior.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
30 l #Hipertexto2013
coNstrução do E-BooK: coNtriBuição dA diAgrAMAção WEB 
(dEscrição dos APLicAtivos, dAs dEcisõEs oPErAcioNAis, 
rEcursos E NovAs tENdêNciAs)
fabriCE marC JoyE (ifCE)
LiLian frEiTaS CoELHo (ifCE)
Lívia maria dE Lima SanTiaGo (ifCE)
Neste trabalho, apresentaremos a nova modelagem web adotada pela equipe técnica da 
Diretoria de Educação a Distância (DEaD) do Instituto Federal do Ceará (IFCE), para a construção 
da nova proposta de layout da webaula no modelo e-book. Sabendo que o aspecto central no 
processo de elaboração do material didático é desenvolver a comunicação fluída e constante 
entre os atores envolvidos no processo de produção de conteúdo e promover a discussão entre 
equipe técnica e pedagógica, buscaremos apresentar o papel do diagramador web como agente 
de contribuição sob uma perspectiva técnica, apontando quais recursos e ferramentas de caráter 
operacionais melhor se ajustam a proposta didática e tecnológica do modelo e-book da Diretoria 
de EaD. Além disso, descreveremos as etapas que compuseram a elaboração do e-book desde 
seu planejamento, desenvolvimento até sua construção propriamente dita. Tomaremos por base 
a nova organização do conteúdo didático, a inserção de novos atores no fluxograma de produção 
de conteúdo da DEaD e a incorporação de elementos midiáticos na estrutura do e-book.
dA BArrA dE roLAgEM Ao E-BooK: A visão do ALuNo do iFcE
iraCi dE oLivEira moraES SCHmidLin (ifCE)
karinE naSCimEnTo PorTELa (ifCE)
márCia roXana da SiLva réGiS (ifCE)
O presente artigo reflete sobre a construção dos materiais educacionais digitais (MEDs), seus 
formatos e sua adequação ao aprendizado, a partir da visão do aluno. Visa analisar os MEDs 
produzidos pela equipe da Diretoria de Educação a Distância do Instituto Federal do Ceará 
(DEaD-IFCE) para os cursos de graduação ofertados na modalidade semipresencial. O objetivo 
geral é apurar, de forma comparativa, as visões dos alunos de cada uma das versões de MEDs 
desenvolvidos pela DEaD-IFCE, batizados pela equipe como “barra de rolagem”, “slides” e “e-book”. 
Pretende-se ainda descrever os MEDs, seus recursos e elementos de design pedagógico, a partir 
dos parâmetros para construção de MEDs propostos por Torrezzan e Behar (2009), Palange 
(2009) e Vaz (2009). A pesquisa é de cunho exploratório, descritivo e comparativo, analisando 
aspectos quantitativos e qualitativos dos MEDs e de sua utilização por parte do aprendiz. Como 
principal procedimento para coleta de dados, foram aplicados questionários entre os alunos dos 
cursos, levantando a visão deles acerca dos MEDs para eles disponibilizados. A pesquisa pretende 
contribuir para a melhoria das práticas em EaD, no design educacional do modelo e-book em 
construção, abordando as evoluções, acertos, problemas e erros identificados pelos alunos nos 
formatos analisados.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 31
E-BooK iNtErAtivo: A gEstão dE uM ProJEto MuLtidisciPLiNAr NA 
EvoLução do MAtEriAL didático dos cursos A distÂNciA No iFcE
CaSSandra ribEiro JoyE (ifCE)
Gina maria PorTo dE aGuiar (ifCE)
fabriCE marC JoyE (ifCE)
Este trabalho apresenta um relato de experiência realizada entre a gestão e a equipe 
multidisciplinar da Diretoria de Educação a Distância (DEaD) do Instituto Federal do Ceará, em 
torno da mudança de formato das webaulas, partindo do conteúdo web em janelas com barra 
de rolagem para o que se denomina e-book “interativo”. A mudança visa atender a demanda do 
leitor atual, que se identifica com o formato dos livros digitais, por guardarem a representação 
mental dos modelos físicos de livros, com diferencial da interatividade permitida pela tecnologia. 
O objetivo dessa mudança é proporcionar mais interatividade com o conteúdo a partir dos 
recursos tecnológicos próprios para a construção de e-books, bem como utilizar esse formato 
para outras mídias com o objetivo de possibilitar maior mobilidade, acesso e controle do 
percurso de aprendizagem pelo aprendiz na interação com o material didático. O processo de 
construção envolve um trabalho sistemático com toda equipe multidisciplinar para construção 
da identidade desse e-book, utilizando a pesquisa e o trabalho coletivo de discussões e testes 
para o projeto piloto da mudança. Envolve observação e análise dos materiais didáticos digitais 
de outras instituições, a observação participante junto à equipe multidisciplinar da DEaD e a 
revisão bibliográfica na temática.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
32 l #Hipertexto2013
CULTURAS, LETRAMENTOS E TECNOLOGIAS NO ENSINO DE LÍNGUAS
CoordEnaÇão: rodriGo araGão (iaT/uESC)
Apresentaremos aqui trabalhos no âmbito do grupo de pesquisa do projeto FORTE – Formação, 
Linguagens e Tecnologias. Para esta sessão coordenada, faço um recorte dos trabalhos que tem 
se debruçado sobre os letramentos em culturas digitais e no ensino de línguas. Inicialmente, 
farei uma exposição sobre conceitos de linguagem, tecnologia e cultura para lidarmos com 
os letramentos demandados atualmente e propormos estratégias de ensino/aprendizagem 
pautadas na aproximação articulada de práticas sociais com linguagens e tecnologias, a pesquisa 
acadêmica e a educação básica. Em seguida, debatermos três trabalhos que aprofundam a 
apresentação inicial. Resultados de uma pesquisa sobre os letramentos digitais e a Educação 
de Jovens e Adultos de escolas do município de Itabuna-BA nos mostram como o uso de TICs 
na escola são configuradas por situações e representações de professores sobre seu público 
alvo e uma cultura de ensino na EJA. Observaremos também como práticas didáticas digitais 
com blogs no ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa e Inglesa demandam conceitos de 
multimodalidade, hipertextualidade e multiletramentos para que sejam efetivamente parte de 
uma cultura digital. Finalmente, será apresentada uma pesquisa-ação sobre letramentos em 
redes sociais com alunos de inglês em uma escola pública de ensino fundamental atendida pelo 
projeto UCA.
LiNguAgENs E tEcNoLogiAs NAs PráticAs sociAis, PoLíticAs E 
EscoLArEs
rodriGo araGão (iaT/uESC)
Práticas sociais com as tecnologias da comunicação têm desafiado a escola enquanto agência 
de letramento e de apropriação de conhecimentos. Se por um lado, vivemos imersos em uma 
cultura digital no cotidiano, o mesmo pode não ser dito sobre o cotidiano da escola. Os governos 
buscam inserir equipamentos nas escolas e também criar diretrizes curriculares (Brasil, 1999, 
2006). Vemos que alguns estudos têm mostrado dificuldades de fazer com que a cultura digital 
seja uma realidade no ensino/aprendizagem de línguas (Aragão, 2009; Mateus, 2004; Paiva, 
2010). Observamos que maiores investimentos em equipamentos, ou na produção de textos 
oficiais, dissociados de uma epistemologia da prática e em articulação sistêmica comusuários e 
contextos de uso, não tem gerado os resultados esperados. Notamos desarticulação entre o uso, 
a infra-estrutura, e as ambiências relacionais necessárias à gestão e consolidação de culturas 
digitais. Ainda, os letramentos contemporâneos nos demandam repensar a escola e sua cultura 
tradicional ao passo que, se levarmos isso a cabo, os próprios conceitos de escola e política 
pública devem ser reinventados. Apresentarei nesta comunicação os fundamentos e exemplos 
práticos desta reflexão.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 33
MuLtiLEtrAMENtos E hiPErtExtuALidAdE No ENsiNo/APrENdizAgEM
manoELa oLivEira dE Souza SanTana (uESC)
rodriGo araGão (iaT/uESC)
No cenário de uma cultura social imersa em práticas diversas com tecnologias da comunicação, 
espaços educacionais, para acompanhar as solicitações desse contexto, implementam práticas, 
utilizando suportes digitais. Os multiletramentos requerem atos leitores e escritores mediados 
também pela multimodalidade e pelo hipertexto. O que se coloca no cerne para reflexão nesta 
comunicação é a forma do trabalho com o hipertexto e a multimodalidade nas práticas textuais 
do ensino de línguas – português e inglês – com blogs de docentes, do Ensino Médio, de 
escolas baianas. A discussão que segue, qualitativa no âmbito da Linguística Aplicada, e mais 
especificamente a área de Linguagem e Tecnologia, nos leva a percepção de que, na interface 
entre blog e ensino/aprendizagem de línguas, aprendizes e mediadores da práxis precisam se 
reconhecer como sujeitos dessas linguagens, podendo ler e gerir textos, articulando linguagens, 
novas rotas para a leitura e escrita, por meio da linguagem verbal, imagens e sons, e vivenciar 
culturas digitais, com criticidade, o caráter interacional que demandam os letramentos da 
sociedade contemporânea.
LEtrAMENtos digitAis E A EJA EM itABuNA
JosÉ WANdErLEy souzA oLivEirA (uEsc)
rodrigo ArAgão (iAt/uEsc)
Esta pesquisa parte de concepções de letramentos (SOARES, 2003) e de letramentos digitais 
(BUZATO, 2006; XAVIER, 2012) para compreendermos a ação de professores da EJA do município 
de Itabuna-Bahia em relação ao uso de tecnologias no ensino de línguas. Com isto, espera-se 
poder fortalecer estratégias para lidar com esse cenário na escola pública e difundir formas de lidar 
com o conhecimento a partir do uso de tecnologias. Adotamos a pesquisa de cunho etnográfico, 
através de observação e entrevista gravada, com seis docentes da área de linguagens da EJA, em 
seis escolas de Itabuna-BA. Os resultados indicam que a aversão ao uso de TICs não está em 
limitações de letramento digital dos professores da EJA, mas na maneira como entendem suas 
práticas de letramento e uma representação da cultura dos alunos da EJA. Outra observação da 
pesquisa é a necessidade de termos mecanismos para que estados, governo federal e municípios 
construam suas orientações, diretrizes e marcos legais em consonância com uma política de EJA 
que não exclua, mas inclua todos e todas em ações articuladas.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
34 l #Hipertexto2013
ciBErcuLturA E rEdEs sociAis No ENsiNo dE iNgLês
iky annE diaS (uESC)
rodriGo araGão (iaT/uESC)
Hoje, em que tudo está interconectado em redes, mais que ensinar coisas novas, insta educar 
de outra maneira, segundo uma prática que compreenda a complexidade das culturas e 
linguagens em fluxo. Foi a esse desafio que nos propomos ao investigar as redes sociais no 
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa. Para isso realizamos uma revisão sobre cibercultura e 
redes sociais (CASTELLS, 2003; RECUERO, 2009); estudos da Linguística Aplicada voltados para o 
uso das TICs no ensino de língua estrangeira segundo a teoria da complexidade (PAIVA; BRAGA, 
2009; PAIVA, 2010; FARIA, 2010), além das orientações sobre os multiletramentos (BRASIL, 2006; 
ROJO, 2012). Essa base teórica subsidia a execução de uma pesquisa-ação realizada em uma 
classe de oitavo ano na Escola Estadual Padre Carlo Salerio em Itabuna, Bahia, durante um 
semestre letivo de 2013. Neste, desenvolvemos junto com a professora-pesquisadora, uma 
prática de ensino/aprendizagem que pretende fomentar a apropriação dessas redes na cultura 
da sala de aula, com resultados nos multiletramentos docentes, discentes e em ações alinhadas 
com as práticas socioculturais contemporâneas. Apontaremos aqui os limites e os potenciais 
para o ensino/aprendizagem de inglês na educação básica fundamentadas na cibercultura e em 
redes sociais.
Aprendizagem móvel dentro e fora da escola
#Hipertexto2013 l 35
MULTILETRAMENTOS, PESqUISA ETNOGRáFICA E TECNOLOGIA
CoordEnaÇão: Luiz fErnando GomES (uniSo)
Esta sessão coordenada apresenta trabalhos de pesquisa que envolvem três instituições: 
Universidade Federal de Alagoas- UFAL, Universidade Federal de Sergipe – UFS e Universidade 
de Sorocaba – Uniso, tendo como núcleo comum propostas de uso de tecnologias em práticas 
sociais de usos da linguagem. O referencial teórico central sobre letramento, nas três propostas, 
baseia-se em Lankshear & Knobel, Kalantzis & Cope Rojo e Bakhtin, e em Rocha e Tosta sobre os 
estudos etnográficos. Duas propostas envolvem trabalhos em uma comunidade de bordadeiras, 
em Maceió, onde se propôs a criação coletiva, por cerca de dez mulheres da associação das 
bordadeiras, de um blog e de uma página no Facebook, que mostrasse não apenas o trabalho 
por elas desenvolvido, mas também falasse sobre o Pontal da Barra e sobre suas histórias 
individuais. Dessas atividades de uso efetivo da linguagem sobressaiu uma nova visão da língua 
escrita e de suas possibilidades emancipadoras. Também questões sobre o posicionamento 
ético e científico do pesquisador etnográfico emergiram desse contato-envolvimento com os 
membros da comunidade. A proposta sobre o uso do rádio para programas sobre música e 
cultura hispano-americanas revela a importância da integração das mídias para a comunicação 
multicultural.
A PEsquisA EtNográFicA EM ProJEtos dE LEtrAMENto: 
discussõEs iNiciAis soBrE o PAPEL do PEsquisAdor EM 
AtividAdEs coMuNitáriAs
Luiz fErnando GomES (uniSo)
O objetivo deste trabalho é trazer algumas considerações a respeito das atribuições, necessidades 
e dificuldades com as quais se depara o pesquisador ao propor e desenvolver atividades de 
letramento em comunidades periféricas. As reflexões partem de nossas experiências e de 
registros em áudio e anotações de campo durante a realização de um projeto de extensão 
desenvolvido em parceria Uniso-UFAL, intitulado “Novos letramentos e ativismo social: em 
busca de uma palavra outra para as mulheres da Comunidade do Pontal da Barra”, (Maceió-AL). 
Trabalhos de Lankshear & Knobel, do Grupo de Nova Londres e de Rojo falam dos letramentos 
como práticas contextualizadas de uso da língua e das linguagens em sua variedade modal e 
cultural e Rocha & Tosta esclarecem que conhecer as culturas locais pressupõe ouvir o outro e 
a maneira como percebemos o outro está relacionada à distância que assumimos perante ele. 
Nossa presença na comunidade do Pontal da Barra trouxe-nos vários questionamentos acerca 
das formas de aproximação dos membros da comunidade e do entendimento de tempos, 
culturas, necessidades e expectativas deles e nossas, com relação ao projeto proposto.
5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias
36 l #Hipertexto2013
A FuNção sociAL do rádio: PráticAs dE LEtrAMENto EM MiNi 
ProgrAMAs soBrE MÚsicA E cuLturA hisPANo-AMEricANAs
raquEL dE La CorTE doS SanToS (ufS)
O objetivo deste trabalho é apresentar o projeto de extensão: “Um programa de rádio voltado 
para a música e cultura hispano-americanas”, considerando sua relação com práticas de 
letramento, envolvendo tanto a mídia radiofônica quanto os espaços de

Continue navegando