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06 Propriedades do Concreto e do Aço Concreto Armado

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ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I 
Prof. Dr. Esperidião Fecury Pinheiro de Lima 
Propriedades do Concreto e do Aço 
Concreto Armado 
1855 -> Barco de Lambot (Argamassa de cimento + Ferro) 
2 
Histórico do Concreto Armado 
Histórico do Concreto Armado 
1861 -> Monier constrói vaso de flores(Argamassa de 
cimento + armadura de arame) 
3 
4 
Por quê funcionou? 
Concreto + Ferro União Perfeita 
Histórico do Concreto Armado 
5 
Viabilidade do Concreto Armado 
O Concreto Armado pode ser considerado 
uma solução viável, durável e de enorme 
confiabilidade, devido a três razões básicas: 
1. Aderência; 
 
2. Coeficiente de dilatação térmica; 
 
3. O Concreto protege o aço da oxidação. 
Viabilidade do Concreto Armado 
1. Aderência 
 
A tendência de deslizamento entre um bloco de 
concreto e uma barra de ferro é combatida por 
tensões de aderência. 
6 
Ex.: Banana x Palito 
7 
• Principal causa do comportamento estático do 
concreto e das barras de aço; 
 
• A aderência tem sido quantificada e 
comprovada em todos os ensaios realizados; 
 
• A aderência assegura inteiramente a 
transmissão de esforços do aço para o concreto 
e vice-versa. 
1. Aderência (cont.) 
O concreto e o aço trabalham em conjunto, isto 
devido a aderência entre os dois materiais 
Viabilidade do Concreto Armado 
8 
Se não acontecesse este processo, a peça 
entraria em ruína; 
Nas regiões tracionadas(resistência do 
concreto é quase nula) ele fissura e tende a se 
deformar; 
A aderência arrasta consigo as barras de aço 
forçando-as a trabalhar, absorvendo os 
esforços de tração; 
1. Aderência (cont.) 
Viabilidade do Concreto Armado 
9 
2. Os Coeficientes de dilatação térmica. 
 
𝛼𝑐 = 0,9 𝑎 1,4 × 10
−5/℃ 
𝛼𝑠 = 1,2 × 10
−5/℃ 
𝛼𝑐 = 1 × 10
−5/℃ 
Viabilidade do Concreto Armado 
 Praticamente Iguais. 
NBR 6118, admite 𝛼𝑐 = 𝛼𝑠 = 10
−5/℃ (análise 
estrutural) 
10 
2. Coeficientes de dilatação térmica (cont.) 
Diferença irrisória, não encontramos diferenças 
superiores a 50°C e se processam lentamente; 
Surgem pequenas tensões internas entre aço e 
concreto, desprezíveis nestas condições; 
Verifica-se ainda que somente uma parcela desta 
variação chega ao aço, devido a dissipação de 
calor no trecho de concreto(mesmo com 
cobrimentos pequenos); 
Viabilidade do Concreto Armado 
11 
2. Coeficientes de dilatação térmica (cont.) 
Peças que receberão grande quantidade de calor 
devem ter maior cobrimento; 
Em catástrofes (incêndios) com enorme variação 
de temperatura (𝛼𝑐 ≠ 𝛼𝑎ç𝑜); 
Como o aço alonga-se bem mais que o concreto, 
este último fragmenta-se em torno da armadura. 
Viabilidade do Concreto Armado 
12 
3. O concreto protege o aço da oxidação. 
Viabilidade do Concreto Armado 
• Proteção física – Através do cobrimento 
(espessura de concreto que envolve a barra de 
aço até a superfície externa da peça). 
 
• Proteção química – o ambiente alcalino 
(causado pela presença do cal na pega do 
concreto) faz surgir uma camada quimicamente 
inibidora na armadura. 
Concreto Armado 
Viga de Concreto Armado executado com 
concreto simples e barras de aço, de tal forma 
que resista aos esforços a que a peça estiver 
submetida 
 
BLOCO MONOLÍTICO 
13 
Concreto – resiste a compressão na 
parte superior 
Ferro – resiste a tração na parte 
inferior 
14 
Utiliza-se também ao invés de ferros, outros materiais com 
resistências suficientes a tração: 
Sisal Fibra de Sisal 
Viabilidade do Concreto Armado 
15 
Concreto Armado 
Além do sisal e bambu, alguns outros tipos de fibras 
naturais e sintéticas têm sido objeto de pesquisas similares 
a armaduras. 
Bambu 
16 
Vantagens 
 
 Facilmente moldável; 
 
Maior resistência ao fogo, influências atmosféricas e 
desgastes mecânicos; 
 
Matéria-prima barata; 
 
 Não requer mão-de-obra especializada; 
 
 Próprio para estruturas monolíticas; 
 
Manutenção praticamente nula. 
Concreto Armado 
17 
Desvantagens 
 
 Baixa relação resistência/peso ( 𝛾 = 25 𝐾𝑁/𝑚3); 
 
 Detalhes e ligações não são visíveis para 
inspeção após a execução; 
 
 Bom condutor de calor e som; 
 
 Reformas e demolições complexas e caras; 
 
 Considerável variabilidade das propriedades; 
 
 Maior prazo de execução. 
 
 
Concreto Armado 
18 
Concreto Armado X Concreto Protendido 
 
Concreto armado → armadura é dita passiva → 
tensões e deformações existentes devem-se 
exclusivamente a ações externas aplicadas na peça 
 
• Sem armadura, a viga rompe logo que inicia a primeira 
fissura, pois a tensão de tração atuante alcança a 
resistência do concreto a tração. 
 
• Com armadura aumenta-se bastante a resistência a 
flexão. 
Concreto Armado 
19 
Concreto Armado X Concreto Protendido 
 
Concreto Protendido→ armadura é dita ativa→ são 
aplicadas tensões prévias de compressão na região da 
seção transversal da peça e depois serão tracionadas por 
carregamentos externos. 
Concreto Armado 
20 
I. Comportamento Elétrico 
 
 
Quando o concreto armado está úmido e sob ação de 
corrente contínua, pode ser atacado devido a eletrólise. 
 
Como a eletrólise favorece a corrosão das armaduras, 
temos um grande problema nestas circunstâncias. 
 
Devem ser feitos perfeitos isolamentos nas estruturas 
ferroviárias, de metrô, etc. que possam ficar sujeitas a tais 
perigos. 
Concreto Armado 
Tópicos relativos ao concreto armado 
 
21 
 
Tópicos relativos ao concreto armado (cont.) 
 
 
II. Defesa contra agentes químicos 
 
Para evitar o perigo da agressão às armaduras do 
concreto armado, fazemos um cobrimento de 
concreto nas peças. 
 
 
TRABALHO SOBRE COBRIMENTO 
 
Concreto Armado 
Durabilidade das estruturas de Concreto 
22 
 Devido a falta de atenção dos projetista e construtores 
para obterem maior durabilidade, bem como aceleradas 
deteriorações em obras relativamente novas; 
 
 As novas normas (inclusive a 6118) aplicaram maiores 
exigências relativas a durabilidade (projetos e 
execuções); 
 
 Estas exigências destinam-se a garantir a conservação 
das estruturas durante a vida útil; 
 
 
23 
Durabilidade das Estruturas 
 Vida útil de projeto – períodos de tempo que a estrutura 
desempenha suas funções projetadas sem necessidade 
de reparos; 
 
 Vida útil total – período de tempo que vai até a ruptura 
total ou parcial da estrutura; 
 
Geralmente a vida útil de projeto finaliza na despassivação 
da armadura (início do processo de corrosão) 
 
 
 Tempo necessário para que a frente de carbonatação ou a 
de cloreto atinjam a armadura. 
 
 
24 
Lixiviação 
No processo de corrosão das armaduras aparecem: 
manchas e fissuras na superfície do concreto. 
 
Durabilidade das Estruturas 
25 
Reações expansivas (sulfatos e álcali-agregado) 
No processo de corrosão das armaduras aparecem: 
manchas e fissuras na superfície do concreto. 
 
Durabilidade das Estruturas 
26 
Deslocamento do cobrimento com exposição da armadura 
 
Durabilidade das Estruturas 
Despassivação da armadura 
por carbonatação ou por ação 
de cloretos 
27 
Deslocamento do cobrimento com exposição da armadura 
 
Durabilidade das Estruturas 
Despassivação da armadura por carbonatação ou por ação 
de cloretos 
28 
As normas de projeto consideram uma vida útil mínima de 
50 anos para estruturas usuais de edifícios e para obras 
de maior importânciapodem ser estabelecidos critérios 
correspondentes a uma vida útil maior, por exemplo 100 
anos. 
 
 
Durabilidade das Estruturas 
29 
Durabilidade das Estruturas 
Critérios para aumento da durabilidade: 
• Drenagem; 
• Formas arquitetônicas e estruturais; 
• Qualidade do concreto e proteção da armadura (cobrimento); 
• Detalhamento adequado; 
• Controle da fissuração; 
• Manutenção preventiva. 
 
30 
Classes de agressividade ambiental (CAA) 
Durabilidade das Estruturas 
31 
Durabilidade das Estruturas 
 Classe I – Fraca: As estruturas que estão expostas a um ambiente mais 
limpo, com baixos índices de poluição não sofrem com as agressões 
químicas desencadeadas pela poluição urbana, como a chuva ácida, por 
exemplo. Usual na zona rural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
Durabilidade das Estruturas 
 
 Classe II – Moderada: Nessa classe os ambientes estão mais expostos a 
agressões ambientais, como a emissão de gás carbônico e dos cloretos 
presentes no ar. Como exemplo temos os centros urbanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Durabilidade das Estruturas 
• Classe III – Forte: Encontram-se as edificações expostas à atmosfera 
marinha, como exemplo as construções em cidades litorâneas. 
34 
Durabilidade das Estruturas 
 Classe IV – Muito Forte: Nessa classe estão inseridas as estruturas 
construídas em locais úmidos, dentro de indústrias, em contato direto com 
a água do mar. 
 
 
35 
Qualidade do concreto 
Durabilidade das Estruturas 
36 
Durabilidade das Estruturas 
 Cobrimento é a espessura da 
camada entre a barra de aço e a 
superfície externa de concreto; 
 
 A função do concreto de 
cobrimento é propiciar proteção 
física, química e mecânica ao 
concreto armado; 
 
 Maior espessura → Maior 
proteção contra os agentes externos. 
 
Camada de cobrimento da armadura 
37 
Proteção da armadura (cobrimento) 
Durabilidade das Estruturas 
 Para atender aos requisitos estabelecidos nessa Norma, o cobrimento 
mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo 
de todo o elemento considerado e que se constitui num critério de 
aceitação. 
 
 No projeto e execução deve considerar-se o cobrimento nominal 
(cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução. 
Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar 
os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela, para Δc = 10 mm. 
 
 
DETERMINAÇÃO DO COBRIMENTO MÍNIMO 
38 
39 
Proteção da armadura (cobrimento) 
Durabilidade das Estruturas 
DETERMINAÇÃO DO COBRIMENTO MÍNIMO 
 Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à 
superfície da armadura externa, em geral à face externa do estribo. 
 
 O cobrimento nominal de uma determinada barra deve ser: 
 cnom ≥Φ barra; 
cnom ≥ Φ fiexe = Φn =Φ√n; 
cnom ≥0,5 Φ bainha. 
 
 A dimensão máxima do agregado graúdo utilizado no concreto não 
pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja: 
dmáx ≤ 1,2 cnom 
40 
41 
NBR 9062:2017 
• Sem os ensaios, sendo garantido fck ≥ 40 MPa e relação água/cimento ≤ 
0,45, os cobrimentos podem ser reduzidos em mais 5 mm em relação ao 
item anterior, não sendo permitidos cobrimentos menores que: 
 
Lajes em concreto armado ≥ 15 mm; 
Demais peças em concreto armado (vigas / pilares) ≥ 20 mm; 
Peças em concreto protendido ≥ 25 mm; 
Peças delgadas protendidas (telhas/nervuras) ≥ 15 mm; 
Lajes alveolares protendidas ≥ 20 mm. 
 
 
 ESPAÇADORES 
 Com os espaçadores, pode-se garantir a durabilidade e a integridade da 
armadura de aço. O uso de espaçadores garante que a estrutura fique 
recoberta e isso aumenta sua vida útil; 
 
 Meio centímetro de diferença no cobrimento pode significar 10 a 15 anos 
de vida útil a menos da estrutura. 
42 
43 
Espaçadores Circulares 
COBRIMENTO 
44 
Tipos de 
Espaçadores 
45 
Tipos de 
Espaçadores 
46 
Tipos de 
Espaçadores 
47 
ESPECIFICAÇÃO NORMATIVA 
• Para garantir um bom adensamento, é necessário prever no detalhamento 
da disposição das armaduras espaço suficiente para entrada da agulha do 
vibrador. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO COBRIMENTO 
 Grande parte das estruturas em concreto armado sofrem com o processo 
de deterioração precoce, que ocorre de forma rápida e prematura na maioria 
das obras. 
 
 Manifestação patológica de maior ocorrência: 
Corrosão da armadura. 
 
 Em virtude da sua propriedade de resistência a tração, a deterioração 
desse elemento em caso extremo pode levar a estrutura ao colapso. 
 
48 
49 
Durabilidade das Estruturas 
Processo evolutivo da corrosão 
Fonte: MENEZES E AZEVEDO (2009) 
a) Penetração de agentes 
agressivos por difusão, 
absorção ou permeabilidade. 
b) Fissuração devido as 
forças de expansão dos 
produtos de corrosão. 
c) Lascamento do concreto e 
corrosão acentuada. 
d) Lascamento acentuado e 
redução significativa da secção 
da armadura. 
50 
Durabilidade das Estruturas 
Exemplos das consequências do cobrimento inadequado 
51 
Durabilidade das Estruturas 
Exemplos de Pilares com armaduras expostas 
52 
Durabilidade das Estruturas 
Exemplo de Viga com armadura exposta 
53 
Durabilidade das Estruturas 
Exemplo de Viga com armadura exposta 
54 
Elevado do Joá 
Durabilidade das Estruturas 
55 
Viaduto Faria Timbó 
Durabilidade das Estruturas 
56 
Então, 
 
Para evitar a degradação precoce do concreto armado, 
temos que tomar medidas no projeto e na execução da 
estrutura: 
 
 Concreto com baixo fator água/cimento (menos poroso); 
 
 Cobrimento satisfatório (retarda as frentes de 
carbonatação e cloretos até a armadura); 
 
Durabilidade das Estruturas 
57 
 
 Limitação das aberturas das fissuras (permeabilidade); 
 
 Evitar congestionamento de barras nas armações 
(vibração satisfatória); 
 
Proteção física da estrutura contra impactos (danos 
superficiais ao concreto); 
 
Drenagem eficiente (acúmulo de água); 
 
Durabilidade das Estruturas 
58 
 
 Prevenção de acesso de inspeção e manutenção das 
partes das estruturas que têm menor vida útil (aparelhos 
de apoio, caixões, impermeabilizações, etc.); 
 
 Prevenção de espessura de sacrifício em regiões sob 
condições de exposição ambiental muito agressiva; 
 
 Definição de um plano de inspeção e manutenção 
preventiva. 
 
Durabilidade das Estruturas *

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